7 Partes
Catia
Em seu site particular, o auto intitulado pastor (Airton Evangelista da Costa) escreveu um artigo sobre: cânon Bíblico; na verdade, esse artigo não passa de mais uma cópia barata de fábulas protestantes referentes à mutilação satânica promovida ao longo do tempo. Nesse artigo, cheio de achismos baratos e sofismas protestantes, o pastor afirma categoricamente que os sete livros deuterocanônicos foram acrescentados na Bíblia Sagrada pelo concílio de Trento no século XVI; o mais engraçado na história comovente desse pastor, foi a sua audácia de escrever um artigo sobre cânon Bíblico sem nos fornecer um documento histórico a respeito desse assunto, sua única fonte foi:
Fonte: A Bíblia Através dos Séculos, Antonio Gilberto, 2ª Edição, 1987, pgs. 63-65:
Alguém em plena sã consciência, usaria como fontes histórias de fatos ocorridos dois mil anos atrás, um livro escrito em 1987? Observem que ao logo do artigo, ele citar alguns padres da Igreja, porém, o pastor coloca palavras na boca desses padres e não cita as obras escritas por eles, assim fica fácil enganar o povo. O que eu farei nesse artigo é refutar tais absurdos usando fontes documentais sobre o assunto, sendo assim, deixarei um desafio a esse pastor:
Desafio lançado.
Se eu refutá-lo, eu desafio-o a retirar o artigo mentiroso de seu site e colocar o meu artigo no lugar.
Com tanta sabedoria, dificilmente ele não aceitará.
Nota: Até o fechamento desse artigo, o pastor não respondeu nossos E-mails.
Pastor Airton diz:
“LIVROS APÓCRIFOS – Nas Bíblias de edição da Igreja Romana, o total de livros é 73, porque essa igreja, desde o concílio de Trento, em 1546, incluiu no cânon do Antigo Testamento 7 livros apócrifos, além de 4 acréscimos ou apêndices a livros canônicos, acrescentando, assim, ao todo 11 escritos apócrifos”
Refutação:
primeiro embuste no artigo desse pastor é referente à velha fábula protestante sobre:
“A Igreja Católica incluiu sete livros Apócrifos na Bíblia durante o concilio de Trento”
Bem, tal alegação seria validada, se o mesmo colocasse em seu artigo provas documentais de que o concilio de Trento estaria incluindo no cânon Bíblico mais sete livros não canônicos; porém, não é isso que vemos, em seu artigo, o pastor apenas faz citações de achismos e fábulas protestantes. O que eu chamo de: (Mentiras inventadas ao logo dos 500 anos de protestantismo).
Colocarei agora, a Ata do concílio de Trento na sessão sobre cânon Bíblico.
“O sacrossanto Concílio Ecumênico e Geral de Trento, reunido legitimamente no Espírito Santo, e com a presidência dos mesmo três legados da Sé Apostólica, tendo sempre isto diante dos olhos que, rejeitados os erros, seja na Igreja conservada a pureza do Evangelho,prometido antes nas Escrituras Santas pelos profetas, o qual Nosso Senhor Jesus Cristo Filho de Deus, primeiramente com sua própria palavra o promulgou e depois, por meio de seus Apóstolos, mandou pregá-lo a toda criatura (Mt 18, 19 s; Mc 16, 15), como fonte de toda a verdade salutar e disciplina dos costumes. Vendo que esta verdade e disciplina estão contidos nos livros escritos e nas tradições orais, que – recebidas ou pelos Apóstolos dos lábios do próprio Cristo, ou dos próprios Apóstolos sob a inspiração do Espírito Santo – chegaram até nós como que entregues de mão em mão, fiéis aos exemplos dos Padres ortodoxos, com igual sentimento de piedade e reverência aceita e venera todos os livros, tanto os do Antigo, como os do Novo Testamento, visto terem ambos o mesmo Deus por autor, bem como as mesmas tradições que se referem tanto à fé como aos costumes, quer sejam só oralmente recebidas de Cristo, quer sejam ditadas pelo Espírito Santo e conservadas por sucessão contínua na Igreja Católica. E para que não surja dúvida a alguém a respeito dos livros que são aceitos pelo mesmo Concílio, resolveu ele ajuntar a este decreto o índice dos Livros Sagrados. São portanto os que a seguir vão enumerados:
Do Antigo Testamento: os 5 de Moisés, a saber: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; Josué, Juizes, Rute, os quatro dos Reis, os dois do Paralipômenos, o primeiro de Esdras e o segundo, que se chama Neemias; Tobias, Judite, Ester, Job, o Saltério de David com 150 salmos, os Provérbios, o Eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico, Isaías, Jeremias, com Baruque, Ezequiel, Daniel; os 12 profetas menores, isto é: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Nahum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias; o primeiro e o segundo dos Macabeus.(continua com o NT )Se alguém não aceitar como sacros e canônicos esses livros na íntegra com todas as suas partes, como era costume serem lidos na Igreja Católica e como se encontram na edição antiga da Vulgata Latina; e desprezar ciente e premeditadamente as preditas tradições: - seja excomungado”. (Ata do concílio de Trento 1945-1563 Sessão IV realizado em 8-4-1546, parágrafo 783)
Lendo a Ata do concílio de Trento, observamos o seguinte:
Nos grifos de cor escura - a ordenação para venerar todas as Escrituras citadas, em nenhum momento a Ata diz estar acrescentando algo as Escritura ou no cânon.
Nos grifos de cor azul - encontramos as citações de todos os livros do (AT), sendo que os deuterocânonicos encontram-se entre eles e não a parte deles.
Nos grifos de cor vermelha - A Ata diz: TODOS esses livros são aceitos e lidos pela igreja assim como ERA DE COSTUME (tais livros) serem lidos desde a edição antiga da vulgata latina.
Resumindo: a própria Ata do concílio de Trento afirma que não estava incluindo livro algum no cânon Bíblico, muito pelo contrario, estava re-confirmando a canonicidade de todos os livros contidos na antiga vulgata latina, ou seja, os sete livros deuterocânonicos faziam parte do cânon Bíblico desde os primeiros concílios.
Peço ao leitor que observem com atenção as Atas dos concílios de Roma em 382 D.C realizado pelo Papa Damaso (o mesmo que enviou São Jerônimo a Jerusalém), concílio de Hipona em 393 D.C (tudo indica a participação de Santo Agostinho nesse concílio) e os dois concílios de Cartago 393-419 D.C.
Observem como o cânon Bíblico é o mesmo cânon do concílio de Trento.
"Tratemos agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se dever ter como Sagradas Escrituras: um livro do Gênese, um livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um livro de Rute; quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos; um livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um doEclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de Malaquias. Um de Jó, um deTobias, um de Judite, um de Ester, dois de Esdras, dois dos Macabeus. Um evangelho segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas, um segundo João. [Epístolas:] a dos Romanos, uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a dos Tessalonicenses, duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos Colossences, uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus, uma. Apocalipse de João apóstolo; um, Atos dos Apóstolos, um. [Outras epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João apóstolo, uma; do outro João presbítero, duas; de Judas, o zelota, uma”. (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o pontificado de São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382).
Continua
Título Original: DESAFIO: MACABEUS X PR. AIRTON COSTA.
Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon
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