A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

sábado, 30 de setembro de 2017

Os três Arcanjos celebrados pela Igreja





Prof. Felipe Aquino

A Igreja conhece o nome de três Arcanjos e a Liturgia celebra no dia 29 de setembro a Festa deles: Miguel, Gabriel e Rafael, e lembra ao mesmo tempo todos os coros angélicos: Anjos, Arcanjos, Tronos, Querubins, Serafins, Virtudes, Potestades e Poderes.

Na Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja assim vê a glória de Deus manifestada em seus anjos:

‘Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, é a Vós que glorificamos ao louvarmos os anjos que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criaturas. Pelo Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, louvam os anjos a vossa glória, as dominações vos adoram, e, reverentes, vos servem potestades e virtudes. Concedei-nos também a nós associar-nos à multidão dos querubins e serafins, cantando a uma só voz… (Prefácio).

São Rafael é guia de Tobias e dos viajantes. (Ver o livro de Tobias).

São Miguel era o antigo padroeiro da sinagoga judaica, agora é o padroeiro da Igreja universal; São Gabriel (‘Deus curou’) é o Anjo da Encarnação e talvez o da Agonia de Jesus no jardim das oliveiras; São Miguel, de modo especial foi cultuado desde os primeiros séculos do cristianismo.

Leia também:






No Apocalipse, São Miguel e seus anjos são mostrados como defensores do povo de Deus. ”Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram.” (Ap 12,7). ”Vi, então, descer do céu um anjo, que tinha na mão a chave do abismo e uma grande algema. Ele apanhou o Dragão, a primitiva Serpente, que é o Demônio e Satanás, e o acorrentou por mil anos. Atirou-o no abismo, que fechou e selou por cima, até que se completasse mil anos, para que já não seduzisse as nações (Ap 20,1). O imperador Constantino, no século IV, erigiu a São Miguel Arcanjo um santuário em Constantinopla às margens do rio Bósforo, no lado europeu, enquanto o imperador Justiniano construiu-lhe um outro santuário na outra margem do mesmo rio. A data de 29 de setembro foi a de consagração da igreja dedicada a São Miguel, no século V, a seis milhas da via Salária. Em Roma foi dedicado a São Miguel o célebre mausoléu do imperador Adriano, agora conhecido com o nome de Castelo de Santo Ângelo.A São Miguel é dedicado também o antigo santuário do século VI, no monte Galgano, na Púglia, onde domina o mar Adriático que banha o lado oriental da Itália. Nas proximidades desta igreja, os longobardos venceram o encontro naval contra os serracenos e a vitória foi atribuída a uma aparição de São Miguel, o que deu origem a uma segunda festa ao Arcanjo, depois transferida para 29 de setembro.

São Gabriel, aquele que está diante de Deus, é o anunciador por excelência das revelações divinas. É ele que explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias. É ele que anuncia a Maria o nascimento de Jesus, é ele que anuncia também o nascimento do Percursor de Jesus, João Batista. Ele é muito estimado mesmo junto aos maometanos.

Prof. Felipe Aquino

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Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: Quem são os Santos Arcanjos?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Atlas denuncia violência agrária na região amazônica



CNBB

Com o objetivo de visibilizar, principalmente através de mapas, os conflitos no campo presentes nos nove estados que formam a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Tocantins, Pará, Rondônia, Roraima e partes do Estado do Mato Grosso e Maranhão) foi lançado nessa quinta-feira, 28, o Atlas de Conflitos na Amazônia. A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Comissão para a Amazônia e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) ambas organizações vinculadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O lançamento ocorreu no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília(DF).

O estudo denuncia e registra o cenário de embates que seguem vigentes no campo e agravam a questão agrária. No âmbito da Articulação das CPT’s da Amazônia, por meio do Atlas, é possível identificar os desafios da Amazônia Legal a partir do cotidiano da população local, bem como dos agentes da CPT que atuam no enfrentamento das violações dos direitos humanos, entre outros crimes e saques históricos na região.

  

Durante o lançamento, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner afirmou que o Atlas irá orientar e despertar a todos para ‘verdades profundas sobre a Amazônia’. Ele destacou que esta era uma oportunidade de ajudar a construir uma nova mentalidade em relação à Amazônia, sobretudo no quesito de ajudar. “Nós vamos entregar esse Atlas ao papa Francisco que tem olhado muito para a Amazônia”, prometeu o bispo.

Dom Leonardo também chamou atenção para o fato de o Atlas ter sido lançado em um momento ‘muito importante para o Brasil’, sobretudo com a revogação do decreto que objetivava abrir a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), na floresta Amazônica, para a exploração das mineradoras. “Com a Renca a sociedade despertou para uma realidade adormecida, então o Atlas veio em um bom momento trazendo dados relevantes para o país e para o Ministério Público Federal olhar cada vez mais para o meio-ambiente”, comentou.

O procurador do Ministério Público Federal, Felício Pontes Júnior, que também participou do lançamento, destacou que hoje os dados mais confiáveis que se tem no Brasil sobre os conflitos no campo são provenientes da CPT. “Eu chamaria esse Atlas de ‘o fim da linha’ porque é a demonstração clara de que as políticas públicas no Brasil não estão dando certo e também é a demonstração cabal de que não estamos no caminho dos direitos humanos”, lamentou. Felício se comprometeu a levar os dados ao Ministério Público e a encabeçar lutas para garantir a proteção dos povos indígenas e comunidades tradicionais.

Focos de conflito e tensão – Segundo dados do Atlas de Conflitos na Amazônia, 338 municípios da Amazônia Legal estão em conflitos. No estado do Acre, por exemplo, atualmente existem 11 municípios que possuem conflitos no campo, ou seja, metade dos municípios existentes estão envolvidos. O estado foi palco de uma intensa luta contra o desmatamento e a apropriação de terras por grileiros e especuladores especialmente nos anos 70. Atualmente a disputa de terra por lá se dá pelos posseiros, seringueiros e ribeirinhos.

No Amapá, 16 municípios possuem conflitos no campo, ou seja, em 100% dos municípios do estado. Conhecido como a última fronteira de expansão do agronegócio no Brasil, sua localização privilegiada somada ao clima e solo favoráveis ao cultivo de grãos nas áreas de cerrado, são características que propiciaram o recente avanço da fronteira agrícola para a região.

No geral, em 2014, o número de conflitos por terra no Brasil totalizava 43,3%. Já em relação aos anos de 1985 a 2017 a barbárie no campo brasileiro, especialmente na Amazônia, mostra que é necessária uma ampla reforma agrária, que de acordo com Atlas seria o caminho mais rápido para eliminar a fome, a miséria e as desigualdades existentes no país.

Darlene Braga, representante da articulação da CPT na Amazônia, afirma que a região está sendo saqueada. Para ela todos os direitos do povo estão sendo retirados: “A equipe resolveu criar o Atlas para dar visibilidade tanto nacionalmente quanto internacionalmente com o que ocorre na Amazônia”. Cleber César Buzzatto, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) também fez um apelo às autoridades: “Caso não sejam tomadas medidas urgentes, na perspectiva que o Estado promova a proteção desses territórios, haverá o genocídio desses povos”.

Título Original: Atlas de Conflitos na Amazônia denuncia o clima de violência agrária na região


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

Mensagem de Fátima é tão importante hoje como em 1917, afirma Bispo nos EUA



GaudiumPress

O Bispo de Bridgeport, Estados Unidos, Dom Frank J. Caggiano, presidiu a peregrinação diocesana ao Santuário Nacional da Imaculada Conceição em Washington, onde recordou que a Mensagem de Fátima "é tão importante agora como sempre foi". O prelado exortou aos fiéis a dirigirem-se à Mãe de Deus em meio à nossa época de confusão e perda de sentido.



O prelado felicitou aos peregrinos por irem até o Santuário para satisfazer em Deus as interrogações mais profundas de suas vidas, através do sacrifício de fazer uma parada na vida e sair da rotina e dar um espaço central ao Senhor. Além disso, recordou aos fiéis que provavelmente todos levam ao Santuário o sofrimento de alguém próximo que não tem alegria nem esperança por não ter encontrado a Fé para cimentar suas vidas.

"Estão perdidos... sem felicidade... Escutam a voz do relativismo que diz que a única verdade que importa é o que eles acreditam que é a verdade, no lugar do que seja um dom para ser descoberto", se lamentou Dom Caggiano. A cultura os leva a viver sem direção e sozinhos, persuadidos de que "a vida trata-se somente de mim". Diante desta realidade, os fiéis frequentemente sofrem por não saber como ajudar estas pessoas.

Para superar estes desafios e as próprias limitações do pecado, os defeitos e a falta de amor, os fiéis acodem à Mãe de Deus. "Viemos aqui buscar o perdão, um novo começo para permitir que nossos corações cresçam", indicou o prelado. "Não importa qual seja o desafio que enfrentamos vocês e eu, o Senhor nos guiará através dele, através da intercessão de sua Mãe, lutando para sermos discípulos. Ela é nosso modelo e guia".

Os peregrinos deram testemunhos do impacto espiritual da peregrinação ao que é um dos Santuários mais importantes do país e caracterizado por sua notável arquitetura sendo a expressão de uma criança captada por um dos coristas a que melhor resume a experiência: "Era tão puro e tão santo que desejei que todas as pessoas do mundo pudessem ter estado ali, que diferente seria o mundo se todos tivessem estado ali para experimentar". (EPC)

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A busca de uma experiência com a Divina Misericórdia



Encontro da Divina Misericórdia





Padre Antônio Aguiar
Foto: Paula Dizaró/cancaonova.com


Padre Antônio Aguiar


Devemos buscar uma vida de experiência com a Divina Misericórdia

Nesses dias, temos sido guiados pelas mãos de Maria, Mãe de Deus e também a nossa, ao encontro com a Divina Misericórdia. Ao chegar ao fim deste encontro, somos conclamados a responder a pergunta: “E agora?”. Aprendemos, durante esses dias, que precisamos não só ouvir, mas também experimentar a misericórdia de Deus, para podermos proclamá-la.

Todos sabem a receita de um pão: trigo, água e sal. Mas qual a receita da misericórdia em nossa vida? Estamos prontos, assim como a massa que origina o pão, a sermos trabalhados e moldados para nos tornarmos aquilo que Deus quer de nós?

Viver não é fácil, viver é um desafio, mas é no viver que Deus, na Sua sabedoria e providência, dá-nos oportunidades para que possa nascer, em nosso coração, a misericórdia. Não se aprende a viver a misericórdia sem dificuldades, problemas e tribulações; ela nasce de uma mudança de atitude.

Precisamos aprender a filosofia que diz: “Tudo te favorece quando você não se aborrece e ainda agradece”, pois, se aprendermos, com as dificuldades, a exercitar a misericórdia, a nos permitirmos usufruir dela, logo estamos prontos a não só confiar nela, mas também anunciá-la.

Quando estamos em meio a uma tribulação, a um problema, é difícil acreditar que aquela é uma oportunidade para que nos aproximemos mais de Deus, para que nos aperfeiçoemos e nos tornemos mais santos. Mas só podemos falar de graça, só podemos falar de providência, só temos propriedade para falar de misericórdia, se nos permitirmos ser alcançados pela ação de Deus.

O Senhor nos conhece melhor do que ninguém, Ele sabe das nossas limitações e dos nossos potenciais. As lentes pelas quais devemos enxergar a vida, Aquele a que devemos entregar a direção dos nossos caminhos é Deus.

Entregar nossa vida nas mãos d’Ele, aprendendo a confiar em Sua misericórdia, é a melhor escolha que podemos fazer, pois nenhum sofrimento é para sempre, mas a Misericórdia do Senhor sim.

Leia também:




Transcrito e adaptado por Jonatas Passos


Padre Antônio Aguiar
Sacerdote divulgador da devoção à Divina Misericórdia

Título Original: Divina Misericórdia, um caminho de experiência com Deus


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 23 de setembro de 2017

Revolução da ternura contra a violência propõe campanha da Pastoral da Criança



CNBB

Dia 06 de outubro, a Pastoral da Criança lança no Brasil a campanha continental “Zero violência, 100% ternura”. Já lançada no Canadá, em Quito, El Salvador e Venezuela, a campanha tem como objetivo despertar pais, cuidadores, jornalistas e igrejas para a redução da violência contra a criança, que segundo Maria das Graças Silva Gervásia, membro da coordenação nacional da Pastoral da Criança, ainda apresenta índices alarmantes. A representante da Pastoral da Criança esteve na CNBB e concedeu uma entrevista ao portal da CNBB sobre a campanha. “Além de lutar pela eliminação de toda forma de violência contra a criança, é necessário investir alto na prevenção”, disse. Acompanhe a íntegra a seguir.

1) Por que a violência contra a criança ainda é tão presente na nossa sociedade e nas famílias? Qual o pior tipo de violência contra a criança?

Infelizmente na nossa sociedade plantamos as sementes da violência nas crianças, quando as punimos por algo que fizeram de errado. Isso vai lhes dar a ideia de que qualquer pessoa que faz algo errado precisa ser punida. E isso vai se tornando um ciclo de desrespeito, de violência. E quem é mais frágil? A criança. Pensamos em muitas formas de violência contra a criança (física, psicológica, sexual, social), mas consideramos que a pior forma ainda é a pobreza, como bem apresenta o neto de Gandhi, líder do movimento pela não violência . Segundo ele, nós somos muito egoístas, quando ignoramos a pobreza, achando que não é da nossa conta. Ainda existe a ideia de que as pessoas são pobres por serem estúpidas, incapazes, e que não há nada a se fazer. E reforça, os outros tipos de violência tendem a ser imediatos e de curta duração. Já a pobreza é algo com o que as pessoas têm que conviver dia e noite

2) Por que é importante eliminar a violência contra a criança?

Todas as pessoas têm um papel a desempenhar nesta causa, prevenindo todas as formas de violência contra as crianças, onde quer que aconteça e independentemente de quem a pratica e investir em programas de prevenção para enfrentar as causas. Se você ensina a criança usando a violência, ela se torna um adulto violento, pois foi isso que aprendeu.

3) Como a presença da Igreja e da sociedade contribui para o fortalecimento das famílias no sentido de evitar a violência contra a criança?

Infelizmente hoje a única interação entre pais e filhos costuma ser quando eles voltam para casa do trabalho e estão tão cansados que mal conseguem dar atenção para as crianças. Nesse sentido, como podemos criar boas crianças, que tenham amor e respeito? E quando na família prevalece o desemprego, a bebida, o que nós como igreja, não somente a católica, mas todas as formas de expressão religiosa, estamos fazendo para estar junto dessa família para fortalecê-la? E a sociedade como um todo, como está presente nessas situações? A comunidade está unida para ajudar a família ou está preparada apenas para denunciar? A denúncia quando necessária, precisa acontecer, mas em última instância, quando esgotadas todas as possibilidades de fortalecer a família. E se alguém toma a iniciativa de ajudar a família, isso afeta de forma positiva toda a comunidade. Como exemplo, as ações das pastorais, os serviços voltados para evitar a violência, reforçando o que pede o Documento de Aparecida – a criança é prioridade absoluta para a Igreja, o Estado, a família, a sociedade.

4) Quais as estratégias podem ser usadas para a criança não perder o vínculo familiar?

Esgotadas todas as possibilidades de fortalecer a família para que a criança permaneça com os seus, há a possibilidade do programa Família Acolhedora, onde a criança não perde a convivência familiar que necessita para o seu desenvolvimento e evita que fique muito tempo em abrigos. Esta é, portanto, encaminhada para parentes que irão abrigá-la ou para famílias voluntárias, que oferecem o mesmo cuidado por um período de um ano e garantem os direitos. E o mais importante é que o objetivo do programa é encaminhar a criança para o convívio com outra família, até que a sua família receba o atendimento e apoio necessários para reassumir a sua responsabilidade. Portanto, há alternativas, só temos que ir buscá-las.

5) Diversas Instituições se uniram para realizar a Campanha “Zero violência, cem por cento Ternura”. Quais são os principais objetivos desta Campanha?

A campanha é um projeto do Programa Centralidad de la Ninẽz (PCN), que envolve além dos três parceiros: a Pastoral da Criança Internacional, A Visão Mundial, o Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam), a Caritas América Latina e Caribe e a Associação Latinoamericana de Educação Radiofônica (ALER). Queremos com a campanha sensibilizar os pais, as mães, professores, líderes religiosos, políticos, comunicadores, enfim todo mundo, para lutar contra este terrível flagelo que é a violência em todas suas manifestações que afetam milhares de crianças em todo o continente americano. E insistimos também que só com uma revolução da ternura, da não violência, que poderemos transitar pelo caminho da solidariedade, da humildade e da fortaleza.

6) Como se dará na prática essa Campanha? Que atividades estão programadas?

Ela acontecerá em várias etapas, iniciando agora em 2017 e indo até 2019. Haverá oficinas sobre criação com ternura com os pais, comunicadores, líderes religiosos; a coleta de 3 milhões de assinaturas pelo pacto de ternura; uma caminhada, pegadas da ternura, passando por todos os países do continente americano; e além disso, será feita muita divulgação nos meios de comunicação.

7) Como cada pessoa que está nos ouvindo pode colaborar com esta Campanha “Zero violência, cem por cento Ternura”?

Primeiramente, se comprometendo com o pacto de ternura, sendo um promotor, uma promotora da ternura com a criança, reconhecendo e sanando sua própria história de violência; cultivando relações de ternura, livres de violência contra as crianças. Enfim, fazer a partir do seu testemunho, outras pessoas se apaixonem pela causa. Necessitamos de todas as pessoas para eliminar a violência contra a criança.


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Jesus é filho de Deus e também Deus





Pe. Divino Antônio Lopes FP.


Jesus Cristo é Deus. Essa verdade não depende da língua e do veneno que os hereges espalham contra Nosso Senhor.

É estranho que haja cristãos professos que neguem que a DIVINDADE, em qualquer sentido absoluto da palavra, tenha sido reclamada para Cristo ou por Cristo no Novo Testamento.

O Evangelho de São João abre-se com declaração de que “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o VERBO ERA DEUS... Por Ele todas as coisas foram feitas... e o VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS” (Jo 1, 1-14).O Papa Paulo VI escreve: "Cremos em Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus. Ele é o Verbo Eterno, nascido do Pai antes de todos os séculos e consubstancial ao Pai, isto é, homoousios to Patri; por Quem foram feitas todas as coisas. E encarnou por obra do Espírito Santo, de Maria Virgem, e Se fez homem: portanto, igual ao Pai segundo a divindade, menor que o Pai segundo a humanidade, completamente um não por confusão da substância (que não pode fazer-se), mas pela unidade da pessoa"(Credo do Povo de Deus, n.º 11), e São João Crisóstomo escreve: "No princípio": "Não significa senão que foi sempre e é eterno (...). Porque se é Deus, como de verdade o é, não há nada antes d'Ele; se é Criador de todas as coisas, então Ele mesmo é o primeiro; se é Dominador e Senhor de tudo, tudo é posterior a Ele: as criaturas e os séculos"(Hom. sobre S. João, 2, 4). Assim como nas palavras de abertura do Gênesis, onde a criação é descrita, nos é dito que todas as coisas devem a sua existência ao Verbo de Deus (Deus disse: Haja a luz; e houve luz), assim também agora nos é dito por São João que esse Verbo de Deus, existente antes que todas as coisas fossem feitas, estava em Deus pela sua própria Personalidade distinta, embora fosse Deus, essencialmente identificado com o próprio Ser da Natureza Divina. E essa Pessoa Viva, prossegue ele dizendo-nos, se fez homem e habitou entre nós nesta terra sob o nome de Jesus Cristo. Esse Verbo de Deus, como perfeita expressão de Deus, como verdadeira imagem de tudo o que Deus é, não poderia ser mais adequadamente descrito do que como Filho de Deus. E foi esse Filho pré existente que se fez homem a fim de redimir o gênero humano do pecado e possibilitar para nós a eterna salvação.

Que o próprio Cristo tinha consciência de ser esse Filho eterno de Deus, isto ele o tornou claro repetidas vezes.

Quando Ele disse aos Judeus: “EU e o PAI SOMOS UM”, eles não deixaram de compreendê-lo. Conheceram que Ele queria dizer “UM ÚNICO SER” com Deus; e apanharam pedras para o apedrejarem, explicando: “Não te apedrejamos por uma boa obra, mas por blasfêmia; porque sendo homem, te fazes Deus” (Jo 10, 30-33). E Ele não os declarou enganados em lhe atribuírem essa pretensão.

Deus é misterioso. Jesus igualmente é misterioso. “Ninguém conhece o filho senão o Pai; nem ninguém conhece o Pai senão o Filho” (Mt 11, 27). Deus é eterno. Jesus igualmente é eterno. “Antes que Abraão fosse”, disse Ele aos Judeus “EU SOU”. E novamente os Judeus apanharam pedras para o apedrejar (Jo *, 58). Na sua prece final pelos seus discípulos, Ele não hesitou em dizer: “E agora glorifica-me, ó Pai, contigo, com aquela glória que eu tinha contigo ANTES QUE O MUNDO FOSSE FEITO” (Jo 17, 5). A expressão “ANTES QUE O MUNDO FOSSE FEITO” significa antes que a criação ocorresse, e antes que começasse a duração sucessiva que nós conhecemos como tempo. Essas palavras não podem ter outro significado senão que, nas eternas condições próprias a Deus, a viva e divina Personalidade de Cristo coexistia com o pai e possuía a mesma glória. Ademais, DEUS é o JUIZ FINAL. JESUS também é esse JUIZ FINAL quando, como “FILHO DO HOMEM”, vier, em toda a sua majestade, decidir a sorte de todo o gênero humano (Mt 25, 31-32). Jesus difere pois, de todos nós por todas as diferenças que existem entre o Criador e a Criatura.

A verdade foi mostrada mui fortemente no incidente, ocorrido após a ressurreição, quando o Apóstolo São Tomé se dirigiu pessoalmente a Cristo com aquelas palavras: “MEU SENHOR E MEU DEUS” (Jo 20, 28). Nos Atos dos Apóstolos é nos citada a cura milagrosa do coxo por Pedro e João. Mas quando o povo, cheio de admiração e de espanto, olhou para eles quase como uns semi-deuses, Pedro foi pronto em negar qualquer direito à admiração deles, desviando-lhes imediatamente a atenção para Cristo. “Vós, homens de Israel”, disse ele, “por que olhais para nós como se pela força ou poder houvéssemos feito este homem andar? O Deus de Abraão, e o Deus de Isaac, e o Deus de Jacó, o Deus de nossos Pais, glorificou seu Filho Jesus” (At 3, 12-13). Deveremos dizer que Cristo, era menos honesto do quer os seus Apóstolos? Impossível. Contudo, longe de repudiar as palavras a Ele dirigidas por São Tomé, “MEU SENHOR, MEU DEUS”, Jesus aceitou-as e aproveitou a ocasião para dizer: “Porque viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram”.

São Paulo não tinha dúvida quanto ao que os cristãos deviam crer. Escrevendo aos Romanos, declarou que CRISTO era “DEUS BENDITO ETERNAMENTE” (Rm 9, 5); e a Tito declarou que CRISTO era “NOSSO GRANDE DEUS E SALVADOR” (Tt 2, 13). Aos Filipenses falou de “CRISTO JESUS, QUE, EXISTINDO EM FORMA DE DEUS, NÃO JULGOU USURPAÇÃO O SER IGUAL A DEUS”. (Fl 2, 5-6). E de outra vez, aos Colossenses disse de Cristo: “NELE HABITA CORPORALMENTE TODA A PLENITUDE DA DIVINDADE” (Cl 2, 9).

No último livro do Novo Testamento, o Apocalipse (Revelação), deparamos com estas palavras: “EU SOU O ALFA E O ÔMEGA, O PRINCÍPIO E O FIM, diz O SENHOR DEUS, o qual é, e o qual foi, e o qual será o TODO-PODEROSO” (Ap 1, 8). Estas palavras só podem aplicar-se ao verdadeiro Deus; e 23, 13 torna claro que elas devem ser aplicadas a Cristo.

Há quem pense solapar tudo isto dizendo que Cristo nos disse que seu Pai também é nosso Pai, e que portanto nós somos filhos de Deus, atingindo nele a humanidade a sua mais alta perfeição. E por certo que esses tais pretendem sugerir que Cristo, embora homem perfeito, não passava de homem, mas há algo muito importante a notar nas referências dele a seu Pai em conexão com isto.

Cristo sempre tornou claro que seu Pai tinha um parentesco com Ele totalmente diferente do parentesco para conosco. Ele era o FILHO ÚNICO DE DEUS. Como era que ELE falava de Deus? Sempre como “MEU PAI NO CÉU”, nunca como “NOSSO PAI”. Quando falava aos seus discípulos, dizia: “VOSSO PAI”, mas nunca se classificava com eles. Disse-lhes que orassem assim: “PAI NOSSO”. Mas nunca usou estas palavras como se incluindo a si mesmo com eles. Aos seus discípulos, ELE disse: “SE ALGUÉM ME AMA, MEU PAI O AMARÁ” (Jo 14 23). Ninguém pode enganar-se sobre o fato de haver Jesus usado a expressão “MEU PAI” em referência a si mesmo num sentido inteiramente diferente daquele que poderia aplicar-se a qualquer pessoa neste mundo.

Busca-se então refúgio no fato de tantas vezes referir-se a si mesmo, como o “FILHO DO HOMEM”, e então se argüi que com isso ELE admitiu ser um ente meramente humano como qualquer um de nós.

Ora, sem dúvida, pela Encarnação, o Filho de Deus tornou-se um ente verdadeiramente humano; mas não era somente isso. E, quando aplicava a si mesmo o título de “FILHO DO HOMEM”, fazia-o num sentido muito especial, muito além daquele que poderia aplicar-se a um ser humano comum. Ele tinha em mente a profecia messiânica de Daniel concernente a uma pessoa misteriosa, de aparência exterior como a de ser humano, mas pertencente a uma ordem de realidade, muito mais alta, e vinda “nas nuvens do céu” (Dn 7, 13-14). Assim Cristo declarou que como “Filho do Homem”, Ele tinha o poder sobre-humano de perdoar pecados (Lc 5, 25); era Senhor do Sábado (Mc 2, 28), tinha vindo para redimir os pecadores (Mt 20, 28); e como vimos, é como “Filho do Homem” que Ele virá uma Segunda vez no fim do mundo, Juiz Supremo do gênero humano (Mt 25, 31). Nenhuma dessas expressões é aplicável a alguém que não seja mais do que um ente ordinariamente humano.

Finalmente, falando da necessidade da fé nele, Cristo disse: “Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que por Ele o mundo pudesse ser salvo. Quem nele crê não é julgado. Mas quem não crê nele já está julgado, porque não crê no nome do Filho Unigênito de Deus” (Jo 3, 17-18). Por certo, esta última expressão põe fim a todas as tentativas de reduzir Cristo ao nosso próprio nível com o argumento de que nós mesmos às vezes somos chamados “Filhos de Deus”. Como “Filho Unigênito de Deus” Cristo é inteiramente único e completamente diferente dos outros, que não podem pretender a filiação em nada mais do que no sentido lato, em razão da sua criação por Deus. Porquanto Cristo não seria o “Filho Unigênito” se o resto de todos nós fôssemos filhos de Deus nesse mesmo sentido.

Título Original: Jesus Cristo é Deus


Site: Soldados Católicos
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 16 de setembro de 2017

As chaves para leitura e conhecimento da Bíblia



Cléofas

Primeiro passo para conhecer a Bíblia é ler a própria Bíblia

Você tem Sete Chaves que abrem o seu coração para ler a Bíblia de forma libertadora, agradável e correta. Estas chaves são fáceis de se encontrar, pois elas estão simbolizadas em seu próprio corpo.

Com as “Sete Chaves” você encontra a Palavra de Deus que está na Bíblia e na vida e entenderá melhor o sentido escondido atrás das palavras.

Veja só:

1. Pés: Bem plantados na realidade

Para ler bem a Bíblia é preciso ler bem a vida, conhecer a realidade pessoal, familiar e comunitária do país e do mundo. É preciso conhecer também a realidade na qual viveu o Povo da Bíblia. A Bíblia não caiu do céu prontinha. Ela nasceu das lutas, das alegrias, da esperança e da fé de um povo (Ex 3,7).

2. Olhos: Bem abertos

Um olho deve estar sobre o texto da Bíblia e o outro sobre o texto da vida. O que fala o texto da Bíblia? O que fala o texto da vida? A Palavra de Deus está na Bíblia e está na vida. Precisamos ter olhos para enxergá-la.

3. Ouvidos: Atentos, em alerta

Um ouvido deve escutar o chamado de Deus e o outro escutar o seu irmão.

4. Coração: Livre para amar

Ler a Bíblia com sentimento, com a emoção que o texto provoca. Só quem ama a Deus e ao próximo pode entender o que Deus fala na Bíblia e na vida. Coração pronto para viver em conversão.

5. Boca: Para anunciar e denunciar

Aquilo que os olhos viram, os ouvidos ouviram e o coração sentiu a palavra de Deus e a vida.

6. Cabeça: Para pensar

Usar a inteligência para meditar, estudar e buscar respostas para nossas dúvidas. Ler a Bíblia e ler também outros livros que nos expliquem a Bíblia.

7. Joelhos: Dobrados em oração

Só com muita fé e oração dá para entender a Bíblia e a vida. Pedir o dom da sabedoria ao Espírito Santo para entender a Bíblia.

Regras de ouro para ler a Bíblia

1. Leia-a todos os dias

Quando tiver vontade e quando não tiver também. É como um remédio, com ou sem vontade tomamos porque é necessário.

2. Tenha uma hora marcada para a leitura

Descobrir o melhor período do dia para você e fazer dele a sua hora com Deus.

3. Marque a duração da leitura

O ideal é que seja de 30 a 40 minutos, no mínimo, por dia.

4. Escolha um bom lugar

É bom que se leia no mesmo lugar todos os dias. Deve ser um lugar tranqüilo, silencioso que facilite a concentração e favoreça a criação de um clima de oração. Se, num determinado dia, não se puder fazer o trabalho na hora marcada e no lugar escolhido, não faz mal. Em qualquer lugar e em qualquer hora devemos ler. O importante é que se leia todos os dias.

5. Leia com lápis ou caneta na mão


Sublinhe na sua Bíblia e anote no seu caderno as passagens mais importantes, tudo o que chamar a sua atenção, as coisas que Deus falou ao seu coração de modo especial. Isto facilita encontrar as passagens qua ndo precisar delas.

6. Faça tudo em espírito de oração

Quando se lê a Bíblia faz-se um diálogo com Deus; você escuta, você se sensibiliza, você chora. É um encontro entre duas pessoas que se amam.

“Quando oramos falamos a Deus. Quando lemos as Sagradas Escrituras é Deus quem nos fala.”


Leia também:


Título Original: Sete chaves para ler e conhecer a Bíblia


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Os jovens devem ser os protagonistas do Sínodo dos Bispos

Cardeal Lorenzo Baldisseri 23 Junho De 2015 (Foto ZENITcc)


Zenit

A XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai ser realizada em outubro de 2018

O Secretário Geral do Sínodo dos bispos, o Cardeal Lorenzo Baldisseri, em entrevista à Radio Vaticano traçou um panorama sobre o andamento dos trabalhos e destacou que tudo deve ser feito no sentido de que sejam os jovens os protagonistas do Sínodo.

A XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai ser realizada em outubro de 2018, e organizam-se diversos encontros preparatórios, como o Seminário Internacional sobre a situação juvenil em andamento de 11 a 15 de setembro no Auditório da Cúria Geral dos Jesuítas, em Roma.

Um dos objetivos é que este encontro preparatório realize reflexões com bases científicas sobre a situação juvenil, motivo pelo qual foram convidados a se pronunciar especialistas de diversas áreas e procedências.

Título Original: Card. Baldisseri indica que os jovens devem ser os protagonistas do Sínodo


Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 9 de setembro de 2017

O poder de Deus nas coisas simples

Web


Luzia Santiago


O poder de Deus se manifesta nas coisas simples e a simplicidade evidencia o belo

“Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores daqui da terra, não servindo apenas diante dos olhos, como quem procura agradar os seres humanos. Obedecei-lhes com simplicidade de coração, no temor do Senhor.” (Cl 3,22) .

O poder de Deus se manifesta nas coisas simples e a simplicidade evidencia o belo. “Tudo que fizerdes, fazei-o de coração, como para o Senhor e não para seres humanos” (Cl 3,23). Muitas vezes, achamos que algo é belo quando é complicado ou valioso; acreditamos que assim as coisas adquirem certo ar de importância.

Pelo contrário, quanto mais descomplicamos, mais felizes somos, porque a semelhança com Deus é restaurada em nós. Cada um, pobre ou rico, empregado ou patrão, receberá do Senhor a paga pelo bem que tiver feito.

Devemos ficar atentos aos detalhes da vida, aos gestos simples que as pessoas nos fazem e que devem ser valorizados, e também ter a coragem de realizar gestos pequenos, mas cheios de amor, que tornam outros felizes. “Deus é amor” e o amor é simples.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago
Cofundadora da Comunidade Canção Nova

Título Original: A simplicidade conduz à liberdade e à autenticidade


Site: Luzia Santiago
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Igreja no Brasil estimula cristãos à oração e à participação cidadã na Semana da Pátria




CNBB

No dia 7 de Setembro, data na qual oficialmente se comemora a independência política do Brasil, será realizado em todo país o 23º Grito dos Excluídos que, este ano, tem como lema “Por direitos e Democracia, a luta é todo dia” e tema “Vida em primeiro lugar”, pelos quais, segundo a Coordenação Nacional, quer chamar a atenção da sociedade para a urgência da organização e luta popular frente à conjuntura em que o país vive hoje.

Em coletiva de imprensa, realizada dia 31/08, na sede do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em São Paulo, o bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo Bernardino disse que o Grito acontece em um momento em que o país vive uma crise ética na política por parte dos governantes e autoridades. O bispo disse que os parlamentares estão de costas para o povo, não ouvem os gritos da população, sobretudo dos segmentos que estão à margem da sociedade.

O bispo, representante da Comissão Episcopal pastoral para a Ação social Transformadora da CNBB, afirmou que é necessário transparência na administração pública e punição aos corruptos. “O povo precisa voltar a ocupar as ruas de forma consciente e organizada para conquistar, defender e garantir seus direitos”, disse.

A representante da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos, Karina Pereira da Silva, lembrou que O Grito dos Excluídos vem se afirmando, a cada ano, como um processo de construção coletiva, de forma descentralizada. Ela disse que o ato tem seu ponto alto na semana da Pátria e no dia 7 de Setembro, mas que é precedido de ações em preparação e organização que vão desde seminários, palestras, rodas de conversa, audiências públicas, vigílias, celebrações, concursos de redação nas escolas.

Direitos ameaçados

Segundo o bispo de Ipameri (GO), dom Guilherme Antônio Werlang, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: “Vivemos tempos difíceis. Os direitos e os avanços democráticos conquistados nas últimas décadas, frutos de mobilizações e lutas, estão ameaçados. O ajuste fiscal, as reformas trabalhista e da previdência estão retirando direitos dos trabalhadores para favorecer aos interesses do mercado. O próprio sistema democrático está em crise, distante da realidade vivida pela população”.

Realizado no dia 7 de setembro, o Grito dos/as Excluídos/as tem especial importância para a Igreja que, neste ano de 2017, também sugere as comunidades que na mesma data acrescente dois elementos importantes da espiritualidade cristã para acompanhar a reflexão: a oração e o jejum. Na última reunião do Conselho Permanente, a CNBB se dirigiu direta e fraternalmente a todas as comunidades convidando a todos para que “diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o Brasil”.

A iniciativa do Grito dos/as Excluídos/as brotou do seio da Igreja, em 1995, para aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade daquele ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e para responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, realizada em 1994, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”.

A conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou na sexta-feira, 1º de setembro, (leia a íntegra abaixo), mensagem para o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. No documento, a entidade encoraja as pessoas de boa vontade a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”. A instituição convida as comunidades a se unirem ao movimento O “Grito dos Excluídos” e, nesta data também, o Conselho Permanente da CNBB sugere as comunidades rezem juntos pela realidade brasileira no O Dia de Oração e Jejum pelo Brasil (Veja a oração proposta abaixo).

Segundo o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a Jornada de Oração é um convite aos cristãos católicos brasileiros a entrar e despertar para a realidade brasileira por meio da oração e jejum. “A oração nos abre um horizonte de compreensão para além da nossa realidade imediata e nos convida a dar nossa contribuição como cristãos e católicos”, disse.

Neste momento em que se celebra a Independência do Brasil, o secretário-geral afirma ser necessário lembrar do Brasil e, como cristãos católicos, participar ativamente da vida da nossa sociedade brasileira. “Não podemos continuar com a política e com o momento tenso que estamos vivendo de violência e agressões e desprezo das relações sociais. É necessário buscar um reequilíbrio a partir da ética”, disse o religioso.

O Dia de Oração e Jejum sugerido é o dia 7 de setembro, data que marca a Independência do Brasil. Com o tema “Dia da Pátria: Vida em primeiro lugar” e o lema “A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco). A CNBB enviou também uma carta aos bispos brasileiros, dia 10 de agosto deste ano (confere íntegra abaixo).

Leia a mensagem na íntegra:

MENSAGEM DA CNBB
VIDA EM PRIMEIRO LUGAR

O “Grito dos Excluídos” nasceu com o objetivo de responder aos desafios levantados por ocasião da 2ª Semana Social Brasileira, realizada em 1994, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”, e aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade em 1995, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”.

O Grito, realizado no dia 7 de setembro, com suas várias modalidades, é construído com a participação das comunidades cristãs, movimentos, pastorais sociais e organizações da sociedade civil, tem, em 2017, como tema: “Vida em primeiro lugar”, e como lema: “Por direito e democracia, a luta é de todo dia”.

A sociedade brasileira está cada vez mais perplexa, diante da profunda crise ética que tem levado a decisões políticas e econômicas que, tomadas sem a participação da sociedade, implicam em perda de direitos, agravam situações de exclusão e penalizam o povo brasileiro pobre.


O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, diante do grave e prolongado momento triste vivido no país, sugere às comunidades que, nesta data, sejam acrescentados dois elementos importantes da espiritualidade cristã, para acompanhar as reflexões e as ações sobre a realidade brasileira: UM DIA DE JEJUM E DE ORAÇÃO PELO BRASIL.

Encorajamos, mais uma vez, as pessoas de boa vontade, particularmente em nossas comunidades, a se mobilizarem pacificamente na defesa da dignidade e dos direitos do povo brasileiro, propondo “a vida em primeiro lugar”.

Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, acompanhe o povo brasileiro com sua materna intercessão!

Brasília, 31 de agosto de 2017

Veja a íntegra da oração:

JORNADA DE ORAÇÃO PELO BRASIL

Semana da Pátria
1º a 07 de setembro de 2017
07 de setembro – dia da Pátria: Vida em primeiro lugar

“A paz é o nome de Deus” (Papa Francisco)

Diante do grave momento vivido por nosso país, dirijamos nossa oração a Deus, pedindo a bênção da paz para o Brasil.

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vivemos um momento triste, marcado por injustiças e violência. Para construirmos a justiça e a paz, em nosso país, necessitamos muito do vosso amor misericordioso, que nunca se cansa de perdoar.

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Estamos indignados, diante de tanta corrupção e violência que espalham morte e insegurança. Pedimos perdão e conversão. Nós cremos no vosso amor misericordioso que nos ajuda a vencer as causas dos graves problemas do País: injustiça e desigualdade, ambição de poder e ganância, exploração e desprezo pela vida humana.

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Ajudai-nos a construir um país justo e fraterno. Que todos estejamos atentos às necessidades das pessoas mais fragilizadas e indefesas! Que o diálogo e o respeito vençam o ódio e os conflitos! Que as barreiras sejam superadas por meio do encontro e da reconciliação! Que a política esteja, de fato, a serviço da pessoa e da sociedade e não dos interesses pessoais, partidários e de grupos.

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vosso Filho, Jesus, nos ensinou: “Pedi e recebereis”. Por isso, nós vos pedimos confiantes: fazei que nós, brasileiros e brasileiras, sejamos agentes da paz, iluminados pela Palavra e alimentados pela Eucaristia.

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Vosso filho Jesus está no meio de nós, trazendo-nos esperança e força para caminhar. A comunhão eucarística seja fonte de comunhão fraterna e de paz, em nossas comunidades, nas famílias e nas ruas.

Pai misericordioso, nós vos pedimos pelo Brasil!

Neste ano em que celebramos os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, queremos seguir o exemplo de Maria, permanecendo unidos a Jesus Cristo, que convosco vive, na unidade do Espírito Santo.

Amém!

(Pai nosso! Ave, Maria! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!)

Veja a íntegra da carta enviado aos bispos:

Brasília-DF, 10 de agosto de 2017

SG – Nº. 0500/17

Prezado irmão no episcopado,

Unidos para servir!

Vivemos um momento difícil e de apreensão no Brasil. A realidade econômica, política, ética vem acompanhada de violência e desesperança.

O Conselho Permanente, ao refletir o momento vivido, pediu que a Presidência enviasse carta ao irmão, sugerindo um Dia de jejum e oração pelo Brasil. Pediu igualmente que fosse enviada uma oração que pudesse ser rezada nas comunidades e famílias.

O dia de oração e jejum sugerido é o dia 7 de setembro próximo. A oração que enviamos também em anexo é a mesma que rezamos no dia de Corpus Christi. Houve uma adaptação na última prece.

Convidamos o irmão a incentivar a participação das comunidades e famílias no Dia de Jejum e oração pelo Brasil.

Em Cristo, unidos para servir,

Cardeal Sergio da Rocha Dom Murilo S. R. Krieger
Arcebispo de Brasília – DF Arcebispo de São Salvador
Presidente da CNBB Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília – DF
Secretário-Geral da CNBB


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 2 de setembro de 2017

Advogada foi paga pela Universal para difamar Bispo.




De fato, a verdade nunca deixa de prevalecer, podendo durar por vezes, muito tempo. O certo é que o Senhor jamais deixa os seus sem assistência. 
Henrique Guilhon


Front Católico


Dom Aldo sofreu um espancamento midiático

“Gostaria de avisar que estou indo daqui a pouco reduzir tudo a termo em depoimento que será prestado em Cartório e com firma reconhecida e reafirmar tudo que já disse e venho dizendo sobre a Universal”, comunicou no começo da tarde de hoje (30) a advogada Laura Berquó, também Professora de Direito em João Pessoa. Reafirmar tudo o que disse sobre a Universal significa manter a acusação, feita em maio passado, de que a igreja de Edir Macedo patrocinou uma campanha de difamação na mídia contra Dom Aldo Pagotto, ex arcebispo metropolitano da Igreja Católica na Paraíba.

O ‘espancamento midiático’ seria uma represália às manifestações públicas do prelado católico contra a “mercantilização da fé” realizada pela “empresa religiosa”. Os ataques teriam se acentuado após as críticas de Dom Aldo à construção do templo da Universal na Epitácio Pessoa, na Capital, em 2007. A acusação à igreja neopentecostal foi publicada no dia 17 daquele mês no blog Epa Hey (epahey2015.blogspot.com.br), que Laura criou para defender “os direitos das mulheres e das minorias”. As declarações da advogada foram repicadas no dia seguinte pelo Jornal da Paraíba.

A advogada também comparou o ‘calvário’ de Dom Aldo ao sofrimento por que passou a mãe de santo Gilda de Ogum, de Salvador (BA), falecida em janeiro de 2000 em decorrência de um infarto. “O porquê do infarto? Porque a Igreja Universal, por meio de um jornal, a Folha Universal, usou a imagem de Mãe Gilda chamando-a de charlatã e outros xingamentos preconceituosos”, escreveu Laura em seu blog. “Mas o que Mãe Gilda (Gildásia dos Santos) tem em comum com o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Di Cillo Pagotto?”, perguntou a advogada, para ela mesma dar a resposta: “Dom Aldo tem sido vítima de uma campanha difamatória sem precedentes e que tem ganhado fôlego pelo fato do arcebispo desagradar vários segmentos da sociedade”.

Procurada pelo JP online, a Universal anunciou através do seu Departamento de Comunicação Social que processaria judicialmente Laura Berquó. Na mesma resposta, disse que no caso de Mãe Gilda a Igreja foi denunciada por herdeiros da mãe de santo, mas totalmente inocentada – e em caráter definitivo – pelo Tribunal de Justiça da Bahia e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

“O fato do TJBA não ter reconhecido a Universal como a responsável pelo desgosto sofrido por Mãe Gilma não quer dizer nada, porque nesse país temos visto vários episódios de racismo institucional e discriminação com o povo de santo. Apesar da Bahia possuir uma população negra numerosa e muitos adeptos do Candomblé, o preconceito ainda existe e muito”, retruca a advogada no comunicado distribuído nesta quinta-feira, que ela conclui deixando os “senhores da Universal” à vontade para processá-la. “Porque eu mantenho tudo o que disse que vocês são os responsáveis pela difamação do Arcebispo Dom Aldo Pagotto e manterei meu testemunho”, repete.

Pedofilia e intolerância

Na postagem que fez em defesa do arcebispo há quase um mês e meio, Laura Berquó lembrou que Dom Aldo foi acusado “de explorar sexualmente adolescentes” ou de ‘dar cobertura’ a abusos sexuais praticados contra menores de idade, a exemplo do que ocorreu quando o arcebispo era bispo do Sobral (CE), onde teria protegido um padre que foi parar na cadeia por supostamente ter seduzido ou estuprado uma menina de 13 anos.

“O arcebispo já deu várias mostras de não tolerar em terras paraibanas a prática da pedofilia por parte de religiosos, mas até a própria esquerda que defenderia qualquer criminoso horripilante (…) não absolve o nosso arcebispo. O problema é de ideologia mesmo e por isso Dom Aldo segue espancado pela mídia que de forma irresponsável agride a saúde de um homem já idoso”, avaliou então a advogada.

Ela se referiu ainda a uma representação contra Dom Aldo junto à Procuradoria da República na Paraíba, na qual o arcebispo foi denunciado por “intolerância religiosa”. O processo foi arquivado pelo procurador Duciran Farena, para quem a crítica à construção do templo da IURD na Epitácio Pessoa não excedeu os limites “do sagrado direito à liberdade de expressão”.

No final do seu artigo, Laura Berquó revelou que a Universal estaria colaborando com a ‘via crucis’ de Dom Aldo porque também funcionaria como pagadora das multas aplicadas pela Justiça contra blogs patrocinados para “difamar” o arcebispo. Os blogueiros processados teriam se reunido em julho do ano passado com um deputado estadual e um bispo da Universal em um café de um shopping da cidade para acertar as bases de tal ‘patrocínio’.

Fonte: http://blogs.jornaldaparaiba.com.br/rubensnobrega/2016/06/30/advogada-reafirma-em-cartorio-que-universal-pagou-para-difamar-dom-aldo/

Título Original: Advogada declara que foi paga pela Igreja Universal para difamar Bispo católico


Site: Front Católico
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O valor da Palavra de Deus para a Igreja

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com


Dom João Inácio Müller

“A Palavra de Deus se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14)

A Igreja, de alguma forma, é expressão da Palavra de Deus. Temos Igreja, porque a Palavra do Senhor veio até nós e falou-nos, disse-se inteira para nós, e foi acolhida. Somos filhos e filhas da Palavra – tornamo-nos o que escutamos! Ela nos dá o conselho e a luz, o consolo e a esperança. Todos os dias, ela precisa estar em nossas mãos, ser olhada e cair em nosso coração, vestir nosso corpo, calçar nossos pés e ungir nossas mãos. Assim, nossos comportamentos e nossa vida serão expressão da Palavra de Deus. Precisamos nos voltar à Palavra, a fim de acolhê-la e obedecer-lhe, amá-la e vivê-la, procurá-la, guardá-la e anunciá-la. Mais: ‘só quem se coloca, primeiro, à escuta da Palavra, é que pode depois tornar-se seu anunciador’ (VD 51). Como diz nosso Papa Francisco, lidemos com a Palavra de Deus, assim como lidamos com nosso celular.

Só é possível compreender vivendo

O povo de Deus que nasceu da Páscoa, isto é, a comunidade que, pela fé, entrou em aliança de amor com seu Deus, é chamado a expressar, mediante a obediência à Palavra do Senhor, a fidelidade à aliança estabelecida. Sua vocação será ouvir a Palavra e observá-la, escutá-la, segui-la e cumprir a vontade do Senhor. Nós, Igreja, povo de Deus, precisamos aprender que a obediência à Palavra vale mais do que sacrifícios e holocaustos (Is 15,22). E tenhamos como certo: só é possível compreender a Escritura vivendo-a.

Existe uma relação, clara e ao mesmo tempo misteriosa, entre Igreja e Palavra de Deus, entre a vida do povo e a obediência à Palavra, entre força da fé e apego à Sagrada Escritura, entre discernimento da vontade de Deus e meditação assídua da Sua Palavra. Compreendemos que não pode existir povo de Deus, não pode existir Igreja, sem Palavra de Deus. Não pode existir liberdade sem obediência à Palavra. Não pode existir festa sem fidelidade à aliança estabelecida com Deus. Compreendemos também que não pode surgir uma comunidade, como família unida em Cristo, que seja viva e operante, sem que a Palavra ocupe um lugar importante na vida dos irmãos e irmãs.

Acolher a Palavra é acolher o próprio Deus

Tampouco, não nos passa despercebido que existe uma relação íntima, estreita e profunda, entre abandono da Palavra de Deus e a deterioração da fé, entre desinteresse pela Palavra e quebra das relações fraternas. Mais: creio que a atual decadência da experiência cristã em amplos setores de nossa sociedade tem a ver com o desprezo da vontade de Deus. Obedece-se pouco ao que Deus diz. O que Ele diz não importa hoje. Eis o mundo que temos!

Na Palavra, o Senhor se revela e entrega-se a nós. Com a Palavra, Ele nos ilumina e transforma; pela Palavra, liberta-nos e guia, interpela-nos e nos acusa, admoesta, consola e salva. Somos um povo que crê num Deus que fala e se revela. Somos uma Igreja que vive à escuta da Palavra e faz o que Ela diz. A Palavra de Deus é nossa mesa da saúde. Para o povo de Deus, acolher a Palavra é acolher o próprio Deus; e acolher Deus é acolher a vida. Para o povo, a Palavra é a fonte da vida. Somos Igreja fundada na Palavra, que é o próprio Senhor. Assim, nossa missão e vocação, como Igreja, é presentear Deus hospedado em nós.


Título Original: Você sabe qual é o valor da Palavra de Deus para a Igreja?


Site: Formação Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon