A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Feliz aquele que segue o Senhor


Luzia Santiago

Os caminhos do Senhor são perfeitos, alegria e felicidade sem fim. Na Palavra de Deus, é a bússola que nos direciona ao bom caminho.

Permaneçamos firmes às leis do Senhor, com a certeza de que, por meio delas, progredimos na fé. A fidelidade a Jesus é a certeza de colhermos muitos frutos de alegria e paz. “Mas na lei do Senhor encontra sua alegria e nela medita dia e noite” (Salmo 1,2).

Peçamos ao Senhor o derramamento do Espírito e rezemos com confiança: “Envia o Teu Espírito, Senhor, e renova a nossa vida”.

Jesus, eu confio em Vós!

Link Original: http://luziasantiago.com/

Foto: Web

Site: Luzia Santiago
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 29 de abril de 2014

Érick Augusto testemunha sua conversão a Igreja Católica

Ef 4,5 – Um só Senhor, uma só fé, um só batismo.

Catia

Graça e paz da parte de Jesus Cristo nosso Senhor!

Sou Érick Augusto Gomes e gostaria de partilhar com todos vocês como sucederam os acontecimentos que culminaram em minha conversão a Igreja Católica. Todo processo de mudança é duro e na maioria das vezes difícil, porém, se cremos e confiamos que é o Cristo que nos dá o dom da vida e nos preenche com a sua sabedoria, temos a certeza que tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8,28).

E é esse Deus que trabalhou em minha vida de diversas formas e todas elas contribuíram para que eu chegasse a Igreja do Senhor.

Costumo dizer que “nasci Cristão”: me converti ainda no seio da minha família e fui batizado na Igreja de São João Batista em Jundiaí/SP já que meus pais, embora desconhecendo a própria fé, iniciaram-me na Igreja Católica. Minha mãe costuma dizer-me que quando eu era criança e ela levava-me ao centro da cidade, era normal que chorasse. Eu era muito pequeno, porém, a única forma que fizesse com que eu parasse, era entrar no Mosteiro de São Bento. Ali, dizia ela, meus olhos inocentes olhavam para todos os lados do templo, para todos os vitrais, todas as imagens e assim, eu me acalmava. Depois de muitos anos, verdadeiramente eu iria entender o que esse sinal seria em minha vida.

Até os meus sete anos de idade, cresci dentro da Igreja católica. Meus pais eram assíduos nas missas, porém, em 1996 por influencia de uma vizinha, minha mãe passou a frequentar uma comunidade chamada “quadrangular” e embora meu pai inicialmente tivesse repudiado a ideia, depois de algum tempo, passou a frequentar e assim, “converteu-se” e dessa forma, eu, como criança, passei a ingressar dentro da comunidade protestante. Minha infância foi vivida dentro das “igrejas evangélicas”. Apesar da Quadrangular ser a primeira comunidade que meus pais passaram a frequentar, um ano após o descobrimento da “nova fé”, os mesmos foram para o CCC (Centro comunitário Cristão) e por fim a Igreja Presbiteriana do Brasil. Quando digo que nasci cristão, é porque de fato, desde o início da minha vida aprendi a amar, adorar e entender o mistério da gloriosa salvação de Jesus Cristo através de sua piedosa cruz. Embora, não me desse conta que o fator da verdadeira Igreja fosse primordial para que entendesse a história cristã, sendo assim, cresci repudiando tudo aquilo que pensava ser o catolicismo, pois, as pessoas que convivia foram ensinadas a não gostar da fé cristã católica. Dentro da Igreja Presbiteriana, era um membro ativo: participava do grupo dos jovens, ia a encontros presbiteriais e participava do ministério de louvor da Igreja. Estudava a Bíblia, admirava Calvino e a todo custo tentava converter aqueles que não participavam da mesma fé que a minha. Mesmo sendo muito novo, eu já possuía uma opinião própria, de fato, eu tinha aversão ao catolicismo. Suas imagens e a devoção a Virgem faziam com que eu anunciasse sua idolatria.

Em 2005 tive a oportunidade do primeiro emprego. Na época, foi o primeiro auge da minha vida profissional e pessoal. Estava na igreja, tinha comunhão com a fé “verdadeira” e ainda por cima desfrutava do primeiro trabalho. Com 16 anos, entrei em uma empresa que fabricava portas — era um serviço de carpintaria. Um trabalho digno, afinal, era o mesmo ofício de Nosso Senhor. Lembro-me do primeiro dia no emprego novo e da minha felicidade em saber que praticamente todos os trabalhadores dali eram protestantes. Fiquei muito feliz porque ali seria um local de aprendizado e crescimento na fé, porém, eu nem imaginava que essa convivência afetaria drasticamente a minha opinião e me tiraria da minha zona de conforto. Eu era presbiteriano, logo, tradicionalista, isto é, tinha problemas com pentecostais. Tinha certeza daquilo que acreditava, mas, isso nem sempre era igual ao que os outros pensavam. No meu setor trabalhavam dois membros da congregação cristã do Brasil, quatro assembleianos, um adventista, dois batistas e outros dois que frequentavam uma comunidade chamada “fogo divino” e um testemunha de Jeová e ali, no meio de tantas denominações diferentes, passei a me confrontar com alguns problemas ao ponto dos assembleianos pensarem que a Presbiteriana era uma seita por acreditar na predestinação e por batizar crianças. Confesso que, ao deparar-me com tantas crenças diferentes, passei a ter certa dor de cabeça já que nem sempre falávamos a mesma coisa. Os "assembleianos" e o pessoal do "fogo divino" defendiam a oração em línguas, mas tanto eu quando os batistas diziam que se não houvesse a devida interpretação, não poderia se falar o amém. Os congregacionais e assembleianos diziam que para você ser “aceito” verdadeiramente, o crente deveria sem batizado no espírito santo, mas, o restante dizia que apenas ser batizado nas águas, com a fórmula necessária (Pai, filho e espírito Santo) era válido, contudo, os congregacionais afirmavam que o batismo deveria ser primeiro em nome de Jesus Cristo. O adventista vivia dizendo que não comia carne de porco porque o animal era impuro, que o sábado era o dia do Senhor e que depois da morte a alma “morria”, mas, o restante discordava da sua posição. Eu sempre dizia que o livre arbítrio não existia, apenas a livre agência, mas, a maioria pensava que a minha doutrina era errada, assim como sempre dizia que batizávamos crianças e os pentecostais achavam isso um absurdo, ou talvez por saber que os protestantes históricos batizam por aspersão e pensarem que a verdadeira conversão deveria ser concretizada de corpo inteiro dentro das águas. Isso ainda somava-se a crença do testemunha de Jeová em dizer que Jesus Cristo não era Deus. Tinha dias que os assembleianos mais rígidos com relações a vestimentas, diziam que as outras assembleias mais liberais erravam por permitirem mulheres de calças. Outro fator que era motivo de “contenda” era o fato de que batistas e presbiterianos não possuem um culto avivado e isso era um dos grandes questionamentos dos pentecostais em sempre perguntar se de fato o espírito santo ali habitava. Grandes dúvidas também surgiam pelas questões históricas em que envolvem a maçonaria junto da Igreja Presbiteriana no Brasil. De qualquer forma, vários são os exemplos das mais diversas divisões protestantes e eu posso dizer claramente que tive o “prazer” de verificar uma a uma em um curto prazo de dois anos.

Contudo, essa série de desavenças, fez com que despertasse em mim um desejo de aprender sobre a religião que tanto criticava: O Catolicismo Romano. Embora não suportasse suas doutrinas (mesmo não as conhecendo), resolvi amolecer meu coração e entender ou pouco dessa que era a profissão de fé mais estranha aos meus olhos. Ainda me lembro de que na época, busquei o máximo de informações que queria. Foi quando, através de uma comunidade do Orkut, descobri um ambiente de católicos que defendiam sua fé. Em um primeiro momento, não suportei uma série de argumentos que muitos ali utilizavam, sendo assim, iniciei vários debates, porém, conforme lia cada texto postado, ia descobrindo que havia alguma coisa errada com a concepção que eu tinha de cristianismo. No geral, eu tinha dúvidas sobre o uso de imagens, a intercessão dos santos ou porque a Igreja tinha tanto amor por Maria. Inicialmente, colhi o que conseguia através das redes sociais, porém, conforme o interesse crescia, tive o desejo e a curiosidade de presenciar uma missa. E eu fui, no segredo. Assim como os cristãos primitivos não podiam expor sua crença no Cristo, assim, eu me sentia ao buscá-lo dentro da Missa que é a nossa maior oração. Confesso que a primeira impressão foi maravilhosa. Sinceramente, eu desconhecia a fé católica, porém, ao ouvir o sacerdote saudar a assembleia com “Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos”, toda a imagem preconceituosa que tinha a respeito da ritualística romana, caíram por terra ao estar na Igreja verdadeiramente pela “primeira vez” (embora enquanto criança meus pais estivessem dentro do catolicismo, à mudança aconteceu muito cedo e as lembranças eram inexistentes).

Depois que estive a primeira vez em uma Missa, tive vontade de ir muitas outras vezes e conforme as frequentava, tinha um desejo maior te estar lá! Era algo totalmente estranho de se entender, pois, mesmo não assimilando uma fé tão nova que brotava no meu coração, sentia uma sede de estar ali a cada dia mais! De qualquer forma, as coisas não foram tão simples como parecem ao escrever esse texto. Entre os 16 e 18 anos, me dividi entre os cultos protestantes e as missas. As sextas estava na Igreja matriz da minha cidade e aos domingos na presbiteriana. Durante esses dois anos, ocultei aquilo que estava aprendendo. E nesse tempo passei a entender o que a Igreja ensinava sobre o uso das imagens sacras e por que os santos tinham sua representatividade na vida do ensinamento cristão! Eu amava aprender sobre eles e ler suas grandes conquistas através da fé em Cristo. Passei a ver neles exemplos de conduta, martírio pela fé e pelo reino de Jesus. Quanto mais lia sobre os antigos padres, quanto mais lia sobre a tradição da Igreja, me encantava por tantos e tantos testemunhos que guiaram a Igreja Católica até os dias de hoje. Não conseguia ver isso nas comunidades protestantes, alias, não via história. Via apenas um início e projetava um fim.

Ao passar do tempo, minha vontade intensificou-se de tal forma que aos poucos, passei a abandonar a minha antiga fé. Foram momentos difíceis, alguns membros da presbiteriana sabendo da “causa”, passaram a me questionar sobre aquilo que estava frequentando, a questão é que era tarde de mais. Eu já estava envolvido pela Igreja que hoje tanto amo. De qualquer forma, ainda ia aos encontros protestantes. Um desses últimos encontros, fez com que refletisse sobre todo o fundamento protestante que eu já havia deixado para trás. Era um domingo de manhã, dia internacional da mulher, oito de Março de 2009. Um dos diáconos havia preparado uma homenagem para as mulheres da igreja. Lembro que fiquei apreensivo naquela manhã, pois ele havia dito que passaria por todas as mulheres das sagradas escrituras enumerando seus exemplos e assim, exaltaria a mulher presbiteriana. Naquela manhã, o diácono presbiteriano falou de quase todas as servas de Deus, porém, esqueceu-se de uma, esqueceu-se da principal. Aquilo foi um baque para mim. Lembro-me que tinha em minha memória as claras palavras de Maria no evangelho de Lucas: “Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada (Lc 1,48)”. Naquele momento eu me perguntei qual o motivo de esquecerem a Mãe de Deus? Por que se esqueceram de Maria? Se todas as gerações a proclamariam, por que eu, como protestante, não fazia isso? Por que eles não faziam isso? Naquele momento, eu percebi que havia algo de errado com a “geração de Lutero”. Se, profeticamente, a geração de Maria esmagaria a cabeça da serpente (Gn 3,15), me perguntei: a qual geração pertence a este povo? A qual geração eu pertenço? Naquele dia, eu decidi me afastar definitivamente do protestantismo e embora posteriormente tivesse ido a alguns outros encontros, passei a me dedicar a Igreja Católica que possuía como centro Jesus Cristo e a certeza disso encontrava-se no mistério do sacramento da eucaristia que a tanto me encantava por sua pureza. As palavras de Paulo aos Coríntios agora faziam sentido em minha vida, ninguém pode comer indignamente o Corpo do Senhor acreditando em um mero simbolismo. Consumir sua carne erroneamente o torna responsável pela sua própria condenação (I Cor 11,29), pois, é realmente o seu corpo que ali se faz presente por nós (Jo 6,55).

Pois bem, entre os 18 e 19 anos, conheci outra parte da Igreja que não sabia. As comunidades orientais. Confesso que muito me chamou a atenção a fé peculiar dessas Igrejas. Aprendi muito com eles, porém, a minha certeza estava enraizada no ocidente, na fé católica

Entre os 20 e 23 anos, continuei a estudar a Igreja, porém, embora já fosse um católico de coração, não possuía coragem de assumir minha fé publicamente pelo meu histórico familiar. Demorei muito tempo para que de fato eu divulgasse a minha fé em Cristo dentro da Igreja Católica, porém, embora tenha sido esse tempo longo, ele chegaria.

Iniciei o ano de 2012 como um “católico covarde”, embora já soubesse o que queria, não tinha a iniciativa de tomar a frente e declarar a minha fé. Entretanto, Deus nunca me abandonou e em todo esse tempo, continuou me mostrando o caminho e derramando a sua graça e misericórdia sobre as minhas ações e em uma época que eu já estava desacreditado da minha própria coragem, o Pai colocou em meu caminho uma verdadeira mulher chamada Rafaela, sendo ela a responsável por me ajudar assumir aquilo que havia nascido em meu coração desde 2005. Nosso Senhor foi tão bondoso comigo, que me concedeu a fé em sua Cruz e Ressurreição através da Igreja e a Rafaela que é o meu exemplo de amor a Cristo. Em agosto de 2012, com 24 anos comecei o meu processo para ser recebido oficialmente na Igreja Católica. Depois de um ano de orações e estudos junto de muitos irmãos, no dia 30 de abril de 2013, tive a benção de ser crismado e com a graça de Cristo Jesus, ser participante de seu corpo junto de sua Igreja!

O caminho foi longo e tortuoso; contudo, foi necessário para que se fosse entendido os verdadeiros mistérios da fé cristã. Se tivesse que escrever todos os fatos que sucederam a minha vinda a fé católica, não caberiam aqui, porém, sei que as palavras aqui depositadas serão de grande valia para aqueles que desejam conhecer profundamente a Igreja fundada por Nosso Senhor.

Atualmente, tenho trabalhado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Louveira/SP como catequista de adultos e escrevo artigos em defesa da fé para o blog “Apologética Cristã Católica”.

Desejo que a Virgem interceda pela vida de cada pessoa que lê essas palavras para que possam encontrar o verdadeiro caminho do Cristo que se revela em sua Igreja. Agradeço a minha Rafa por me amar e me ajudar a assumir a minha identidade e te adoro e te louvo Jesus Cristo pelo dom da vida e por permitir que sua fé continue sendo transmitida através dos séculos pela sua una e Santa Igreja, na qual professa uma única fé e um único batismo (Ef 4,5).

Com amor em Jesus;


Título Original: A CONVERSÃO DE UM CONVERTIDO


Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Salmo 4 - Oração da Noite

Apenas me deito, logo adormeço em paz...

Bíblia Católica Online

1.Ao mestre de canto. Com instrumentos de corda. Salmo de Davi.

2.Quando vos invoco, respondei-me, ó Deus de minha justiça, vós que na hora da angústia me reconfortastes. Tende piedade de mim e ouvi minha oração.

3.Ó poderosos, até quando tereis o coração endurecido, no amor das vaidades e na busca da mentira?

4.O Senhor escolheu como eleito uma pessoa admirável, o Senhor me ouviu quando o invoquei.

5.Tremei, mas sem pecar; refleti em vossos corações, quando estiverdes em vossos leitos, e calai.

6.Oferecei vossos sacrifícios com sinceridade e esperai no Senhor.

7.Dizem muitos: Quem nos fará ver a felicidade? Fazei brilhar sobre nós, Senhor, a luz de vossa face.

8.Pusestes em meu coração mais alegria do que quando abundam o trigo e o vinho.

9.Apenas me deito, logo adormeço em paz, porque a segurança de meu repouso vem de vós só, Senhor.

Bíblia Ave Maria, pg 658


Foto: Web

Site: Bíblia Católica Online
Editado por Henrique Guilhon

Site petista-dilmista está propondo uma mobilização contra a Igreja Católica




Soldados Católicos


Site petista-dilmista propõe luta contra a Igreja Católica, como Chávez fez na Venezuela

Um site petista-dilmista chamado “PT 20 anos no poder” está propondo uma mobilização contra a Igreja Católica. E dá a receita:
“Precisamos salvar o Brasil do atraso, e fazer a defesa enfática de um Estado laico, que só será possível com a eleição de Dilma Rousseff. A Igreja é que deve se submeter ao Estado, e não o contrário. Este caminho já foi traçado pelo companheiro Hugo Chávez na Venezuela: depois de sofrer uma campanha sórdida como a que estamos sofrendo agora, decretou a laicidade do Estado, e agora é o governo venezuelano que controla sua própria Igreja.”

O texto expõe a sua noção de liberdade religiosa:
“Nós acreditamos na liberdade religiosa, desde que a fé não seja usado como instrumento de dominação da vontade do povo por parte do Vaticano, como vemos acontecer desde as Cruzadas. Pesquisem o histórico dos chamados sacerdotes que se opõem ao PT e tentam manipular a opinião pública contra nós.”

Nem Dom Paulo Evaristo Arns escapa:
“Está claro que D. Paulo já não tem mais a capacidade de liderar sua Igreja, e uma intervenção se mostra cada vez mais necessária.”

Não adianta tirar a porcaria do ar. Já fiz um PDF.

Título Original: Site petista-dilmista propõe luta contra a Igreja Católica


Site: Soldados Católicos
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 27 de abril de 2014

O Domingo da Divina Misericórdia



Prof. Felipe Aquino

No primeiro domingo após o da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, instituída pelo saudoso papa, Beato João Paulo II, seguindo o pedido que Jesus insistentemente fez a Santa Faustina Kowalska, polonesa, cujo processo de beatificação foi conduzido pelo mesmo Papa.

Por que neste domingo é celebrada a Festa da Divina Misericórdia?

É neste domingo que a Igreja celebra a Instituição da Sagrada Confissão (= Penitência), que Jesus instituiu no mesmo dia de sua Ressurreição. Aparecendo aos Apóstolos reunidos no Cenáculo – no domingo da Ressurreição – Jesus disse: “Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados, os pecados lhes serão perdoados; aqueles a quem não perdoardes os pecados, os pecados não serão perdoados” (Jo 20,22).

No Plano da salvação, o Pai enviou o Filho para o perdão dos pecados; e o Filho enviou a Igreja. Ele quis que o perdão dos pecados fosse dado não de maneira vaga e abstrata, mas de maneira concreta, pelos ministros da Igreja, os sacerdotes do Senhor. Por isso, o sacerdote ao perdoar nossos pecados diz: “Pelo ministério da Igreja… eu te absolvo de todos os teus pecados”. Que consolo! Que alegria, saber que o Sangue precioso do Senhor derramado na Paixão lava a nossa alma de todos os pecados. Não há misericórdia maior; não há amor mais profundo; não há certeza mais firme de perdão.

Quem não se confessa com o sacerdote do Deus Altíssimo deixa de lado a graça, o perdão e a paz; ofende o coração de Jesus que foi até o extremo da Cruz para nos garantir esse perdão, a reconciliação com Deus e a vida nova. Desprezar o sacramento da Confissão é desprezar o Sangue, o sofrimento, a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus.

O Beato João Paulo II, seguindo o que diz o Catecismo da Igreja, de que a Penitência é um sacramento de cura, disse: “Os consultórios de psiquiatras e psicólogos estão cheios porque os confessionários estão vazios”.

Jesus veio “para tirar o pecado do mundo” (Jo 1, 29); Ele é o Cordeiro de Deus imolado para nos arrancar das garras do demônio e nos levar para liberdade dos filhos de Deus. E isso
Ele faz nos libertando do pecado e da morte eterna. São Paulo disse que “o salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).

Não há libertação maior do que do pecado que nos escraviza sob o jugo da morte. Neste domingo Jesus nos dá a grande graça do perdão pelo ministério da Igreja e dos seus sacerdotes. Corramos a fonte da graça e da salvação, com o coração bem disposto. Pobre e infeliz daquele que despreza tão grande dom!

Jesus ensinou a Santa Faustina o Terço da Misericórdia e pediu que o espalhasse pelo mundo; graças a Deus se espalhou; é uma fonte de graça e de misericórdia, especialmente para os moribundos.

Prof. Felipe Aquino


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

Coragem de J Paulo II e João XXIII destacada pelo Papa Francisco na missa de canonização

Jéssica Marçal
Da Redação


Canção Nova Notícias

Na homilia, Francisco destacou dos santos João Paulo II e João XXIII a coragem e a docilidade ao Espírito Santo

Papa Francisco durante a homilia na Missa de canonização dos beatos João Paulo II e João XXIII / Foto: Reprodução CTV

João Paulo II e João XXIII foram proclamados santos neste domingo, 27, festa da Divina Misericórdia, pelo Papa Francisco. A cerimônia reuniu no Vaticano cerca de 500 mil pessoas de diversas partes do mundo e foi concelebrada com o Papa Emérito Bento XVI. Após o rito da canonização, Francisco celebrou a Missa e, na homilia, destacou a coragem dos dois santos e sua docilidade ao Espírito Santo.

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Na homilia, o Santo Padre lembrou que, neste dia em que se encerra a Oitava de Páscoa, encontram-se as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado, chagas que, segundo o Papa, constituem também a verificação da fé, o sinal do amor de Deus. Ele destacou que João Paulo II e João XXIII tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus e tocar as suas mãos chagadas.

“Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo”.

Francisco recordou que esses dois santos foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Embora tenham conhecido tragédias, não foram vencidos por elas, pois Deus era mais forte neles. Ele também destacou a esperança viva que revestia João Paulo II e João XXIII, uma esperança vinda da ressurreição de Cristo.

“A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão”.

Enfatizando que são os santos que levam a Igreja adiante e a fazem crescer, Francisco lembrou que, na convocação do Concílio Vaticano II, João XXIII demonstrou delicada docilidade ao Espírito Santo. “Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito”.

Já João Paulo II, em seu serviço ao Povo de Deus, foi o Papa da família. “Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu”.

Francisco encerrou a homilia pedindo a intercessão dos dois santos para que, nesses dois anos de caminho sinodal, a Igreja seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. “Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama”.

Na canonização dos dois beatos, estavam presentes mais de 120 delegações, das quais 24 são entre chefes de Estado e monarcas e 10 chefes de governo. O número de voluntários chegou a 26 mil e o de policiais, 10 mil.

Ao final da celebração e antes de rezar o Regina Coeli, oração mariana no tempo pascal,Francisco saudou e agradeceu a todos os que se empenharam nos preparativos da canonização e a todos os que participaram, inclusive pelos meios de comunicação.

“O meu reconhecimento vai às delegações oficiais de tantos países, que vieram para prestar homenagem aos dois Pontífices que contribuíram de maneira indelével para a causa do desenvolvimento dos povos e da paz”, disse.

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Título Original: Canonização: Papa destaca coragem de JPII e João XXIII


Site: Canção Nova Notícias
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 26 de abril de 2014

João Paulo II dilatou o seu coração para a dimensão universal, declara o Papa Francisco

João Paulo II

Zenit

O Santo Padre envia uma vídeomensagem para os poloneses e agradece pelo dom que tem sido o Papa Wojtyla para o mundo.

O papa Francisco quis mostrar a sua proximidade com os cidadãos poloneses, através de uma vídeomensagem, tendo em vista a iminente canonização do Papa João Paulo II. O Santo Padre começa agradecendo a João Paulo II, “como todos os membros do Povo de Deus, pelo seu incansável serviço, sua guia espiritual, por ter introduzido a Igreja no terceiro milênio da fé e pelo seu testemunho extraordinário de santidade".

Da mesma forma, recorda as palavras – com as quais se identifica plenamente – do Papa emérito Bento XVI no dia da beatificação do papa polonês, "abriu à Cristo a sociedade, a cultura, os sistemas políticos e econômicos, investindo com a força de um gigante, força que lhe vinha de Deus, uma tendência que podia parecer irresistível. Com o seu testemunho de fé, de amor e de valor apostólico, acompanhado de uma grande humanidade, este filho exemplar da Nação polonesa ajudou os cristãos de todo o mundo a não ter medo de chamar-se cristãos, de pertencer à Igreja, de falar do Evangelho. Em uma palavra: ajudou a não ter medo da verdade, porque a verdade é garantia de liberdade”.

Da mesma forma, o Papa recorda que Karol Wojtyla cresceu no serviço de Cristo e da Igreja em sua pátria, Polônia, “ali se formou o seu coração, coração que depois dilatou-se à dimensão universal, primeiro participando do Concílio Vaticano II, e sobretudo depois do dia 16 de outubro de 1978, porque aí se encontraram todas as nações, as línguas e as culturas. João Paulo II fez-se tudo a todos”. E por isso, Francisco agradece ao povo polonês e à Igreja na Polônia pelo dom de João Paulo II.

Por outro lado, o Santo Padre observa que o Papa polonês continua inspirando, “nos inspiram as suas palavras, os seus escritos, os seus gestos, seu estilo de serviço. Nos inspira o seu sofrimento vivido com esperança heroica. Nos inspira a sua total confiança à Cristo, Redentor do homem e à Mãe de Deus”.

Francisco expressa o seu desejo de que a canonização de João Paulo II, e também de João XXIII, “dê um novo impulso ao cotidiano e perseverante trabalho da Igreja em vossa pátria” e acrescenta que “me alegro do fato de que, se Deus quiser, daqui a dois anos visitarei pela primeira vez vosso país por ocasião da JMJ” e por isso “convido todos a viver profundamente a canonização do beato João Paulo II e do beato João XXIII”.

Finalmente, o Papa, observando que muitos poderão acompanhar o evento deste domingo graças aos meios de comunicação, “quero já hoje agradecer a todos os jornalistas da imprensa, rádio e televisão pelo seu serviço na canonização do próximo domingo”.

E conclui cumprimentando todos os compatriotas de João Paulo II, “também aqueles que não pertencem à Igreja Católica. Levo todos vocês em meu coração".

[Trad.TS]

Título Original: Francisco: João Paulo II dilatou o seu coração para a dimensão universal


Foto: Web

Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Nota da CNBB sobre a viagem do índio Tupinambá ao Vaticano



CNBB

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou ontem, 24, nota sobre a viagem do índio Tupinambá ao Vaticano. O texto, assinado pelo bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que o cacique Babau Tupinambá viajaria ao Vaticano junto com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, para participar da missa de ação de graças pela canonização do padre José de Anchieta, que esteve presente entre o povo Tupinambá. "A representação do povo Tupinambá teria um significado especial na celebração em Roma", afirma dom Leonardo. Leia, na íntegra, a nota: 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB lamenta a impossibilidade da viagem ao Vaticano do índio Rosivaldo Ferreira da Silva, conhecido como cacique Babau Tupinambá.

Babau foi convidado pela CNBB para participar da missa de ação de graças pela canonização do Padre José de Anchieta, celebrada ontem, 24 de abril, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma. A missa foi presidida pelo Papa Francisco.

O índio viajaria à Itália junto com o arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, no último dia 23. São José de Anchieta esteve entre o povo Tupinambá. O cacique Babau pretendia apresentar ao Santo Padre documentos sobre as violações dos direitos indígenas no Brasil, sobretudo com relação ao povo Tupinambá.

Com o passaporte suspenso, Babau foi impedido de viajar devido a um mandado de prisão temporária, expedido, no dia 20 de fevereiro, pelo juiz substituto da Vara Criminal de Una, na Bahia. O mandado não foi executado, tendo o cacique Babau moradia fixa.

Ontem, 24, cacique Babau participou da audiência unificada das comissões de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, em Brasília, e, em seguida, apresentou-se à Polícia Federal, em Brasília.

Esperamos que as acusações sejam investigadas de modo justo, sem mais prejuízos ao povo Tupinambá, que sofre com a questão da regularização das terras no sul do Bahia.

A representação do povo Tupinambá teria um significado especial na celebração em Roma.

Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A vontade de Deus está no coração de quem a procura sempre




Ricardo Sá

Acredite, a vontade de Deus está no coração de quem a procura sempre, com diligência e firme intenção de realizá-la, com força, determinação e continuidade.

O problema é que procuramos a vontade d'Ele somente de vez em quando e com suspeito desejo de realizá-la; e como não a procuramos sempre, perdemos sua "trilha", desaprendemos o jeito de procurá-la e, sem essa determinação, a perdemos de vista.

Mas não tem problema! Ela continua no coração de quem deseja realizá-la, viu?

Com carinho e orações,

Seu irmão,
Ricardo Sá

Título Original: Onde está a vontade de Deus?


Site: Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A ressurreição de Jesus como um fato histórico e não um conto




Prof. Felipe Aquino

A Igreja não tem dúvida em afirmar que a Ressurreição de Jesus foi um evento histórico e transcendente. S. Paulo escrevia aos Coríntios pelo ano de 56: “Eu vos transmiti. O que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze” (1Cor 15,3-4). O apóstolo fala aqui da viva tradição da Ressurreição, que ficou conhecendo.

O primeiro acontecimento da manhã do Domingo de Páscoa foi a descoberta do sepulcro vazio (cf. Mc 16, 1-8). Ele foi a base de toda a ação e pregação dos Apóstolos e foi muito bem registrada por eles. São João afirma: “O que vimos, ouvimos e as nossas mãos apalparam isto atestamos” (1 Jo 1,1-2). Jesus ressuscitado apareceu a Madalena (Jo 20, 19-23); aos discípulos de Emaús (Lc 24,13-25), aos Apóstolos no Cenáculo, com Tomé ausente (Jo 20,19-23); e depois, com Tomé presente (Jo 20,24-29); no Lago de Genezaré (Jo 21,1-24); no Monte na Galiléia (Mt 28,16-20); segundo S. Paulo “apareceu a mais de 500 pessoas” (1 Cor 15,6) e a Tiago (1 Cor 15,7).

Toda a pregação dos Discípulos estava centrada na Ressurreição de Jesus. Diante do Sinédrio Pedro dá testemunho da Ressurreição de Jesus (At 4,8-12). Em At 5,30-32 repete. Na casa do centurião romano Cornélio (At 10,34-43), Pedro faz uma síntese do plano de Deus, apresentando a morte e a ressurreição de Jesus como ponto central. S. Paulo em Antioquia da Pisídia faz o mesmo (At 13,17-41).

A primeira experiência dos Apóstolos com Jesus ressuscitado, foi marcante e inesquecível: “Jesus se apresentou no meio dos Apóstolos e disse: “A paz esteja convosco!” Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. Mas ele disse: “Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! “Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu-o diante deles”. (Lc 24, 34ss)

Os Apóstolos não acreditavam a principio na Ressurreição do Mestre. Amedrontados, julgavam ver um fantasma, Jesus pede que o apalpem e verifiquem que tem carne e ossos. Nada disto foi uma alucinação, nem miragem, nem delírio, nem mentira, e nem fraude dos Apóstolos, pessoas muito realistas que duvidaram a principio da Ressurreição do Mestre. A custo se convenceram. O próprio Cristo teve que falar a Tomé: “Apalpai e vede: os fantasmas não têm carne e osso como me vedes possuir” (Lc 24,39). Os discípulos de Emaús estavam decepcionados porque “nós esperávamos que fosse Ele quem restaurasse Israel” (Lc 24, 21).

Com os Apóstolos aconteceu o processo exatamente inverso do que se dá com os visionários. Estes, no começo, ficam muito convencidos e são entusiastas, e pouco a pouco começam a duvidar da visão. Já com os discípulos de Jesus, ao contrário, no princípio duvidam. Não creem em seguida na Ressurreição. Tomé duvida de tudo e de todos e quer tocar o corpo de Cristo ressuscitado. Assim eram aqueles homens: simples, concretos, realistas. A maioria era pescador, não eram nem visionários nem místicos. Um grupo de pessoas abatidas, aterrorizadas após a morte de Jesus. Nunca chegariam por eles mesmos a um auto-convencimento da Ressurreição de Jesus. Na verdade, renderam-se a uma experiência concreta e inequívoca.

Impressiona também o fato de que os Evangelhos narram que as primeiras pessoas que viram Cristo ressuscitado são as mulheres que correram ao sepulcro. Isto é uma mostra clara da historicidade da Ressurreição de Jesus; pois as mulheres, na sociedade judaica da época, eram consideradas testemunhas sem credibilidade já que não podiam apresentar-se ante um tribunal. Ora, se os Apóstolos, como afirmam alguns, queriam inventar uma nova religião, por que, então, teriam escolhido testemunhas tão pouco confiáveis pelos judeus? Se os evangelistas estivessem preocupados em “provar” ao mundo a Ressurreição de Jesus, jamais teriam colocado mulheres como testemunhas.

Os chefes dos judeus tomaram consciência do significado da Ressurreição de Jesus, e, por isso, resolveram apaga-la: deram aos soldados uma vultosa quantia de dinheiro para negá-la (Mt 28, 12-15). A ressurreição corporal de Jesus era professada tranquilamente pela Igreja nascente, sem que os judeus ou outros adversários a pudessem apontar como fraude ou alucinação.

Eles não tinham disposições psicológicas para “inventar” a notícia da ressurreição de Jesus ou para forjar tal evento. Eles ainda estavam impregnados das concepções de um messianismo nacionalista e político, e caíram quando viram o Mestre preso e aparentemente fracassado; fugiram para não ser presos eles mesmos (Cf. Mt 26, 31s); Pedro renegou o Senhor (cf. Mt 26, 33-35). O conceito de um Deus morto e ressuscitado na carne humana era totalmente alheio à mentalidade dos judeus.

E a pregação dos Apóstolos era severamente controlada pelos judeus, de tal modo que qualquer mentira deles seria imediatamente denunciada pelos membros do Sinédrio (tribunal dos judeus). Se a ressurreição de Jesus, pregada pelos Apóstolos não fosse real, se fosse fraude, os judeus a teriam desmentido, mas eles nunca puderam fazer isto.

Jesus morreu de verdade, inclusive com o lado perfurado pela lança do soldado. É ridícula a teoria de que Jesus estivesse apenas adormecido na Cruz. Os vinte longos séculos do Cristianismo, repletos de êxito e de glória, foram baseados na verdade da Ressurreição de Jesus. Afirmar que o Cristianismo nasceu e cresceu em cima de uma mentira e fraude seria supor um milagre ainda maior do que a própria Ressurreição do Senhor.

Será que em nome de uma fantasia, de um mito, de uma miragem, milhares de fiéis enfrentariam a morte diante da perseguição romana? É claro que não. Será que em nome de um mito, multidões iriam para o deserto para viver uma vida de penitência e oração? Será que em nome de um mito, durante já dois mil anos, multidões de homens e mulheres abdicaram de construir família para servir ao Senhor ressuscitado? Será que uma alucinação poderia transformar o mundo? Será que uma fantasia poderia fazer esta Igreja sobreviver por 2000 anos, vencendo todas as perseguições (Império Romano, heresias, nazismo, comunismo, racionalismo, positivismo, iluminismo, ateísmo, etc.)? Será que uma alucinação poderia ser a base da religião que hoje tem mais adeptos no mundo (2 bilhões de cristãos)? Será que uma alucinação poderia ter salvado e construído a civilização ocidental depois da queda de Roma? Isto mostra que o testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição de Jesus era convincente e arrastava, como hoje.

Na verdade, a grandeza do Cristianismo requer uma base mais sólida do que a fraude ou a debilidade mental. É muito mais lógico crer na Ressurreição de Jesus do que explicar a potência do Cristianismo por uma fantasia de gente desonesta ou alucinada. Como pode uma fantasia atravessar dois mil anos de história, com 266 Papas, 21 Concílios Ecumênicos, e hoje com cerca de 4 mil bispos e 416 mil sacerdotes? E não se trata de gente ignorante ou alienada; muito ao contrário, são universitários, mestres, doutores.

Prof. Felipe Aquino

Título Original: Jesus ressuscitou de verdade?

Site: Enviado por email
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 22 de abril de 2014

Os Mandamentos de Deus, os da Igreja, a profecia de Daniel


"Moisés desce do Monte Sinai" - Gustave Doré

O Fiel Católico

RECEBEMOS EM nossa caixa de e-mails, do leitor "Edu,"a seguinte mensagem:

"Há alguns ramos protestantes que acusam o catolicismo de ter alterado os mandamentos de Deus. Há até mesmo aqueles que acusam a Igreja Católica Apostólica Romana de ser o cumprimento de Daniel 7:25. Gostaria de fazer duas perguntas: Os mandamentos do catecismo são essencialmente os mesmos de Êxodo 20? Por que há alguma diferença entre eles? É devido a alguma mudança ou ao resumo das leis contidas no Novo Testamento? E qual é a interpretação oficial da Igreja sobre Daniel 7:25?"
- Nossa resposta

Prezadíssimo Edu, antes de tudo, nós lhe parabenizamos pelo interesse e agradecemos pela confiança depositada em nosso apostolado. E antes ainda de qualquer análise a respeito dos temas que você propõe, gostaríamos de esclarecer uma questão da qual já tratamos neste site, mas que não nos furtamos de expor novamente. Veja muito bem: é fundamental entender que o cristianismo não é "religião do livro", como disse o grande Papa Bento XVI na Exortação Apostólica Verbum Domini (I parte, n.7), e foi assim comentado pelo biblista Pe. Giorgio Zevini: “O cristianismo é a religião da Palavra de Deus (um conceito mais amplo do que Sagrada Escritura), e não do livro; não de uma palavra escrita e muda, mas do Verbo Encarnado e Vivente”.

Nós não somos judeus; somos cristãos. Os antigos judeus se baseavam exclusivamente nas Escrituras para saber o que era certo e o que era errado. Tinham como única regra de fé e prática a Bíblia judaica, que é o Mikrá, mais popularmente chamado Tanakh. – O Mikrá ouTanakh é constituído dos livros da Lei (Toráou Chumash, os cinco primeiro livros da Bíblia cristã, o chamado Pentateuco), os oito livros dos Profetas(Neviim) e os onze livros chamados Escritos (Ketuvim). Resumindo, são os livros que compõem o Antigo Testamento da Bíblia cristã.

Sendo assim, os costumes religiosos da maioria dos antigos judeus, nos tempos do Antigo Testamento, consistia basicamente em fazer o que estava escrito e não fazer o que não estava escrito. Nisto se resumia sua espiritualidade. Justamente por isso, foram duramente criticados por nosso Senhor; por sua observância puramente ritual, enquanto seus espíritos permaneciam longe: "Este povo somente me honra com os lábios; seu coração, porém, está longe de mim" (Mt 15,8-9).

Em outra oportunidade, Jesus fala diretamente do erro de pensar que o Caminho, a Verdade e a Vida podem ser encontrados exclusivamente no estudo das Escrituras: "Vós examinais as Escrituras, julgando ter nelas a vida eterna. Pois são elas que testemunham de mim, e vós não quereis vir a Mim, para terdes a vida” (João 5,39-40). - Observe bem como o Senhor contrapõe os dois atos: examinar as Escrituras de um lado, ir a Deus de outro lado: examinar as Escrituras é uma coisa, ir até o Senhor (aderir ao Evangelho, seguir o Cristo) é outra coisa. Entender isto é muito importante. – Jesus diz, textualmente, que aquelas pessoas estudavam muito as Escrituras, e achavam que nelas encontrariam todas as respostas, que assim alcançariam a vida eterna, mas (atenção) não queriam ir ao Senhor! São, portanto, coisas diferentes, observar o Livro Sagrado e ser membro do Corpo do Senhor, coluna e fundamento da Verdade para todo cristão: a Igreja que Ele próprio instituiu (Mt 16,18), prometendo que estaria com ela até o fim dos tempos (Mt 28, 20). Qualquer semelhança entre os antigos judeus e certos "bibliólatras" que bem conhecemos hoje não é mera coincidência.

Além disso, se, como vimos acima, as Escrituras observadas pelos judeus eram os livros do Antigo Testamento, é claro que todas as vezes que Jesus ou os Apóstolos falam em "Escrituras", estão se referindo a esses livros; evidentemente, no tempo em que eles estiveram no mundo, a nossa Bíblia cristã, com o Novo Testamento (que é a consumação e o cumprimento das Antigas Escrituras) canonizado pela Igreja Católica, ainda não existia.

Muitos chamados "evangélicos", hoje em dia, gostam de citar certas passagens da Escritura, como o Salmo 119, que diz: "Lâmpada para os meus pés é tua Palavra", imaginando que o salmista está se referindo à Bíblia que eles carregam debaixo do braço. Com isso, tentam provar que o cristão deve se basear exclusivamente nas Escrituras para viver a sua fé, e que a Igreja não é importante. Mas não entendem o óbvio: na época em que o Salmo foi escrito, o Novo Testamento da Bíblia, - eixo e o cumprimento de toda a Escritura, - não havia ainda sido escrito. Logo, não é da Bíblia cristã que ele está falando.

Essas pessoas também não param para pensar que foi a Igreja Católica que, guiada pelo Espírito Santo, produziu o Novo Testamento, determinou quais livros seriam canonizados para compor a Bíblia como a conhecemos, copiou-a, traduziu-a e preservou-a através da História, para que chegasse até nós, hoje. A verdade é que sem a Igreja não haveria Bíblia, e não o contrário. Precisamos compreender a ler a Bíblia conforme a orientação da Igreja, que a produziu, e não entender a Igreja conforme a Bíblia, – o que seria um completo absurdo! 

Conto uma pequena história, para facilitar a compreensão: imagine que, numa escola qualquer, mais provavelmente do ensino médio, há um aluno chamado Joãozinho, Um belo diz, Joãozinho escreve uma ótima redação para a prova de português. A professora gosta tanto que faz questão de lê-la para a classe inteira ouvir. Todos os alunos se apaixonam pelo texto, que é realmente brilhante, – leve e profundo ao mesmo tempo, com humor, boas reflexões e tudo o mais que se pode esperar de uma boa redação, e tudo na medida certa. – Quase que imediatamente, a redação do Joãozinho se torna um grande sucesso, o assunto principal da classe por vários dias; logo o assunto se espalha, tornando-se o tema de comentários da escola inteira. Muito bem. A coisa cresce tanto que, depois de algum tempo, os alunos começam a elaborar teorias para explicar a redação, e assim surgem novos intérpretes (autonomeados) das palavras escritas por Joãozinho, cada um com uma opinião diferente das demais. Não demora, surgem disputas para se saber quem é que entende o que o texto "realmente" quer dizer. 

O problema começa quando o próprio Joãozinho aparece e tenta explicar aquilo que ele mesmo disse. Adivinhe o que acontece? Sua opinião é ignorada, simplesmente desconsiderada: a maioria não está muito preocupada com o que o autor tem a dizer sobre o seu próprio texto, o que o motivou a escrever aquelas palavras, daquela maneira, qual o significado do texto como um todo... Muita gente acha que a opinião do Zé ou do Mané sobre os significados da redação parecem mais interessantes ou mais atraentes do que os do próprio Joãozinho. Simplesmente descartam a opinião de quem produziu o texto como algo inútil, dizendo: "Não concordo"... 

Será preciso dizer quem é quem nessa historinha? Pois é. A redação é a Bíblia, Joãozinho representa a Igreja, os autonomeados "intérpretes" da sua redação são... Bem, deixemos isso de lado. Mais uma vez, qualquer semelhança com pessoas, instituições e situações reaisnão é mera coincidência.

Depois de Jesus Cristo, depois da Encarnação, Vida e Sacrifício Redentor do Cordeiro de Deus, graças ao Bom Pai do Céu nós vivemos nos tempos da Nova e Eterna Aliança! Somos membros da Igreja, isto é, do Corpo Místico de Nosso Senhor. Por isso, não há sentido algum nessa obsessão de achar que é preciso sempre encontrar na Bíblia alguma palavra que confirme absolutamente tudo o que a Igreja diz ou faz. E esse novo e maravilhoso tempo já havia sido profetizado desde os tempos antigos: "Eis a Aliança que farei com a casa de Israel; Oráculo do Senhor: incutir-lhe-ei a minha Lei, gravá-la-ei em seu coração. Serei o seu Deus e Israel será o meu povo!" (Jr 31,33). 

Não mais a lei escrita, mas a Lei Divina inscrita, gravada em nossos corações e almas: "Sois vós uma Carta de Cristo, redigida por nosso Ministério (dos Apóstolos) e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo" (2Cor 3,3). – Somos nós, os cristãos, a nova Israel! Devemos gravar a Lei de Deus em nossos corações, e é a Lei do Amor (Mt 22,36-40)! Deus espera ser buscado em Espírito e em Verdade (Jo 4,24), e não mais no legalismo frio, nos números e parágrafos, na crueza da letra, pois “a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2Cor 3,6).*

Esclarecidos esses pontos essenciais, passamos, afinal, às questões que você trouxe. Infelizmente, são muitos aqueles que inventam calúnias para tentar denegrir os católicos, porém o mais importante é que isso acaba também se constituindo em mais uma prova de que somos a Igreja autêntica, já que o próprio Senhor nos alertou que seria assim: "Sereis odiados de todos por causa do meu Nome" (Mt 10,22). Você pode facilmente observar que o ódio de todos, sejam ateus, "evangélicos", espíritas, esotéricos, modernistas, comunistas, abortistas, militantes dos "direitos" homossexuais, "vadias", etc, etc... – Toda a "bronca" é voltada sempre contra a Igreja Católica Apostólica Romana.

Os Mandamentos de Deus e os da Igreja

Respondendo de pronto: é claro que a Igreja Católicanão mudou os Mandamentos do Antigo Testamento. Isso simplesmente não existe. O que a Igreja fez, com a autoridade que lhe foi conferida pelo próprio Senhor Jesus Cristo, foi sintetizar os Mandamentos, – que foram dados a Moisés para a condução de um povo específico, num tempo específico, conforme uma situação específica (no contexto da Antiga Aliança), – reafirmando a importância fundamental de assumirmos que vivemos agora no tempo da Nova e Eterna Aliança em Cristo. 

Atenção: não estamos aqui afirmando que os Mandamentos Divinos se restringem ao povo judeu e à Antiga Aliança, como se estivessem limitados a um tempo e lugar determinados. Não: os Mandamentos são perenes, possuem validade perpétua (até o fim do mundo); o que estamos dizendo é que eles foram transmitidos, – na forma como o foram, – dentro de um contexto muito próprio. E isto é um fato que comprovaremos de modo bastante simples. Vejamos, por exemplo, o Décimo Mandamento, conforme nos apresenta a Sagrada Escritura: este proíbe, literalmente (entre outras coisas), cobiçar "o escravo ou a escrava" do seu próximo. Ora, hoje, graças ao mesmo Bom Deus, a escravidão foi abolida, ao menos na maior parte do mundo. Já não temos mais escravos ou escravas. Vemos claramente, então, que apesar de a ideia geral do Mandamento, que é não cobiçar os bens alheios, ser sempre válida, o Mandamento literal, conforme consta da Escritura, já não tem sentido, por motivos práticos.

Já o Terceiro Mandamento proíbe trabalhar no sábado, e especifica que nesse dia também não se deve impor trabalho aos animais, nem aos escravos e/ou aos estrangeiros. Mais uma vez, uma determinação que só tinha sentido naquele tempo, para aquele povo, dentro de um determinado contexto.

Avançando um pouco mais no mesmo raciocínio, vemos que o conjunto dos Dez Mandamentos (o Decálogo), listados formalmente no Livro do Êxodo (20,1-17) e no do Deuteronômio (5,1-21), não incluem o Primeiríssimo Mandamento, elevado por Nosso Senhor Jesus Cristo não só como o mais importante, mas também como o que resume todos os outros: "Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de todo teu espírito" (Mt 22,37). Este Mandamento consta no capítulo 6 do Deuteronômio (5), mas não está listado formalmente no Decálogo. Pode ser deduzido dele, mas não consta ali.

Comprovamos, então, que existem importantes diferenças entre o que era observado pelos antigos judeus, – na forma como eram observados, – e aquilo que nós, cristãos, observamos hoje. Concluindo este raciocínio, o fato é que os Mandamentos, mesmo sendo perenes e válidos perpetuamente, na maneira formal como constam das Sagradas Escrituras estão vinculados a um contexto específico, que não necessariamente o cristão.

Exatamente por isso, a Igreja de Cristo, que é a "coluna e o fundamento da Verdade" para todo cristão (1Tm 3,15), sintetizou os Mandamentos no contexto do Novo Testamento, assim como também foram aperfeiçoados por Jesus, com sua Palavra e seu exemplo. Por ser Cristo o Supremo Sacerdote, consumou em Si todas as leis e costumes, como esclarece o Apóstolo São Paulo em sua Carta aos Hebreus (Hb 7,1-28): "Com efeito, mudado o Sacerdócio, é necessário que se mude também a lei" (Hb 7,12). Mais adiante, o mesmo santo Apóstolo arremata: "Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade" (Hb 7,18). 

Mesmo assim, – é importante frisar, – a Igreja, que é a continuidade do Cristo no mundo, manteve todos os pontos essenciais dos Mandamentos: todas as orientações e preceitos divinos foram fielmente mantidos. 

Sendo que não é muito conveniente falar dos Mandamentos sem enumerá-los, listamos abaixo a chamada "Fórmula catequética":

1) Adorar somente a Deus e amá-Lo sobre todas as coisas;

2) Não invocar o Santo Nome de Deus em vão;

3) Santificar domingos e festas de guarda;

4) Honrar pai e mãe;

5) Não matar (nem causar dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo);

6) Guardar a castidade, nas palavras e nas obras;

7) Não roubar nem furtar;

8) Não levantar falso testemunho (nem de qualquer modo faltar à verdade ou difamar o próximo);

9) Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos (não consentir pensamentos nem desejos impuros);

10) Não cobiçarás os bens alheios.

Merece menção o fato de que, via de regra, os mesmos que se apresentam como muito preocupados e zelosos na fidelidade à letra, são os mesmos que arrancaram de suas Bíblias sete livros inteiros (Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico, I Macabeus e II Macabeus, além de fragmentos dos livros de Ester e de Daniel), que sempre constaram da Escritura observada pelos cristãos, desde os primeiros exemplares impressos, e que eram usados pelos Apóstolos, – que em suas cartas citam os textos do AT conforme a versão do Setenta (usada até hoje pela Igreja Católica: um tema extenso, que apreciaremos num próximo estudo).

Existem, ainda, os Mandamentos da Igreja, que são diferentes dos Mandamentos dados por Deus ao povo hebreu no deserto. Por que a Igreja tem também os seus próprios mandamentos? Mais uma vez, é porque vivemos agora o novo Tempo da Graça. Deus não deu ordem a Moisés, por exemplo, que o povo não deixasse de comparecer à Celebração do Sacrifício do Cristo, aos domingos, simplesmente porque naquele tempo ainda não existia a Missa, já que o Messias ainda não tinha vindo. Difícil de entender? Nem um pouco, quando se tem boa vontade. Jesus, porém, deixou-nos expressamente este novo Mandamento: "Fazei isto em memória de Mim" (1Cor 11,24).

Assim, os Mandamentos da Igreja são uma espécie de complemento aos Mandamentos de Deus, e se referem mais especificamente a nós, povo cristão. E mais uma vez insistimos: foi Cristo mesmo Quem deu poderes à sua Igreja a fim de estabelecer os meios para a salvação da humanidade. Disse o Senhor aos Apóstolos (Igreja): "Quem vos ouve a Mim ouve, quem vos rejeita a Mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Àquele que me enviou" (Lc 10,16). E disse ainda mais: “Em verdade, tudo o que ligardes sobre a Terra, será ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra, será também desligado no Céu” (Mt 18,18). – Ele falava aos Apóstolos, a Igreja no seu primeiro início. Logo, a Igreja define suas leis com o Poder das Chaves dadas por Cristo (Mt 16,18-19), assistida pelo Espírito Santo; quem não a obedece, não obedece a Cristo. Logo, não obedece a Deus Pai. 

Desse modo, para a salvação do povo de Deus, a Igreja estabeleceu, conforme a Vontade de Deus, cinco obrigações que todo cristão tem de cumprir. São elas:

1) Participar da Santa Missa inteira aos domingos e outras festas de guarda, e nestes dias abster-se de ocupações de trabalho;

2) Confessar-se ao menos uma vez por ano;

3) Receber o Sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da Ressurreição;

4) Jejuar e não comer carne, quando manda a Igreja;

5) Ajudar a Igreja em suas necessidades.



Livro do Profeta Daniel, cap. 7, v. 25

Chegamos ao tópico final da mensagem do leitor Edu, a passagem de Daniel, 7,25, que diz o seguinte: 

"(Esse reino) proferirá insultos contra o Altíssimo, e formará o projeto de mudar os tempos e a Lei; e os santos serão entregues ao seu poder durante um tempo, tempos e metade de um tempo."

É um trecho possivelmente complicado para os leigos, mas bem simples para qualquer bom teólogo, que sabe que se refere à política de infidelidade a Deus de um governante chamado Antíoco Epífânio (215–164aC), alcunhado "o Malvado", que entre outras coisas posicionou-se contra a observância do sábado e das festas judaicas, para desespero geral do povo judeu. Esse fato pode ser confirmado em I Macabeus 1,41-52. 

É muito claro que esta passagem não tem absolutamente nada a ver com a Igreja Católica ou com qualquer instituição atual, e no final do versículo está a prova definitiva: fala em "um tempo, tempos e metade de um tempo". Sabemos que se refere, aí, a três anos e meio, pois cada "tempo", nesse caso, representa um ano. Para confirmar isso, você pode ler no capítulo 4, versículo 13 do mesmo livro de Daniel: ali se fala em "sete tempos". Pois bem, o estudo exegético do texto original em hebraico, assim como a investigação puramente histórica, revela que se refere a sete anos. Assim, "um tempo, tempos e metade de um tempo", significa um ano (um tempo), mais dois anos (plural sem definição, segundo o costume, são dois; se fossem três ou mais seria dito 'três tempos', ou 'quatro tempos', etc.), mais metade de um tempo (meio ano). Total, três anos e meio.

Vemos claramente, portanto, que o profeta não pode de modo algum estar ser referindo à Igreja Católica, que existe há dois milênios, – e contra ela todo tipo de falso profeta já "profetizou" que acabaria, no correr dessa longa história... 

A única coisa que podemos fazer pelas pobres pessoas que acreditam em bobagens como essas é, primeiro, rezar por elas; segundo, tentar instruí-las, sempre que tivermos oportunidade. Para tanto, precisamos nós próprios de duas coisas: primeiro, procurar instrução, como faz a maioria dos nossos leitores ('Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança.' – 1Pd 3,15). Em segundo lugar, é preciso pedir constantemente pelo Auxílio do Espírito Santo, para que nos instrua sobre em que momentos é conveniente falar, orientar, repreender ou simplesmente calar. Deus certamente irá abençoar-nos abundantemente por isso. Na verdade, trata-se de uma obrigação de todo cristão católico.
_____________
* Que fique claro que nada do que dissemos até aqui diminui a importância fundamental da Sagrada Escritura, que é Palavra de Deus em forma de Livro Sagrado, e que é sim extremamente útil para a nossa instrução. Apenas demonstramos que a própria Bíblia Sagrada nos ensina que devemos ir além do que está escrito, seguindo o Cristo que é Presente entre nós, como membros da única Igreja que Ele nos deu (Mt 16,16-19), Igreja que é seu Corpo (1Cor 12,27 / Ef 4,12 / Rm 12,5), Igreja que é a Casa do Deus Vivo (1 Tm 3,15), única Igreja na qual comungamos Corpo e Sangue, Alma e Divindade do próprio Senhor Jesus Cristo, em santa Intimidade (1Cor 10,16).


Site: O Fiel Católico
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Suicídio entre protestantes no Reino Unido é três vezes maior

Sascha Becker e Ludger Woessmann conduzem uma pesquisa para provar que a incidência de suicídios é maior entre os protestantes que entre os católicos.

Baixada Católica

Essa pesquisa foi realizada pela Universidade de Warwik no Reino Unido e visa exatamente isso, traçar uma relação entre o protestantismo e o suicídio. Ocorre que essa pesquisa teve dados bem consistentes.

Sasha, prudente, alega que talvez a apostasia das pessoas para as seitas tenha sido justamente porque a pessoa apresentava um comportamento suicida e buscou nessas seitas um apoio, sendo que o suicídio pode não ter sido pelo fato de ser protestante, mas o fato de ser suicida influenciou na opção de vida. Isso não influi muito porque se o comportamento suicida faz as pessoas virarem protestantes, então o fato de elas virarem protestantes é um problema comportamental assim como o comportamento suicida.

No entanto, esse argumento cai por terra quando confrontado com os números, uma vez que nas áreas predominantemente protestantes, o número de suicídios é três vezes maior que nas áreas predominantemente católicas.

Sasha e Ludger informam que o individualismo presente nas seitas protestantes é fator que pode gerar uma influência na questão de suicídios, enquanto a Igreja Católica é mais congregacional e as pessoas vivem mais a coletividade da religião dependendo do grupo em momentos de maiores tristezas.

A opinião do Bizarrices Protestantes é que os católicos estão mais habituadas a confessar seus pecados e as suas angústias aos padres, sendo que podem ter um apoio mais direto e focado, enquanto os protestantes são mais individualistas e tendem a ocultar cada vez mais os próprios erros e fraquezas. Só pode acabar mal isso.

Essa hipótese da confissão é a terceira hipótese que os pesquisadores levantaram e além dessas duas, ainda apontaram o fato de que na Igreja Católica as obras de fé são necessárias, como uma questão de benesses pelas boas práticas e castigo pelos pecados, sendo mais internalizado nos católicos que o suicídio é um pecado grave. Já os protestantes não pregam a necessidade de obras, mas a posse de bênçãos de Deus e da graça de Cristo. Assim, além de os protestantes serem mais individualistas e não confessarem os pecados, a falta de obras de caridade por parte deles também influencia nessa estatística.

Evidente que esses males do protestantismo também geram outros males, como o caso de 90% dos atendimentos da Delegacia da Mulher ser feito em famílias protestantes. Dizendo mais claramente, quase a totalidade dos casos de ESPANCAMENTO de mulheres é em lar protestante.

O estudo dos professores Becker e Woessmann, intitulado “Batendo na Porta do Céu? Protestantismo e Suicídio”, será publicado em breve por uma revista acadêmica

Título Original: Pesquisa no Reino Unido aponta que suicídio entre protestantes é tres vezes maior


Site: Baixada Católica
Editado por Henrique Guilhon