A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

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Tradutor

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A interessante resposta de São Jerônimo a um inimigo das relíquias dos santos



Padre Paulo Ricardo

É “idolatria” honrar as relíquias dos mártires? Por que os católicos veneram os restos mortais dos santos? Confira a resposta contundente de São Jerônimo a um herege de sua época e descubra qual a verdadeira doutrina católica sobre as santas relíquias.

Estamos no século V. Ainda não há eletricidade, ainda não se sabe da existência da América, ainda não se conhecem as universidades. Entretanto, o ser humano já possui um conhecimento muito maior e mais extraordinário que qualquer outro: "Verbum caro factum est – O Verbo se fez carne" (Jo1, 14). Já há Igreja Católica, já existem Papa e bispos, sem falar de uma multidão de fiéis que, atraída pela verdade do Evangelho, segue a doutrina de Cristo e obedece aos legítimos pastores da Igreja [1].

Neste tempo, vale lembrar, ainda não há protestantismo. Ainda não há Lutero, não há Calvino, enem sequer os iconoclastas começaram a quebrar imagens no Império Bizantino. Mesmo assim, uma questão perturba a mente de algumas pessoas: refere-se às "relíquias" dos santos. O termorelíquia vem do latim e significa "restos". O que acontece é que os restos mortais dos mártires – homens e mulheres que confessaram publicamente a sua fé em Jesus, até o ponto de morrerem por isso – são recolhidos pelo povo cristão e venerados publicamente na Igreja. Ossos e outros objetos ligados a eles são depositados em lugares sagrados, reverenciados e honrados como se as almas santas que animaram aqueles instrumentos ainda estivessem ali, vivas entre eles.

A pergunta que alguns fazem – e que os reformadores protestantes repetirão um milênio depois – é se a veneração daquelas relíquias não estaria desviando o foco de Cristo ou, para ser mais direto, não acabava constituindo uma espécie de "idolatria" ou "superstição" pagã. Afinal, tamanho apego a coisas materiais não seria uma ofensa à doutrina essencialmente espiritual ensinada por Jesus?

Cabe esclarecer que não são muitas as pessoas a fazer esse tipo de questionamento. De fato, a grande massa de cristãos não tem dúvidas a respeito da importância de custodiar e honrar os restos mortais dos santos. Uma epístola circular do martírio de São Policarpo de Esmirna, por exemplo, atesta que os ossos dos mártires são tidos pelos cristãos como "mais preciosos que as pedras de valor e mais estimados que o ouro puro" [2]. Isso ainda no século II, muito antes de Constantino conceder a liberdade de culto aos cristãos! Desde aqueles anos, a prática de venerar as relíquias dos mártires não pára de crescer, com a mesma rapidez que o Evangelho se vai impregnando nas mentes e nos corações dos homens.

São poucos os que contestam o culto das relíquias, mas o posto dos que coçam a cabeça não permite que sejam ignorados. – Há um presbítero falando mal das santas relíquias, e isso pode causar dano às almas! – Foi o que pensou São Jerônimo, ao levantar-se contra o herege Vigilâncio de Aquitânia, um clérigo que, entre muitos erros, defendia o fim do culto às relíquias e das vigílias nas basílicas dos mártires.

A resposta de Jerônimo a Vigilâncio – condensada em uma de suas epístolas [3] – é dura e incisiva, e pode até mesmo chocar os ouvidos mais frágeis. Poucos textos, porém, são tão claros e contundentes na exposição da doutrina católica a respeito da veneração aos santos.
Carta 109 (53) "Acceptis primum",
a Ripário, presbítero de Aquitânia, c. ano 404 

Informado de que Vigilâncio condenava tanto a veneração às relíquias dos mártires quanto as vigílias feitas diante de seus sepulcros, São Jerônimo como que trava combate nesta carta e se declara disposto a refutar estes erros, caso Ripário, seu destinatário, lhe envie os escritos de Vigilâncio.

1. Tendo recebido tuas cartas, <ó Ripário>, julgo que não as responder seria arrogância; e respondê-las, ao contrário, seria temeridade. Com efeito, as coisas que me perguntas não podem nem ouvir-se nem contar-se sem sacrilégio. Dizes, pois, que este tal Vigilâncio, a quem eu, com mais propriedade, chamaria Dormitâncio [4], voltou a abrir a boca suja para exalar contra as relíquias dos santos mártires o seu terrível mau cheiro: julgando-nos adoradores de ossos, ele nos chama cinerários [5] e idólatras. Oh! homem infeliz e digno de pena, que, ao dizer tais coisas, não percebe ser mais um samaritano e judeu, os quais, preferindo a letra que mata ao Espírito, que dá vida (cf. 2Cor 3, 6), consideram impuros não só os cadáveres, mas inclusive a mobília de suas casas. Nós, ao contrário, recusamo-nos a adorar, não digo nem as relíquias dos mártires, mas nem sequer o sol, a lua ou os anjos, sejam arcanjos, querubins ou serafins, nem nenhum nome que possa haver quer neste mundo, quer no futuro (cf. Ef 1, 21), pois não podemos servir mais às criaturas do que ao Criador, que é bendito pelos séculos (cf. Rm 1, 25). Veneramos, todavia, as relíquias dos mártires, a fim de adorarmos Aquele de quem eles são mártires; honramos, sim, os servos, para que a honra prestada a eles recaia sobre o seu Senhor, que diz: "Quem vos recebe, a Mim recebe" (Mt 10, 40). São, portanto, impuras as relíquias de Pedro e Paulo? Quer dizer então que o corpo de Moisés, sepultado, como lemos, pelo próprio Senhor (cf. Dt 34, 6), não passa de imundície? Sendo assim, todas as vezes que entramos nas basílicas dos apóstolos e profetas, como também nas de todos os mártires, são ídolos o que ali veneramos? As velas acesas diante de seus túmulos são, enfim, sinais de idolatria? Farei uma só pergunta mais, que há de ou curar ou ensandecer de vez a cabeça insana deste autor, a fim de que as almas simples não se percam por causa de tamanhos sacrilégios. Acaso era imundo também o corpo do Senhor enquanto esteve no sepulcro? Os anjos, portanto, com vestes resplandecentes, vigiavam aquele cadáver "sórdido" para que, séculos mais tardes, o delirante Dormitâncio vomitasse esta porquice e, assim como o perseguidor Juliano, destruísse nossas igrejas, ou mesmo as convertesse em templos ?

2. Surpreende-me que o santo bispo em cuja paróquia, pelo que dizem, é presbítero, concorde com esta loucura e nem com disciplina apostólica nem com disciplina férrea corrija esse vaso inútil "para a mortificação do seu corpo, a fim de que a sua alma seja salva" (1Cor 5, 5). Ele deveria lembrar-se do que dizem os Salmos: "Se vês um ladrão, te ajuntas a ele, e com adúlteros te associas" (Sl 49, 18); e noutra passagem: "Todos os dias extirparei da terra os ímpios, banindo da cidade do Senhor os que praticam o mal" (Sl 100, 8). E ainda: "Pois não hei de odiar, Senhor, os que vos odeiam? Os que se levantam contra vós, não hei de abominá-los? Eu os odeio com ódio mortal" (Sl 138, 21-22). Ora, se não se devem honrar as relíquias dos mártires, como então lemos: "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl 115, 6 [15])? Se, pois, os ossos tornam impuros os que os tocam, como o cadáver de Eliseu, que, segundo Vigilâncio, jazia imundo na sepultura, pôde trazer à vida outro corpo morto (cf. 2Rs 13, 21)? Logo, foram impuros todos os arraiais do exército de Israel e o próprio povo de Deus, já que, levando consigo pelo deserto os corpos de José e dos patriarcas, trouxeram à Terra Santa as cinzas dos mortos? Também José, deste modo, foi profanado, ele que, com grande pompa e cortejo, partira com a ossada de Jacó em direção a Hebron, unicamente para reunir os restos imundos de seus parentes, juntando um morto aos outros? Oh! deveriam os médicos cortar esta língua e pôr sob tratamento esta insanidade. Se ele [sc. Vigilâncio] não sabe falar, que aprenda ao menos a calar-se. Eu mesmo já tive ocasião de ver outrora este monstro e, servindo-me dos textos da Escritura como das amarras de Hipócrates, tentei conter o seu furor; mas ele, tomando o seu partido, preferiu fugir e refugiar-se entre as vagas do Adriático e os Alpes do rei Cócio [i. e. Alpes Cócios], donde pôde desfazer-se em injúrias contra nós. De fato, tudo quanto um tolo diz não é senão vociferação e barulho.

3. Tu talvez me repreendas em teu íntimo por haver-me dirigido nestes termos a quem não está presente para defender-se. Devo, contudo, confessar-te a minha dor. Não posso ouvir pacientemente tal sacrilégio. Eu li, pois, sobre a lança de Finéias (cf. Nm 25, 7); sobre a austeridade de Elias (cf. 1Rs 18, 40); sobre o zelo de Simão Cananeu; sobre a severidade de Pedro, a Ananias e Safira (cf. At 5, 5); sobre, enfim, a constância de Paulo, punindo com cegueira perpétua a Elimás, o Mago, que se opunha às vias do Senhor (cf. At 13, 8-11). Não há crueldade no ser temente a Deus. De fato, na própria Lei se diz: "Se o teu irmão, ou um teu amigo, ou a tua esposa te quiserem desviar da verdade, esteja a tua mão sobre eles, e tu lhes derramará o sangue, e tirarás o mal de Israel" (cf. Dt13, 6-9). Pois bem, <ó Vigilâncio>, são imundas as relíquias dos mártires? Por que então trataram os Apóstolos de enterrar com grande dignidade o corpo "imundo" de Estevão? Por que fizeram a seu respeito um grande pranto (cf. At 8, 2), a fim de que a sua lamentação se tornasse a nossa alegria? Ora, não fosse isso o bastante, tu [sc. Ripário] também me dizes que ele despreza as vigílias. E vai nisto contra o próprio nome, como se Vigilâncio quisesse antes dormir do que ouvir o Senhor, que diz: "Então não pudestes vigiar uma hora comigo... Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26, 40-41). E noutra passagem canta o profeta: "Em meio à noite levanto-me para vos louvar pelos vossos decretos cheios de justiça" (Sl 118, 62). Lemos também no Evangelho que o Senhor passava as noites orando a Deus (cf. Lc 6, 12) e que os Apóstolos, quando eram mantidos sob custódia, costumavam vigiar e entoar salmos a noite inteira, para que a terra estremecesse, o carcereiro se convertesse, o magistrado e a cidade se enchessem de horror (cf. At 16, 25-38). Paulo diz: "Sede perseverantes, sede vigilantes na oração" (Col 4, 2) e, noutro lugar, em "vigílias repetidas" (2Cor 11, 27). Que Vigilâncio durma, então, se assim lhe aprouver, e seja sufocado com os egípcios pelo exterminador do Egito (cf. Ex 11, 4-6). Nós, porém, digamos com Davi: "Não, não há de dormir, não há de adormecer o guarda de Israel" (Sl 120, 4), para que venha a nós o Santo Velador (cf. Dn 4, 10) [6]. Mas se porventura, devido aos nossos pecados, Ele adormecer, enquanto nossa barca se enche d'água, despertêmo-lO: "Levanta-Te, Senhor, como dormes?" e clamemos: "Senhor, salva-nos, nós perecemos" (Mt 8, 25).

4. Quisera eu poder escrever-te mais coisas, <ó Ripário>; os limites de uma simples carta, porém, impõe-nos a modéstia do silêncio. De resto, tivesses tu nos enviado os livros de suas cantilenas, saberíamos em detalhe a que objeções poderíamos responder. Por ora, apenas golpeamos o ar (cf. 1Cor 9, 26) e demos a conhecer não tanto a infidelidade dele, que é manifesta a todos, quanto a nossa própria fé. Mas se desejares que discorramos com mais vagar a este respeito, envia-nos as suas lamúrias e tolices, para que afinal dê ouvidos à pregação de João Batista: "O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo" (Mt 3, 10).

Referências

Cf. Catecismo de S. Pio X, n. 3: "Verdadeiro cristão é aquele que é batizado, crê e professa a doutrina cristã e obedece aos legítimos Pastores da Igreja."

De Martyrio Sancti Polycarpi, 18 (PG 5, 1043).

O original dessa epístola de São Jerônimo a Ripário está no volume 22 da Patrologia Latina, 906-909.

Um sarcástico jogo de palavras: Vigilâncio (Vigilantius), isto é, "aquele que está desperto"; Dormitâncio (Dormitantius), ou "o que dorme".

Assim eram pejorativamente chamados os cristãos dos primeiros séculos, por venerarem as cinzas e as relíquias de santos e mártires.

No original, lê-se: "[...] ut ad nos veniat et air, qui interpretatur vigil." Pode tratar-se de uma referência ao Espírito Santo. Os trechos precedente e seguinte, no entanto, dão a entender que é realmente de Nosso Senhor Jesus Cristo que São Jerônimo fala.

Título Original: A resposta de São Jerônimo a um inimigo das relíquias dos santos


Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 28 de agosto de 2016

Enquanto caminharmos nesta vida terrena, nós vamos precisar de cura interior


Encontro Curar-ser para ser feliz

Eliana Ribeiro – Créditos: Wesley Almeida/Canção Nova

Eliana Ribeiro

Não é pela cura, mas é o amor de Deus que faz valer a vida

Sinto lhe informar que a cura interior não é só um momento da nossa vida, mas é para toda a nossa vida. Enquanto caminharmos nesta vida terrena, nós vamos precisar de cura interior.

O pecado que nos feriu é essa inclinação para baixo. Sendo a morte o salário do pecado, todas as nossas escolhas erradas terão consequências, tudo o que semearmos nós colheremos.

E se não alcançarmos a cura?

Se não formos curados, seremos felizes? Se a cura que imaginamos ter neste vida não for alcançada, será possível ser feliz?

É possível sim, pois, caso contrário, estaríamos limitando a nossa caminhada com Deus, a nossa fé, a uma cura. O Senhor quer nos dar essa felicidade, mas é muito limitado da nossa parte acharmos que tudo se encerra nesta vida. Se não tivermos aquela cura que tanto queremos, vamos ser infelizes? Claro que não!

Eu experimentei a morte muito perto de mim,e sei que ela é a única certeza que temos nesta vida. Até podemos planejar, mas não sabemos o que acontecerá daqui a cinco minutos. Só uma coisa é certa: vamos morrer.

Achamos que a morte é o encerramento de tudo, mas, meus irmãos, nós cristãos temos de crer que a morte é só uma passagem para a felicidade plena. Hoje, ouvimos muito que basta ser feliz nesta terra. Não! Deus derrama a Sua cura sobre nós para conquistarmos a vida eterna, a felicidade perfeita.

Até para nossas crianças existe um desenho animado que diz que o céu é mal, que nos faz acreditarmos que o que construimos nesta terra é o bastante, como conquistas intelectuais, sociais, profissionais e financeiras.

Um divisor de águas em minha vida

Deus sempre tem o melhor para nós. Ele nos surpreende e vai sempre além das nossas expectativas. Eu estou lhe dizendo isso para que você não limite sua vida e seu ministério a uma cura, porque o Senhor quer nos elevar até o céu, pois lá sim teremos a felicidade plena.

Experimentar a morte nesta terra foi um marco para mim. Foi a morte do meu pai que inaugurou um tempo de graça na minha vida. Você pode se perguntar: “Uma morte?” Sim!

Eu estava há um ano na Comunidade Canção Nova e fui passar um fim de ano com meus pais. Na volta, um carro bateu de frente com o nosso.

Eu sentia muitas dores, quebrei o pé, a bacia, a clavícula, rompi os ligamentos da mão. Fiquei sabendo da morte do meu pai, mas não pude ir ao enterro dele. Sofri muito, não tanto pelas dores nem por ter de ficar três meses de cama, mas pela perda do meu pai, pela saudade.

Meu pai, que foi me buscar tantas vezes em que eu bebi e não conseguia chegar em casa. Meu pai, que não entraria comigo no meu casamento.

A dor física era muito grande, mas a dor na alma era muito pior. No entanto, eu nunca questionei Deus. “Eu não merecia estar aqui, não! Eu larguei minha faculdade, meu emprego, larguei tudo o que eu gostava, larguei minha família e é isso que eu recebo com um ano de Canção Nova?!”. Não! Eu não disse nada disso para o Senhor. Eu só dizia: “Eu aceito”.

Nesse tempo, eu fiquei com a minha tia, ficava num quarto em que tinha uma cruz; da janela, eu conseguia enxergar o convento da Penha. E eu dizia: “Eu ofereço”.

Eliana Ribeiro prega na Canção Nova – Créditos: Wesley Almeida/Canção Nova

Meu foco, nesta época, não era ser curada, era ter forças. Mesmo em meio às dores, mesmo em meio à tragédia, é possível continuar em Deus, é possível encontrar razão para viver, é possível encontrar alegria.

“Senhor, eis-me aqui. Tudo bem, mas me dê forças”. Mesmo com tudo que passei, eu queria mais de Deus.

Passado todo o tempo de recuperação, quando eu voltei para a Comunidade Canção Nova, fui a casa do padre Jonas e ele me disse: “O professor Felipe Aquino ia pregar agora, mas não pôde vir. Será que você não quer testemunhar o que aconteceu com você e como está superando tudo?”.

Eu respondi: “Durante todo esse tempo, o que eu pedi a Deus foi: ‘Senhor, dá-me forças para eu testemunhar que é possível estar em Ti, mesmo em meio à tragédia. Era exatamente isso que eu esperava!”.

A cura é um meio para sermos mais de Deus

A cura que você recebeu na sua vida, tudo que você passou e sofreu até agora, foi só um meio para que estivesse cada vez mais próximo do Senhor. Em meio a tantas loucuras, tantas crueldades que vemos hoje, é só o amor de Deus que pode nos colocar de pé. É por isso que eu digo: a morte do meu pai foi para mim um divisor de águas.

Não pare, não limite a sua fé. Avance com enfermidades, com pecados, corra para os braços de Deus. Quando nós somos generosos para com o Senhor, Ele nos acolhe e é mais generoso conosco.

Por que Deus permite a maldade e o sofrimento no mundo? Isso é um mistério que não caberá na nossa cabeça. Mas Deus é fiel! Não se limite, não limite a sua fé, a sua mente, a enfermidade que você traz. Pelo contrário, pegue tudo isso e dê mais um pouco. Caiu no pecado? Então, levante-se! Vá buscar a confissão. Peça a Deus também o arrependimento.

Vá a Missa, receba a Eucaristia, que é vital, é o ápice da nossa vida.

Transcrição e adaptação: Sandro Arquejada 

Veja:




Eliana Ribeiro
Missionária da Comunidade Canção Nova

Título Original: O amor de Deus nos cura


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 27 de agosto de 2016

Mais um sinal numa tragédia: Mais uma imagem sagrada é encontrada intacta sob escombros

Terremoto, la Madonna tra le macerie di Pescara del Tronto: intatta la statua della Vergine 

Mais uma vez a natureza respeita uma imagem sagrada deixando-a intacta. Mas, será que foi mesmo só a natureza? Nos últimos desastres naturais vêm se multiplicando estas ocorrências de imagens sagradas que saem intactas sob escombros em tragédias, algumas levemente atingidas, mas preservadas na sua estrutura. Não há dúvidas que Deus quer comunicar sua assistência nesses momentos. É uma comunicação divina em meio ao mistério desses acontecimentos terríveis!
Henrique Guilhon
AciDigital

Depois do devastador terremoto do dia 24 de agosto que sacudiu o centro da Itália e deixou até agora mais de 267 mortos, 387 feridos e inúmeros danos materiais, uma imagem da Virgem Maria apareceu intacta.

Entre tanta destruição causada pelo terremoto de 6,2 graus na escala do Richter, a imagem mariana foi encontrara entre os escombros de uma pequena capela na cidade de Pescara del Tronto, um dos locais mais afetados pelo sismo.

Segundo informou a mídia italiana, a imagem da Virgem se encontrava em um nicho de cristal a dois metros de altura em uma igreja da localidade de Pescara.

Apesar da violência do tremor, a imagem permaneceu livre de danos.

Encontrar esta imagem intacta se tornou em símbolo de esperança e de cuidado maternal da Virgem para muitos nestes momentos de dificuldade para o povo italiano.

Título Original: Encontram imagem intacta da Virgem Maria após devastador terremoto na Itália


Site: AciDigital
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O uso dos sacramentais na luta contra o mal



Prof. Felipe Aquino

O Catecismo da Igreja diz que “Chamamos de sacramentais os sinais sagrados instituídos pela Igreja, cujo objetivo é preparar os homens para receber o fruto dos sacramentos e santificar as diferentes circunstâncias da vida” (n.1677). Entre os sacramentais, figuram em primeiro lugar as bênçãos (de pessoas, da mesa, de objetos e lugares). Toda bênção é louvor Deus e pedido para obter seus dons. (n.1672)

Os sacramentos produzem seu efeito “ex opere operato”, quer dizer, “pela obra realizada”, é ação direta de Deus; sua validade e eficácia não dependem da santidade do ministro ou do fiel; já a eficácia dos sacramentais (“ex opere operantes”), “pela ação daquele que opera”, depende da disposição dos que os recebem. Assim, para que haja frutos das graças dos sacramentais, é necessário boa disposição ao recebê-los. É necessário estar na graça de Deus para receber as graças atuais dos sacramentais com maior eficácia.

Entre os sacramentais, estão as bênçãos de modo geral. Vale destacar as bênçãos que dão o Papa, os Bispos e os sacerdotes; os exorcismos; a bênção de reis, abades ou virgens e, em geral, todas as bênçãos sobre coisas santas.

Além das bênçãos temos algumas orações, como as Ladainhas de modo geral (Nossa Senhora, Sangue de Cristo, Espírito Santo, São José, São Miguel, etc.). A água benta; usada em certas unções que se usam em alguns sacramentos. O pão bento ou outros alimentos santificados pela bênção de um sacerdote ou diácono. As imagens e medalhas sagradas abençoadas, etc.

Os efeitos que produzem os sacramentais recebidos com as disposições necessárias são muitos. Obtêm graças atuais, pela intervenção da Igreja. Perdoam os pecados veniais. Podem perdoar toda pena temporal, devida, pelas indulgências ligadas ao uso dos sacramentais. Obtêm-nos graças para a nossa vida terrena, como a saúde corporal, defesa contra as tempestades, uma viagem bem-sucedida, etc. Além disso nos livram das tentações do demônio ou nos dão forças para vencê-las.

O Concílio Vaticano II disse que “não há uso honesto das coisas materiais que não possa ser dirigido à santificação dos homens e o louvor a Deus.”( Const. Sacrosanctum Concilium, 61).

Tendo em vista os seus efeitos, os sacramentais nos protegem contra a ação do demônio. Especialmente o crucifixo, a água benta, as medalhas, imagens e quadros de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos, o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, o Agnus Dei, etc., nos protegem contra a ação do Mal quando os usamos e veneramos com fé e devoção. É claro que não podemos fazer um uso supersticioso desses objetos; como se agissem por si mesmos sem a nossa disposição de fé.

De modo especial a Igreja emprega o uso do Rito do exorcismo para expulsar o demônio de alguém que tenha sido possuído por ele.

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“Quando a Igreja exige publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto seja protegido contra a influência do maligno e subtraído a seu domínio, fala-se de exorcismo” (Cat. n. 1674).

No Batismo é realizado o exorcismo na forma simples. “O exorcismo solene, chamado “grande exorcismo”, só pode ser praticado por um sacerdote, com a permissão do bispo. Nele é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja. O exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou à sua Igreja”. (n. 1674)

Leia também: 



Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A audiência geral do Papa foi dedicada às vítimas do terremoto na Itália

Web

CNBB

Região central da Itália foi atingida

A audiência geral desta quarta-feira, 24, com o papa Francisco, foi dedicada às vítimas do terremoto que atingiu o centro da Itália na madrugada de hoje. Diante da notícia do terremoto, o papa expressou sua dor e proximidade aos atingidos. 

“Eu havia preparado uma catequese para hoje assim como para todas as quartas-feiras desse ano da Misericórdia, mas diante da notícia do terremoto que atingiu o centro da Itália, devastando inteiras regiões e causando mortes e feridos, eu não posso deixar de expressar a minha grande dor, a minha proximidade a todas as pessoas que estão presentes nos lugares atingidos pelos abalos sísmicos e a todas as pessoas que perderam seus entes queridos e que ainda se sentem abaladas pelo medo e pelo terror”, disse.

Na ocasião, o papa agradeceu ainda a todos os voluntários e agentes da defesa civil que estão socorrendo esses povoados. “Peço-lhes que se unam a mim, na oração, para que o Senhor Jesus, que sempre se comoveu diante da dor humana, console estes corações entristecidos e lhes dê a paz, por intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria”, exortou.

Ao adiar a catequese da audiência geral para a próxima semana, o papa Francisco convidou os fiéis a rezar com ele parte do Rosário, pelos irmãos e irmãs atingidas pelo terremoto. 

No final, concedeu a todos a benção apostólica. 

O terremoto

O centro da Itália foi atingido nesta quarta-feira, 24, por um terremoto de magnitude 6,2. Pelo menos 73 pessoas morreram e cerca de 100 estão desaparecidas.

Com informações da Rádio Vaticano

Título Original: Papa Francisco reza pelas vítimas do terremoto em Roma


Foto: Web

Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

A verdade em confronto com o relativismo

Web


Dom Estêvão Bettencourt

Que é a verdade?

Em síntese: O contato com religiões orientais tem induzido alguns teólogos católicos a relativizar a fé católica, chegando mesmo a dizer que Jesus foi apenas um fundador de religião como Buda, Confúcio ou Maomé. Todas as religiões seriam equivalentes entre si. A estas afirmações se opõe a doutrina católica, que professa a Divindade de Jesus Cristo e a singularidade da sua obra salvífica; Cristo com sua Igreja é o único Mediador entre Deus e os homens. A revelação trazida por Jesus Cristo a este mundo não é simplesmente uma faceta da Verdade, mas é a plenitude da Verdade destinada à salvação de todos os homens.

* * *
O contato com povos orientais, especialmente a Índia, tem sugerido a alguns teólogos católicos o relativismo religioso: o cristão teria que completar sua fé assumindo proposições de outras correntes religiosas. Vamos, a seguir, expor o problema mais detidamente, ao que acrescentaremos a explanação do pensamento católico a tal respeito.

1. O Problema

Na década de 1850 começaram a aparecer, entre os teólogos, novas teorias para explicar o relacionamento do Catolicismo com as correntes religiosas não católicas. A evolução do pensamento de tais autores pode ser compendiada nos seguintes termos: do eclesiocentrismo ao cristocentrismo; do cristocentrismo ao teocentrismo; do teocentrismo ao reinocentrismo. Expliquemos os vocábulos citados:

Outrora a Igreja terá sido o centro da vida católica, de modo que se dizia: "Fora da Igreja não há salvação". É o que se chama "eclesiocentrismo".

Tal concepção foi alargada pelo "cristocentrismo": posta a Igreja de lado, Cristo, sem a sua Igreja confiada a Pedro e seus sucessores, seria o único sustentáculo da piedade cristã.

Tal noção foi ainda ampliada ao se dizer que bastaria crer em Deus para alcançar a salvação. Todas as religiões seriam, desta forma, válidas. É o que se chama"teocentrismo".

Este foi ainda mais dilatado pelo reinocentrismo: todas as religiões seriam caminhos que levariam a um "Reino de Deus" a ser realizado no fim dos tempos.

Os mesmos autores admitem duas outras proposições, que fundamentam a evolução do seu pensamento. Ei-las:

a) Distingue-se entre o Logos (o Verbo ou a segunda Pessoa da SSma. Trindade) e Jesus Cristo. O Logos, dizem, atua no mundo inteiro, de modo que qualquer manifestação religiosa pode ser tida como inspirada pelo Verbo de Deus. Este quis aparecer visivelmente na figura de Jesus Cristo. "Cristo" é um título que não salva; quem salva, é o Logos, que quis ser reconhecido pelos cristãos como Jesus Cristo. O Logos, que cultuamos como Cristo, age em todas as religiões. É o que se chama "Logocentrismo".

b) Há também quem diga que o Espírito Santo é que atua no mundo inteiro e em qualquer religião. Os cristãos, dizem, recebem de Jesus Cristo a graça da salvação, graça esta que os não cristãos recebem através do Espírito (pneuma) Santo; é o que se chama "pneumacentrismo". A ação do Espírito Santo no mundo não estaria necessariamente ligada à obra redentora de Cristo.

Destas concepções redundou o relativismo religioso: Ninguém conhece plenamente a verdade de Deus, mas cada corrente religiosa possuiria apenas uma face da Verdade.

Em conseqüência foi-se perdendo o zelo missionário ou o interesse por apregoar a fé católica a povos não católicos e pagãos. A Missão é considerada um desrespeito às tradições culturais de um povo; é um gesto de imperialismo, que deve acabar, de tal modo que a tarefa dos missionários seria apenas a de cuidar da civilização de povos primitivos, oferecendo-lhes escolas, hospitais, trabalho industrial..., sem tocar em matéria religiosa... e, muito menos ainda, sem falar de conversão à fé católica.

O diálogo ecumênico (entre católicos e cristãos não católicos) e o diálogo inter-religioso (entre católicos e não cristãos) não teria em vista a conversão ao Catolicismo, mas uma procura de convergência dos dialogantes a uma conversão comum e mais profunda a Deus e aos homens.

São estas as principais linhas doutrinárias do relativismo religioso, que tende a penetrar cada vez mais na esfera do próprio Catolicismo.

Perante tais afirmações, pergunta-se:

2. Que dizer?

Sejam propostas seis considerações:

2.1. Para a verdade...

O ser humano foi feito para a verdade. Traz em si a sede natural da verdade. Ora a natureza, sábia como é, não pode frustrar o homem. Não raro a pessoa humana pode errar, mas, reconhecendo seus erros, vai-se aproximando da verdade, que lhe é dado atingir nos pontos essenciais à orientação de sua vida.

2.2. Verdade religiosa

Estas ponderações valem principalmente no tocante à religião. Verdade é que em todos os seres humanos existe uma religiosidade natural, que leva a reconhecer um Ser Superior, do qual o homem depende e ao qual ele dirige suas preces. Essa religiosidade natural é acompanhada de uma lei moral natural; todo homem sabe que não deve matar um inocente, não deve roubar, não deve caluniar... Neste plano todos os homens são iguais entre si. Mas, ao concretizarem a sua religiosidade num Credo, os homens divergem entre si: professam uns o politeísmo, outros o panteísmo, e mais outros o monoteísmo. São formas de crer incompatíveis entre si, portanto não podem provir da inspiração divina do Logos (Verbo) ou do Pneuma (Espírito).

Dessas três formas somente o monoteísmo obedece às leis da lógica e, dentro do monoteísmo, o cristianismo é a modalidade correta, pois o judaísmo é a expectativa do Messias que já veio, e o islamismo é uma mescla de judaísmo, cristianismo e religiões árabes antigas. Dentro do Cristianismo o Catolicismo é o único ramo que procede diretamentede Cristo e dos Apóstolos sem interrupção.

Não se pode dizer que Deus, perfeitíssimo como é, não pode ser reconhecido pelo homem. Certo é que não conhecemos Deus como conhecemos nossos semelhantes, isto é, de maneira unívoca, mas conhecemos Deus através das perfeições esparsas pelo mundo e pela humanidade; assim os conceitos de amor, bondade, sabedoria, justiça... que se aplicam aos homens, aplicam-se também a Deus, não de maneira unívoca, mas em termos análogos: Deus é amor, mas não é amor como o é o homem; Ele é amor em grau perfeito; Deus é bondade, mas não como o homem é bondade, e sim de maneira perfeita. A verdade que vale para o intelecto humano vale também para Deus; assim para Deus, como para nós, 2 + 2 = 4; Deus não pode fazer um círculo quadrado, pois isto não é lógico nem para nós nem para Ele. Assim formamos um conceito de Deus que é verídico e sólido.

2.3. Jesus Cristo

Jesus não é uma manifestação do Logos como Buda e Maomé teriam sido manifestações de Deus, segundo certos teólogos. - Ele é Deus de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Ele não é o Salvador de uma parte apenas da humanidade, mas é o único Salvador de todos os homens. Diz o Concílio do Vaticano II: "O Verbo de Deus, por quem foram feitas todas as coisas, encarnou-se a fim de, como homem perfeito, salvar todos os homens e recapitular todas as coisas" (Gaudium et Spes 45).

De modo semelhante o Espírito Santo (Pneuma) é o Santificador dado por Cristo para agir em todos os homens, aplicando-lhes as graças do Redentor. Não há ação do Espírito Santo independente da de Cristo.

2.4. Salvação fora da Igreja?

A resposta é a seguinte: há um só Salvador Jesus Cristo, que por meio da sua Igreja redime todos os homens. Muitos o reconhecem e podem salvar-se, filiando-se à Igreja visível. Outros, porém, sem culpa própria, ignoram a pessoa e a obra de Jesus Cristo; também podem salvar-se, se guardam fidelidade à sua consciência cândida e sincera. Pertencem à Igreja invisível; salvam-se também mediante Cristo e a Igreja, única via de salvação, oferecida também aos não cristãos que professam o erro julgando ser o erro a verdade; ver Constituição Lumen Gentium no 16.

2.5. Missão entre os povos

O anúncio do Evangelho aos não cristãos conserva ainda hoje a sua validade e a sua necessidade: "Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2, 4). A Igreja é missionária. Ela tem o direito de apregoar o Evangelho a todos os homens, sem forçar alguém a abraçá-lo ou sem fazer proselitismo ("comprando" a adesão dos ouvintes com promessas de bem-estar humano).

Nos encontros ecumênicos e nos coloquios inter-religiosos, a Igreja reconhece a paridade existente entre os dialogantes, paridade quanto à dignidade das pessoas que dialogam e merecem respeito; todavia não pode reconhecer paridade de conteúdos doutrinários, pois Jesus Cristo é inconfundível e não pode ser equiparado aos fundadores de outras religiões.

2.6. A Declaração "Dominus lesus" (O Senhor Jesus)

O que acaba de ser dito corresponde exatamente à doutrina da Declaração "Dominus Jesus", promulgada a 6 de agosto de 2000. Este documento suscitou críticas e oposição, pois afirma a unicidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja, guardando respeito por outras correntes religiosas. A Igreja e os filhos da Igreja precisam de ter coragem para proclamar a veracidade da mensagem católica; isto não é simpático, mas é uma atitude coerente. Sou católico porque creio que o Catolicismo é o autêntico caminho que leva a Deus; não desprezo nem desrespeito os que assim não pensam, mas não devo ter vergonha de dizer que tenho certeza de estar professando a verdade, sem assumir posições de falsa humildade, dizendo: "Não sei... Vamos procurar juntos... Vamos somar nossos modos de ver". A coragem da coerência é que falta. Daí o relativismo religioso, que leva à insegurança e ao vazio, tirando ao homem boas razões para lutar e sofrer por um ideal.

A temática deste artigo pode ser estudada com mais minúcias mediante o livro "Bento XVI adversus Haereses (Contra as Heresias)" da autoria de D. João Evangelista Martins Terra, Bispo Auxiliar de Brasília. O autor é severo em suas avaliações, mas põe às claras os perigos do relativismo que ameaçam a Verdade revelada por Jesus Cristo.

A mesma temática é explanada pelo Cardeal Joseph Ratzinger (hoje Papa Bento XVI) em termos mais eruditos no seu livro recentemente traduzido para o português com o título "Fé, Verdade, Tolerância. O Cristianismo e as grandes religiões do mundo" (Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência Raimon Luili).

Título Original: RELATIVISMO E VERDADE


Foto: Web

Site: Católicos Online
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 20 de agosto de 2016

O nosso combate, a nossa luta e disputa são espirituais


Acampamento no Combate da Oração



Padre Roger Luis. Foto: ArquinoCN


Padre Roger Luis

Este acampamento é para formarmos homens e mulheres dispostos a combater um bom combate. Por isso, nesta manhã de sábado, vamos ver exatamente isso por meio do que disse o salmista: “Bendito seja o Senhor, minha rocha, que ensina as minhas mãos para a peleja e os meus dedos para a guerra” (Salmo 144,1).

Pegue sua Bíblia e veja o que Paulo disse sobre o atleta: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado” (I Cor 9,24-27).

Paulo, nessa palavra, diz de uma disciplina, como quando olhamos para o nadador americano Michael Phelps, que já ganhou mais de 10 medalhas de ouro e me parece que essa será sua última competição nas Olimpíadas. Ele, com certeza, foi exigido, treinado e precisou se esforçar, mais do que os outros, para ser o campeão mundial.

Os atletas querem subir no topo, querem ganhar a medalha de ouro. O mesmo deve acontecer conosco, que estamos correndo em busca do céu. Quanto mais eu e você queremos o céu, mais precisamos nos disciplinar, pois a vida de oração é um treinamento.

Você já treinou na academia? O primeiro mês é terrível, você quer desistir, porque tudo dói. Da mesma maneira é a nossa vida espiritual, se não buscarmos essa disciplina que o atleta se impõe, não vamos alcançar a vitória.

É preciso treinar, na vida de oração, os intercessores, os combatentes, os atalaias; e o Treinador, que treina os intercessores, não precisa de aperfeiçoamento, porque Ele já é perfeito, Ele é o Espírito Santo de Deus. Se os nossos treinadores têm recorrido à tecnologia para treinar os atletas, nosso Treinador já é perfeito, nos ensina a lutar contra o inimigo, que quer nos destruir.

O nosso combate, a nossa luta e disputa são espirituais. Nós devemos nos deixar conduzir pelo Espírito, não precisamos de bombas, fuzis nem nenhum tipo de arma ou espada, muito menos de ódio e sentimento de vingança. O Paráclito adestra a nossa alma com a caridade, a fé e a fortaleza, para combatermos um bom combate.

Deus quer iluminar a nossa vida com a Sua Palavra, exortando-nos a estar atento ao treinamento que o Espírito quer realizar em nós. Precisamos compreender que o nosso inimigo não é como numa competição Olímpica, onde, no fim, o vencedor abraça o derrotado e ambos festejam aquele jogo. O nosso inimigo quer nos matar, quer nos destruir; e uma das estratégias dele é arrancar de nós nossa identidade, para nos tornarmos um povo fraco, sem história, sem vontade de lutar. O inimigo nos propõe coisas que são contrárias à nossa mentalidade cristã.

Várias pessoas me pediram para falar do Pokémon Go, mas eu não tenho propriedade para falar sobre isso, porque não conheço o jogo. Mas qualquer jogo, seja de futebol ou vídeo-game não é um pecado, mas, a partir do momento em que ele nos rouba o tempo que poderíamos dar para Deus, ai sim torna-se um problema. Assim como o Whatsapp, Facebook ou qualquer mídia social que nos rouba de uma vida de oração, de estarmos com Deus, é pecado. Padre, o que você vai dizer do Pokémon Go? É pecado? Não. Mas se ele faz de você um viciado e o afasta de Deus, então, meu irmão, você precisa se posicionar, pois está perdendo tempo com tentações.

Eu gosto de assistir a uma série, então, eu me avalio e pergunto: “Quanto tempo gastei assistindo a essa série?”. A partir desse tempo, preciso gastar o mesmo diante de Deus, rezando e o adorando. O inimigo age para tirar a nossa identidade cristã.

A maior arma de um intercessor é a concordância com uma vida de oração. Adorar é prostrar-se diante de Deus e reconhecer o seu nada e o tudo d’Ele. Então, meus queridos, como está sua adoração? Sua vida de oração? É dia de retomada, dia de combater um bom combate.

Temos perdido muitos combates, porque vemos o inimigo avançando, mas não o atacamos, esperamos ele avançar. Precisamos ter sabedoria e lutar contra o inimigo, combatendo-o; não podemos ficar sentados, orando, temos de fechar as brechas e avançar.

Estamos tão egoístas, que intercedemos apenas em nosso favor, não o fazemos pelas pessoas, pelas nações e realidades sociais. É preciso interceder por todos necessitados de oração.

O que não pode faltar em nosso combate é a oração em línguas. Você não pode entrar numa batalha sem orar em línguas. Às vezes, você está orando em línguas e acha que sua mente tem de estar fixa no que você está orando, mas não é assim, a sua mente pode estar longe e seu Espírito orando!

Vamos combater um bom combate e receber a nossa coroa no céu!

Leia mais:


Transcrição e adaptação: Fernanda Soares

Adquira essa pregação pelo telefone (12) 3186-2600


Padre Roger Luís

Sacerdote Comunidade Canção Nova

Título Original: O Espírito Santo quer nos treinar para o combate


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O horóscopo, um dos artifícios malignos para o desvio do caminho de Deus




Cléofas
 
O diabo não busca outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus

A astrologia pretende definir a vida humana a partir da posição ocupada pelos astros no dia do nascimento da pessoa. A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C.. Nessa época, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral.

Segundo o grande mestre D. Estevão Bettencourt, tal “ciência” é falsa por diversos motivos:

1 – Baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;

2 – A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;

3 – Os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhece-se interferências deles no espaço que outrora se ignorava. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?;

4 – A astrologia incute uma mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem. Registram-se erros flagrantes de astrólogos. (Revista PR, Nº 266 – Ano 1983 – Pág. 49).

Uma pesquisa realizada nos EUA mostra que seguir os horóscopos “pode fazer mal à saúde mental”. O estudo foi publicado na revista “Journal of Consumer Research” e descobriu que pessoas que leem o horóscopo diariamente são mais propensas a um comportamento impulsivo ou a serem mais tolerantes com seus “desvios” quando a previsão do zodíaco é negativa. Cientistas das universidades Johns Hopkins e da Carolina do Norte recrutaram 188 indivíduos, que leram um horóscopo desfavorável. Os resultados mostraram que para as pessoas que acreditam que podem mudar o seu destino, um horóscopo desfavorável aumentou a probabilidade de elas caírem em alguma “tentação”. “Acreditava-se que, para uma pessoa que julga poder mudar o seu destino, o horóscopo deveria fazê-la tentar modificar alguma coisa em seu futuro”, disseram os autores da pesquisa. No entanto, viu-se o oposto: aqueles que acreditam no horóscopo, quando veem que a previsão é negativa, acabam cedendo às suas “tentações”, levando-os a um comportamento impulsivo e, eventualmente, irresponsável.( Fonte: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/horoscopo-faz-mal-saude-mental-11063132)

Uma prova do erro da astrologia é a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Veja por exemplo caso de Esaú e Jacó (Gen 25). Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente nos casos citados? Quem conhece os gêmeos sabem muito bem disso.

Santo Agostinho, já no século IV, combatia veementemente as superstições e a astrologia. No seu livro ‘A doutrina cristã’ escreve: “Todo homem livre vai consultar os tais astrólogos, paga-lhes para sair escravo de Marte, de Vênus ou quiçá de outros astros”.

Querer predizer os costumes, os atos e os eventos baseando-se sobre esse tipo de observação, é grande erro e desvario. O cristão deve repudiar e fugir completamente das artes dessa superstição malsã e nociva, baseada sobre maléfico acordo entre homens e demônios. Essas artes não são notoriamente instituídas para o amor de Deus e do próximo; fundamentam-se no desejo privado dos bens temporais e arruínam assim o coração.

Em doutrinas desse gênero, portanto, deve-se temer e evitar a sociedade com os demônios que, juntamente com seu príncipe, o diabo, não buscam outra coisa senão fechar e obstruir a estrada de nosso retorno a Deus.”

“Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros” (Confissões, I, IV, c. 3).

“Um astrólogo não pode ter o privilégio de se enganar sempre”, dizia o sarcástico Voltaire.

“O interesse pelo horóscopo como também por Tarô, I Ching, Numerologia, Cabala, jogo de búzios, cartas etc. é alimentado por mentalidade que se pode dizer “mágica”. Quem se entrega à prática de tais processos de adivinhação, de certo modo, acredita estar subordinado a forças cegas e misteriosas; o cliente de tais instâncias se amedronta e dobra diante de poderes fictícios – o que não é cristão.” (D. Estevão)

São Tomás de Aquino, em sua obra “Exposição do Credo”, afirma que o demônio quer ser adorado, por isso se esconde atrás dos ídolos. E São Paulo diz que “as coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam aos demônios e não a Deus” (1 Cor 10,21). Então, é preciso cuidado para não prestar um culto que não seja a Deus.

Prof. Felipe Aquino

Título Original: Por que um católico não deve consultar horóscopo?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 14 de agosto de 2016

O uso de imagens pelos cristãos é confirmada desde os primeiros séculos pela ciência




Prof. Felipe Aquino

Desde os primeiros séculos os cristãos pintaram e esculpiram imagens de Jesus, de Nossa Senhora, dos Santos e dos Anjos, não para adorá-las, mas para venerá-las. As catacumbas e as igrejas de Roma, dos primeiros séculos, são testemunhas disso. Só para citar um exemplo, podemos mencionar aqui o fragmento de um afresco da catacumba de Priscila, em Roma, do início do século III. É a mais antiga imagem da Santíssima Virgem. O Catecismo da Igreja traz uma cópia dessa imagem (Ed. de bolso, Ed. Loyola, pag.19).

É o caso de se perguntar, então: Será que foram eles “idólatras” por cultuarem essas imagens? É claro que não. Eles foram santos, mártires, derramaram, muitos deles, o sangue em testemunho da fé. Seria blasfêmia acusar os primeiros mártires da fé de idólatras. O Concílio de Nicéia II, em 787, declarou: 

“Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres, e da Tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como a representação da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1161).

Leia também: As Imagens dos Santos





Deus nunca proibiu fazer imagens, e sim “ídolos”, deuses, para adorar. O povo de Deus vivia na terra de Canaã, cercado de povos pagãos que adoravam ídolos em forma de imagens (Baals, Moloc, etc). Era isso que Deus proibia terminantemente. A prova disso é que Deus ordenou a Moisés que fabricasse imagens de dois Querubins e que também pintasse as suas imagens nas cortinas do Tabernáculo. Os querubins foram colocados sobre a Arca da Aliança. Confiar essas passagens: Ex. 25,18s, Ex 37,7; Ex. 26,1.31; 1 Rs. 6,23; I Rs 7,29; 2 Cr. 3,10.


Assista também: O que a Igreja diz sobre o uso de imagens?
Deus mandou que, no deserto, Moisés fizesse a imagem de uma serpente de bronze (Nm 21, 8-9), que prefigurava Jesus pregado na cruz (Jo 3,14). Que fique claro, Deus nunca proibiu imagens, e sim, “fabricar imagens de deuses falsos”. Mas isso os cristãos nunca fizeram porque a Igreja nunca permitiu. As imagens, sempre foram, em todos os tempos, um testemunho da fé. Para muitos que não sabiam ler, as belas imagens e esculturas foram como que o Evangelho pintado nas paredes ou reproduzido nas esculturas. Vitor Hugo dizia que as igrejas eram “bíblias de pedra”. As imagens nos lembram que aqueles que elas representam, chegaram à santidade por graça e obra do próprio Deus, são exemplos a serem seguidos e diante de Deus intercedem por nós.

Prof. Felipe Aquino

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Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: Podemos venerar as imagens dos santos?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 13 de agosto de 2016

A defesa da Igreja sobre o uso das velas, em bases bíblicas

Web

Evidentemente, que nossos perseguidores, ao visualizarem estas passagens bíblicas, indicadas aqui pelo Veritatis Splendor, dirão que elas referem-se a outros objetos que iluminaram, e não se referem às velas. Palavras de quem vive no superficialismo. Logicamente, as velas não eram como as de hoje, e se as de hoje existissem naqueles tempos, com certeza seriam usadas, mesmo que fossem envolvidas por outros objetos. Também poderiam, os perseguidores, alegarem que as velas são usadas largamente em magias negras, feitiçarias, etc, esquecendo-se que muitos objetos utilíssimos hoje, como facas, garrafas de vidro, etc, que certamente também foram utilizadas por estes mesmos perseguidores, também são utilizados pelo mau, nos diversos crimes que infelizmente acontecem diariamente no nosso país e no mundo. Nem por isso eles são proibidos de serem fabricados, nem por isso são amaldiçoados por Deus e são também utilizados para o bem e servirem às pessoas.
Henrique Guilhon

Veritatis Splendor

“És tu, Javé, minha lâmpada” (2 Samuel 22,29). Com este brado o salmista proclama que só Deus pode dar luz e vida. Para expressar sua fidelidade a Deus e a continuidade de sua prece, Israel faz arder perpetuamente uma lâmpada no Santuário (Êxodo 27,20) (1 Samuel 3,3)?.

“E perguntou-me: ‘Que vês?’ ‘Vejo um candelabro todo de ouro’ – respondi – ‘que tem um reservatório no alto, sete lâmpadas em redor e ainda sete bicos para as lâmpadas colocadas em cima do candelabro; junto deste, duas oliveiras colocadas de um e de outro lado do reservatório'” (Zacarias 4,2)

“Perguntei-me de novo ao porta-voz: ‘Meu Senhor, que coisas são estas?’ Ele respondeu: ‘Não sabes o que isto significa?’ Respondi: ‘Não meu Senhor’. Então ele explicou: ‘Este é o oráculo do Senhor’ (Zacarias 4,4-6)

“Farás sete lâmpadas, que serão colocadas em cima, de maneira a alumiar a frente do candelabro” (Êxodo 25,37)

“Quando colocares as lâmpadas dispô-las-ás sobre o candelabro de modo que as sete lâmpadas projetem sua luz para a frente do mesmo candelabro. Aarão assim fez, e colocou as lâmpadas na parte dianteira do candelabro” (Números 8,2-4)

“O candelabro de ouro puro, suas lâmpadas, as lâmpadas que se deviam dispor nele, todos os seus acessórios e o óleo para o candelabro” (Êxodo 39,37)

“Óleo para o candelabro, aromas para o óleo de unção e para o incenso odorífero” (Êxodo 35,8)

“O Senhor disse a Moisés: ordena aos Israelitas que te tragam óleo puro de olivas esmagadas para manter, continuamente, acessas as lâmpadas do candelabro. Aarão prepara-las-ás fora do véu do testemunho, na tenda de reunião, a fim de que elas queimem continuamente, da tarde à manhã, diante do Senhor. Disporá as lâmpadas no candelabro de ouro puro, para queimarem continuamente diante do Senhor” (Levítico 24,1-4)

“Havia muitas lâmpadas no quarto, onde nos achávamos reunidos” (Atos 20,8)

“Tomarão um pano de púrpura violeta para cobrir o candelabro, suas lâmpadas, suas espevitadeiras, seus cinzeiros e os recipientes de óleo necessários ao seu serviço” (Números 4,9)

“Eleazar, filho do sacerdote Aarão, cuidará do óleo do candelabro, o incenso aromático, a oblação perpétua e o óleo para a unção, bem como a vigilância de todo o tabernáculo com tudo o que contém, do Santuário com todos os seus utensílios” (Números 4,16)

Não venham dizer que a Bíblia se entregava à superstição por ordem de Deus, se o que o Igreja Católica usa é superstição, ela o aprendeu de Deus, captou da Bíblia.

E a saliva com barro formando lodo que Jesus passou nos olhos do cego, foi superstição? (João 9,6); e o cuspe que fez o mudo falar e ouvir (Marcos 7,33-37), foi outra “mandinga” de Jesus? Nos Atos dos Apóstolos, lê-se que até os lenços e aventais do corpo de Paulo eram levados aos enfermos; e as enfermidades fugiam, e os espíritos malignos saíam (Atos 19,12), será que tudo isso é crendice?

Título Original: Respostas aos protestantes sobre o uso de velas


Foto: Web

Site: Veritatis Splendor
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

A verdadeira ostentação é ter ao nosso lado pessoas que nos aceitam, acolhem e amam por quem somos de fato

Foto: 76306045 – KatarzynaBialasiewicz – iStock by Getty Images

Higor Brito

“copo cheio e coração vazio” é uma metáfora para dizer que há quem procura encher-se de coisas a fim de adiar um encontro consigo mesmo

Estava numa festa com amigos e, dentre tantas músicas que tocavam, ouvi uma cujo refrão dizia: “De copo sempre cheio e coração vazio, ‘tô’ me tornando um cara solitário e frio”. Até então, nada fora do comum; uma música amplamente conhecida no cenário nacional como tantas outras que haviam tocado e outas que viriam a tocar. Contudo, num posterior momento de observação, pude notar o quanto aquela letra era cantada com propriedade pelas pessoas que ali estavam, inclusive por mim, talvez pelo grande sucesso que a referida música tem feito atualmente. Mas será que é só isso?

Analisando com um pouco mais de profundidade, não é difícil concluir que, em alguns aspectos, essa música reflete a realidade de muitos que, de fato, encontram-se de “copo cheio e coração vazio”. Não quero, entretanto, reduzir tal reflexão a uma questão meramente afetivo-emocional, como sugere a canção, seria muito pouco diante do que realmente podemos questionar.

Para início de conversa, por meio da metáfora do “copo cheio”, gostaria de fazer alusão a tudo o que toma nosso tempo, nossa energia, emoção e atenção, “esvaziando nosso coração”. Agendas, cabeças e vidas cheias, e por que não o “copo cheio” literalmente? Muitos problemas, compromissos, projetos, promessas, desilusões e expectativas acabam por nos tomar de quem realmente somos. O barulho e tamanha movimentação de uma vida cheia são um ótimo esconderijo para quem foge do encontro consigo; daí, torna-se comum encher-se de coisas, a fim de adiar esse encontro.Ostentam-se rotinas agitadas, vidas sociais badaladas, luxo, baladas, currículos, influência, corpos esculturais e notoriedade; mas e o coração, como está? Essa é a questão! Quem é e como está a pessoa por trás de tudo isso?

Em tempos de total exposição de nossas vidas nas diversas redes sociais, nas quais fazemos nada mais nada menos que uma autopromoção de nossas personas, questiono-me: Somos quem e o que ostentamos? Parafraseando Antonie de Sain-Exupéry em ‘O Pequeno Príncipe’, que diz “o essencial é invisível aos olhos”, levanto a questão: O que nos é essencial? O que determina, de fato, a essência do que somos? O que apresentamos: nossa verdade ou uma personagem de fácil aceitação geral?

Na condição de filhos de Deus, somos criados à imagem e semelhança do Amor e para Ele vivemos. Em Sua busca nos encontramos desde o momento em que nos entendemos por gente. Cada um buscando da sua forma, com o seu jeito, usando do livre-arbítrio a nós concedido para alcançar essa meta, o que me leva à conclusão de que nosso coração se preenche à medida que nos aproximamos daqueles nos “devolvem” a nós mesmos e, consequentemente, aproximam-nos de Deus.

Na minha opinião, a verdadeira ostentação é ter ao nosso lado pessoas que nos aceitam, acolhem e amam por quem somos de fato, que marcam presença nas tempestades, quando o “copo” está quase transbordando; pessoas que, mesmo diante de nossos defeitos, preenchem nosso coração e nossa vida. A verdadeira ostentação é ter ao nosso lado alguém que nos conduz a Deus.

Veja outros assuntos


Título Original: DE COPO CHEIO E CORAÇÃO VAZIO


Site: Destrave
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