A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

“Houve um tempo em que, na pessoa divina e humana de Cristo, Deus foi uma criança e isto deve ter um significado peculiar para a nossa fé”, afirmou Francisco

Fonte: ANSA, ANGELO CARCONI

Zenit

Na última audiência do ano na Praça de São Pedro, Francisco convidou a abraçar o Menino Jesus e a proteger as crianças.

O Papa Francisco realizou nesta quarta-feira (30), sua última audiência pública de 2015, na Praça de São Pedro. A bordo do papamóvel, ele percorreu os corredores da praça entre os fiéis que o cumprimentaram calorosamente, contrastando com a fria manhã do inverno europeu. O sucessor de Pedro parou várias vezes para cumprimentar e abençoar as crianças e os doentes.

Francisco resumiu a catequese em português destacando que no período natalício, recordamos a infância de Jesus: “Houve um tempo em que, na pessoa divina e humana de Cristo, Deus foi uma criança e isto deve ter um significado peculiar para a nossa fé”, afirmou Francisco, acrescentando que “para crescer na fé precisamos de contemplar mais vezes este mistério”.

“É verdade que, de Jesus Menino, poucas notícias temos, mas podemos aprender muito se olharmos para a vida das crianças. Primeiro, descobrimos que elas querem a nossa atenção, porque precisam de proteção; de igual modo, no centro da nossa vida, é preciso pôr Jesus, pois, embora pareça paradoxal, temos a responsabilidade de O proteger”. E explicou que assim como as crianças, Jesus “quer estar no nosso colo, deseja ser cuidado por nós e fixar os olhos d’Ele nos nossos”.

“Em segundo lugar – continuou ele - devemos fazer sorrir o Menino Jesus, demonstrando-Lhe o nosso amor e alegria por O termos conosco. O seu sorriso é sinal do seu amor; dá-nos a certeza de sermos amados”. “Em terceiro lugar, as crianças gostam de jogar; mas, para fazer jogar uma criança, temos de deixar a nossa lógica para entrarmos na lógica dela. Se queremos que ela se divirta, é preciso compreender o que lhe agrada”.

Então, Francisco explicou que “frente a Jesus, somos chamados a pôr de lado a nossa pretensão de autonomia e acolher a verdadeira forma de liberdade que consiste em conhecer quem temos diante de nós e servi-Lo: é o Filho de Deus, que nos vem salvar. Vem entre nós, para nos mostrar o rosto do Pai, rico de amor e misericórdia”, concluiu ele.

Depois, o Papa dirigiu a seguinte saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha cordial saudação para vós todos, desejando a cada um que sempre resplandeça, nos vossos corações, famílias e comunidades, a luz do Salvador, que nos revela o rosto terno e misericordioso do Pai do Céu. Abracemos o Deus Menino, colocando-nos ao seu serviço: Ele é fonte de amor e serenidade. Ele vos abençoe com um Ano Novo sereno e feliz!”.

O Santo Padre também pediu orações pelas vítimas das catástrofes naturais que atingiram estes dias os Estados Unidos, a Inglaterra e a América do Sul, causando vítimas e muitos danos. “Que o Senhor dê conforto a essas populações, e a solidariedade fraterna os socorra em suas necessidades”, disse ele.

A audiência terminou com o canto do Pai Nosso em latim e a bênção, especialmente para as crianças. 

Título Original: Papa: “As crianças querem a nossa atenção, porque precisam de proteção”


Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 27 de dezembro de 2015

O Sim que modificou a história



Prof. Felipe Aquino

O "sim" de Maria dito ao arcanjo Gabriel foi determinante para dar início à história da nossa salvação

Santo Agostinho disse que: “Adão, sendo homem, quis tornar-se Deus e perdeu-se. Cristo, sendo Deus, quis fazer-se homem para a salvação do homem. Por seu orgulho, o homem caiu tão baixo que só podia ser levantado pelo abaixar-se de Deus”.

O pecado original nos fez perder a filiação divina; a humanidade foi expulsa do paraíso; e só poderia se reconciliar com Deus se houvesse a salvação por meio de Deus mesmo.

Mas, para que o Filho de Deus pudesse se tornar também homem, e nosso Salvador, sem deixar de ser Deus, era preciso que fosse concebido por uma mulher. Desde a queda de Adão e Eva Deus já tinha prometido que a salvação da humanidade viria por meio de uma Mulher, já que o demônio seduziu a primeira mulher para injetar seu veneno na sua descendência. Deus disse à Serpente maligna: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gen 3,15). Esta Mulher prometida no Protoevangelho era Maria.

Este projeto de Deus para a nossa salvação se realizou como São Paulo explicou: “Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gal 4,4). Por meio da Virgem Maria veio o Salvador, que nos reconciliou com Deus por Sua morte e ressurreição. Nele nos tornamos novamente filhos de Deus por adoção, pelo Batismo, e Deus enviou o Espirito Santo aos nossos corações.

Diz o nosso Catecismo que: “A Anunciação a Maria inaugura a “plenitude dos tempos” (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará “corporalmente a plenitude da divindade” (Cl 2,9).

Deus anunciou muitas vezes pela boca dos seus profetas como isso aconteceria. O Salvador viria da tribo de Davi, filho de Jessé: “Um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes ”(Is 11,1). “O próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7, 14). “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam uma região tenebrosa resplandeceu uma Luz… um Menino nos nasceu, um filho nos foi dado, a soberania repousa sobre os seus ombros, e ele se chama: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Príncipe da Paz” (Is 9,1-7). Quando Ele vier e estabelecer Seu Reino entre nós, haverá paz e bem estar:

“Então o lobo será hospede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi. A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da serpente. Não se fará mal nem dano em todo o meu Santo Monte.” (Is 11, 1-9). Virá Aquele que “ilumina todo homem que vem a este mundo” (João 1, 9).

Ele será o Messias, o esperado pelas nações, “o mais belo dos filhos dos homens”. Sem a sua luz o homem vive nas trevas; “permanece para si mesmo um desconhecido, um enigma indecifrável, um mistério insondável”, como disse São João Paulo II; sem Ele ninguém sabe quem é, e não sabe para onde vai.

Mas para que tudo isso acontecesse, Deus tinha de escolher uma Mulher, a melhor Mulher, e escolheu. A tradição judaica diz que todas as mulheres judias acalentavam o sonho de ser a Mãe do Messias, menos a pequena Maria, escondida na pequenina e desprezada Nazaré. Mas Deus precisava da mulher mais humilde para esta missão, porque a primeira mulher foi soberba, pecou porque “quis ser como Deus”. Santo Irineu de Lião (†200) disse que pela obediência de Maria foi desatado o nó da desobediência de Eva. E Jesus pela radical humilhação anulou a soberba de Adão.

A Igreja nos ensina que: “Deus enviou Seu Filho” (Gl 4,4), mas, para “formar-lhe um corpo” quis a livre cooperação de uma criatura. Por isso, desde toda a eternidade, Deus escolheu, para ser a Mãe de Seu Filho, uma filha de Israel, uma jovem judia de Nazaré na Galileia, “uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria” (Lc 1,26-27): “Quis o Pai das misericórdias que a Encarnação fosse precedida pela aceitação daquela que era predestinada a ser Mãe de seu Filho, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, uma mulher também contribuísse para a vida”. (Cat. n. 488; LG, 56).

O SIM de Maria dito ao Arcanjo Gabriel foi determinante para dar início à História da Salvação. “Eis aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1,38). Não colocou qualquer obstáculo e nem a menor exigência ao plano e à vontade de Deus. Então Nela o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Foi inaugurada a História da nossa salvação. Deus se fez homem no sei da Virgem preparada por Deus, concebida sem pecado original, virgem como Eva, mas Imaculada. Deus a escolheu por ser a mais humilde de todas as mulheres. Ela canta em seu Magnificat: “Ele olhou para a humildade de Sua serva”.

O Espírito Santo foi enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é “o Senhor que da a Vida”, fazendo com que ela concebesse o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua. Quando ela foi servir a Sua prima Santa Isabel, logo foi saudada por Isabel, cheia do Espírito Santo, como “a Mãe do meu Senhor”.

Santo Agostinho exclama: “És Maria, a beleza e o esplendor da terra, és para sempre o protótipo da santa Igreja. Por uma mulher, a morte, por outra mulher a vida: por ti, Mãe de Deus. Eva foi a causadora do pecado; Maria, causadora do merecimento. Aquela feriu, esta curou.

Maria é mais bem-aventurada recebendo a fé de Cristo do que concebendo a carne de Cristo. Maria permaneceu Virgem concebendo seu Filho, Virgem ao dá-lo a luz, Virgem ao carregá-lo, Virgem ao alimentá-lo do seu seio, Virgem sempre. Jesus tomou carne da carne de Maria. Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua Divina Maternidade”.

O SIM de Maria fez dela a Mãe do Senhor, a Mãe da Igreja e a Mãe de cada irmão de Jesus resgatado pelo Seu Sangue. Diz ainda Santo Agostinho: “Maria é chamada nossa Mãe porque cooperou com sua caridade para que, nós, fiéis, nascêssemos para a vida da graça, como membros da nossa cabeça, Jesus Cristo”. São Tomás de Aquino disse que: “Maria pronunciou o seu “fiat” (faça-se) em representação de toda a natureza humana”. “Por ser Mãe de Deus, Maria, tem uma dignidade quase infinita”. Em nome de cada um de nós Nossa Senhora disse Sim a Deus, e a salvação chegou até nós. Por isso Deus fez dela a medianeira de todas as graças.

São Francisco de Sales, o grande doutor inspirador de Dom Bosco disse que: “As crianças, vendo o lobo, correm logo para os braços do pai ou da mãe, pois ali se sentem seguras. Assim devemos fazer: recorrer imediatamente a Jesus e a Maria”.

“Recorre a Maria! Sem a menor dúvida eu digo, certamente o Filho atenderá sua Mãe. Tal é a vontade de Deus, que quis que tenhamos tudo por Maria”, disse o doutor São Bernardo. Ele garante que “Maria recebeu de Deus uma dupla plenitude de graça. A primeira foi o Verbo eterno feito homem em suas puríssimas entranhas. A segunda é a plenitude das graças que, por intermédio desta divina Mãe, recebemos de Deus. Deus depositou em Maria a plenitude de todo o bem”. Por isso, o grande doutor dizia:

“O servo de Maria não pode perecer. Se se levantam os ventos das tentações, se cais nos escolhos dos grandes sofrimentos, olha para a Estrela, chama por Maria! Se as iras, ou a avareza, ou os prazeres carnais se abaterem sobre a tua barca, olha para Maria. Se, perturbado pelas barbaridades dos teus crimes, se amedrontado pelo horror do julgamento, começas a ser sorvido em abismos de tristeza e desespero, olha para a Estrela, chama por Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste dos teus lábios, não se afaste de teu coração. Maria é a onipotência suplicante”.

 

Título Original: O “sim” que mudou a história da humanidade


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo


Padre Paulo Ricardo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

(Jo 1, 1-5.9-14)

No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la.

Pe. Paulo Ricardo

Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano.

A Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dela, mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo.

E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade. Dele, João dá testemunho, clamando: "Este é aquele de quem eu disse: 'O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'."

De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. A Deus, ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer.

Versão áudio


A alegria do Natal é a resposta de Deus à tristeza do homem. Cumprindo as promessa feitas à Abraão e à sua descendência (cf. Lc 1, 55), Ele visita hoje o povo que, segundo o Seu beneplácito, escolheu para Si; fá-lo, porém, para além de tudo quanto o coração humano possa esperar: cheio de bondade e ternura, o Pai de misericórdias (cf. 2Cor 1, 3) envia-nos numa carne (cf. 1Jo 4, 2) em tudo semelhante à nossa, menos no pecado (cf. Hb 4, 15), o Seu "Filho bem-amado" (Mc 1, 11). Deus hoje Se encarna, faz-Se presente aos que por tanto tempo fugiram à Sua presença. Escondido na humildade de um recém-nascido, Jesus Cristo assume hoje todas as perfeições e delicadezas por que quis ser prefigurado e anunciado aos nossos pais na fé: a inocência de um Abel, a pureza de um José, a mansidão de um Moisés—tudo isto se encarna hoje, sob a doçura frágil de um menino, n'Aquele que Se faz carne por amor ao homem. É o mesmo Senhor que, permanecendo o que era e assumindo o que não era, faz tremer a humanidade diante do mistério de Sua presença e da presença deste tão grande Mistério.


A alegria do Natal é, pois, a resposta de um Amor que, vendo a solidão e o sofrimento humanos, quis sofrer conosco, quis vir a este desterro para tirar-nos a nós, degredados da glória celeste, da nossa solidão terrena. Assumindo a nossa natureza, Ele nos chama a participar da Sua; padecendo as nossas dores, Ele nos convida a gozar as Suas alegrias. O Filho de Homem, contudo, não tem hoje onde reclinar a cabeça (cf. Mt 8, 20): Ele nos deu tudo o que temos e Se priva agora de tudo o que, por direito, poderia ter. Ele, que é muito mais do que sequer podemos conceber, faz-Se servo dos que deseja chamar amigos. Deus é, de hoje em diante, Deus conosco, o Emanuel há tanto esperado! Porque só Ele poderia vir, só Ele poderia transpor o abismo que existe entre a nossa indigência e solidão e a plenitude de amor e comunhão de que goza a Trindade Santa pelos séculos sem fim.

Que este Natal seja de profunda e sentida gratidão pela forma maravilhosa por que o Pai quis salvar-nos, reconciliando-nos Consigo, e dar-nos a conhecer o Seu amor por nós, vivido até a extremo da Cruz por Aquele que não nos desprezou, não teve nojo de nós—antes, preferiu ser Ele mesmo desprezado e rejeitado pelos que eram Seus (cf. Jo 1, 11), para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (cf. Jo 3, 18). Demos graças ao Senhor pela única e verdadeira boa notícia que nos foi anunciada: hoje nasceu para nós um Salvador, que é o Cristo Senhor! Não estamos mais a sós! Glória e honra a Ele por todos os séculos dos séculos. Amém.


Fotos: Web

Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Um menino que foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem



Dom Fernando Arêas Rifan

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

“Transcorridos muitos séculos desde que Deus criou o mundo e fez o homem à sua imagem; - séculos depois de haver cessado o dilúvio, quando o Altíssimo fez resplandecer o arco-íris, sinal de aliança e de paz; - vinte e um séculos depois do nascimento de Abraão, nosso pai; - treze séculos depois da saída de Israel do Egito, sob a guia de Moisés; - cerca de mil anos depois da unção de Davi, como rei de Israel; - na septuagésima quinta semana da profecia de Daniel; - na nonagésima quarta Olimpíada de Atenas; - no ano 752 da fundação de Roma; - no ano 538 do edito de Ciro, autorizando a volta do exílio e a reconstrução de Jerusalém; - no quadragésimo segundo ano do império de César Otaviano Augusto, enquanto reinava a paz sobre a terra, na sexta idade do mundo: JESUS CRISTO DEUS ETERNO E FILHO DO ETERNO PAI, querendo santificar o mundo com a sua vinda, foi concebido por obra do Espírito Santo e se fez homem; transcorridos nove meses, nasceu da Virgem Maria, em Belém de Judá. Eis o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo a natureza humana. Venham, adoremos o Salvador! Ele é Emanuel, Deus Conosco”. Este é o solene anúncio oficial do Natal, feito pela Igreja na primeira Missa da noite de Natal!

O Natal é a primeira festa litúrgica, o recomeçar do ano religioso, como a nos ensinar que tudo recomeçou ali. O nascimento de Jesus foi o princípio da revelação do grande mistério da Redenção que começava a se realizar e já tinha começado na concepção virginal de Jesus, o novo Adão. Deus queria que o seu projeto para a humanidade fosse reformulado num novo Adão, já que o primeiro Adão havia falhado por não querer se submeter ao seu Senhor, desejando ser o senhor de si mesmo e juiz do bem e do mal. Assim, Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho, o Verbo eterno, por quem e com quem havia criado todas as coisas. Esse Verbo se fez carne, incarnou-se no puríssimo seio da Virgem, por obra do Espírito Santo, e começou a ser um de nós, nosso irmão, Jesus. Veio ensinar ao homem como ser servo de Deus. Por isso, sendo Deus, fez-se em tudo semelhante a nós, para que tivéssemos um modelo bem próximo de nós e ao nosso alcance. Jesus é Deus entre nós, o “Emanuel – Deus conosco”, a face da misericórdia do Pai.

São Francisco de Assis inventou o presépio, a representação iconográfica do nascimento de Jesus, para que refletíssemos nas grandes lições desse maior acontecimento da história da humanidade, seu marco divisor, fonte de inspiração para pintores e místicos.

Que tal se fizéssemos um Natal contínuo, pensando mais no divino Salvador, na sua doutrina, no seu amor, nas virtudes que nos ensinou, unindo-nos mais a ele pela oração e encontro pessoal com ele, imitando o seu exemplo, praticando as obras de misericórdia, convivendo melhor com nossa família...

Desse modo a mensagem do Natal vai continuar durante todo o Ano Novo, que assim será abençoado e feliz. FELIZ NATAL E ABENÇOADO ANO NOVO!

Título Original: Natal hoje e sempre


Fotos: Web

Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 19 de dezembro de 2015

A Igreja chama de tempo do Espírito e do testemunho, o tempo em que vivemos






Padre Roger Luis – Foto: Arquivo cancaonova.com


Padre Roger Luis

O Espírito Santo é para nós sinal dos últimos dias

Fico pensando na alegria dessas mães que nos são apresentadas nas leituras de hoje, elas que eram estéreis, mas conceberam filhos que seriam luz no Reino de Deus: Sansão, que libertou o povo da opressão; e João Batista, que preparou um povo bem disposto para a vinda do Senhor.

Um sinal da vinda do Senhor que a liturgia nos traz Joel 3,1-5:

“Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias, derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas. Farei aparecer prodígios no céu e na terra, sangue, fogo e turbilhões de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor. Mas todo o que invocar o nome do Senhor será poupado, porque, sobre o monte Sião e em Jerusalém, haverá um resto, como o Senhor disse, e entre os sobreviventes estarão os que o Senhor tiver chamado”.
O Espírito Santo é para nós sinal dos últimos dias

Escutamos que, desde a ascensão, entramos nos tempos finais, e, desde esse tempo, veio o Espírito Santo sinal para nós dos últimos dias, dos últimos tempos. A isso a Igreja chama de tempo do Espírito e do testemunho.

Paulo diz que ninguém pode invocar o nome do Senhor se não for pela ação do Espírito Santo. Nestes dias difíceis que antecederá a vinda do Senhor, pode ser que sejamos nós a geração que vai passar por isso, mas se invocarmos o nome de Jesus seremos salvos.

Precisamos esperar os cuidados de Deus, pois já é muito propagado e até parece que o mal está vencendo o bem, mas aquele que invoca o nome do Senhor será salvo.

Antigamente, existia a perseguição do império, dos judeus; porém, os cristãos derramaram sangue pela fé, foram fiéis. Venceram o dragão pelo Sangue do Cordeiro e pelo testemunho de Sua palavra. Vamos perceber, pela narração da Palavra, como era aquele povo. A vida apostólica era pentecostal, uma vida intensa do Espírito. Eram pregações ardorosas, cheias de poder e unção, acompanhadas de milagres e sinais.

Depois que mataram Jesus, Pedro pregou e mais de três mil pessoas foram convertidas. Anunciavam com a vida, com o coração e o próprio testemunho. O Espírito Santo é o respiro, a inspiração da Igreja, a ação suprema que age nos sacramentos. É esse mesmo Espírito que chama esses homens a dar a vida inteira para Deus e nos fez dar a vida para a Igreja, qualquer que seja a nossa vocação. Ele é o sinal da presença e da força. Muitos homens foram experimentados no poder do Espírito Santo.

Quando olhamos para a Canção Nova, vemos monsenhor Jonas Abib [fundador da Comunidade], um homem pequeno em estatura, mas grande na entrega a Deus. Ele confiou no Senhor, por isso nasceu essa obra de evangelização. Porque um homem quis conhecer a vontade de Deus, foi provocado a sair da mesmice e ir ao encontro das pessoas para evangelizar. A Canção Nova existe para preparar um povo bem disposto para a segunda vinda do Senhor.
Como esperar o Senhor?

Deus quer entusiasmá-lo de novo, levar você ao primitivo fervor. Não há maneira melhor de esperarmos pelo Senhor do que vivendo a vida no Espírito e voltando aos propósitos iniciais de abandonar o pecado.

Nos anos de 1840 ou 1850, uma freira escreveu uma carta ao Papa e falou que estava incomodada com as realidades da Igreja. Nessa carta, ela dizia que se louva tanto os santos e se faz novena, mas ao Espírito ninguém ora, não se fala mais d’Ele. Então, ela pede ao Santo Padre que convoque a Igreja a fazer cenáculos de oração. Essa mulher, Beata Helena Guerra, não sabia que o Papa Leão XIII havia tido uma visão estarrecedora, mística, em que o diabo dizia para Deus que o povo era cristão, porque não tinha provação. O demônio pediu a Deus o século XX para tentar o povo. Então, o Santo Padre compôs a oração: “São Miguel Arcanjo… ”. O Papa também escreveu um exorcismo que muitos padres rezam.

Esse Papa escreveu a primeira encíclica ao Espírito Santo. Ele entendeu que aquela pobre freira recebia de Deus uma mensagem.


Padre Roger Luis preside Santa Missa neste sábado na Canção Nova
A trajetória do Espírito Santo na Igreja

Anos mais tarde, padre Angelo Roncalli, que se tornou Papa João XIII, visitou uma aldeia que vivia pelo Espírito; lá, não havia presídio, porque não havia crimes. As pessoas doentes ficavam curadas pela oração. Um belo dia, o Papa, andando pelo Vaticano, decidiu dar início ao Concílio Vaticano II. Na oração inicial do Concílio, ele pediu um novo Pentecostes. Anos depois, aconteceu o evento de Duquesne, em que os jovens ali reunidos recebem o batismo no Espírito Santo. Surgiu, então, a Renovação Carismática Católica.

Não tenho dúvida de que, nos últimos dias, experimentaremos grandes milagres, veremos grandes conversões, desde os simples aos poderosos. Muitos mortos ressuscitarão, doentes ficarão curados. Não tenham medo de ser renovados, de viver do Espírito Santo. O Paráclito age em nós.

Deus virá e derramará seu Espírito mais fortemente. Se o pecado está reinando neste mundo, precisamos nos abrir para a graça de Deus acontecer no meio de nós. Você quer, deseja o Espírito Santo?

Às vezes, experimentamos um pouquinho da ação de Deus e ficamos contentes. Não podemos! Temos de querer mais do Senhor, mais dos dons divinos. Não devemos querer mais de Deus para nós mesmos, mas para levar o povo para Ele. Devemos ter a têmpera dos mártires.

Precisamos viver esta Palavra: “Eles venceram pelo Sangue do cordeiro e pelo testemunho da Palavra”. A grande característica de Sansão era ser forte, ele tinha a força da consagração a Deus. “O menino cresceu, e o Senhor o abençoou. O espírito do Senhor começou a agir nele no Campo de Dã” (Juízes 13, 25). É o Espírito que nos dá força para vencer.
Sansão esqueceu-se de sua consagração

Quando Sansão esqueceu que era consagrado, cedeu a paixão a uma mulher estrangeira, comeu o mel que ele encontrou em um leão que tinha matado. Tudo isso era contra as regras do Senhor. Sansão apaixonou-se por Dalila, uma enviada que lhe perguntou onde estava sua força. Ele mentiu para ela, mas, de tanto insistir, ele acabou lhe confessando onde estava sua força. Cortam o cabelo dele, chegam os inimigos e ele foi vencido. Na Palavra diz que o Senhor O abandonou quando seu cabelo foi cortado. Mas, na verdade, era ele quem havia abandonado o Senhor anteriormente. O cabelo de Sansão era o sinal de sua consagração, mas a sua cabeça não estava mais em Deus.
Deus promete o Espírito para João Batista

É importante lembrar a promessa de Deus a Zacarias com relação a João Batista: desde o ventre ele será cheio do Espírito Santo. Precisamos viver a santidade, viver no poder do Espírito. Não é simplesmente fazer caridade, mas apresentar o Cristo que está na caridade.

Estamos em tempos de guerra e precisamos viver carismaticamente. Nosso canto precisa ser orado, jejuado e consagrado; precisamos viver do Espírito na oração, ser uma canção nova que gere impacto e transformação. Nossa vida precisa ser profética, por isso não podemos viver de improviso.

A vida precisa ser conduzida pelo Espírito Santo, porque nossa missão é preparar o caminho do Senhor e ser profeta de Deus neste tempo.

Precisamos deixar o Espírito do Senhor falar em nossa alma todos os dias: “Vem, Senhor Jesus!”.

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair 


Título Original: Estamos no tempo do Espírito e do testemunho


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mãe que abortou dá testemunho a favor da vida e faz doloroso apelo


Uma mãe italiana escreve ao jornal Lotta Contínua, um drama vivido, uma dor que faz parte das dores dos homens diante de um ser morto, quando deveria estar vivo.


Caros colegas

Peço-lhes publicar esta carta porque nela estão os tormentos que sobreviveram a decisão "forçada" de recorrer ao aborto. 

Muitas vezes renuncia-se à maternidade por motivos muitos vis, mas de certo modo, determinantes, como a dependência econômica dos pais, a falta de força, e coragem para assumir determinadas responsabilidades, à ausência de estruturas sociais, que garantam uma margem de segurança à mãe e à criança. 

Devo dizer que sou favorável a liberação do aborto, mas confesso que gostaria de tê-lo evitado. 

Gostaria de transportar-me para o futuro a fim de ver superados estes dias de aflição.

O Natal é uma festa em que lojas, todas enfeitadas, arrancam da monotonia e da palidez extrema esta triste cidade. As crianças, felizes, usam a imaginação, inventam e fantasiam. Sonham com um maravilhoso encontro com aquelas personagens inexistentes e às quais também eu, quando menina, escrevi algumas cartinhas e passei deliciosas noites acordada na ilusão de vê-las sair de algum canto da casa. 

Agora, tudo mudou para mim. Estas festas que vão chegando, me empurram para o desespero. É no sonho que procuro encurtar o tempo, pra vê-las desaparecer e deixar com elas nostalgias, saudades, angústia e dor. 

É estranho que uma festividade possa perturbar tanto alguém, mas é o que acontece comigo.

É neste período que sinto mais forte a solidão e mais ela me oprime; tenho desejo de fugir, de abandonar os lugares comuns, as coisas e as pessoas que podem fazer emergir aquelas sensações desagradáveis que cravejam nossa vida. 

Nesses dias, mais que nunca, lembro-me de meu filho, e penso que não mais viveremos juntos as festas de Natal, nem com alegria nem com dor.

Penso que não verei seus olhos felizes por um brinquedo recebido. Apesar de procurar seu rosto e procurar, de certa forma, dar-lhe uma fisionomia, jamais saberei como seria realmente. 

Esse menino me traria dor, angustias, humilhações, fadigas, trabalhos, vigília, solidão, mas também, e, sobretudo, a felicidade de senti-lo palpitar em meus braços. Esse menino, que eu desejava ardentemente, jamais será meu.

O que posso fazer agora? Apenas chorar? Ou tentar fugir para esquecê-lo? 

Acho que não conseguirei esquecer. Mais passa o tempo, mais cresce o tormento, pois sei que não nasceu.

Também as lágrimas que descem abundante não servem para fazer com que a nadar dentro de mim.

Tenho vontade de morrer, de fugir, de esconder-me. A decisão que foi tomada é irreversível. Agora estou aqui, sozinha dentro de meu medo. Não posso dividir com ninguém este sofrimento tão grande. Tudo acabou e minha vida parece ter parado naquele terrível dia de novembro.

Com amor, raiva e angústia,

Lúcia

Transcrito do livro Liberte-se Meditando, padre José Sometti, Ed. Paulinas, 1987, 4ª edição ampliada 2005

Foto: Web

Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Como acontece a renovação no Espírito Santo?



Cléofas

Recebemos o Espírito Santo no Batismo e na Crisma; mas, muitas vezes Ele ficou sufocado em nós 
por causa de nossos pecados, vida tíbia, falta de oração, de trabalho apostólico, etc. São Paulo disse que “quem não tem o Espírito de Cristo não é de Cristo” (Rom 8,9). Então, precisamos ser renovados no Espírito Santo, ser “batizados” Nele. Isso não é um novo Batismo e nem nova Crisma, mas deixar que o Espírito Santo – que já está em nós – tome conta de nós, de nosso agir, de nossos pensamentos e de nossas palavras.

Em primeiro lugar é preciso purificar-se. Deus não ocupa, nem usa, vasos sujos. O Espírito Santo ocupa qualquer coração, mesmo o coração cheio de pecado; porque Ele é Santo. No entanto, é preciso renunciar com toda a vontade o pecado: soberba, orgulho, vaidade, ganância, ambição, sexualismo, luxúria, adultério, pornografia, homossexualismo, gula, bebedeiras, orgias, raiva, ódios, ciúmes, revoltas, ressentimentos, vinganças, lamúrias, blasfemações, palavrões, horóscopos, magias, superstições, necromancia (consulta aos mortos), cartomancia, quiromancia (leitura das mãos), inveja, preguiça, etc.,etc.,etc…


Limpar a casa e perfumá-la, para que o Senhor da glória seja então recebido. Faça a sua Confissão!

A segunda exigência para ser renovado no Espírito Santo, é perdoar a todos. A única exigência que Deus nos impõe para nos perdoar – qualquer que seja o nosso pecado – é que estejamos arrependidos e que perdoemos os que nos ofenderam.

“Se perdoardes aos homens os seus delitos também o vosso Pai celeste vos perdoará; mas, se não perdoardes aos homens, o vosso Pai também não perdoará os vossos delitos” (Mt 6,14). Essas palavras de Jesus são claras demais!

Na “grande oração”, o Pai-Nosso, Ele nos ensinou a dizer: “perdoai as nossas ofensas assim como perdoamos aqueles que nos ofenderam”. Quando Pedro lhe perguntou “quantas vezes devo perdoar o meu irmão, sete vezes?”, Ele respondeu: não apenas sete vezes, mas setenta vezes sete; isto é, sempre.






Quem não perdoa não é perdoado por Deus, e não pode ser repleto do seu Santo Espírito. Nem sempre é fácil perdoar; mas, quanto mais difícil for, mais agradará a Deus e maior será o nosso mérito.

Em terceiro lugar, é preciso querer fazer a vontade de Deus em nossa vida, e querer ser testemunha de Jesus. Queira isto com todo o coração. O Espírito Santo não vem a nós, para o nosso deleite e bem estar. Ele vem a nós para que, por Ele, possamos renunciar a nossa vontade e fazer a vontade de Deus.

Em quarto lugar, pedir o Espírito Santo com fé. Deus quer nos dar este grande dom, muito mais do que nós queremos recebê-lo. E o grande segredo é pedir, e pedir por intercessão de Nossa Senhora. Ela é a sua Esposa, inseparável. Diga, como ela mesma ensinou-nos: “Vinde Espírito Santo, vinde pela intercessão poderosa do Imaculado Coração de Maria vossa amadíssima esposa”. Repita muitas vezes esta oração que Ela mesma ensinou ao padre Stefano Gobbi, do Movimento Sacerdotal Mariano.

Jesus deixou claro que o Pai celeste dará o Espírito Santo “àqueles que o pedirem” (Lc 11,13).


Depois disso agradeça a Deus pelo Espírito Santo presente em sua alma. Nem sempre essa será uma experiência sensível, mas será sempre uma experiência de fé.

No dia de Pentecostes, São Pedro disse que essa graça era “para todos”, não só para eles, os Apóstolos. “A Promessa é, de fato, para nós, assim como para os vossos filhos e para todos aqueles que estão longe, todos quantos foram chamados por Deus nosso Senhor” (At 2,38-39).

Prof. Felipe Aquino

*Autoriza-se a publicação desde que cite a fonte

Título Original: Como ser renovado no Espírito Santo?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 13 de dezembro de 2015

Deus não tira a possibilidade de alguém se salvar, diz o Papa


Da redação, com Rádio Vaticano


Foto: Reprodução CTV

Papa Canção Nova

Na oração mariana do Angelus, Francisco lembrou que a salvação de Deus é para todos os homens

A pergunta dirigida a João Batista “Que devemos fazer?”, extraída do Evangelho de Lucas, inspirou a reflexão do Papa sobre o caminho de conversão e salvação.

Francisco observa que três categorias de pessoas interpelam João: a multidão, os publicanos e alguns soldados. “Cada um destes grupos interroga o profeta sobre o que deve fazer para pôr em prática a conversão que ele prega”, explicou. E João responde dizendo que é a partilha dos bens de primeira necessidade: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!”. Aos cobradores de impostos diz: “Não cobreis mais do que foi estabelecido, não cobrem propina”, e aos soldados, por fim: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!”.

“Três respostas para um idêntico caminho de conversão, que se manifesta nos compromissos concretos de justiça e de solidariedade. É o caminho que Jesus indica em toda a sua pregação: o caminho do amor concreto pelo próximo”, disse Francisco.

Para o Papa, estas advertências de João Batista faz compreender quais eram as tendências gerais de quem detinha o poder naquela época, nas mais diversas formas. Mas afirma que nenhuma categoria de pessoas está excluída de percorrer o caminho da conversão para obter a salvação, nem mesmo os publicanos considerados pecadores por definição.

“Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se. Ele está ansioso para usar de misericórdia para com todos e de acolher a cada um no seu terno abraço de reconciliação e de perdão”, afirmou.

O Papa reiterou que as palavras de João propostas pela liturgia são também para os fiéis de hoje. “Convertam-se! É a síntese da mensagem de Batista”, disse o Papa, concluindo que uma dimensão particular da conversão é a alegria.

“Hoje é necessário coragem para falar de alegria, é necessário sobretudo fé! O mundo é afligido por tantos problemas, o futuro marcado por incógnitas e temores. E ainda que o cristão seja uma pessoa alegre, e a sua alegria não é algo superficial e efêmero, mas profunda e estável, porque é um dom do Senhor que preenche a vida. E a nossa alegria vem da certeza de que o Senhor está próximo”, disse.

O Papa conclui, pedindo que Maria “nos ajude a fortalecer a nossa fé, para que saibamos acolher o Deus da alegria, que sempre quer habitar em meio aos seus filhos” e “nos ensine a partilhar as lágrimas com quem chora, para poder dividir também os sorrisos”.
Porta Santas nas catedrais do mundo

Após recitar a oração mariana do Angelus, o Papa saudou os fieis e grupos presentes na Praça São Pedro, recordando que hoje, em todas as catedrais do mundo, serão abertas as Portas Santas, para que o Jubileu possa ser vivido plenamente nas Igrejas particulares.

“Desejo que este momento forte estimule a muitos a serem instrumentos da ternura de Deus. Como expressão das obras de misericórdia, serão abertas também as ‘Portas da Misericórdia’ nos locais em dificuldades e marginalização. A este propósito, saúdo os presos dos cárceres de todo o mundo, especialmente os da prisão de Pádua, que hoje estão unidos a nós espiritualmente neste momento de oração, e os agradeço pelo dom do concerto”.

Título Original: Papa: "Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se"


Site: Papa Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 12 de dezembro de 2015

"Deus quer nos acolher e a gente sabe que quando uma pessoa faz uma experiência forte da misericórdia, ela está feliz", comenta Dom Murilo Krieger


GaudiumPress


O Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, junto com o reitor da Basílica Santuário Senhor Bom Jesus do Bonfim, Padre Edson Menezes, concederam na tarde desta quinta-feira, 10 de dezembro, uma entrevista coletiva para explicar os últimos preparativos para o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia arquidiocesano e a Festa do Senhor do Bonfim de 2016.

De acordo com Dom Murilo, a Arquidiocese de Salvador terá duas Portas da Misericórdia, sendo uma localizada no Bonfim - a ser aberta no próximo domingo, dia 13, às 16h - e a outra no Santuário Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, em Belém de Cachoeira - a ser aberta no dia 20, no mesmo horário.

"Mas, porque Porta da Misericórdia? Porque Jesus falou ‘Eu sou a porta, quem passar por mim será salvo'. Então, passar pela porta não é um ato mágico, é um ato de fé. O Papa pede que quem vier, venha como peregrino, aquela pessoa que se prepara, e, pela oração, vem caminhando para receber o abraço do Senhor", disse.

Ainda conforme o Primaz do Brasil, a palavra-chave que remete este Ano Santo é Misericórdia, uma vez que significa "o olhar de Deus para nós pecadores".

"Deus quer nos acolher e a gente sabe que quando uma pessoa faz uma experiência forte da misericórdia, ela está feliz, atravessa desafios, enfrenta problemas, se relaciona bem com todo mundo, é capaz de perdoar porque ela se sentiu perdoada", explicou. Depois, ressaltou o fato da abertura das Portas da Misericórdia como um momento histórico, e que acontecerá pela primeira vez na Arquidiocese de Salvador.

A Festa do Bonfim em 2016

Sobre a Festa do Bonfim em 2016, Dom Krieger informou que todos os paroquianos, bem como membros de grupos, pastorais e outros segmentos da Igreja poderão agendar peregrinações ao Bonfim e ao Santuário através do hotsite criado para este período festivo.

"Aqui será assim, nesse Ano da Misericórdia, o coração da Nossa Arquidiocese. Os olhos estarão voltados para cá. Haverá atendimento especial de confissão, padres para dar orientação espiritual, leigos para acolher. Nós queremos que aqui, quem vier ao longo do ano, sozinho ou em grupo, que venha para se reconciliar com Deus e com os irmãos", disse, acrescentando ainda que além das peregrinações, haverá jubileus durante todo o ano.

Depois de apresentada a programação do Ano Santo na Arquidiocese, o Padre Edson Menezes comentou a Festa do Bonfim 2016, que neste ano terá como novidade um grande abraço que os devotos darão em volta do templo.

"No último dia da novena vamos fazer um gesto significativo que é abraçar a Mansão da Misericórdia. Abraçaremos a Mansão da Misericórdia e seremos abraçados pela misericórdia infinita de Deus. A motivação espiritual para a festa do Senhor do Bonfim é o Ano da Misericórdia. E Jesus, o Senhor do Bonfim é exatamente a revelação do rosto misericordioso do Pai".

A Porta da Misericórdia

"A Porta (da Misericórdia) depois de aberta ficará à disposição para que os devotos possam fazer o rito de passagem individualmente ou em grupo. As paróquias, as pastorais, os movimentos já estão agendando peregrinações que acontecerão durante todo o ano e também celebrações de jubileus. Nós estamos aumentando o número de confessores e aqui durante todo o dia poderemos atender as pessoas em confissão", concluiu Padre Edson. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de Salvador

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: Arcebispo comenta detalhes do Jubileu da Misericórdia e da Festa do Bonfim em 2016


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A santidade da Igreja em meio aos pecados e escândalos



Padre Paulo Ricardo



Padre Paulo Ricardo

Versão áudio


Neste Parresía, Padre Paulo Ricardo reflete sobre as notícias escandalosas veiculadas pela mídia secular envolvendo membros da Igreja Católica. Como reagir a essas notícias, sem contudo, perder a fé na santidade da Igreja?

Título Original: Pecados, escândalos e a santidade da Igreja Imaculada


Foto: Web

Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A mentira nos amansa, mas o que nos tornará realmente mansos é podermos dizer: “Eu preciso ouvir a verdade”.



Hosana Brasil




Padre Fabrício Andrade. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Padre Fabrício Andrade

Nossas misérias são alvo da misericórdia


No segundo domingo do Advento, a Igreja, com sua liturgia, coloca-nos a caminho, em preparação para o Natal, mas ela não faz isso sem a nossa participação.

Você já tentou ajudar uma pessoa que não quer ser ajudada? Quando tentamos ajudar um alcoólatra – e há tantos meio para fazer isso! –, ele diz: “Eu não sou viciado!”. Enquanto a pessoa não aceitar ajudar, nenhum tratamento será eficaz para ela.

Todo ano, a Igreja nos coloca em preparação para o nascimento de Jesus, mas pensamos que a liturgia é para o marido, para o padre e outras pessoas. Gastamos tanto tempo pensando nos outros, e nem percebemos que Deus estava falando conosco. Mas, hoje, essa mensagem é para você.

Deus lhe trouxe a este encontro para estender Sua mão até a direção do seu coração. Mas para isso você precisa querer ser ajudado e preparado, porque, quando tomamos consciência, temos disposição para a preparação.


Não há como entrar no Ano da Misericórdia sem encontrar os miseráveis. Estou fazendo um caminho para dizer aquilo que você já sabe, mas não quer ouvir. A sua doença é não querer ser preparado. O Papa, no entanto, convida-o a preparar-se na escola de João Batista, a deixar-se ser alcançados por essa preparação.

A verdade dói mas precisa ser dita

Gente, não é fácil amansar um ser humano dizendo a verdade para ele, porém não tem outro jeito de nos aproximarmos dele sem lhe dizer a verdade. Verdade é algo que todo ser humano precisa ouvir, mas dói ouvi-la. É igual a uma gordinha dizendo: “Comecei a tomar shake ontem. Olha como emagreci!”. Gente, ela se olha, vê que está gorda, mas quer que alguém minta para ela. Nós queremos alguém que minta para nós, porém a mentira não nos prepara, ela nos deforma. A mentira nos amansa, mas o que nos tornará realmente mansos é a capacidade de dizermos: “Eu preciso ouvir a verdade”.

Pegue o Evangelho de hoje, que está em Lucas 3,1-6 (eu vou mais adiante até o versículo 10): “E a multidão o interrogava, dizendo: Que faremos, pois? E, respondendo ele, disse-lhes: Quem tiver duas túnicas, reparta com o que não tem, e quem tiver alimentos, faça da mesma maneira.” João Batista estava dizendo à multidão para que praticassem a caridade, fizessem com a vida aquilo que eles escutavam. João Batista foi dizendo a verdade para amansar aquele povo.

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O Evangelho continua: “E chegaram também uns publicanos, para serem batizados, e disseram-lhe: Mestre, que devemos fazer? E ele lhes disse: Não peçais mais do que o que vos está ordenado.” João Batista estava tocando nas autoridades que estavam roubando o povo. Deus também vai nos tocar, mas para nos mostrar as nossas feridas e misérias.

Aqueles homens eram pecadores públicos e foram atrás de João Batista para lhe perguntar o que deviam fazer. Faça a pergunta ao Senhor: “Deus, o que eu devo fazer?”. Só faz essa pergunta a Ele quem sabe que precisa ser preparado. Os pecadores públicos foram amansados por João Batista, que lhes dizia para pararem de roubar.


“A nossa miséria não consegue superar a misericórdia de Deus” afirma padre Fabrício. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Essas palavras são para você que não dá o braço a torcer em casa, quando é você quem faz alguma coisa errada, mas joga a culpa nos outros.

Querem um copo com água e açúcar para ficarem calmos? Então, dê-lhes a água com açúcar e lhes diga a verdade. Nós chegamos num ponto em que a pessoa que fala a verdade é inconveniente. Se você tem um irmão, um amigo ou companheiro que só diz o que você quer ouvir e não a verdade, caia fora dessa relação. Antes só do que mal acompanhado!

João Batista atraiu a multidão e continuou anunciando: “E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós, que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo”. O profeta falava à multidão e cada um ia sendo tocado.
É preciso abrir o coração para receber a misericórdia

O Advento é para preparar o seu coração para ser santificado. Não adianta abrir a Porta Santa se você não abrir o seu coração para receber a misericórdia.

Quando Deus estende a mão e o toca, Ele fala a verdade que você precisa ouvir; e, às vezes, isso causa dor. É comum as pessoas fugirem de quem lhes diz a verdade. “Me engana que eu gosto!”… Mas João Batista, como profeta, foi chamado para preparar o caminho do Senhor. Não porque Jesus precisasse, mas porque se Ele chegar sem que você seja amansado, vai fugir da Sua misericórdia.

Só há sentido na misericórdia se você reconhecer que é alvo dela. É isso que a segunda leitura está dizendo para nós hoje: “E isto eu peço a Deus: que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor. E assim ficareis puros e sem defeito para o dia de Cristo, cheios do fruto da justiça que nos vem por Jesus Cristo, para a glória e o louvor de Deus” (Fl 1,9-11).

A nossa miséria não consegue superar a misericórdia de Deus. Você se entortou tanto, que parece não ter mais jeito, mas a salvação é para todos, ela alcança a todos. Para que um dia você possa cantar “maravilhas fez comigo o Senhor”, é necessário passar pelo processo de reconhecer “eu sou miserável e trago as minhas misérias”. Se você se deixar ser alcançado, será purificado por Deus.

Eu preciso lhe mostrar que Deus é capaz de fazer e realizar o impossível. Sabe qual é o grande grito do Hosana que precisamos dar hoje? A entrega do nosso coração. A misericórdia pede a confiança e lhe diz: “Entregue-me tudo”. Padre, mas os meus pecados? Entregue-os a Deus, deixe-O cuidar do seu coração.


Transcrição e adaptação: Fernanda Soares

Fernanda Soares

Fernanda Soares é missionária da Canção Nova. Foi apresentadora do programa Revolução Jesus e Vitrine da TV Canção Nova. Jornalista. Foi uma das apresentadoras no palco principal da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Autora do livro “A mulher segundo o coração de Deus” e produtora do Portal Canção Nova.


Padre Fabrício Andrade

Sacerdote da Comunidade Canção Nova

Título Original: As nossas misérias não conseguem superar a misericórdia de Deus


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 5 de dezembro de 2015

Operários do tempo da misericórdia


Hosana Brasil



Monsenhor Jonas Abib. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Monsenhor Jonas Abib

O Senhor quer que celebremos muitas vitórias, porque eterna é a Sua misericórdia

A beleza do Evangelho de hoje começa dizendo que Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em Suas sinagogas, pregando o Evangelho e curando todo tipo de doença e enfermidade. Isso tudo aconteceu após Jesus revelar que o Espírito Santo estava n’Ele.

Aquele povo se admirava e se enchia de fé por tudo que Jesus fazia. O Evangelho continua dizendo que o Senhor, vendo as multidões, compadeceu-se delas. Meus irmãos, a comparação que o evangelista São Mateus faz é muito forte. Não estamos acostumados, hoje em dia, a ouvir sobre as ovelhas, mas, na época de Jesus, era comum, porque todo rebanho de ovelhas tinha seu pastor.

As ovelhas não têm muito sentido de direção, por isso se desviam facilmente do caminho. Se há um buraco ou um precipício, com facilidade elas cairão. Desse modo, precisam de um pastor que cuide delas, e este precisa ser um verdadeiro veterinário.

Jesus compara aquele povo com ovelhas que não tem pastor. Infelizmente, os fariseus e doutores da Lei não cuidavam do povo; pelo contrário, oprimiam-nos cada vez mais com o excesso de leis.

A palavra “compadecer” significa “sofrer junto”, e Jesus sofreu junto daquele povo. Cristo voltou-se para os Seus e disse: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos” (Mateus 9, 37).

“Messe” é um termo muito bonito, algumas vezes se traduz como ‘colheita’. Se você tem uma plantação e colhe no tempo errado, você a perde toda. Imagine o prejuízo!
O que Jesus quis dizer sobre a messe?

Aquela messe estava para se perder, porque não havia operários para recolher a plantação.

Tudo o que diz esse Evangelho está presente em nossa época também. Porque, a messe é grande, mas os operários são poucos.

Nós temos uma enorme plantação de irmãos, que estão se perdendo na ignorância, estão na lama de vícios, pecados e violências. Jesus não os quer perder, por isso eles precisam ser salvos por nós!

Hoje, completamos um ano da dedicação do Santuário do Pai das Misericórdia! O Papa decretará, por estes dias, o Ano Santo da Misericórdia, para nos inspirar e nos mostrar que estamos no tempo da misericórdia do Senhor.



“Rezemos, façamos o que nos cabe e o Senhor realizará a obra”, aconselha Monsenhor Jonas Abib. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

O que há nesse tempo de misericórdia?

A misericórdia de Deus. Por essa razão, Jesus quer nos mostrar, neste Evangelho, que nossa messe é grande e corre um grande risco de se perder. Ele quer que peçamos operários para cuidar dela. Esse operário é você! Existem filhos nossos se perdendo e você é chamado por Deus a salvar essas pessoas, não as deixar se perderem.

Veja também:

Talvez você pense que essas pessoas são “cabeças duras” e não pensam no que você diz a elas. Porém, vale a pena insistir. Mas se você não conseguir, reze sem cessar. Tenha o coração em Deus e peça, suplique a Ele a misericórdia.

Traga seus entes queridos de volta para Deus. Queira ser veículo de salvação para os seus, eles precisam de você, porque não podem se perder.
Quais são as ovelhas perdidas da sua casa?

Entre os seus, os próximos a você, existem muitas “ovelhas negras”, mas elas não podem se perder, está na hora de serem salvas. Faça o que Jesus mandou fazer, mãos à obra, não perca nenhum dos seus.

“Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios” (Mateus 10,8).

O lema do nosso Acampamento é: “Celebrai as vitórias, porque eterna é a Sua Misericórdia”. O Senhor quer que celebremos muitas vitórias, porque eterna é a Sua misericórdia! Rezemos, façamos o que nos cabe e o Senhor realizará a obra!

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida




Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon