A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

quinta-feira, 31 de março de 2016

O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-nos do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno



Prof. Felipe Aquino

 1– São João Crisóstomo: “Deu-se todo não reservando nada para si”. “Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”.

2 – São Boaventura: “Ainda que friamente aproxime-se confiando na misericórdia de Deus”.

3 – São Francisco de Sales: “Duas espécies de pessoas devem comungar com frequência: os perfeitos para se conservarem perfeitos, e os imperfeitos para chegarem à perfeição”.


4 – Santa Teresa de Ávila: “Não há meio melhor para se chegar à perfeição”. “Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”. “Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”.

5 – São Bernardo: “A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”. “Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.

6 – Santo Ambrósio: “Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”

7 – São Gregório Nazianzeno: “Este pão do céu requer que se tenha fome. Ele quer ser desejado”.
“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama de modo que, retirando-no do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”

8 – São Tomás de Aquino: “A comunhão destrói a tentação do demônio.

Concílio de Trento: “Remédio pelo qual somos livres das falhas cotidianas e preservados dos pecados mortais.”

9 – Santo Afonso de Ligório: “A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação, recolhimento.” “Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.

10 – Santo Agostinho: “Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma nele.”

“Sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”

“A Eucaristia é o pão de cada dia que se toma como remédio para a nossa fraqueza de cada dia.”

“Na Eucaristia Maria perpetua e estende a sua maternidade.”






Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: 10 Ensinamentos dos Santos sobre a Eucaristia


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 29 de março de 2016

Será encerrada nesta semana as inscrições para a Romaria Nacional da Juventude




GaudiumPress

 Nos próximos dias 9 e 10 de abril, a cidade de Aparecida recebe a Romaria Nacional da Juventude. As inscrições para o evento encerram-se nesta quarta-feira, 30 de março.

O evento da juventude, organizado pela CNBB, faz parte do projeto "Rota 300", visto como uma preparação para o Jubileu dos 300 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba do Sul. Além disso, a ação é incorporada no projeto da Juventude em Missão (JUMI), promovido pelo próprio Santuário Nacional.

"Juventude com Cristo na casa de Maria" é o tema da romaria, que reunirá jovens das diversas expressões juvenis para momentos de formação, espiritualidade, atrações culturais, vigília e a celebração da missa com a presença dos bispos.

Divididas em tendas, a programação de cada uma contempla desde palestras a momentos espirituais, animação, catequeses e apresentações artísticas.

Além disso, a juventude que estiver presente no evento poderá participar da contemplação do Santo Terço e da missa com o episcopado brasileiro. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações A12

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: Romaria Nacional da Juventude encerra suas inscrições nesta semana


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 26 de março de 2016

Nós acreditamos na ressurreição da carne, na ressurreição dos mortos e isso nos faz diferente de tantas outras religiões



Acampamento Semana Santa




Márcio Mendes. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com


Márcio Mendes

O que a Palavra de Deus nos diz:

“Consolai, consolai o meu povo!”, diz o vosso Deus. 2. Falai ao coração de Jerusalém, anunciai-lhe: seu cativeiro terminou, sua culpa está paga, da mão do SENHOR já recebeu por suas faltas o castigo dobrado. 3. Grita uma voz: “No deserto abri caminho para o SENHOR! No ermo rasgai estrada para o nosso Deus! 4. Todo vale seja aterrado, toda montanha, rebaixada, para ficar plano o caminho acidentado e reto, o tortuoso. 5. A glória do SENHOR vai, então, aparecer e todos verão que foi o SENHOR quem falou! 6. Atenção! Ele diz: “Anuncia!” “Que devo anunciar?” – respondo eu. – Toda a carne é erva, toda a sua beleza, uma flor do pasto! 7. A erva seca, murcha a flor, basta soprar sobre elas o vento do SENHOR.” (A erva é o povo.) 8. A erva seca, murcha a flor, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre. (Isaias 40,1-8)

Graças a Deus por esta palavra! Deus não falha nas suas palavras, suas promessas.

A minha vida e a sua vida nesta terra vão terminar, mas a palavra do Senhor vai permanecer. Jesus Cristo vai me ressuscitar, o Pai do céu vai me ressuscitar. A palavra de Deus me restituirá a vida, porque Deus não trairá a promessa que Ele fez.

A última palavra de Deus sobre a sua vida é ressurreição. Você vai ouvir um dia o Senhor lhe falar: ressuscita, levanta, vem reaver os seus queridos que partiram antes de você, eles esperavam por você e seu tempo chegou. O Senhor não falhará, e é isto que Ele vem dizer a nos.

Deus é exagerado em cobrar a fé, Ele nunca ele está satisfeito enquanto sabe que podemos dar mais. O que foi que Deus Pai fez com Jesus? O tempo do socorro não é até o fim, mas até depois do fim. Não havia o que esperar, todos já o tinham dado como morto, como vencido, quando tudo parecia não ter mais jeito, o Pai do céu estendeu Sua mão, e fez assim como uma mãe e um pai faz, como eu fiz também, coloquei a mão sobre o meu filho e falei: meu filho está na hora de você acordar, assim o Pai do céu fez com Jesus e lhe disse: meu filho levanta, a sua hora chegou.

Ressurreição da carne

Enquanto este dia não chega, nós que somos cristãos esperamos na palavra de Deus. Nós acreditamos na ressurreição da carne, na ressurreição dos mortos e isso nos faz diferente de tantas outras religiões. Um católico não pode ser espírita, um cristão não pode ser espírita. A base do espiritismo é a reencarnação, e a do cristianismo é a ressurreição, coisas completamente diferentes.

Eu acredito que o Deus que me fez e me ama, se voltará para a morte e dirá: sobre o meu filho você não manterá a mão, retira-te. Eu ei de ouvir o Pai do céu dizer: Márcio, levanta, vem para junto de mim.

Bendita a palavra de Deus que me fez acreditar no céu e na ressurreição ! Seu corpo pode ser frágil, mas é amado por Deus, e será transformado, sem doenças, e será você e não outra pessoa. Você é único, profundamente amado por Deus e agraciado por esta promessa de salvação.

Fé vai além dos sentimentos

Eu todo dia peco e você? Se formos parar em sentimento não acreditamos que vamos ressuscitar. Fé não é sentimento, se misturarmos fé com aparências não vamos sossegar nesta vida, não encontraremos a paz que Deus nos dá. O que nos faz descansar é a fé que depositamos na palavra de Deus. Que descanso pra mim saber que na hora da minha morte o Pai, extremamente generoso, não vê a hora de me ressuscitar. A fé não se apoia em sentimento e aparências, a fé repousa na palavra de Deus.

Quando cremos na palavra do Senhor, o nosso coração descansa. Muitas vezes Deus nos faz esperar, assim como os apóstolos e Nossa Senhora que esperaram 3 dias para ver Jesus ressuscitado. Deus exercita nossa fé porque é benção para nós e para aqueles que caminham conosco e até para aqueles que não caminham conosco.

Os nossos filhos aprendem a crer em Deus olhando para mim que sou pai, pra você que é mãe, esperando em Deus sem se desesperar. Se Jesus ressuscitou tudo mais é possível. Seu filho precisa enxergar em você esta fé. Esta fé, sem você perceber, está arrastando mais pessoas para Deus.

Jesus não é espalhafatoso, ele poderia ter feito espetáculo, mas Ele não fez, Ele não age assim, não faz nada para provar nada, mas o que Ele faz, faz por amor, pra revelar o amor d’Ele por você. Você já parou pra pensar que todos os dias o sol brilha por sua causa? Isto é um espetáculo pra dizer que Ele te ama, ele te cerca de amor todos os dias.

Enfrente as aflições da sua vida

Nós evitamos o exercício em vez de reconhecer o exercício como um bem. É difícil quando eu chego em casa pensar que eu tenho que caminhar ou dar uma corridinha. Fico torcendo pra chover pra não precisar fazer aquele exercício. Se você não treina os seus músculos eles não vão suportar a sua coluna, e se você não treinar a sua fé, quando vierem as provações você não será capaz de suportar.

As nossa aflições enfrentadas e vencidas alimentam nossa fé. Vamos nos entregar nas mãos do Pai das Misericórdias. Entregue-se nas mãos do Pai, entregue tudo, seu corpo ferido e machucado, seu espirito, tudo nas mãos de Deus, porque Deus tem prazer no seu bem, Ele quer o seu bem.

A nossa religião existe para nos ajudar a separar o que presta do que não presta. Pelas sagradas escrituras você convive com Deus de perto. Você pode tocar nas feridas de Jesus pelas sagradas escrituras.

Nós estamos num tempo em que as pessoas não sabem mais o que afasta de Deus e o que aproxima de Deus. O coração de Deus por você só tem amor e bondade e, por que temos medo de Deus, se Ele é a misericórdia sem fim? É porque temos uma fé muito fraquinha que tem dificuldade de acreditar no que Ele nos fala.

Eu vou esperar pra ver qual é a benção que Deus vai me trazer por meio desta aflição, porque tenho certeza de que Ele preparou algo de bom para mim. Assim nós vamos dar um testemunho verdadeiro aos olhos dos outros e isso vai servir para fortalecer a fé nas outras pessoas.

Pregação com Marcio Mende/ Foto: ArquivoCN

Testemunho

Eu conheci uma moça com síndrome do pânico. Ela só conseguiu chegar até aqui dopada e participou do encontro dopada, drogada de remédios, mas o coração dela estava aqui e ela não teve medo de colocar sua síndrome nas mãos de nosso Senhor Jesus Cristo. Ela dizia que quando tomou o remédio novamente ela passava muito mau, e ela foi até o seu médico, e ele disse: é porque você não precisa mais deste remédio. E ela me disse que deixou a síndrome do pânico na Canção Nova e que estava curada. Deus não deixa sem socorro aqueles que confiam n’Ele.

Em nossa casa nem todos acreditam ao mesmo tempo, mas nós acreditamos, e é por estes que eu e você temos de confiar, por nós mesmos e por eles. Você é um evangelizador, um homem de Deus, você carrega a palavra de Deus em seu coração, nós somos evangelizadores por consequência do nosso batismo.

Você é um evangelizador, assuma a sua fé, vista esta camisa meu amigo, não tenha vergonha de dar a cara por Jesus Cristo. Para nós a Semana Santa não é um simples feriado, porque nós aguardamos que Ele vai ressuscitar.

Em nome de Jesus Cristo nós morremos, mas não matamos, como em outras religiões, eu acredito e morro por aquilo que acredito. A palavra de Deus permanece e quem está com ela vai permanecer também.

Aquela moça saiu daqui curada, porque Jesus foi anunciado, Jesus Cristo é o Senhor e ninguém pode tirar isto d’Ele. Quando nós evangelizamos, Deus age. Precisamos ter coragem de anunciar a palavra de Deus.

Sejam, pais, evangelizadores do seus filhos

Pais que não tiveram coragem de corrigir seus filhos em coisas importantes, muitos perderam seus filhos. Você é mãe, pai ou um saco de batata? Ele precisa de você como mãe, como pai. Um dia eu disse a meus filhos: eu não sou pai pra que vocês gostem de mim, eu vim pra fazer de vocês meu filhos, gente de caráter, com têmpera no coração, pessoas boas.

Seja um pai e uma mãe evangelizadores, ponha Jesus no coração deles, porque quando você não estiver com eles, Jesus estará. Quantas vezes deixamos nossos filhos na frente da televisão, sendo enganados por personagens que pareciam ser inocentes.

O amor é maior que a mentira. Nós vamos vencer pelo amor nas nossas casas. A família vai dar certo porque vamos fazer dar certo. Tem gente que morre pela sua empresa, se dedica, mas não morre e não dedica à família, que é a coisa mais importante na vida e você precisa fazer sua família dar certo, ressuscitar e precisa ser agora.

Haverá um tempo em que as pessoas não aceitarão serem evangelizadas. Mesmo que acreditemos nas verdades da palavra de Deus, mas dependendo da maneira como eu disser aqui pra você eu poderei até ser preso. No final dos tempos a palavra de Deus também diz que os filhos serão rebeldes com os pais. Que homens e mulheres procurarão parceiros do mesmo sexo para se relacionar. Nós só estamos no início de tudo ainda.

Tem muita gente que está mais encantada com as novidades, aceita ser um religioso mas desde de que seja do seu jeito. Tem gente que está procurando uma religião que o permita ficar como ele está. Pois que fique com essa religião para eles porque o que eu quero é Jesus Cristo, que nos faz mudar e ser melhor. Eu não tenho direito, por causa dos sofrimentos da vida, de ser uma pessoa intragável. Eu preciso levar uma palavra boa, preciso fazer uma revolução na minha casa.

Palavra de amor

Deus trouxe você porque quer que você leve pra sua casa uma palavra de amor, diga para sua família que Deus os ama perdidamente, que Ele cuida de cada um e que não importa quantos erros eles cometam, Ele sempre vai amá-los. Precisamos ensinar nossas famílias a gostar de Jesus. Se nos tornarmos pessoas atraentes, as pessoa vão querer chegar até nós para ver Jesus. Não seja um chato, um antipático, porque de pessoas assim o mundo está cheio.

A pessoa vem para o acampamento de Jesus ressuscitado e volta morta. Leve uma cara boa, seja simpático, não é mentir, você vai consolar a pessoa que está sofrendo, com gestos e palavras. A palavra não é tudo, mas a palavra certa na hora certa ajuda e muito. Quando alguém diz que você está bonito, como você fica? Com gestos e palavras consolar quem amamos, vá ao encontro das pessoas para torná-las mais felizes.

Ajudar fisicamente, dar palavras de esperança, palavras de vida eterna… Consolar é ajudar as pessoas a verem o lado positivo das coisas. A minha vida não é uma vida de sofrimento, eu continuo lutando com os meus medos e lutando comigo mesmo, mas algo mudou em mim desde os meu 14 anos. Jesus entrou na minha vida e nunca mais fiquei olhando com pessimismo, parado nas coisas ruins.

A gente caminha no rumo que a gente olha, pra que lado você está olhando, para o positivo ou o negativo da vida? Porque se for para o negativo você vai se enfiar cada vez mais no buraco em que está. Jesus vai te tirar de qualquer buraco que você esteja e você vai gritar hoje: ressuscitou! E vai chegar em sua casa transportado pela força do Espírito Santo.

Adquira essa pregação pelo telefone
(12) 3186-2600

Transcrição e adaptação: Elcka Torres


Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova, teólogo e escritor

Título Original: Eu acredito que o Deus que me fez e me ama


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 25 de março de 2016

O Judas que pode existir dentro de cada um de nós



Dom Henrique Soares

“Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: ‘O que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata” (Mt26,14s)

Foi um discípulo quem entregou Jesus, um “cristão”.

Se os judeus foram culpados por rejeitarem seu Messias e tramarem Sua morte, se os romanos tiveram culpa pela covardia de Pilatos que preferiu lavar as mãos, nós, os discípulos também temos a nossa parte, também somos representados nesta triste cena.

Judas era um dos nossos, era como nós:
fora amorosamente chamado por Jesus;
o Mestre o chamou pelo nome, convidou-o a conviver com Ele…
Judas comera com Jesus,
escutara a Sua palavra, como nós…
Também comemos à Mesa do Mestre na Eucaristia,
também escutamos Suas palavra proclamada de modo solene em cada Sacrifício da Missa…

Por que Judas traiu Jesus? Os motivos não são totalmente claros… Ao que parece, os apóstolos, de modo geral, esperavam um messias glorioso, potente, que restaurasse o antigo reino de Israel; e contavam em participar das glórias e vantagens de tal reino.

Pouco a pouco, Jesus foi decepcionando as ilusões deles: era um Messias humilde, pobre, servidor, manso! Entrou na casa de Zaqueu, o publicano pelego, curou o servo do centurião do exército romano opressor e elogiou-lhe a fé, mandou perdoar os inimigos e afirmou que o Seu Reino era de paz e verdade…

Certamente, que os Doze tiveram, coitados, que ir mudando de mentalidade, tivera quem ir deixando suas ilusões para abraçar a proposta de Jesus.

Parece que Judas não foi capaz… Decepcionou-se com o Mestre. A decepção virou amargura, a amargura tornou-se raiva e a raiva levou Judas a tornar-se cínico ante tudo que dizia respeito a Jesus: ficou entre os Doze, mas já não estava lá de coração, já não era um discípulo, já não era realmente um dos Doze. Começou a roubar o dinheiro da bolsa comum e, agora, estava decidido a entregar Jesus… Era um dos nossos, um de nós, um como nós…

Somos também tentado, às vezes, a nos decepcionar com o Senhor:
Ele não faz como esperamos,
não age como desejaríamos,
não nos dá satisfação.

A tentação é deixa-Lo pra lá ou mesmo ficar entre os discípulos não mais sendo um verdadeiro discípulo, fazendo do nosso modo, ou até traí-Lo, vendendo-nos às paixões, ao vício, à desonestidade, aos valores do mundo, ao pecado, a uma vida dupla…

Senhor, Jesus, por misericórdia, por piedade,
não permitas que eu Te traia!
Sou do mesmo material de Judas, meu irmão!

Sou pobre, às vezes, mesquinho,
não consigo sempre ver com a largueza e profundidade
do Teu Coração…

Às vezes duvido, às vezes tenho uma dificuldade medonha de aceitar de verdade Tuas exigências…
Socorre-me, Senhor,
Para que eu não faça como Judas ou pior que Judas!

Aquele lá, ao menos depois chorou e enforcou-se…
Eu poderia fazer pior:
Poderia continuar, cínico, teimando no meu pecado,
no meu erro,
defendendo a minha posição
e dizendo que o errado és Tu,
que és ultrapassado, anacrônico!
Piedade de mim, Jesus, pela Tua Paixão!
Lembra-Te de mim, quando vieres no Teu Reino!

Dom Henrique Soares, Bispo de Palmares

Título Original: Judas e eu. Será que existe um pouco de Judas no seu coração? A resposta vai surpreender você.


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 21 de março de 2016

Qual a causa da morte da juventude?


Jovens Conectados

A cada dia assistimos ou somos informados sobre os atos violentos que rondam a nossa realidade. É violência no trânsito, nas famílias, no lazer, na roda de amigos… Quem são as vítimas de tanta violência?! São os que sofrem a violência como também os que praticam. Neste contexto todos sofrem os danos de uma educação para o conflito e não para o diálogo e o entendimento!

O Brasil ocupa a 6ª posição no ranking de assassinatos, quer seja no total de sua população ou na população jovem (15 a 24 anos). Nas duas situações, o nosso país está atrás apenas de El Salvador, Ilhas Virgens (EUA), Venezuela, Colômbia e Guatemala. O último Mapa da Violência, publicado em 2014 com dados dos anos anteriores, informou que mais de 100 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Foram mais de 50 mil vítimas de homicídio, mais de 45 mil de acidentes de transporte e mais de 10 mil suicídios. Neste contexto, os jovens foram os principais afetados, somando mais de 30 mil vítimas, o que equivale mais da metade dos homicídios. O fato de tantos jovens morrerem se relaciona diretamente com a dor da perda de um ente querido. Quanto mais jovem uma pessoa morre, mais sofre o círculo de relacionamento que a pessoa tinha. Diante de tanta violência, da banalidade da vida humana, somos questionados: O que fazer? O certo é que não se pode desistir da paz e nem ser insensível ao sofrimento e a tanta brutalidade e banalidade da vida. As motivações de tanta violência estão na quantidade de jovens suscetíveis a inserir-se no consumo e no comércio de drogas, da baixa renda e ver como “meio de vida” o lucro do tráfico, na ausência de políticas que favoreçam atividades educacionais, culturais e sócio-transformadoras… Para quebrar esta cadeia de violência é preciso que assuma o problema e busque a transformação da realidade; a começar pela realidade de nossas casas e famílias, pois elas são o lugar imprescindível para o cultivo da paz e por isso devem ser bem cuidadas, bem administradas. A paz e o diálogo devem ser assumidos como princípios dentro de nossos lares. Não se perde nada cultivando o amor materno e paterno, o amor entre os irmãos, entre os amigos. Não se perde cultivar os valores morais dentro de nossas casas! Não se perde cultivando uma vida de oração; pelo contrário, se cresce quando abre o coração para Deus. Como Igreja Católica buscamos ser casa da acolhida, que ouve, que busca caminhar próximo dos seus filhos. É o seu desejo estar próxima, caminhando juntos a todos os homens, mulheres, jovens e crianças, daqueles que perderam um ente querido e que sofrem, daqueles que foram vítimas e responsáveis pela prática da violência. Por isso é necessário apresentar o Evangelho com clareza. A juventude abomina hipocrisia, traz um pensamento e atitudes de esperança no mundo, usa uma linguagem própria e é mais presente nas redes sociais. É necessário mostrar a necessidade e a importância do ser discípulo. Ensina-nos o papa emérito Bento XVI: “Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.” É o desejo de Jesus e por consequência da Igreja que todos vivam. Basta de violência, de morte, de sofrimentos… Desejamos um ambiente mais justo e fraterno, onde a paz reine! Desejamos uma cultura da paz com ações concretas no cotidiano: na forma de interação entre as pessoas, de lidar com os problemas e os conflitos, formas mais humanas de lidar com a frustração e a raiva; na capacidade de reconhecer e valorizar as diferenças e ser mais tolerantes. De certo, que cada um pode influenciar no modo como está a sociedade. Todos podem incluir em suas escolhas a de ser construtor da paz. Ao fazer esta escolha, estaremos dando mais qualidade aos nossos relacionamentos e à sociedade. Busquemos uma cultura da paz e que ela seja verdadeira e duradoura! Geraldo Trindade padre na Arquidiocese de Mariana (MG), mantém o bloghttp://pensarparalelo.blogspot.com

Título Original: O que causa a morte de nossa juventude? O que fazer?


Site: Jovens Conectados
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 20 de março de 2016

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar a peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus



Prof. Felipe Aquino

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, cuja liturgia celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém montado em um jumentinho (o símbolo da humildade), que é aclamado pelo povo simples. As pessoas O aplaudiam como “Aquele que vem em nome do Senhor”; esse mesmo povo que O viu ressuscitar Lázaro de Betânia poucos dias antes, estava maravilhado, e tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas. Porém, pareciam ter se enganado no tipo de Messias que o Senhor era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social, que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Davi e Salomão.

Para deixar claro a esse povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, Cristo entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena, pois não Ele é um Rei deste mundo!

Dessa forma, o Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de “Hosana” com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Hosana quer dizer “salva-nos!”.

Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.

Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Santa Missa [do Domingo de Ramos], lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda pela casa do Pai.

A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora Lhe vira as costas e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse dia [Domingo de Ramos]!

O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado.

A muitos o Senhor decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre. “Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador, merece a cruz por nos ter iludido”, pensaram. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado.

O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera como disse Bento XVI, a ditadura do relativismo.

Prof. Felipe Aquino


Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: As lições do Domingo de Ramos


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 17 de março de 2016

O motivo da necessidade da ação de graças após a comunhão

Web

Padre Paulo Ricardo

Há quem diga não ser necessário fazer ação de graças depois de ter recebido a comunhão. Se a celebração eucarística já é, como indica a palavra grega εὐχαριστία, uma "ação de graças", não seria essa prática repetir o que já foi feito na Missa?

O que está em questão, na verdade, mais do que um "jogo de palavras", são a natureza do sacramento da Eucaristia e como ele age na alma dos que o recebem. Segundo Santo Tomás de Aquino, "este sacramento produz em relação à vida espiritual o efeito que a comida e a bebida materiais produzem a respeito da vida corporal" (S. Th., III, q. 79, a. 1).

Um dos pontos defendidos pela chamada "nutrição funcional" é que as pessoas não são simplesmente o que comem, mas o que conseguem absorver dos alimentos que ingerem. Assim, de nada adianta consumir produtos nutritivos, se não se aproveitam as substâncias que eles contêm. Analogamente, há muitas pessoas participando da mesa eucarística, sem todavia aproveitar de seus frutos: embora realmente recebam Jesus – porque é Ele quem está presente na hóstia consagrada, com Seu corpo, sangue, alma e divindade –, o divino hóspede passa por suas almas sem deixar rastro, porque elas não se abrem à Sua ação. Infeliz e desgraçadamente, são muitas as comunhões, mas poucas as almas comungantes; muitos que recebem Nosso Senhor, mas poucos que verdadeiramente se unem a Ele.


A Teologia nos ensina que a presença de Cristo na Eucaristia "perdura enquanto subsistirem as espécies do pão e do vinho" [1]. Isso quer dizer que, nos poucos minutos em que as aparências do pão permanecem indigeridas, logo após a comunhão, Jesus Cristo está fisicamente unido a quem comunga, tocando todo o seu ser com a Sua divina humanidade. Essa ação acontece ex opere operato, isto é, por força do próprio sacramento: Deus verdadeiramente envia a Sua graça, bastando que nos disponhamos a recebê-la.

Versão Audio
Não é suficiente, portanto, que a pessoa se ponha em contato com Cristo, se não reconhece, com a fé, a grandeza de quem a visita, e não trata com amor este esposo que vem chamá-la à união Consigo. Assim como eram muitos os que circundavam Jesus, mas somente a hemorroíssa foi curada, porque tocou com confiança na fímbria de Seu manto (cf. Jo 5, 25-34). Se o problema de alguns é com a linguagem, se a expressão "ação de graças" gera incômodos, procure-se um outro termo ou mesmo que não se use nenhum, contanto que seja dada a devida atenção ao divino hóspede das almas.

Ao receber o corpo puríssimo e mansuetíssimo de Cristo, peçamos a Ele que nos cure de nossa impureza e irascibilidade, e nos ajude a viver a castidade e a mansidão de coração. Ao ver a Sua sapientíssima e amorosíssima alma unida à nossa, supliquemo-Lhe que nos cure de nossa ignorância e de nossa má vontade, iluminando a nossa inteligência com a Sua luz e fortalecendo a nossa vontade com o Seu ardentíssimo amor. Só não desperdicemos esse tempo oportuno, em que Deus nos visita maravilhosamente na humanidade de Seu divino Filho.


Referências

Papa São João Paulo II, Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia (17 de abril de 2003), n. 25 (DH 5092).

Título Original: Por que é necessário fazer ação de graças após a comunhão?


Foto: Web

Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 14 de março de 2016

Entendendo o motivo pelo qual a Igreja católica é chamada romana


Prof. Felipe Aquino

Ser romana não faz parte da identidade da Igreja. O nosso Credo diz que ela é “Santa, Una, Católica e Apostólica”. Vários papas viveram fora de Roma. No século 14 sete papas franceses ficaram em Avignon na França por setenta anos; foi o chamado “Cativeiro dos Papas na França”, num gigantesco palácio ali construído. Várias vezes os papas tiveram de fugir de Roma e se refugiaram em Ravena, Pizza, Bolonha, Orvieto e outras cidades italianas que pertenciam ao Estado Pontifício. Então, por que a palavra “Romana”?

Há boas razões para isso. Primeiro, penso eu, que Cristo quis deixar um grande sinal, de que a Sua Igreja é invencível. O Império Romano, como sabemos, foi o maior Império que a humanidade já conheceu. Nunca houve outro que dominasse todo o mundo; tomou toda a volta do Mar Mediterrâneo, que hoje é circundado por muitos países. Os romanos o chamavam de “mare nostrum”. Os navios precisavam ter o alvará do porto romano de Óstia, próximo de Roma, para navegar no Mediterrâneo. Roma dominou tudo, desde Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha Ocidental, Itália, Grécia, Macedônia, Turquia, Síria, Líbano, Palestina, Egito, Cartago e todo o Norte da África. Quem não era cidadão romano era chamado de “bárbaro”.

No entanto, esse maior Império que o mundo conheceu, não conseguiu destruir o Cristianismo, e, acabou se tornando cristão. São Pedro chegou a Roma por volta do ano 50 e São Paulo por volta de 60. Ali implantaram a fé católica e ali foram martirizados por Nero. Os cristãos derramaram sangue abundante sob os imperadores Nero, Trajano, Domiciano, Décio, Vespasiano, Aureliano, e, principalmente Diocleciano, até o ano 311, quando o imperador Constantino o Grande, se converteu ao cristianismo, e pelo Decreto de Milão, proibiu a perseguição aos cristãos.


Um outro imperador, Juliano, o Apóstata (361-363), ainda tentou restabelecer o paganismo em Roma, mas já era tarde. E na batalha contra os persas morreu com uma flecha no peito, exclamando: “Tu venceste ó Galileu!” Finalmente, em 385, Teodósio o Grande, pelo Decreto de Tessalônica, oficializou o cristianismo como a religião do Império.

Cristo e os cristãos venceram o grande Império, cuja capital era Roma. Não seria este um grande motivo para a Igreja ter a sua sede em Roma? Sim. E no mesmo jardim onde Nero martirizava os cristãos, incendiando-os com piche para iluminar suas orgias com animais, Cristo colocou a sua Sede, a Santa Sé, o Vaticano; exatamente sobre o túmulo de São Pedro. Não é este um grande sinal para o mundo de que a Igreja é invencível? Nem mesmo o mais poderoso Império de que a história teve noticia, conseguiu eliminar o cristianismo.

“A espada romana se curvou diante da cruz de Cristo” (Daniel Rops). A soberba águia romana fechou suas asas diante de Cristo. Por isso, a Igreja há dois mil anos tem a sua Sede ali onde o maior Império do mundo se dobrou diante da Igreja de Jesus Cristo. Por isso ela é chamada de Romana. E assim será até o Senhor voltar na sua glória.


Prof. Felipe Aquino

*Autoriza-se a sua publicação desde que a fonte seja citada


Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: Por que a Igreja católica é chamada Romana?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 13 de março de 2016

Quanto mais nos aproximamos de Jesus, mais nos aproximamos deste poço que nunca falta água


Acampamento Encontramos o Cristo


Padre Roger Luís – Foto: arquivo cancaonova.com

Padre Roger Luís

Deus nos dá a oportunidade de ver dois encontros na liturgia de hoje: um da mulher pega em adultério, e outro de uma pessoa já experimentada na vida, que testemunha o encontro com o Cristo.

Não existe maravilha mais intensa que possamos testemunhar do que o encontro com o Senhor. O Pai nos deu seu Filho. Não existe nada mais extraordinário. Este é o melhor de Deus para nós.

Ao olharmos e meditarmos um pouco no evento Pascal, vamos entender a primeira leitura quando diz: “Isto diz o Senhor, que abriu uma passagem no mar e um caminho entre águas impetuosas; que pôs a perder carros e cavalos, tropas e homens corajosos; pois estão todos mortos e não ressuscitarão, foram abafados como mecha de pano e apagaram-se: ‘Não relembreis coisas passadas, não olheis para fatos antigos. Eis que eu farei coisas novas, e que já estão surgindo: acaso não as reconheceis? Pois abrirei uma estrada no deserto e farei correr rios na terra seca’”.

Jesus é esta novidade. Não existe outra maravilha maior que esta. A Páscoa é a estrada aberta no deserto; a vida eterna, a estrada aberta para o Céu, o caminho que o Pai deu para a humanidade adentrar o Céu.

A Páscoa que celebramos na Eucaristia é o caminho aberto no deserto, é a oportunidade de salvação. É Ele o rio que sacia nossa sede. É a fonte que brota da terra seca.

Quanto mais nos aproximamos de Jesus, mais nos aproximamos deste poço que nunca falta água. Precisamos, cada dia mais, nos aproximarmos Dele, de modo que esta novidade nos alcance e ressignifique nossa estrada, nossa história.

O Evangelho de hoje nos mostra o conflito entre os Fariseus, Escribas e Jesus. Eles não precisavam de Jesus para apedrejar ou não aquela mulher, mas, queriam colocá-lo a prova. Aquela mulher era renegada. Não tinha nenhuma possibilidade de chegar a Jesus. Talvez nem tivesse interesse em conhecê-lo. Mas ela foi carregada até Jesus, e ali estava a oportunidade de mudança de vida.

Quantas vezes somos assim: não queremos nos aproximar de Jesus… Mas, por causa de outras pessoas, com a desculpa que fomos levar os outros em lugares religiosos, nos encontramos com o Cristo.

Jesus aproveita-se dos momentos. Aquela mulher foi levada para ser apedrejada, e sai de lá com a vida transformada. O único que tinha o direito de jogar pedra estava abaixado escrevendo no chão. Ele é a Misericórdia encarnada. Quando Jesus pede que quem tivesse pecado atirasse a primeira pedra, os mais velhos foram os primeiros a sair.

Depois do acontecido, quando saíram todos, Jesus levanta-se, a olha com amor. Ninguém nunca a tinha olhado daquele modo. Ele pergunta: “Ninguém te condenou? ” O Senhor a manda ir, com a ordem de não pecar mais. Que amor! Que experiência! O Senhor condena o pecado, e não a pecadora.

As vezes confundimos misericórdia com bondosismo – como se ele fosse um bonachão. Ele é Pai, que dá a sentença contra o pecado e acolhe o pecador.

Quando vemos uma passagem bíblica que não tem nome, é para colocarmos o nosso. Nesta passagem do Evangelho, é Deus quem está falando a nós, no dia de hoje, para mudarmos de vida, como esta pecadora. Esse adúltero pode ser eu e você, que não vivemos a fidelidade ao Senhor. Vivemos como adúlteros na casa de Deus. Podemos estar traindo a Jesus Cristo, com nossas atitudes erradas.

Tome a decisão de não mais pecar! Aceite a sentença, a acolhida que Deus lhe dá, mas, lute para não mais pecar.

Se você está na vida de pecado, levante-se, olhe para frente, deixe para trás a vida de pecado. Olhe para frente! É hora de jogarmos fora o que não presta, e não mais olharmos para trás. É hora de assumir a Palavra do Senhor!

É hora de assumir a misericórdia do Senhor, arrepender-se do pecado, e estender as mãos para o Senhor, deixando o que era velho, tomando posse da vida nova que Deus tem para nós.

Jesus lhe diz: “Eu também não te condeno. De agora em diante, vá e não peques mais”, pois, “maravilhas fez conosco o Senhor. Exultemos de alegria!”. Basta à vida velha, à vida de pecado.

Na segunda leitura, vemos a pessoa de Paulo, que testemunha o bem que fez à alma dele o encontro com o Cristo. Paulo passou a considerar tudo como perda diante da bondade que é conhecer o Senhor. Ele celebra isto com alegria. Paulo perdeu privilégios, nome, posto.

São Paulo era um homem formado na escola de Gamaliel, sabia várias línguas; era uma potência intelectual. Mas, perdeu tudo por causa da experiência que fez com o Cristo. Nós também precisamos, como Paulo, viver isto: testemunhar a alegria de conhecermos a Cristo; ficar em comunhão com seu sofrimento.


Padre Roger Luís preside Missa de encerramento do “Encontramos o Cristo” na Canção Nova – Foto: arquivo cancaonova.com

Não devemos renegar os nossos sofrimentos. Quando a cruz pesar, precisamos nos lembrar que o padecimento nos coloca em comunhão com os sofrimentos de Jesus. Quando vierem as dificuldades familiares, precisamos nos convencer que estaremos unidos aos sofrimentos do Senhor.

Um cristão maduro é aquele que entende que o sofrimento é uma escola de comunhão. Precisamos sair do raso e ir para as águas mais profundas. Nossos pensamentos não são os de Cristo. Precisamos sair da superficialidade e adentrarmos no mistério.

A primeira morte dói na carne. Precisamos deixar o homem velho, o farisaísmo, o julgamento e os próprios critérios. Jesus nunca julgou, mas, procurou ver com sinceridade o coração.

São Paulo sabia que ainda não era perfeito, mas, testemunhava sua corrida para a santidade, e afirmava que já havia sido alcançado por Jesus.

Leia mais:


Você já encontrou o Cristo? Se sim, corra para alcançá-lo. Faça como Paulo: “esquecendo o que fica para trás, eu me lanço para o que está na frente. Corro direto para a meta, rumo ao prêmio, que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus”.

Ele corre para alcançar o céu. É o prêmio que o Pai nos chama a receber em Cristo Jesus. Nossa meta diária deve ser o encontro com o Cristo. Por isso, devemos adorar, rezar, ler a bíblia. Tudo o que fizermos na terra deve ser por esta meta.

Que coragem precisamos ter para correr em direção à nossa meta! Não passe um dia sem orar. Não fique sem agradecer a Deus. Queira conquistar a meta!

Imagine o testemunho que esta mulher deu… Não deve ter tido vergonha. Pelo contrário, esta mulher deve ter contado a todos a misericórdia do Senhor, em sua vida. O Senhor também lhe diz: “Vá e não voltes a pecar!”. Ele o encontrou, lhe deu Salvação e misericórdia. Exulte no Senhor que o perdoou!

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair

Adquira esta pregação pelo telefone: (12) 3186 – 2600


Padre Roger Luís

Sacerdote Comunidade Canção Nova

Título Original: Jesus aproveita as oportunidades de nos encontrar


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 12 de março de 2016

Enviada para o Haiti missionária franciscana de Cristo Rei



GaudiumPress

São Luís - Maranhão (Sexta-feira, 11-03-2016, Gaudium Press) A Congregação das Irmãs Franciscanas de Cristo Rei concedeu a benção de envio a Irmã Vanderleia Corrêa de Melo, que parte para a missão intercongregacional que a Igreja no Brasil mantém no Haiti.

Na ocasião, o bispo auxiliar de São Luís e presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e a Cooperação Intereclesial da CNBB, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, presidiu a cerimônia, na sede da Conferência, em Brasília.

Em sua homilia, o prelado recordou na liturgia do dia a história do doente da piscina Betesda, afirmando que muitos no país caribenho estão como o paralítico, que esperava a cura por muito tempo. "Quantas pessoas e grupos no Haiti são e estão como aquele paralítico. Lá, já estão missionários e missionárias de Jesus Cristo que propõem o seguimento de Jesus, a fim de que esses filhos amados de Deus encontrem a oportunidade de poderem andar de modo livre".

Em seguida, destacou o envio missionário de Irmã Vanderleia:

"Irmã Vanderleia, sendo enviada por Deus por meio da CNBB, da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e da sua congregação, seja missionária com grande sensibilidade, isto é, não seja indiferente à vida do povo haitiano, em especial os pobres, os que mais sofrem", exaltou.

Dom Esmeraldo ainda aconselhou a religiosa a experimentar "a ação do Espírito de Deus" que já presente nessas terras do Haiti. "Agradeça a Deus cada dia poder estar a serviço, propor o seguimento a Jesus Cristo, animar as pessoas para que possam conhecê-lo mais de perto, amá-lo, testemunhá-lo", acrescentou.

No final, a Irmã Vanderleia recebeu a cruz da missão, além da Imagem de Nossa Senhora Aparecida das mãos do Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Dom Sergio da Rocha, que aproveitou para desejar a religiosa a proteção da Padroeira do Brasil. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações CNBB

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: CNBB envia missionária franciscana de Cristo Rei para o Haiti


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 10 de março de 2016

O mundo não católico só não é mais confuso porque recebeu da Igreja Católica a base de sua teologia


Web

Servos da Mãe


É interessante notar como o Protestantismo alega ser o retorno às origens da fé, ao Verdadeiro Cristianismo, enfim o verdadeiro confessor da fé legítima dos Primeiros séculos. Aliás, diga-se de passagem, se existe uma constante entre as religiões não-católicas é a chamada "teoria do resgate". A imensa maioria delas (a quase totalidade) afirma que o cristianismo primitivo foi puro e limpo de todo erro, mas que, com o tempo, os homens acabaram por perverter a verdade cristã, amontoando sobre ela uma enormidade de enganos.

O verdadeiro cristão, sob este prisma, seria aquele que, superando tais enganos, redescobre o "verdadeiro cristianismo', com toda a sua pureza e singeleza.

Para estas religiões, o responsável pelos erros que se acumularam no decorrer dos séculos é, quase sempre, o catolicismo. Já a religião que "resgatou a verdade" varia de acordo com o gosto do freguês: luteranismo, calvinismo, pentecostalismo, espiritismo, etc.
De uma certa forma, mesmo as religiões esotéricas, a Teologia da Libertação, a maçonaria e (pasmen!) o próprio islamismo bebe desta "teoria do resgate".

O motivo do universal acatamento desta "teoria" é o fato de que, para o homem, é muito difícil, diante dos ensinamentos de Jesus Cristo, e da santidade fulgurante dos primeiros cristãos, negar, seja a validade daqueles ensinamentos, seja a beleza desta santidade. Portanto, as pessoas precisam acreditar que, de uma certa forma, se vinculam a Jesus Cristo e às primeiras comunidades cristãs, ainda que não diretamente.

Mas igualmente, é muito difícil para o orgulho humano aceitar que este genuíno cristianismo existe, intocado, dentro do catolicismo. Aceitá-lo, para todos os grupos não católicos, seria aceitar que estão errados e que, muitas vezes, combateram contra o verdadeiro cristianismo. Desta forma, a "teoria do resgate" é a maneira mais fácil para que um não-católico possa considerar-se um "verdadeiro discípulo de Cristo" sem ter que reconhecer os erros e heresias que professa.

O problema básico de todos estes grupos é que existem inúmeros escritos dos cristãos primitivos e, por meio de tais escritos é que alguém, afinal de contas, pode saber em que criam e em que não criam os cristãos primitivos. E estes escritos são uma devastadora bomba a implodir todos os grupos que ousaram a se afastar da barca de Pedro. Eles solenemente atestam que o cristianismo primitivo permanece intacto dentro do catolicismo. Assim (ironia das ironias), os adeptos da "teoria do resgate", freqüentemente, para defender o que julgam ser a fé dos cristãos primitivos, são obrigados a desconsiderar todo o legado destes primitivos cristãos.

O protestantismo é o mais solene exemplo de tudo o quanto acima dissemos.

Em nosso artigo "Como o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé?", já expusemos como o protestantismo não confessa a fé que os primeiros cristãos confessaram, fé esta que receberam dos Santos Apóstolos. Quem estuda com seriedade as origens da fé e a história da Igreja, insistimos, sabe que a tão referida Igreja Primitiva, é na verdade a Igreja Católica dos primeiros séculos.

Neste presente artigo, gostaríamos de lançar a seguinte pergunta: teria sido o cristianismo primitivo uma união de confissões protestantes ou uma única confissão católica?
Sabemos que o Protestantismo ensina que todos os crentes em Jesus formam a Igreja de Cristo. Desta forma, não interessa se o crente é da Assembléia de Deus, se é Luterano e etc; são crentes em Jesus e fazem parte da Igreja Invisível de Cristo, mesmo confessando doutrinas diferentes. Curiosamente (e este é um paradoxo insuperável desta "eclesiologia" chã e rastaqüera), apenas os católicos é que não fazem parte deste "corpo invisível", ainda que confessemos que Jesus Cristo é o Senhor do Universo.

O protestantismo, como percebe o leitor, é algo bastante curioso...

O fato é importante que o leitor não confunda doutrina com disciplina. O fato de na Assembléia de Deus os homens sentarem em lugar distinto das mulheres em suas assembléias, e o fato dos Luteranos não adotarem esta prática, não é divergência de doutrina entre estas confissões, mas de disciplina. A divergência de doutrina nota-se pelo fato dos primeiros não aceitarem o batismo infantil e os segundos aceitarem. Isto é para citar um exemplo.

A doutrina é a Verdade Revelada, é o núcleo da fé, é o que nunca pode mudar. A disciplina é a forma como a doutrina é vivida, e é o que pode mudar, desde que não fira a doutrina.

Uma análise completa de como seria o passado do Cristianismo se ele tivesse sido protestante exigiria a escrita de um livro. Então, neste artigo vamos apenas verificar a questão das resoluções tomadas pela Igreja Primitiva a fim de combater o erro, isto é, as heresias.
Ao longo da história, a Igreja se deparou com sérios problemas doutrinários. Muitos cristãos confessavam algo que não estava de acordo com a fé recebida pelos apóstolos.

A primeira heresia que a Igreja teve que combater a fim de conservar a reta fé foi a heresia judaizante.

Os primeiros convertidos á fé Cristã eram Judeus, que criam que a observância da Lei era necessária para a Salvação. Quando os gentios (pagãos) se convertiam a Cristo, eram constrangidos por estes cristãos-judeus a observarem a Lei de Moisés. Os apóstolos se reúnem em Concílio para decidir o que deveria ser feito sobre esta questão.

Em At 15, o NT dá testemunho que os apóstolos acordaram que a Lei não deveria ser mais observada. E escreveram um decreto obrigando toda a Igreja a observar as disposições do Concílio.

Veja-se este Concílio de uma maneira mais pormenorizada. Haviam dois lados muito bem definidos em disputa, cada qual contando com um líder de enorme expressão. O primeiro destes lados era o já citado "partido dos judaizantes", que tinha, como sua cabeça, ninguém menos do que São Tiago, primo de Jesus Cristo e a quem foi dado o privilégio de ser Bispo da Igreja Mãe de Jerusalém. Contrário a este partido, havia o que advogava que, ao cristão, não se poderia impor a Lei de Moisés, visto que o sacrifício de Jesus Cristo era suficiente e bastante para a salvação de quem crê. Como cabeça deste grupo, estava São Paulo, o mais influente apóstolo de então, a quem Deus havia dado o privilégio de "visitar o terceiro céu", e de conhecer coisas que, a nenhum outro ser humano, foi dado conhecer.

Dois grupos muito fortes, com líderes extremamente influentes. Realiza-se o Concílio num clima de muita discussão. Estavam em jogo a ortodoxia e a salvação da alma de todos nós. No concílio, foram estabelecidas duas coisas muito importantes, de naturezas diversas.

Em primeiro lugar, São Pedro afirmou que os cristãos não estavam obrigados à observância da lei, definindo um ponto de doutrina imutável e observado por todos os cristãos até hoje (At 15, 7-8). Aliás, a liberdade cristã, vitoriosa neste Concílio, é o ponto de partida de toda a teologia protestante. Não deixa de ser curioso o fato de que este núcleo teológico acatado por todos eles foi definido, solenemente, pelo primeiro Papa, muito embora eles afirmem que o Papa não tem poder para definir coisa alguma...

Pouco depois, São Tiago sugeriu, juntamente com a proibição de uniões ilegítimas, a adoção de normas pastorais (a saber: a abstinência de carne imolada aos ídolos, e de tudo o que por eles estivesse contaminado),o que foi aceito por todos e imposto aos cristãos. Tais normas, hoje não são seguidas. Por que? Nós católicos temos o argumento de que tais normas eram disciplinares e não doutrinárias, e que a Igreja Católica que foi a Igreja de ontem com o tempo as revogou; assim como uma mãe que aplica normas disciplinares a um filho quando é criança e não as utiliza mais quando o filho se torna um adulto.

E qual o argumento dos protestantes por não observarem tais normas. Não deixa de ser curioso o fato de que não existe uma revogação bíblica destas normas, e, portanto, os protestantes (adeptos da ?sola scriptura?) deveriam observá-las. No entanto, não as observam. Revogaram-nas por conta própria. E, ainda por cima, nos acusam de "doutrinas antibíblicas"...

Nada mais antibíblico, dentro do tenebroso mundo da ?sola scriptura", do que não seguir as normas de At 15, 19-21...

Bem, prossigamos. Este Concílio, portanto, foi exemplar por três motivos:

a) narra uma intervenção solene de São Pedro, acatada por todos e obedecida até pelos protestantes hodiernos, ilustrando a infalibilidade papal;

b) narra a instituição de uma norma de fé por todo o concílio (qual seja: a abstenção de uniões ilegítimas), igualmente seguida por todos até hoje, o que ilustra a infalibilidade conciliar;

c) narra a instituição de normas pastorais, que se impuseram aos cristãos e que deixaram, com o tempo de serem seguidas, muito embora constem da Bíblia sem jamais terem sido, biblicamente, revogadas (o que, por óbvio, não cabe dentro do "sola scriptura").

Ao fim do Concílio, portanto, e de uma certa forma, os dois lados estavam profundamente desgostosos. Em primeiro lugar, o grupo dos judaizantes teve que aceitar a tese de São Paulo como sendo ortodoxa. Afinal, São Pedro em pessoa o afirmara e, diante das palavras dele, a opinião de São Tiago não tinha lá grande importância. Como católicos que eram, curvaram-se, assim como o próprio São Tiago se curvou.

Imaginemos se fossem protestantes. Afirmariam que não há base escriturística para a afirmação de São Pedro. Que, sem versículos bíblicos (do cânon de Jerusalém, ainda por cima!), não acatariam aquela solene definição dogmática. Que São Pedro, sendo uma mera "pedrinha", não tinha poder de ligar e de desligar coisa nenhuma, muito embora Jesus houvesse dito que ele o tinha. Afirmariam, ainda, que todos os cristãos são iguais, e que, portanto, São Tiago era tão confiável quanto São Pedro, pelo que a palavra deste não poderia prevalecer sobre a daquele, principalmente quando todas as Escrituras diziam o contrário.

Por fim, criariam uma nova Igreja. A Igreja do Apóstolo Tiago, verdadeiramente cristã, alheia aos erros do papado desde o princípio.

Imaginemos, agora, o lado dos discípulos de São Paulo. É verdade que sua tese saiu vitoriosa do Concílio, mas, em compensação, tiveram que acatar as normas pastorais de cunho nitidamente judaizante. Como bons católicos que eram, entenderam que a Igreja foi constituída pastora de nossas almas e que, portanto, tais normas eram de cumprimento obrigatório.

Imaginemos, agora, se fossem protestantes. Afirmariam que São Paulo teve uma "experiência pessoal" com Jesus e que, nesta experiência, o Senhor lhe dissera que ninguém deveria se preocupar com o que come ou com o que bebe. Além disto, a experiência cristã é, eminentemente, espiritual e não pode sem conspurcada ou auxiliada por coisas tão baixas como a matéria (muitos protestantes, na mais pura linha gnóstica, têm horror a tudo o que é material). Portanto, este Concílio estava negando a verdade cristã, pelo que não se sentiriam obrigados a coisa alguma nele definida.

Acabariam, finalmente, fundando uma nova Igreja. A "Igreja Em Cristo, Somos Mais do que Livres", ou "Igreja Deus é Liberdade."

Este foi o primeiro concílio da Igreja. Realizado por volta do ano 59 d.C., e narrado na Bíblia. Portanto, é "cristianismo primitivo" para protestante nenhum botar defeito!

Neste ponto, perguntamos: os protestantes realizam concílios para resolverem divergências doutrinárias? Sabemos que não. Então, como os protestantes podem avocar um pretenso retorno ao "cristianismo primitivo" se não resolvem suas pendências como os primitivos cristãos? Somente por aí já se percebe que a "teoria do resgate" não passa de uma desculpa de quem, orgulhosamente, não quer aderir à Verdade.

Portanto, se a Igreja Primitiva tivesse sido protestante, como defendem alguns, este concílio não se realizaria. Primeiro que não se incomodariam se alguns cristãos confessam algo diferente, pois para os protestantes, o que importa é a fé em Cristo. A doutrina não importa, o que importa é a fé. Se você tem fé e foi batizado está salvo. Não é assim no protestantismo?

Em segundo lugar, supondo a realização do concílio, como já se viu acima, nem os cristãos judaizantes nem os discípulos de São Paulo não adotariam as disposições do Concílio em sua inteireza. E então não haveria de forma alguma uma só fé na Igreja.

Verificamos que então que a fé primitiva não era protestante, era católica; por isto eles sabiam que deveriam obedecer a Igreja pois criam que Cristo a fundou para os guiar na Verdade (cf. 1Tm 3,15), assim como nós católicos cremos. Tanto é assim que, nos séculos que se seguiram, os "cristãos primitivos" continuaram resolvendo suas pendências doutrinárias segundo o modelo de At 15. Concílios ecumênicos e regionais se sucederam por toda a história da cristandade, sempre acatados e respeitados. Alguns deles (vá entender!) são acatados e respeitados até pelos protestantes.

Depois da heresia judaizante, a ortodoxia (reta doutirna) cristã teve que combater as seguintes heresias: gnosticismo, montanismo, sabelianismo, arianismo, pelagianismo, nestorianismo, monifisismo, iconoclatismo, catarismo, etc. Para saber mais sobre estas heresias ler artigo "Grandes Heresias". Este mesmo artigo nos mostra como muitas destas heresias se revitalizaram nas seitas protestantes, que, assim, embora aleguem um retorno ao "crsitianismo primitivo", acabam por encampar doutrinas anematizadas por estes mesmos cristãos primitivos.

Como costumamos dizer, a coerência não é o forte do protestantismo...

O fato é que graças á realização dos Concílios Ecumênicos ou Regionais, graças aos decretos Papais, e à submissão dos primeiros cristãos aos ensinamentos do Magistério da Igreja, é que foi possível que houvesse uma só fé na Igreja antes do século XVI (antes da Reforma). Foi pelo fato da Igreja antiga ser Católica, que as palavras de São Paulo ("uma só fé" cf. Ef 4,5) puderam se cumprir.

Se a Igreja Antiga fosse protestante, simplesmente, o combate às heresias não teria acontecido, e com toda certeza nem saberíamos no que crer hoje. O mundo protestante só não e mais confuso porque recebeu da Igreja Católica a base de sua teologia.

Como ensinou São Paulo: "A Igreja é a Coluna e o Fundamento da Verdade" (cf. 1Tm 3,15). Foi assim para os primeiros cristãos e assim continua para nós católicos.

Assim como no passado, continuamos obedecendo aos apóstolos (hoje são os bispos da Igreja, legítimos sucessores dos apóstolos) pois continuamos crendo que Jesus fundou sua Igreja nos ensinar a Verdade através dela.

Se isto foi verdade no passado, necessariamente é verdade agora e continuará sendo sempre.

Estude as origens da fé, procure saber sobre os Escritos patrísticos e descubra a Verdade, assim como nós do Veritatis Splendor, que somos ex-protestantes (em sua maioria) descobrimos.

Não rotulem, conheçam.

"Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará".


Título Original: A Igreja Primitiva era Católica ou Protestante?


Foto: Web

Site: Servos da Mãe
Editado por Henrique Guilhon