A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Aumento de discriminação contra cristãos: 100 mil são mortos todos os anos



 "Pesquisas chegaram à conclusão chocante de que mais de 100 mil cristãos são mortos violentamente todos os anos por causa da sua fé", esta informação foi passada pelo arcebispo Dom Silvano Tomasi, em Genebra, na Suíça, durante a 23.ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Gaudium Press

O representante da Santa Sé, como observador permanente, lembrou os cristãos e crentes de outras religiões "sujeitos a migrações forçadas, à destruição dos seus locais de culto, violações e sequestros dos seus líderes", como aconteceu em 22 de abril na cidade síria de Alepo.

Segundo Dom Tomasi, "as sérias violações do direito à liberdade religiosa, em geral, e a recente discriminação contínua e ataques sistemáticos contra comunidades cristãs preocupam seriamente a Santa Sé. Ele destacou ainda os ataques no Médio Oriente, África e Ásia que resultam da "intolerância, terrorismo e algumas leis discriminatórias".

O arcebispo italiano criticou a "tendência para marginalizar o Cristianismo na vida pública" em países ocidentais.

Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE)

O Vaticano publicou a intervenção de Dom Mario Toso, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, feita numa conferência sobre tolerância e não discriminação promovida pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"Os episódios de intolerância e discriminação contra os cristãos" em vários Estados da OSCE "não só não diminuíram como aumentaram, apesar de numerosas reuniões e conferências sobre o tema". (JSG)

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.


Site: Gaudium Press
Editado por Henrique Guilhon

Uma refutação sobre um programa de TV - "A História do Papado" - Parte 4



Apologistas Católicos

Poucos dias após a renúncia de Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, o seriado "Evidências", produzido pela TV Novo Tempo (ligada à igreja Adventista, contando com o apoio cultural da sua Casa Publicadora Brasileira [30:18]), dedicou todo um programa à "História do Papado"[0], apresentado e narrado pelo "teólogo e arqueólogo" Rodrigo Silva [00:34 / 30:13] que, segundo afirmava, pretendia "contar um pouco da história dos Papas" [01:27], expondo as coisas segundo "fatos históricos, bíblicos e proféticos" [27:27].

Continuando


3º) Pedro "jamais foi o topo da lista ou Papa dos demais Apóstolos. Não há nada, nenhuma indicação histórica ou bíblica que aponte para uma liderança, digamos, 'papal' de Pedro" [04:23]

Ao contrário, Pedro encontra-se sempre no topo das listas bíblicas. Basta uma simples leitura para comprová-lo documentalmente:

- Mateus 10,2-4: "Eis os nomes dos doze apóstolos: O PRIMEIRO, SIMÃO, CHAMADO PEDRO; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu. Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor".

- Marcos 3,14-19: "Designou [Jesus] doze dentre eles para ficar em sua companhia. (...) Escolheu estes doze: SIMÃO, A QUEM PÔS O NOME DE PEDRO; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, aos quais pôs o nome de Boanerges, que quer dizer Filhos do Trovão. Ele escolheu também André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Tadeu, Simão, o Zelador; e Judas Iscariotes, que o entregou".

- Lucas 6,13-16: "Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos: SIMÃO, A QUEM DEU O SOBRENOME DE PEDRO; André, seu irmão; Tiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu; Simão, chamado Zelador; Judas, irmão de Tiago; e Judas Iscariotes, aquele que foi o traidor".

- Atos 1,13: "Tendo entrado no cenáculo, subiram ao quarto de cima, onde costumavam permanecer. Eram eles: PEDRO e João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelador, e Judas, irmão de Tiago".

Além disso, há inúmeros testemunhos históricos, bem do início do Período Patrístico (que o programa, por pura conveniência, faz questão de ignorar), apontando Pedro como a pedra sobre a qual Cristo fundou a Sua Igreja e como origem da instituição do Papado. Cito apenas duas:

- "Foi ocultado algo a Pedro, que foi chamado 'pedra sobre a qual a Igreja seria edificada', que obteve as chaves do Reino dos Céus e o poder de desligar e ligar nos céus e na terra?" (Tertuliano de Cartago, +220; Da Prescrição dos Hereges 22,2-4).

- "[Os hereges] se atrevem a atravessar o mar [Mediterrâneo] para levar cartas de cismáticos e profanos à cátedra de Pedro e Igreja principal, de onde provém a unidade do sacerdócio. Esquecem, porém, que são esses mesmos romanos que tiveram sua fé louvada pelo Apóstolo e [são] inacessíveis à perfídia" (Cipriano de Cartago, +258; Carta 59,14).

Por isso concluía magistralmente o grande Doutor de Hipona, Santo Agostinho (+430):

- "Quem ignora que o príncipe dos Apóstolos é o bem-aventurado Pedro? (...) A Igreja atua em bendita esperança até nesta vida problemática, e esta Igreja (...) foi personificada no Apóstolo Pedro, por conta do primado que obteve dentre os Apóstolos" (Tratado sobre João 56,1; 124,5).

Quem disse então que a primazia de Pedro não encontra eco na Bíblia e na História???

Para mais referências do Período Patrístico, recomendamos a leitura do livro "A Fé Cristã Primitiva - Coletânea de Sentenças Patrísticas", que pode ser adquirido no Clube de Autores[6].

Finalmente, para concluir esta parte da refutação, devemos observar que a doutrina católica sobre o Papado não se fundamenta apenas nessas "4 razões" apontadas pelo programa adventista. Muito pelo contrário, sustenta-se bíblica e historicamente em dezenas e mais dezenas de argumentos. Dave Armstrong, por exemplo, cita 50 razões apoiando-se tão somente na Bíblia[7]!

3. ACUSAÇÕES CONTRA A INSTITUIÇÃO DO PAPADO QUE DESPREZAM A DOUTRINA CATÓLICA

Após tentar oferecer contra-argumentações para só 4 argumentos católicos que justificam a instituição do Papado, o programa passou a apresentar contra-argumentos contra o "regime papal", "fundamentando-se" na Bíblia e, paradoxalmente, em diversas fontes extrabíblicas.

Sim, dizemos "paradoxalmente" porque sendo os Adventistas do 7º Dia uma denominação protestante (muito embora muitos protestantes neguem isto), deveriam contra-argumentar apelando "apenas para a Bíblia" (=doutrina da "Sola Scriptura"), como todos os demais protestantes[8]. Ora, socorrendo-se agora de fontes extrabíblicas, em especial dos Padres da Igreja (sendo que todos eles eram católicos!!!), verifica-se que na prática a "Sola Scriptura" é insuficiente para os Adventistas demonstrarem que a antiquíssima instituição do Papado seria uma doutrina errônea.

Deploravelmente, quando a maioria dos protestantes questionam os católicos, exigem que apresentemos as nossas razões "usando apenas a Bíblia" (sendo que a própria Bíblia não ensina nem exige isto!!!); porém, entre eles, internamente, também precisam apelar para o seu "magistério" e para as suas "tradições" denominacionais, de modo que também não aplicam a "Sola Scriptura" que afirmam observar...[9]

Vamos aos contra-argumentos:

a) "Fundamentados" na Bíblia

1º) Jesus advertiu aos Apóstolos que não se deixassem ser chamados de "pai", porque só Deus é Pai (cf. Mateus 23,1-12); no entanto, curiosamente, o líder católico se denomina "Papa", que quer dizer "Pai" em latim [09:17].

Ok. Historicamente, convém lembrar que o termo latino "papa" provém do grego "papas", variação de "pappas", que quer dizer "pai". Nos primeiros séculos do Cristianismo, o título era aplicado a todos os bispos, como expressão de afeto. Com o tempo, passou a ser empregado apenas para o Bispo de Roma, em virtude da sua peculiar posição como sucessor de São Pedro, pastor de toda a Igreja e Vigário de Cristo sobre a terra.

A contra-argumentação apresentada é tão simplista que o que realmente faz, na verdade, é isolar tal afirmação de Cristo do seu contexto. Com efeito, quando Jesus diz que "não devemos chamar ninguém de pai", está tratando de um assunto bem diferente: da hipocrisia dos fariseus e doutores da lei, que punham Deus de lado e se colocavam ilegitimamente no Seu lugar, como podemos facilmente observar pelos versículos 6 e 7. Estes eram totalmente obcecados pelo respeito e louvor humanos. O que Cristo quer para os seus líderes é que sejam humildes: que se contemplem como realmente são, que contemplem os outros como realmente são e que contemplem a Deus na verdade, como realmente Ele é (cf. Santa Teresa d'Ávila).

Ora, se realmente não pudéssemos chamar ninguém de pai, teríamos que riscar o Mandamento divino que diz: "Honra teu PAI e tua mãe, para que teus dias se prolonguem sobre a terra que te dá o Senhor, teu Deus" (Êxodo 20,12). Mas será que os Adventistas - que nos acusam e se apegam tanto à letra dos Dez Mandamentos (a ponto de ignorar solenemente o espírito da Lei) - concordariam com isto?

Estudando melhor o assunto, o Pe. Mitch Pacwa[10] apontou que "Existem cerca de 144 ocasiões no Novo Testamento onde o título "pai" é empregado para alguém que não seja Deus: para os patriarcas de Israel, para os pais de família, para os líderes judeus e para os líderes cristãos". Não a toa, portanto, que o próprio São Paulo escreve aos fiéis cristãos, na condição de "pai espiritual":

- "Não vos escrevo isto para vos envergonhar, mas para admoestar-vos como a filhos queridos. Pois, embora tenhais como cristãos dez mil instrutores, não tendes muitos pais. Anunciando a boa notícia, eu vos gerei em Cristo" (1Coríntios 4,14-15).

- "A Timóteo, meu verdadeiro filho na fé: Graça, misericórdia e paz da parte de Deus nosso Pai, e da de Cristo Jesus, nosso Senhor" (1Timóteo 1,2).

- "A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador" (Tito 1,4).

- "Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões" (Filemon 1,10).

E não só Paulo... O Apóstolo João também se dirigia aos cristãos chamando-os de"Filhinhos" (cf. 1João 1,2).

Ora, se os cristãos não pudessem mesmo chamar ninguém de pai, o primeiro Mártir da Igreja, Santo Estêvão, não teria cometido "erro tão crasso":

- "E ele disse: 'Homens, irmãos e PAIS, ouvi: O Deus da glória apareceu a nosso PAI Abraão, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã" (Atos 7,2).

...nem, muito menos, o experimentadíssimo São Paulo (pois, vindo de um Apóstolo que instrui as igrejas na reta Fé, isso seria totalmente injustificável):

- "Homens, irmãos e PAIS, ouvi agora a minha defesa perante vós" (Atos 22,1).

- "Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé que teve Abraão, o qual é PAI de todos nós" (Romanos 4,16).

Com efeito, considerando que os católicos, ao se dirigirem ao Papa, não estão atribuindo a ele aquele significado que designa propriamente o Pai celeste, mas sim usando um termo que meramente indica respeito, reverência e afeto, de que realmente é legítimo merecedor, é mais do que óbvio de que não há problema nenhum nisto, caso contrário os protestantes também não poderiam chamar seus líderes de "pastores" já que, pela Bíblia, somente Cristo é "o Bom Pastor" (cf. João 10,11.14).

2º) Quanto às chaves dadas por Jesus a Pedro, com o poder de ligar e desligar no céu e na terra, "esse mesmo elemento" foi conferido em outras passagens bíblicas "a todos os discípulos de Cristo e não apenas a um deles" (cf. Mateus 18,18; João 20,23; Apocalipse 1,18) [09:51].

Reproduzamos, então, as passagens bíblicas citadas pelo programa:

- Mateus 18,18: "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu".

- João 20,23: "Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos".

- Apocalipse 1,18: "Eis que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno"

Em Mateus 18,18 e João 20,23, Jesus está se dirigindo aos Apóstolos como um todo. No entanto, nestas duas passagens não se fala nada das "chaves do Reino dos Céus"; fala apenas das funções de ligar/reter e desligar/não reter, também entregues a Pedro em Mateus 16,16-19.

Apocalipse 1,18, por outro lado, fala das chaves da morte e do inferno. Portanto, estas NÃO são as "chaves do Reino dos Céus" e permanecem de posse plena do Senhor. Pretender que as chaves do Inferno sejam as mesmas do Céu é um verdadeiro estupro à Palavra de Deus.

Pois bem: como facilmente percebemos, SOMENTE Pedro recebeu as chaves do Reino; nenhum outro Apóstolo as recebeu (nem mesmo João, o "discípulo amado" e, cronologicamente, o último a falecer). E o que seriam essas chaves? Representam justamente a primazia sobre toda a Igreja: Pedro, recebendo as chaves do Reino, torna-se o legítimo representante de Cristo-Rei sobre a terra, da mesma forma como lemos em Isaías 22,22, onde o Rei Ezequias remove de Sobna as chaves da casa de Davi e as entrega ao seu novo sucessor Eliacim, que passa a ser então o novo mordomo ou vizir do reino de Israel e Judá, detendo todo o poder do Rei, exceto o seu próprio trono.

Continua

Título Original: "A História do Papado": Uma Refutação a um Programa de TV Adventista


Foto: Web


Site: Apologistas Católicos
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 30 de maio de 2013

O motivo de Jesus se "esconder" na Eucaristia



Canção Nova.com

O Sacrário é a nossa escola

Muitos ficam angustiados, porque Jesus esconde a Sua glória na Eucaristia, mas Ele precisa fazer isso para que o brilho de Sua majestade, como o rosto brilhante de Moisés, não ofusque a nossa vista, impedindo-nos de chegar a Ele.

Ele esconde também as Suas virtudes, porque, se a víssemos, ficaríamos humilhados e, quem sabe, desesperados por jamais poder atingir tal perfeição. Tudo para podermos nos achegar a Ele sem medo.

Jesus desce até o nada, na hóstia consagrada, para que desçamos com Ele e sintamos profundamente o que Ele disse: “Vinde a mim. Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

Por isso, podemos chegar a Jesus com toda confiança, porque Ele já retirou todos os obstáculos para chegarmos a Ele; e espera que não sejamos nós a colocar esses empecilhos com os nossos medos e escrúpulos.

Jesus nos ama tão radicalmente, na Eucaristia, que se submete a nós em tudo. Ele desce do Céu tão logo o sacerdote pronuncia as palavras da consagração. Ele obedeceu silencioso aos Seus carrascos e está pronto novamente para receber o beijo dos novos Judas por amor a nós.

Na Eucaristia, perpetua-se a Paixão do Senhor. Ali, Ele a vê renovada diariamente. Muitas vezes, Ele é traído pela apostasia, crucificado pelo vício, flagelado pelas ingratidões e pecados; e, muitas vezes, Jesus renova o Seu Calvário nos corações que O recebem em pecado mortal ou com indiferença.

Escondido no sacrário, Ele continua a dar combate ao velho orgulho com as armas da humildade. O sacrário é a nossa escola. Dali, Jesus nos diz: “Aprendei a esconder as suas boas obras, as suas virtudes e sofrimentos como eu”. O Rei da Glória se rebaixa ao mais baixo grau da humildade para deixar-nos o Seu exemplo.

Este estado humilde e escondido de Jesus anima a nossa fraqueza, dá-nos coragem de falar-Lhe sem receio e contemplá-Lo. Se nem mesmo conseguimos olhar para o sol do meio-dia, quanto mais poderíamos contemplar a Glória do Rei do Universo! "Deus é um fogo consumidor", disse Moisés. Não é possível contemplar Sua glória e continuar vivo. A nossa natureza humana não está preparada para vê-la. Os apóstolos não puderam suportar o brilho de apenas um raio de Sua glória na transfiguração do Monte Tabor. E tem mais, não foi o Tabor que converteu o mundo, foi o Calvário. O amor se manifesta e opera não pela glória, mas na bondade e humildade.

O véu eucarístico foi colocado também para fortalecer a nossa fé. Crer no Senhor, ali presente, é um ato do espírito desprendido dos sentidos.

O escondimento de Jesus sob o véu eucarístico é um bom incentivo para penetrarmos na Verdade escondida e descobrir os tesouros ali escondidos. Assim, neste exercício espiritual, dilatam-se os desejos de nossa alma, os quais vão descobrindo, sem se cansar, uma beleza sempre antiga e sempre nova. E Jesus vai se manifestando gradualmente à nossa alma, na medida da nossa fé e do amor para com Ele.

A Eucaristia é um verdadeiro Céu escondido, um Céu Eucarístico.

Ao subir ao Céu na Ascensão, Jesus tomou posse de Sua glória e foi preparar-nos um lugar. Mas para nos ajudar a esperar com paciência e perseverança o Céu da glória, Ele deixou entre nós esse Céu antecipado. Ora, o Céu é onde está Deus, e Ele está na Eucaristia; com Ele todos os anjos e santos. Assim, Ele baixou o Céu à Terra. Ao comungar, recebemos não só Jesus na alma, mas também o Reino de Deus. Somos os súditos que têm a honra de hospedar Sua Majestade e toda a Sua corte.

O amor se manifesta em bondade e humilhação, escondendo-se, aniquilando-se; rejeita a glória e os aplausos, oculta-se e desce. Assim fez Jesus ao encarnar-se; assim Ele fez na gruta de Belém, no silêncio de Nazaré, na tentação do deserto, no Calvário; e, por fim, na Eucaristia.

Na verdade, o Sacrário é um novo Tabor, no qual Jesus se transfigura, não diante dos olhos do corpo, mas aos olhos da fé. Nesta montanha, não devemos procurar a felicidade sensível, mas as lições de santidade que Ele nos dá pelo seu aniquilamento.



Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor:www.cleofas.com.br

Título Original: Por que Jesus se “esconde” na Eucaristia?


Site: Canção Nova.com
Editado por Henrique Guilhon

Uma refutação sobre um programa de TV - "A História do Papado" - Parte 3


Apologistas Católicos

Poucos dias após a renúncia de Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, o seriado "Evidências", produzido pela TV Novo Tempo (ligada à igreja Adventista, contando com o apoio cultural da sua Casa Publicadora Brasileira [30:18]), dedicou todo um programa à "História do Papado"[0], apresentado e narrado pelo "teólogo e arqueólogo" Rodrigo Silva [00:34 / 30:13] que, segundo afirmava, pretendia "contar um pouco da história dos Papas" [01:27], expondo as coisas segundo "fatos históricos, bíblicos e proféticos" [27:27].

Continuando

4º) Posteriormente, o próprio Pedro (talvez recordando-se desse evento em Cesareia de Felipe), teria se referido aos crentes como sendo um edifício de pedras que vive alicerçadas sobre a Pedra viva que é Cristo Jesus e não ele, Pedro (cf. 1Pedro 2,1-10); e que Paulo seguiria o mesmo caminho (cf. 1Coríntios 3,11) [08:26].

Isso é uma "meia-verdade", pois lemos em 1Pedro 2,4-5:

- "Também vós sois PEDRAS vivas, que entram na construção de um edifício espiritual".

Ocorre que aqui, Pedro está escrevendo diretamente em grego e emprega exatamente a palavra "lithos", ou seja, literalmente "pedras pequenas". Isto significa que cada crente é como uma pequena pedra que entra numa obra e que, associados uns aos outros, constituem todo um edifício (neste caso, o edifício espiritual, que é a Igreja). Aqui, Pedro não chama os crentes de "petras" em grego, porque as "petras", em grego, certamente são maiores, já que são empregadas para as fundações da obra. Logo, Cristo constituiu Pedro como primeira pedra da sua Igreja (Cristo pôs a primeira Pedra, sobre a qual edificará a sua Igreja, sendo Ele mesmo, Jesus, o Fundador e Pedra Angular que mantém tudo de pé).

No tocante a 1Coríntios 3,11, diz que "ninguém pode pôr outro alicerce além daquele que foi colocado: Jesus Cristo". Ocorre que quem resolveu empregar Pedro nas fundações e edificar a Igreja sobre ele foi o próprio Cristo e não outros homens, de modo que este versículo não pode ser aplicado contra Pedro.

Na verdade, o grande problema da comunidade de Corinto era a sua frequente tendência ao divisionismo: uns diziam que seguiam a Cristo, outros que seguiam Apolo, outros Paulo, outros Cefas como lemos nos versículos 3 e 4 desse mesmo capítulo. Paulo então está ensinando aqui que a doutrina da Fé, embora transmitida pessoalmente por ele e por outras lideranças da Igreja, só podem estar apoiadas em Cristo (isto é: são cristocêntricas), pois somente Este redimiu a todos (versículo 5).

Basta então ler os 15 primeiros capítulos dos Atos dos Apóstolos e as duas pequenas Cartas de Pedro para constatar que é exatamente isto que este Apóstolo (e os Papas, seus sucessores) faz: transmite a doutrina da salvação fundamentando-se sempre no próprio Cristo Jesus.

5º) Em nenhum momento Cristo teria dito aos demais Apóstolos que Pedro seria o seu líder; pelo contrário, Cristo teria afirmado a igualdade hierárquica entre os Doze [08:58].

Com base em tudo o que dissemos acima, vemos que é totalmente desnecessário encontrarmos uma referência expressa de Cristo aos demais Apóstolos comunicando a supremacia de Pedro (e se existisse essa referência, o que diriam os protestantes? Que estaria faltando o registro da autenticação e o reconhecimento da firma no Tabelionato de Títulos e Documentos?).

Ademais, não se confunde "igualdade pastoral" com "igualdade jurisdicional". Pastoralmente, todos os Bispos do mundo têm os mesmos múnus do Papa (que é o Bispo de Roma): ensinar, governar e santificar o seu rebanho. Porém, a jurisdição do Papa cobre Roma e toda a Igreja universal (já que Cristo confiou-lhe as chaves do Reino e todo o Seu rebanho, tendo ele ainda o dever de confirmar todos os seus irmãos na fé), enquanto que a jurisdição dos demais Bispos restringe-se às suas respectivas dioceses.

Ora, a liderança de Pedro sobre toda a Igreja é notoriamente inquestionável:

• Foi o único Apóstolo a ter o seu nome alterado para "pedra", conectando-o também a Abraão, "pedra" (cf. Isaías 51,1).

• Foi o único Apóstolo a receber de Jesus as chaves do Reino dos céus.

• Foi o único Apóstolo a receber o ônus de confirmar os seus irmãos na fé.

• Foi o único Apóstolo a presidir a eleição de Matias para ocupar o lugar de Judas Iscariotes, determinando assim o início da praxe da sucessão apostólica (Atos 1,15-26).

• Foi o Apóstolo que proferiu a 1ª pregação pública da Doutrina Cristã em ambiente fechado no dia de Pentecostes (Atos 2,14-40).

• Foi o Apóstolo que proferiu a 1ª pregação pública da Doutrina Cristã em ambiente aberto junto ao Pórtico de Salomão (Atos 3,12-26).

• Foi o Apóstolo que conheceu a 1ª causa jurídica da Igreja, julgando com a máxima autoridade e irrecorribilidade, a fraude de Ananias e sua esposa Safira (Atos 5,1-11).

• Foi o Apóstolo que realizou a 1a visita apostólica fora do ambiente judaico (Atos 9,32-43).

• Foi o Apóstolo que decidiu pela recepção dos gentios na Igreja (Atos 10,1-48).

• Foi o Apóstolo que sozinho e por autoridade pessoal, definiu o 1o dogma da Igreja, permitindo solenemente o ingresso dos gentios na Igreja, sem a necessidade da circuncisão (Atos 15,7-11).
etc.

Tanto Pedro possui uma posição ímpar na Igreja, que os outros "grandes" Apóstolos, que entram em relação com ele, dispensam-lhe sempre uma posição de grande reverência: Paulo (Gálatas 1,8), João (João 21,15-17), Tiago (durante o Concílio de Jerusalém, Atos 15) etc.

c) A lista dos Apóstolos

Afirmou o programa que os teólogos católicos ensinam que "sempre que os nomes dos Doze Apóstolos são mencionados, o de Pedro vem em primeiro lugar" e que Pedro também chega a ser citado até em uma expressão coletiva: "Pedro e os que o acompanhavam" (cf. Marcos 1,36) [05:28].

Mas se por um lado o programa reconheceu que de fato Pedro exerceu certa liderança sobre o grupo [05:47], por outro contra-argumentou apenas que tal liderança se teria dado por pouco tempo, pois assim que a Igreja primitiva se organizou, o 1o líder efetivo dela foi Tiago e não Pedro (cf. Atos 12,17; 15,12; Gálatas 1,18-19) [05:54].

De fato, na lista dos Apóstolos, Pedro é sempre citado em primeiro lugar, em todos os casos. Em Mateus 10,2, Pedro é até mesmo qualificado como "o primeiro":

- "Eis os nomes dos doze Apóstolos: O PRIMEIRO, Simão, chamado Pedro".

Isso por si só já é capaz de demonstrar a sua liderança no grupo, até porque Pedro não foi o primeiro discípulo a ser chamado por Jesus... Os dois primeiros a serem chamados foram André e, muito provavelmente, João Evangelista, ambos discípulos de João Batista (cf. João 1,37-40).

Quanto à liderança de Tiago, devemos observar, em 1o lugar, que a "futura" Igreja recebeu de Cristo uma missão universal (daí a sua catolicidade):

- "Toda autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos" (Mateus 28,18-19).

- "Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura" (Mateus 16,15).

- "Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e a Samaria, e até os confins da terra" (Atos 1,8).

No entanto, a totalidade do rebanho de Cristo foi por Ele mesmo confiado, após a Sua ressurreição, tão somente a Pedro:

- "Tendo eles comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes? Respondeu ele: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe outra vez: Simão, filho de João, amas-me? Respondeu-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros. Perguntou-lhe pela terceira vez: Simão, filho de João, amas-me? Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas ovelhas" (João 21,15-18).

Com efeito, a igreja de Jerusalém, não constitui em sentido próprio a Igreja Universal, Católica, mas apenas uma fração dela (=Diocese), de modo que a liderança de Tiago é apenas local - por óbvia concessão do líder universal, Pedro. Podemos observar isso claramente observando a condução do chamado "Concílio de Jerusalém" (cf. Atos 15):

Após a apresentação do problema que dividia as comunidades cristãs fora de Jerusalém (versículos 1 a 5), Pedro, mais uma vez manifesta a sua liderança DEFININDO este dogma (o 1o da Igreja Cristã): "Cremos que seremos (=os judeus) salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo [e não pela circuncisão], como eles (=os gentios) também" (versículo 11). E o versículo 12 aponta categoricamente: "Então TODA A MULTIDÃO SE CALOU".

Portanto, Pedro DECIDIU o Concílio, permitindo o ingresso dos gentios na Igreja sem a necessidade de circuncisão. O líder da igreja local, Tiago, só vai tomar a palavra APÓS Pedro ter procedido a DEFINIÇÃO, para meramente propor uma prática pastoral que visava implementar a definição doutrinária de Pedro. Tiago, portanto, apenas explicita pastoralmente aquela definição de Pedro.

Note-se, ainda, que Pedro não precisou pedir a palavra aos demais participantes do Concílio: bastou se levantar e todos passaram a ouvi-lo diligentemente, sem interrompê-lo (versículo 7); enquanto que Tiago, ao contrário, precisou pedir vênia para que fosse ouvido (versículo 13). Isto bem demonstra quem era o líder da Igreja universal, quem era o chefe do Colégio Apostólico...

d) Pedro é o mais citado nos Evangelhos

O programa reconheceu também que Pedro é o mais citado nos Evangelhos, sendo citado pelos evangelistas cerca de 171 vezes [03:40] e que "o temperamento expansivo e a energia de Pedro" o colocou em destaque, tendo sido com certeza um dos líderes da Igreja [04:10].

Apesar disso, contra-argumentou que:

1º) Se for considerado todo o Novo Testamento, Paulo é o Apóstolo mais citado [03:46], querendo com isto afirmar implicitamente que se o argumento católico fosse correto, Paulo teria sido o 1º Papa e não Pedro.

O argumento católico quer chamar a atenção para a liderança e importância inequívoca de Pedro no período anterior à Ascenção do Senhor. Foi exatamente neste período, coberto apenas pelos Evangelhos, que Cristo:

i) prometeu edificar a Sua Igreja sobre Pedro (Mateus 16,16-19);

ii) ordenou que Pedro, após sua efetiva conversão, confirmasse os seus irmãos na fé (o que inclui, certamente, os demais Apóstolos; cf. Lucas 22,31-32).

iii) confiou-lhe de direito e de fato todo o seu rebanho (João 21,15-17).

Temos aí então, nesse pequeno período, as bases da Igreja, da qual São Paulo não participa. Daí a importância da argumentação teológica ser crescente e não desordenada como fez o programa, neste episódio contra o Papado.

De outro modo, São Paulo (chamado por Cristo após a sua Ascensão) age sempre reconhecendo a liderança de Pedro sobre a primitiva Igreja cristã. Por isso, após a sua conversão, encerrado o seu retiro de 3 (três) anos na Arábia, dirigiu-se a Jerusalém à fim de encontrar-se pessoalmente com Pedro, com quem ficou durante 15 dias (cf. Gálatas 1,18), citando Tiago apenas de relance, secundariamente (cf. Gálatas 1,19).

Ora, se Paulo não reconhecesse a autoridade de Pedro porque teria "perdido tempo" passando 15 dias com Pedro e não com Tiago, que segundo o programa, seria o verdadeiro líder da Igreja universal? Não há dúvidas, assim, de que Paulo também reconhecia a primazia e a autoridade de Pedro sobre toda a Igreja.

2º) Se a ocorrência de nomes pode ser tido por sinal de hierarquia, dever-se-ia observar que Judas Iscariotes foi o 2º mais citado nos Evangelhos e que nem por isso se poderia dizer que ele era o mentor dos demais [03:56].

Judas nem de perto se aproxima de Pedro: é citado tão somente 20 vezes e quase sempre para apontar-lhe traços negativos!!!

Por isso, esta contra-argumentação adventista é totalmente absurda e desprovida sentido... É o típico uso da "metralhadora giratória" protestante: na falta de uma contra-argumentação lógica, "atira-se" rapidamente para todos os lados, só para não dar o braço a torcer.

Continua

Título Original: "A História do Papado": Uma Refutação a um Programa de TV Adventista


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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Nos carismas Deus é manifestado



Mons. Jonas Abib

Na Igreja, o poder de Deus se manifesta por meio dos carismas. Por eles é que somos curados, libertos do mal e do pecado; para que, restaurados, toda mudança, toda transformação e todo este “virar pelo avesso” possa acontecer. Somos nós que ministramos uns aos outros. Aí está a grande graça: recebemos a ação do Espírito Santo para distribuí-la aos nossos irmãos; para sermos canais.

Precisamos ser abertos e disponíveis à ação de Deus. Buscamos nos nossos irmãos o poder do Espírito Santo e, ao mesmo tempo, nos dispomos a ser usados por Ele em todos os Seus carismas: desde o dom menor, que é o de línguas, até o dom maior, que é o Amor; passando pelo dom da cura, da ciência, da sabedoria, pelo dom central que é a fé, pelo dom da profecia, do discernimento dos espíritos... Enfim, passando por todos os dons, sem nenhuma exceção.

Os dons são ferramentas necessárias. Usamos esse instrumento do Senhor para que os nossos irmãos sejam tocados, curados, convertidos, restaurados. É preciso colocar-se em ação, porque a obra é urgente.

Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

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Título Original: Deus se manifesta por meio dos carismas


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Uma refutação sobre um programa de TV - "A História do Papado" - Parte 2



Apologistas Católicos

Poucos dias após a renúncia de Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, o seriado "Evidências", produzido pela TV Novo Tempo (ligada à igreja Adventista, contando com o apoio cultural da sua Casa Publicadora Brasileira [30:18]), dedicou todo um programa à "História do Papado"[0], apresentado e narrado pelo "teólogo e arqueólogo" Rodrigo Silva [00:34 / 30:13] que, segundo afirmava, pretendia "contar um pouco da história dos Papas" [01:27], expondo as coisas segundo "fatos históricos, bíblicos e proféticos" [27:27].

Continuando

2º) Mudar o nome de alguém seria "apenas colocar um apelido carinhoso e não colocar alguém à frente do grupo" [05:14].

Podemos dizer que o apelido "Boanerges" dado por Cristo a Tiago e João, filhos de Zebedeu, realmente pode se tratar de um "apelido carinhoso", eis que baseado em um "episódio interessante" protagonizado por esses irmãos (cf. Marcos 3,17), como dissemos acima. 

O mesmo, porém, não se aplica a Pedro... Com Pedro ocorre algo semelhante ao que ocorreu com Abrão e Jacó, que tiveram seus nome alterados respectivamente para Abraão e Israel, sendo identificados pelos judeus como seus primeiros patriarcas (e, portanto, líderes). Assim: 

• Em Gênesis 17,15, Deus altera o nome de Abrão para Abraão, tornando-o "Pai de uma multidão de nações". 

• Em Gênesis 32,29, o Anjo do Senhor, porta-voz de Deus, altera o nome de Jacó para Israel, tornando-o "Pai da nação de Israel". 

É certo, portanto, que na cultura hebraica, nomes e mudanças de nomes nos dizem algo permanente sobre o caráter e a nova vocação do nomeado. Deste modo, bem escreve Steve Ray: 

- "A mudança do nome de Simão é significativa. Porém, ainda mais importante é aquilo que foi mudado. Um judeu perceberia imediatamente o que a maioria dos leitores [ocidentais] não consegue notar. O nome 'Pedro' é a versão portuguesa da palavra grega que significa 'pedra'. Jesus falava aramaico e a palavra empregada para atribuir o novo nome a Simão foi a palavra aramaica 'keffa', que também significa 'pedra'. É por isso que Simão é chamado de 'Cefas' em certas passagens do Novo Testamento (p.ex. João 1,42; 1Coríntios 15,5; Gálatas 1,18). Ninguém fôra chamado 'pedra' anteriormente, a não ser Deus e... Abraão. Abraão é referido como a pedra da qual os judeus saíram (cf. Isaías 51,1). No entanto, Deus é o único a ser chamado 'pedra'. Pedro agora compartilha este nome. O que pensaria um judeu ao ver que é outorgado semelhante nome a um simples homem? Na mesma passagem encontramos outro exemplo surpreendente da necessidade de se conhecer o espírito judaico da Bíblia. Encontra-se na frase de Mateus 16,19, que menciona as 'chaves do Reino'. Em parte, devido à falta de conhecimento da cultura judaica, esta passagem é entendida frequentemente da forma incompleta, reduzindo-se o conceito das 'chaves do Reino' simplesmente à pregação, por parte de Pedro, durante o Pentecostes (outra palavra desconhecida fora da religião judaica), 'abrindo com as chaves as portas dos céus'. Muitos protestantes cometem este erro ao tentar compreender esta passagem sem contar com o benefício de um 'antecedente judaico'. O que representavam as 'chaves' para os judeus que realmente ouviram a Palavra de Deus? Qual interpretação daria um judeu da imagem das chaves que o Rei Jesus entregou a Pedro? Os fariseus memorizavam grandes partes do Antigo Testamento, se é que não memorizavam todo o 'Tanakh'. O judeu de conhecimento médio conhecia profundamente as Escrituras. Quando Jesus disse a Pedro que ele receberia as 'chaves do Reino dos céus', os judeus imediatamente recordariam Isaías 22 e o despacho monárquico do Mordomo Real que administrava a casa do Rei"[3]. 

Não existe, assim, a mínima possibilidade de a mudança do nome de Pedro ser tão somente "um apelido curioso", como diz o programa: de fato a mudança de nome aponta o caráter e a vocação de Pedro para exercer a liderança máxima da Igreja, o que ocorre efetivamente quando Jesus lhe confere a tarefa de confirmar os seus irmãos na fé (cf. Lucas 22,31-32) e, após a Sua ressurreição, confiar-lhe todo o seu rebanho e não apenas uma parte (cf. João 21,15-17). 

b) "Tu es Petrus" 

Após a leitura da passagem de Mateus 16,16-19, o programa explicou que, conforme a doutrina católica, a pedra sobre a qual Jesus edificaria a Sua Igreja é Pedro [06:18] e que ocorre aqui um trocadilho entre as palavras gregas "Pedro (Petros)" e "pedra (petra)" [07:11]. 

Isto é correto: a Igreja Católica ensina isso mesmo. Contudo, o programa contra-argumentou que: 

1º) Não é possível saber ao certo o jogo de palavras que foram usadas originalmente por Cristo, já que Ele falava em aramaico [07:29]. 

Pois bem: o programa reconhece que Jesus falava em aramaico e empregou aqui um "jogo de palavras"; isto são dois pontos pacíficos. Logo, devemos buscar no idioma aramaico a resposta para a questão do jogo de palavras usadas por Jesus, pois foi isto o que Ele fez de fato. 

Existe uma antiquíssima versão aramaica da Bíblia chamada Peshitta, adotada pelas grejas orientais católicas e ortodoxas da Síria, onde podemos ler, na própria língua de Jesus, as palavras que Ele empregou nesse exato trecho de Mateus 16,18:


Observe-se, na tradução para o inglês (oferecida pela imagem acima), a dupla ocorrência da palavra "Keppa" e o fato de não haver qualquer diferença na grafia dessa palavra em aramaico. A primeira ocorrência significa o nome próprio "Pedro" (Petros, em grego); a segunda, o objeto "pedra" (petra, em grego). Como vemos, o jogo de palavras de Cristo usa o mesmo termo-base "Keppa", tornando o trocadilho perfeito na expressão: "Tu és Pedro (keppa) e sobre essa pedra (keppa) edificarei a minha Igreja". 

Então como facilmente percebemos, neste caso não há a mínima diferença no aramaico entre os gêneros masculino ("Pedro") e feminino ("pedra"); ambas as palavras são grafadas do mesmo modo: "keppa". 

2º) Existiria uma "grande diferença etimológica no Novo Testamento" entre as palavras gregas "petros" e "petra": "'petros' refere-se a um pedregulho, uma pedrinha qualquer" enquanto que "'petra' é uma rocha sólida" [07:43]. 

A observação do programa até poderia ser relevante se não fossem três fatos: 

a) Como já foi dito e como bem reconheceu o programa na contra-argumentação anterior, Jesus falava em aramaico. Com efeito, em sua língua original Jesus empregou por duas vezes a palavra "keppa" para se referir a Pedro e à pedra sobre a qual Ele edificaria a sua Igreja. Se Cristo quisesse mesmo chamar Simão de "pequena pedra" (="Pedrinho") em aramaico o teria feito usando a palavra aramaica "evna" e não "keppa"... 

b) Há diversas notícias nos escritos dos primitivos Padres e Escritores da Igreja[4] que nos dão notícia de que o Evangelho de Mateus foi escrito originalmente na língua falada pelos judeus (=aramaico) e não em grego, de modo que certamente foi empregada a palavra aramaica "keppa" e não as palavras gregas "petros/petra"; estas duas palavras só foram usadas quando esse Evangelho foi traduzido para o grego que, ao contrário do aramaico, faz diferenciação entre os gêneros masculino e feminino (como também ocorre em outras línguas, como no inglês, no espanhol e até mesmo no português); daí, então, a necessidade do grego empregar "petros" para "Pedro" e "petra" para "pedra", para que a ortografia não demande em erro de gênero. 

c) "Como sabem os conhecedores de grego (mesmo os não católicos), as palavras 'petros' e 'petra' eram sinônimos no grego do primeiro século. Elas significaram 'pequena pedra' e 'grande rocha' em uma velha poesia grega, séculos antes da vinda de Cristo, mas esta distinção já havia desaparecido no tempo em que o Evangelho de São Mateus foi traduzido para o grego. A diferença de significados existe apenas no grego ático, mas o Novo Testamento foi escrito em grego 'koiné', um dialeto totalmente diferente. E, no grego koiné, tanto 'petros' quanto 'petra' significam 'rocha'. Se Jesus quisesse chamar Simão de 'pedrinha', usaria o termo [grego] 'lithos'. (para a admissão deste fato por um estudioso protestante, veja-se D. Carson, "The expositors Bible Commentary". Grand Rapids: Zondervan, 1984, Frank E. Gaebelein, ed., 8: 368)"[5]. 

3º) Jesus não teria dito: "Sobre ti, Pedro, edificarei a minha Igreja", mas sim: "Sobre essa pedra edificarei a minha Igreja" [07:59]. 

Repare-se, porém, que Jesus também não disse: "Sobre Mim mesmo, edificarei a minha Igreja"; ou: "Pedro, sobre a tua confissão de fé, edificarei a minha Igreja"... E por que não falou nada disso e nem mesmo "Sobre ti, Pedro, edificarei a minha Igreja"? 

Primeiro, porque senão seria perdido o trocadilho, o jogo de palavras. 

Segundo, porque era desnecessário explicitar ainda mais o que por si só já estava tão claro: 

a) Jesus se dirige a todos os seus Apóstolos e pergunta-lhes: "Quem vós dizeis que Eu sou?"
> Aqui Jesus aponta para si mesmo. 

b) Apenas Simão, filho de Jonas, responde: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" 
> Aqui Pedro aponta para Jesus. 

c) A partir de então, Jesus se dirigirá sempre e somente para Pedro:

1ª frase) Bem-aventurado és TU, Simão, filho de Jonas (...)
2ª frase) Pois também eu TE digo:
3ª frase) TU és 'KEFFA' (='Pedro', 'pedra'; e não: 'Evna', 'Pedrinho', 'pequena pedra')
4ª frase) e sobre ESSA 'KEFFA' (='pedra') edificarei a minha Igreja (...);
5ª frase) e eu TE darei as chaves do Reino dos Céus;
6ª frase) e tudo o que TU ligares na terra será ligado nos céus;
7ª frase) e tudo o que TU desligares na terra será desligado nos céus. 

Deste modo, nestas 7 frases de Cristo dirigidas diretamente a Pedro, porque tão somente a 4ª frase destoaria de todo o conjunto, para apontar para o próprio Cristo (como afirmam alguns protestantes) ou para fazer referência à confissão de fé de Pedro (como afirmam outros protestantes)? Não! Ela também deve apontar para Pedro tal como as demais 6 frases desse conjunto! 

Terceiro, vemos nos Evangelhos que diversos outros personagens confessaram o mesmo que Pedro e, mesmo assim, Jesus não lhes atribuiu absolutamente nada em relação à Sua Igreja: Natanael fez sua confissão de fé antes de Pedro (cf. João 1,49); os outros Onze discípulos também O confessaram antes de Pedro (cf. Mateus 14,33); o ladrão crucificado com Jesus reconheceu que Ele era o Cristo (cf. Lucas 23,42); Marta idem (João 11,27)... Logo, ao se dirigir a "KEFFA" e prometer "edificar sobre 'ESSA KEFFA'", Jesus só podia estar se referindo a Pedro, de modo que não pode haver nenhuma dúvida: Pedro é a pedra sobre a qual o próprio Jesus edificará a sua Igreja. 

Muito a propósito, assim traduz (e interpreta!) a Bíblia protestante denominada "The Living Bible" a passagem de João 1,42: 

- "Mas tu serás chamado Pedro, a pedra" (="but you shall be called Peter, the rock").

Continua

Título Original: "A História do Papado": Uma Refutação a um Programa de TV Adventista


Site: Apologistas Católicos
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 28 de maio de 2013

Nota de Condolência da CNBB pelo falecimento de dom Sivério Albuquerque





CNBB

Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB, enviou nota de pesar aos familiares, ao povo da arquidiocese de Feira de Santana (BA) e ao arcebispo, dom Itamar Vian, pelo falecimento de dom Silvério Albuquerque, bispo emérito de Feira de Santana.

Leia a Nota:

Nota de condolências pelo falecimento de dom Silvério Albuquerque

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil recebeu, com pesar, a notícia do falecimento de dom Silvério Albuquerque, bispo emérito de Feira de Santana (BA), ocorrido na madrugada desta terça-feira, 28 de maio de 2013.

Franciscano, dom Silvério foi superior do Convento São Francisco de Salvador (BA). Como bispo, serviu à diocese de Caetité (BA) e Feira de Santana. Segundo dom Itamar Vian, arcebispo metropolitano de Feira de Santana, dom Silvério “foi um homem de Deus, um bispo prudente, sábio, empreendedor, conciliador, sempre muito firme em defesa da Igreja”.

Seu lema episcopal confirma e ilumina sua trajetória de vida de 96 anos: “Sentire cum Ecclesia” (Sentir com a Igreja). Em cada serviço prestado estava presente o coração de um homem que abraçou a vida da comunidade por amor ao Evangelho. Mesmo depois de emérito, com simplicidade, dom Silvério continuou auxiliando o arcebispo ajudando na secretaria da arquidiocese, fazendo crismas e participando das festas dos padroeiros das paróquias.

Rezamos pelo nosso Irmão que partiu para o céu e enviamos o nosso abraço aos familiares de dom Silvério, ao povo da arquidiocese de Feira de Santana e ao arcebispo dom Itamar Vian.


Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário geral da CNBB



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Editado por Henrique Guilhon

Uma refutação sobre um programa de TV - "A História do Papado" - Parte 1




Apologistas Católicos

Poucos dias após a renúncia de Bento XVI e a eleição do Papa Francisco, o seriado "Evidências", produzido pela TV Novo Tempo (ligada à igreja Adventista, contando com o apoio cultural da sua Casa Publicadora Brasileira [30:18]), dedicou todo um programa à "História do Papado"[0], apresentado e narrado pelo "teólogo e arqueólogo" Rodrigo Silva [00:34 / 30:13] que, segundo afirmava, pretendia "contar um pouco da história dos Papas" [01:27], expondo as coisas segundo "fatos históricos, bíblicos e proféticos" [27:27].

Conforme este mesmo apresentador, o objetivo de "Evidências" é "a procura de fatos que comprovem a veracidade da Bíblia Sagrada" [00:36], e que neste programa da série viriam a ser respondidas as seguintes questões [01:34]:

• Como surgiu o Papado? 
• Pedro foi o primeiro dos Papas? 
• O Papa é a besta do Apocalipse? 

Muito embora os créditos apresentados no final do programa não digam quem foi o responsável pelo roteiro final, considerando-se o simples fato de o programa ser produzido para uma emissora protestante, não era difícil de "adivinhar" quais respostas seriam dadas para as perguntas acima - uma vez que diversas igrejas protestantes não-adventistas também responderiam da mesma maneira ou de uma maneira muito semelhante...

Na verdade, o programa acabou sendo um resumo de todo ensinamento antipapal promovido pela profetiza-fundadora do Adventismo do 7o Dia, sra. Ellen Gould White, detalhados nos livros da sua autoria ou nos de seus seguidores[1].

Porém, o fato é que, ao final do programa, o próprio apresentador - que se revelou "ex-católico" [28:12] -, recomenda-nos a desconfiar de tudo o que foi dito ali: "Não confiem prontamente no que estou dizendo. Isto mesmo! Essas informações que você recebeu foram dadas para que você investigue por si mesmo os fatos e conclua a respeito do que está por trás do maior sistema eclesiástico do mundo" [27:40].

Portanto, atendamos ao seu pedido e investiguemos cuidadosamente, apoiando-nos em fontes bíblicas e históricas, deixando de lado as pseudo-profecias e preconceitos anticatólicos da fundadora do Adventismo do 7o Dia[2] e dos líderes da denominação.

1. ARGUMENTOS CORRETOS NO INÍCIO DO PROGRAMA 

Apesar de demonstrar uma posição nitidamente anticatólica no decorrer de todo programa (claramente inspirada nas diretrizes do sectarismo adventista), o apresentador tem toda a razão ao fazer as afirmações abaixo, com as quais nós, católicos, certamente concordamos e reconhecemos como válidas:

1º) "Nada é mais infernal no mundo do que o ódio entre os seres humanos e nada é pior do que o ódio em nome de Deus. E olha que os maus exemplos, infelizmente, podem ser vistos em todos os lados. Ninguém está excluído: vemos crentes desrespeitando imagens e ícones católicos; às vezes párocos impedindo reuniões evangélicas no bairro de sua paróquia. Enfim, qualquer desrespeito à crença do outro é algo abominável" [01:50].

Sim, o fundamentalismo religioso é capaz de cegar e de promover atitudes ilegítimas como legítimas. Não ao fundamentalismo!

2º) "Nós, que nos dizemos religiosos, devemos acima de tudo aprender a discordar com classe e respeito; e, juntamente com isso, ter claro se nossas convicções religiosas são de fato baseadas em elementos concretos ou em crendice, tradição ou achismo" [02:19].

É verdade, mas devemos ainda basear as nossas discordâncias em pontos sólidos da Palavra de Deus, da história etc., e só não argumentar por argumentar...

3º) "Respeito não significa silêncio ou a concórdia em tudo o que o outro diz (...) Investiguem os fatos e vejam a procedência ou não daquilo que vamos dizer aqui" [02:24].

Isto é o ideal, mas na prática nem todos podem fazê-lo, infelizmente. Por isso os "formadores de opinião" devem ter um cuidado maior ao expor qualquer coisa a alguém.

4º) "A versão Tradicional do Catolicismo afirma que o Apóstolo Pedro teria sido o 1º Papa. Logo, a História do Papado (...) teria começado no momento em que Cristo confere a Pedro as chaves do Reino, dizendo: 'Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja' - Mateus, capítulo 16, verso 18" [03:04].

É exatamente isso. Pedro foi o 1º Papa. Por consequência, todos os demais Papas, legitimamente eleitos, foram, são e sempre serão sucessores de São Pedro, único a quem Cristo confiou as chaves do Reino dos Céus.

Nestes pontos, é o que cabe observar...

2. ARGUMENTOS FALSOS OU EQUIVOCADOS 

Embora o programa tenha até começado bem nos seus três primeiros minutos, uma série de erros e preconceitos típicos do Adventismo do 7º Dia passaram então a desfilar pela tela, os quais passaremos a abordar a partir de agora.

Primeiramente, o apresentador disse: "Vou dar agora os argumentos comumente usados para dizer que Pedro seria o 1º Papa e também por que discordo deles" [03:28]. Porém, ao apresentar os argumentos católicos, seguiu aqui uma ordem que não facilita a compreensão do telespectador e que nem de perto demonstra a extensão do "problema":

a) Pedro é o mais citado nos Evangelhos [03:35] 

b) Cristo muda o nome de Simão para Pedro [04:37] 

c) Pedro é citado em 1o lugar na lista dos Apóstolos [05:20] 

d) A frase "Tu es Petrus" [06:09] 

Ora, se o programa pretendesse mesmo apresentar imparcialmente aos seus telespectadores (adventistas ou não) o que a Igreja Católica realmente ensina acerca do Papado (passando depois a refutar essa doutrina, como é do seu direito) deveria, ao menos, seguir aquela ordem lógica crescente da argumentação católica ou, melhor ainda, deveria ao menos partir daquele ponto de origem que o próprio apresentador havia mencionado aos 03 minutos e 04 segundos de programa: Mateus 16,18!!!

Deste modo, nesta refutação, abordaremos cada um dos contra-argumentos do programa vistos dentro da ordem de argumentação católica, o que facilitará a compreensão da legitimidade e autenticidade da instituição do Papado e demonstrará a falta de consistência da contra-argumentação adventista:

a) Cristo muda o nome de Simão para Pedro 

Querendo apresentar a doutrina católica sobre o Papado, o programa afirmou que o Catolicismo ensina que a mudança do nome de Simão para Pedro feita por Jesus "é um fato excepcionalmente importante para indicar que Pedro deveria ser o líder dos demais Apóstolos" [04:49].

É ponto pacífico, portanto, que Jesus de fato alterou o nome de Simão, filho de Jonas, para Pedro. Apesar disso, o programa contra-argumentou que tal mudança não teria importância, pois era algo quase que corriqueiro e desprezível. Isto porque:

1º) Jesus também alterara os nomes de Tiago e de João, os filhos de Zebedeu, aos quais chamou de "Boanerges" (cf. Marcos 3,17) [05:04].

"Boanerges" significa, em aramaico, "filhos do trovão". É muito provavelmente uma referência tácita ao episódio narrado por Lucas 9,51-56, em que estes irmãos, indignados pela falta de acolhida da parte dos samaritanos, perguntaram a Jesus: "Senhor, queres que digamos que o fogo caia do céu e os consuma?" (isto é, o mesmo castigo que o profeta Elias infligira aos seus adversários, cf. 2Reis 1,10-12).

Pois bem. Aqui, não ocorre alteração de nomes, já que mesmo depois ambos continuam sendo chamados pelos seus respectivos nomes originais, ou seja: Tiago e João; constitui mais um apelido do que um acréscimo ou substituição de prenomes. Simão, ao contrário, teve o seu prenome alterado de fato. Uma vez alterado, passa a ser chamado de "Pedro" ou "Simão Pedro" (na língua grega do Novo Testamento) ou "Cefas" (na língua aramaica original de Jesus). Em suma: o novo nome Pedro/Cefas é acrescentado e até substitui o antigo nome "Simão".

Continua

Título Original: "A História do Papado": Uma Refutação a um Programa de TV Adventista