A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Bendita entre todas as mulheres: a 4ª Estrela da Coroa de Maria



Sentinela Católico

Olá querido Leitor. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e o amor da sempre Virgem e Bem-Aventurada Maria, Mãe do Meu Senhor (Lc 1,43), estejam com todos vocês.

Continuando nossa série de artigos sobre as 12 estrelas que compõem a coroa da Mãe de Deus (Ap. 12,1), vamos falar da quarta estrela, que é sua bem-aventurança dentre todas as mulheres de ontem, hoje e de sempre.

Se vocês já perceberam toda a vez que iniciamos a oração da Ave Maria, dizemos as seguintes frases: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco. Bendita sois vós entre as mulheres…” Estes trechos são tirados do Evangelho de São Lucas, contidos em Lc. 1,28 e Lc 1,42.

É de se notar que o Anjo Gabriel já aparece a Nossa Senhora a saudando, como se já soube-se de muito quem era ela e qual a missão gloriosa a qual o senhor a havia reservado ao aceitar voluntariamente receber Nosso Senhor Jesus Cristo em seu ventre imaculado e virginal. Também Isabel, ao receber Maria reconhece que nela repousa o Santo Espírito de Deus e que em seu ventre está aquele que viera para retirar todos os pecados do mundo.

Estes fatos transformam a Virgem Santíssima em alguém especial, acima de todos os homens e anjos, abaixo somente do próprio Deus ao qual ela levava consigo. Nos diz assim a constituição dogmática Lumen Gentium: “Aquela que na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (nº 54).

A mesma constituição afirma que “por graça de Deus exaltada depois do Filho acima de todos os anjos e homens, como Mãe santíssima e Deus, Maria esteve presente nos mistérios de Cristo e é merecidamente honrada com culto especial pela Igreja.” (nº 56).

O sermão nº 47 de São Bernardo, um apaixonado cantor da Virgem Maria, diz:
”Ave Maria, cheia de graça, porque agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa da fecundidade; Aos Anjos, por causa da virgindade; A Deus, por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu sua humildade.” (Maria, Maria…, Pág. 69)

O fato de Maria ser a única criatura conhecida a estar “cheia de graça” e também da presença de Deus – “O Senhor é Contigo” –, Então Maria está repleta de todos os dons e graças de Deus. Assim nos Diz São 
Tomás de Aquino:


“…a bem-aventurada Virgem Maria, pelo fato de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus.”

Santo Epifânio também nos diz: “Com exceção de Deus, Tú és, Ó Virgem, superior a todas as coisas”. São Bernardo também diz: “Antes de toda a criatura fostes destinada na mente de Deus para Mão do Homem de Deus (As Glorias de Maria, pág. 229)

Dentre todas as mulheres do mundo, quis Deus escolher Maria para ser Sua Mãe.

“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porquê se realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…”(Lc 1,42ss)

Estas singelas palavra estão marcadas a ferro em brasa para sempre na Igreja como o cantoMagnificat. Nele, Maria mostra sua humildade e doação ao Projeto Salvífico de Deus para toda a humanidade.

Um anônimo uma vez disse: “Deus não fala, mas tudo fala de Deus”. Se todas as criaturas falam e refletem Deus de algum modo, Maria pode ser considerada um espelho especialíssimo. Já dizia São Tomás de Aquino: “Os outros santos, são exemplos de virtudes particulares: um foi humilde, outro casto, outro misericordioso, e assim nos são oferecidos como exemplos de uma virtude. Mas a bem-aventurada Virgem é exemplo de todas as virtudes.”(Maria, Maria…, pag. 51). Por causa disto é que dizemos na Ladainha que Nossa Senhora é “Espelho de Justiça”.

Santo Afonso disse que Nossa Senhora revelou a Santa Isabel de Turíngia que quando era inda menina, no Templo de Jerusalém foi consagrada a Deus: “Levantava-me à meia-noite e ia ao Templo orar ao Senhor diante do altar para que me concedesse a graça de observar os preceitos e contemplar a mãe do Redentor. Roguei-lhe que me conservasse os olhos para vê-la, a língua para louvar-la, as mãos e pés para servir-la, e os joelhos para adorar em seu seio o Divino Filho”. Então a santa ao ouvir isto perguntou à Virgem: “Mas, Senhora, vós não éreis cheia de graça e e virtudes?” Ao que Maria respondeu: “Sabe que eu me tinha como a mais vil entre as criaturas, e a mais indigna das graças do céu. Por isso pedia continuamente a graça e as virtudes… Pensa tú que eu tenha possuído a graça e as virtudes sem fadiga? Sabe que graça alguma recebi de Deus sem grande fadiga, oração contínua, desejo ardente, e muitas lágrimas e penitência.”(As Glorias de Maria, Pág. 246).

Nossa Senhora também revelou a Santa Brígida que desde pequenina foi cheia do Espírito Santo e, a medida que crescia em idade, aumentava também em graça. “Ciente, pela Sagrada Eucaristia, de que Deus devia nascer de uma virgem para salvar o mundo, abrasou-se de tal forma seu espírito no amor divino, que não pensava senão em Deus se comprazia. Sobretudo desejava alcançar a vinda do Messias, na Esperança de ser a serva daquela feliz Virgem, que merecesse ser sua Mãe.” (Idem, Pág. 247).

Só Deus é superior a Maria, portanto, todos os demais seres vivos lhe são inferiores. É tão grande, em suma, a grandeza da Virgem, que leva a São Bernardo chegar a seguinte conclusão: “Só Deus pode e sabe compreender a grandeza de Maria.”


Assim são-lhes concedidos de maneira muito digna e propícia os títulos de “Rainha do Céu”, “Soberana dos Anjos”, “Rainha dos Apóstolos”, “Mãe da Igreja”, dentre outros, permitindo assim aos católicos honrar e bem dizer o nome da sempre bem-aventurada Virgem Santíssima.

Infelizmente os protestantes não conseguem compreender exatamente o que significa a verdadeira devoção e a verdadeira bendição a Nossa Senhora. Eles apenas reservam um lugar muito raso e supérfluo em sua participação no Plano de Salvação da Humanidade, promovendo assim um grande afastamento das pessoas ao Coração Imaculado da Virgem e consequentemente do Sagrado Coração de Jesus, Nosso Senhor e ÚNICO DEUS!

Maria não é deusa e nem está no mesmo patamar que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Mas isso não significa que não devemos honrar-la e bem-dizer-la por todos os séculos, assim como ela mesma diz.

Alguns de maneira muito sínica dizem a nós católicos: “Nós seguimos o que Maria disse: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5)”. Pois bem, a esses, recomendo que comece fazendo exatamente o que Ele disse na cruz: “..Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.”

Levemos Maria Santíssima para morar em nosso coração como nossa Mãe e assim, debaixo de seu poderoso Amparo, possamos ser conduzidos pela mão através do Santo Caminho que é Cristo (Jo 14,6).

Um Grande Abraço a Todos 

Título Original: 4ª Estrela da Coroa de Maria: Bendita entre todas as Mulheres


Site: Sentinela Católico
Editado por Henrique Guilhon

Um comentário sobre o tema do designer desta qinzena do Viver em Deus


Henrique  Guilhon

Olá, queridos(as) irmãos(ãs) leitores(as)

O tema designer desta primeira Quinzena de Natal do Viver em Deus, é bem sugestivo e bem explícito, em tempos em que a figura do verdadeiro aniversariante do Natal, o Jesus menino, Rei dos reis e Senhor dos senhores, Luz das luzes, é substituída  ( super valorizada ) por figuras que na verdade estão em segundo plano, como a troca de presentes, a figura do próprio Papai Noel...

Falando no Papai Noel, figura encantadora, cujo cunho inspirador é a figura santa de São Nicolau, que expressa o sentido de solidariedade num tempo em que somos convidados a refletirmos na nossa caminhada cristã em relação aos irmãos e até aos inimigos, em que somos convidados a renovarmos a nossa caminhada  cristã... o mundo como sempre deturpa, desfigura o verdadeiro sentido e ensinamento das coisas, no caso, o do Papai Noel, colocando-o até "mais importante" que o próprio dono do Natal, o Menino Jesus.

O tema desta quinzena quer deixar claro o verdadeiro sentido do Natal. Papai Noel faz referência e adora o verdadeiro sentido do Natal, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, menino.

Que muitas outras figuras que nos façam abrir os olhos e refletirmos sobre o verdadeiro sentido da vida e das coisas possam surgir cada vez mais, inspiradas pelo Espírito Santo, capazes de, por si só, nos ensinar verdadeiramente o que Deus e não o mundo quer.

A todos um Santo e Feliz Natal e próspero Ano Novo.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

CNBB publica nota sobre a seca nordestina



CNBB

“Somos afligidos de todos os lados, mas não vencidos pela angústia; postos em apuros, mas não desesperançados” (2Cor 4,8)

Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil -CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 27 e 28 de novembro de 2012, vimos manifestar nossa solidariedade aos irmãos e irmãs que sofrem com a seca no Nordeste. Esta situação, que se prolonga de forma desalentadora, exige a soma de esforços e de iniciativas de todos: governo, Igrejas, empresários, sociedade civil organizada - para garantir às famílias a superação de tamanha adversidade.

Os recursos liberados pelo governo e o auxílio das Cáritas Diocesanas e de outras entidades são, sem dúvida, imprescindíveis para o socorro imediato dos afetados por tão longa estiagem, considerada a pior nos últimos 30 anos. Estas iniciativas têm contribuído para diminuir a fome, a mortalidade infantil e o êxodo. Sendo, porém, a seca uma realidade do semiárido brasileiro, é urgente tomar medidas eficazes que possibilitem a convivência com este fenômeno. Considerem-se, para esse fim, o desenvolvimento de políticas públicas específicas para a região e o aproveitamento das potencialidades das populações locais.

Preocupa-nos o risco de colapso hídrico urbano devido à falta de planejamento para um adequado fornecimento de água. Especialistas na área vêm nos mostrando que há meios mais baratos e de maior alcance social do que os megaprojetos, como a transposição dos recursos hídricos do Rio São Francisco, construção de grandes açudes, dentre outros.

No meio rural, as cisternas para a captação de água de chuva, iniciativa da Igreja Católica, mostraram-se eficientes para enfrentar períodos de estiagem prolongada. É importante ampliar essa iniciativa e também investir na construção de cisternas “calçadão” para a produção de hortaliças. Já a aplicação dos recursos financeiros e técnicos necessita ser ampliada e universalizada, levando-se em conta o protagonismo das populações locais e de suas organizações, no campo e na cidade. Torna-se necessário o controle para que os recursos sejam otimizados e cheguem realmente aos mais necessitados. Um planejamento adequado pode garantir soluções permanentes e duradouras que assegurem as condições de vida digna para todos.

A fé e a esperança, distintivos de nossos irmãos nordestinos, animem seus corações nesta hora de sofrimento e de dor. “Esperando contra toda esperança” (Rm 4,18), confiem-se ao Deus da vida e por seu Filho clamem: “Fica conosco, Senhor, porque ao redor de nós as sombras vão se tornando mais densas, e tu és a Luz; em nossos corações se insinua a desesperança, e tu os fazes arder com a certeza da Páscoa” (DAp 554).

Que o Divino Espírito Santo e Maria iluminem e inspirem a todos na esperança e na construção do bem.

Brasília, 28 de novembro de 2012.

Cardeal Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

Título Original: Nota da CNBB sobre a seca no Nordeste


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

Em Campos dos Goytacazes/RJ, desaparece Gabriel Silva, portador de deficiência mental


Gabriel Silva

Blog Católico do Leniérverson

Mais um desaparecimento é registrado em Campos dos Goytacazes, norte do Estado do Rio de Janeiro. Desta vez, aconteceu no bairro do Joquei Clube, que fica 15 minutos do centro da cidade. Por volta das 7 da manhã de ontem, dia 28, o menor, Gabriel Silva, de cinco anos, que é portador de deficiência mental, saiu sozinho de sua casa, que fica na Rua Amadeo de Queiros, número 189, 

Os familiares estão desesperados. Segundo eles, a criança estava vestindo camiseta cinza, short verde e não estava usando calçados, quando saiu de casa. Já procuraram em hospitais, na polícia, mas até agora nenhuma notícia do paradeiro do menor.

Se você, de qualquer lugar do Brasil, tiver alguma notícia a respeito desta criança, ligue para o telefone (22) 3462-8326 e contactar a Thais Silva, que é tia do menino. Mas só uma recomendação, sem passar trote, por favor.

Título Original: Menino portador de deficiência mental desaparece em Campos dos Goytacazes/RJ


Site: Blog Católico do Leniérverson
Editado por Henrique Guilhon

O Senhor nos torna limpos através da adoração


Mons. Jonas Abib

A impressão que temos, hoje, é que o mundo foi nos tirando a sensibilidade a Deus. Chamo à atenção daqueles que assumiram uma consagração, e ao longo dos anos, foram se tornando insensíveis ao Senhor; Ele foi se tornando apenas “algo mais” nas vidas dessas pessoas. 

Estamos sendo agredidos pelo mundo anticristão, mas não podemos ser ingênuos. É por isso que precisamos de Jesus na Eucaristia, na oração, por meio das quais nos unimos a Ele. Precisamos adorar o Santíssimo Sacramento, porque é na adoração, principalmente, que vamos limpando o nosso interior, a nossa alma, o nosso espírito violentamente atingido. 

Jesus acrescenta algo muito importante para nós: "Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo" (João 12,47). Cristo continua presente neste mundo e fala a ele através de nós. Se não falarmos, Deus não tem meios para falar, pois somos a boca, o coração de Jesus para este mundo. 

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Título Original: Na adoração, o Senhor limpa nosso interior


Site: Canção Nova.com
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Documentário Nossa Senhora das Graças - Final



Arautos do Evangelho


A Medalha Milagrosa foi cunhada e espalhou-se com maravilhosa rapidez pelo mundo inteiro,

e em toda parte foi instrumento de misericórdia, arma terrível contra o demônio,

remédio para muitos males, meio simples e prodigioso de
conversão e de santificação.


Continuando

Terceira aparição de Nossa Senhora

Passado alguns dias, em dezembro de 1830, Nossa Senhora apareceu pela terceira e última vez a Santa Catarina. Como na visão anterior, Ela veio no período da meditação vespertina, fazendo-se preceder por aquele característico frufru de vestido de seda. Dali a pouco, a vidente contemplava a Rainha do Universo, em seu traje cor da aurora, revestida do véu branco, segurando novamente um globo de ouro encimado por uma pequena cruz. Dos anéis ornados de pedras preciosas jorra, com intensidades diversas, a mesma luz, radiosa como a do sol. Contou depois Santa Catarina:

É impossível exprimir o que senti e compreendi no momento em que a Santíssima Virgem oferecia o Globo a Nosso Senhor. Como estava com a atenção voltada em contemplar a Santíssima Virgem, uma voz se fez ouvir no fundo de meu coração: Estes raios são símbolo das graças que a Santíssima Virgem obtém para as pessoas que Lhas pedem. Estava eu cheia de bons sentimentos, quando tudo desapareceu como algo que se apaga. E fiquei repleta de alegria e consolação...

A cunhagem das primeiras medalhas

Encerrava-se assim o ciclo das aparições da Santíssima Virgem a Santa Catarina. Esta, entretanto, recebeu uma consoladora mensagem: "Minha filha, doravante não mais me verás, porém ouvirás minha voz durante tuas orações". Tudo quanto presenciara e lhe fora transmitido, Santa Catarina relatou ao seu diretor espiritual, o Padre Aladel, que muito hesitou em lhe dar crédito. Ele considerava uma sonhadora, visionária e alucinada essa noviça que tudo lhe confiava e insistentemente implorava:

- Nossa Senhora quer isto... Nossa Senhora está descontente... é preciso cunhar a medalha!

Dois anos de tormento se passaram. Por fim, o Padre Aladel resolve consultar o Arcebispo de Paris, Dom Quelen, que o encoraja a levar adiante esse santo empreendimento. Só então encomenda à Casa Vachette as primeiras vinte mil medalhas. A cunhagem já ia começar, quando uma epidemia de cólera, vinda da Rússia através da Polônia, irrompeu em Paris em 26 de março de 1832, espalhando a morte e a calamidade. A devastação foi tal que, num único dia, registraram-se 861 vítimas fatais, sendo que o total de óbitos elevou-se a mais de vinte mil.

As descrições da época são aterradoras: o corpo de um homem em perfeitas condições de saúde reduzia-se ao estado de esqueleto em apenas quatro ou cinco horas. Quase num piscar de olhos, jovens cheios de vida tomavam o aspecto de velhos carcomidos, e logodepois não eram senão horripilantes cadáveres.

Nos últimos dias de maio, quando a epidemia pareceu recuar, iniciou-se de fato a cunhagem das medalhas. Todavia, na segunda quinzena de junho, novo surto da tremenda enfermidade lançava uma vez mais o pânico entre o povo. Finalmente, a Casa Vachette entregou no dia 30 desse mês as primeiras 1500 medalhas, que logo foram distribuídas pelas Filhas da Caridade e abriram um interminável cortejo de graças e milagres.

Conversão do jovem Ratisbonne



Os prodígios da misericórdia divina operados através da Medalha correram de boca em boca por toda a França. Em poucos anos, já se difundia pelo mundo inteiro a notícia de que Nossa Senhora havia indicado pessoalmente a uma freira, Filha da Caridade, o modelo de uma medalha que mereceu imediatamente o nome de "Milagrosa", pois imensos e copiosos eram os favores celestiais alcançados pelos que a usavam com confiança, segundo a promessa da Santíssima Virgem.

Em 1839, mais de dez milhões de medalhas já circulavam pelos cinco continentes, e os registros de milagres chegavam de todos os lados: Estados Unidos, Polônia, China, Etiópia...

Nenhum, porém, causou tanta surpresa e admiração quanto o noticiado pela imprensa em 1842: um jovem banqueiro, aparentado com a riquíssima família Rotschild, judeu de raça e religião, indo a Roma com olhos críticos em relação à Fé Católica, converteu-se subitamente na Igreja de Santo André delle Fratte. A Santíssima Virgem lhe aparecera com as mesmas características da Medalha Milagrosa: "Ela nada disse, mas eu compreendi tudo", declarou Afonso Tobias Ratisbonne, que logo rompeu um promissor noivado e se tornou, no mesmo ano, noviço jesuíta. Mais tarde se ordenou sacerdote e prestou relevantes serviços à Santa Igreja, sob o nome de Padre Afonso Maria Ratisbonne.

Quatro dias antes de sua feliz conversão, o jovem israelita aceitara, por bravata, a imposição de seu amigo, o Barão de Bussières: prometera rezar todo dia um Lembrai-vos (conhecida oração composta por São Bernardo) e levar ao pescoço uma Medalha Milagrosa. E ele a trazia consigo quando Nossa Senhora lhe apareceu...

Essa espetacular conversão comoveu toda a aristocracia européia e teve repercussão mundial, tornando ainda mais conhecida, procurada e venerada a Medalha Milagrosa. Entretanto, ninguém - nem a Superiora da rue du Bac e nem mesmo o Papa - sabia quem era a religiosa escolhida por Nossa Senhora para canal de tantas graças. Ninguém... exceto o Padre Aladel, que envolvia tudo no anonimato. Por humildade, Santa Catarina Labouré manteve durante toda a vida uma absoluta discrição, jamais deixando transparecer o celeste privilégio com que fora contemplada.



Para ela importava apenas a difusão da medalha: era sua missão... e estava cumprida!

A figura de Nossa Senhora na Medalha

A propósito da figura de Nossa Senhora, com as mãos e os braços estendidos, tal como aparece na Medalha Milagrosa, levanta-se uma delicada e controvertida questão.

Dos manuscritos de Santa Catarina pode-se inferir que Nossa Senhora lhe apareceu três vezes, duas das quais oferecendo o globo a Nosso Senhor. Em nenhum desses numerosos autógrafos há qualquer menção ao momento em que a Mãe de Deus teria estendido seus braços e suas virginalíssimas mãos, como se vê na Medalha Milagrosa e nos primeiros quadros representativos das aparições.

Essa divergência entre as descrições de Santa Catarina e a representação da Medalha Milagrosa foi logo apontada pelo biógrafo da vidente, Monsenhor Chevalier, ao declarar em 1896 no processo de beatificação: "Não chego a compreender por que o Padre Aladel suprimiu o globo que a Serva de Deus sempre afirmou a mim ter visto nas mãos da Santíssima Virgem. Sou levado a crer que ele agiu assim para simplificar a medalha".

Porém, se lamentável é esta "simplificação" feita pelo Padre Aladel, ela não deve causar a menor perturbação. Sobre a Medalha Milagrosa, tal qual é conhecida e venerada hoje no mundo inteiro, pousaram as bênçãos da Santíssima Virgem. É o que, indubitavelmente, se deduz das incontáveis e insignes graças, dos fulgurantes e inúmeros milagres que tem ocasionado, bem como da reação de Santa Catarina ao receber as primeiras medalhas cunhadas pela Casa Vachette, dois anos depois das aparições: "Agora é preciso propagá-la!", exclamou ela.

Ainda acerca do globo que não figura na Medalha, uma decisiva confidência afasta qualquer dúvida. Em 1876, pouco antes de falecer, sendo interrogada pela sua Superiora, Madre Joana Dufès, Santa Catarina respondeu categoricamente:
- Oh! Não se deve tocar na Medalha Milagrosa!

A glorificação de Catarina



Durante 46 anos de uma vida toda interior e escrupulosamente recolhida, Santa Catarina permaneceu fiel a seu anonimato. Miraculoso silêncio! Seis meses antes de seu fim, impossibilitada de ver seu confessor, recebeu do Céu a autorização - quiçá a exigência - de revelar à sua Superiora quem era a freira honrada pela Santíssima Virgem por um ato de confiança sem igual.

Diante da idosa e já claudicante irmã, em relação à qual havia sido por vezes severa, a Superiora se ajoelhou e se humilhou. Tanta simplicidade na grandeza confundia sua soberba.

Santa Catarina faleceu docemente em 31 de dezembro de 1876, sendo enterrada três dias depois numa sepultura cavada na capela da rue du Bac. Passadas quase seis décadas, em 21 de março de 1933, seu corpo exumado apareceu incorrupto à vista dos assistentes. Um médico ergueu as pálpebras da santa e recuou, reprimindo a custo um grito de espanto: os magníficos olhos azuis que contemplaram a Santíssima Virgem pareciam ainda, após 56 anos de túmulo, palpitantes de vida.

A Igreja elevou Santa Catarina Labouré à honra dos altares em 27 de julho de 1947. Aos tesouros de graças e misericórdias espargidos pela Medalha Milagrosa em todo o mundo, iam se acrescentar doravante as benevolências e favores obtidos pela intercessão daquela que vivera na sombra, escondida com Jesus e Maria.

Hoje, qualquer fiel pode venerar o corpo incorrupto da santa, exposto na Casa das Filhas da Caridade, em Paris. Antigamente ali, nas horas de oração e recolhimento, o balouçar das alvas coifas das religiosas ajoelhadas em fileiras diante do altar, lembrava um disciplinado vôo de pombos brancos...
OBRAS CONSULTADAS:

Mémorial des Apparitions de la Vierge dans l'Église, Fr. H. Maréchal, O. P., Éditions du Cerf, Paris, 1957.
L'itinéraire de la Vierge Marie, Pierre Molaine, Éditions Corrêa, Paris, 1953.
Vie authentique de Catherine Labouré, René Laurentin, Desclée De Brouwer, Paris, 1980.
Catherine Labouré, sa vie, ses apparitions, son message racontée a tous, René Laurentin, Desclée De Brouwer, 1981.


Título Original: Nossa Senhora das Graças

Site: Arautos do Evangelho
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Salmo 95 - A glória de Deus entre todos os povos



Bíblia Católica Online

Cantai ao Senhor um cântico novo. Cantai ao Senhor, terra inteira.

Cantai ao Senhor e bendizei o seu nome, anunciai cada dia a salvação que ele nos trouxe.

Proclamai às nações a sua glória, a todos os povos as suas maravilhas.

Porque o Senhor é grande e digno de todo o louvor, o único temível de todos os deuses.

Porque os deuses dos pagãos, sejam quais forem, não passam de ídolos. Mas foi o Senhor quem criou os céus.

Em seu semblante, a majestade e a beleza; em seu santuário, o poder e o esplendor.

Tributai ao Senhor, famílias dos povos, tributai ao Senhor a glória e a honra,

tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome. Trazei oferendas e entrai nos seus átrios.

Adorai o Senhor, com ornamentos sagrados. Diante dele estremece a terra inteira.

Dizei às nações: O Senhor é rei. E (a terra) não vacila, porque ele a sustém. Governa os povos com justiça.

Alegrem-se os céus e exulte a terra, retumbe o oceano e o que ele contém,

regozijem-se os campos e tudo o que existe neles. Jubilem todas as árvores das florestas

com a presença do Senhor, que vem, pois ele vem para governar a terra: julgará o mundo com justiça, e os povos segundo a sua verdade.

Bíblia Ave Maria, pg 733


Site: Bíblia Católica Online
Editado por Henrique Guilhon
 

Documentário Nossa Senhora das Graças - Parte 1




Em duas partes

Arautos do Evangelho

A Medalha Milagrosa foi cunhada e espalhou-se com maravilhosa rapidez pelo mundo inteiro,
e em toda parte foi instrumento de misericórdia, arma terrível contra o demônio,
remédio para muitos males, meio simples e prodigioso de
conversão e de santificação.

Colunas de mármore, impecavelmente brancas, destacam a alvura do ambiente, iluminado pelos raios do sol que penetram pelas amplas janelas. A idéia de uma pureza imaculada, aliada a uma sensação de densa unção sobrenatural domina até hoje a capela da Congregação das Filhas da Caridade (mais conhecidas no Brasil como Irmãs Vicentinas), na Rue du Bac, em Paris, 170 anos depois de ela haver abrigado a mais augusta visitante que se possa imaginar: a própria Mãe de Deus. E ainda agora, reinando sobre esse ambiente abençoado, uma alva imagem de Nossa Senhora, coroada como Rainha, espargindo raios de suas mãos, parece ainda dizer a quem a contempla: "Venha ao pé deste altar. Aqui serão derramadas graças sobre todos os que as pedirem".

Conheça a belíssima história da Medalha Milagrosa

Ainda se encontra na Capela a cadeira na qual Nossa Senhora sentou-se, para conversar longamente com a humilde religiosa do convento. E quem é esta? A resposta está sob um altar lateral, onde se vê um esquife de vidro, dentro do qual jaz uma freira miúda, tão serena que parece adormecida. É Santa Catarina Labouré que, em 1830, recebeu da Santíssima Virgem a mensagem sobre a Medalha Milagrosa.

Foi essa humilde irmã de caridade o instrumento escolhido por Deus para impulsionar em todo o mundo a devoção a Maria, por meio dessa medalha que, de fato, fez jus ao nome de "milagrosa".

O relato do que então acontecera é desenvolvido ao longo destas páginas por MonsenhorJoão Scognamiglio Clá Dias, EP com seu conhecido talento de narrador e mais ainda com sua fervorosa piedade marial e desejo de evangelizar o maior número possível de pessoas.

A história dessa santinha francesa e de seus encontros - pois foram vários - com Nossa Senhora, narração de uma encantadora simplicidade, de uma candura virginal e de um celestial esplendor, não poderá deixar de nos maravilhar e atrair, despertando em nós o desejo de maior devoção a Maria, o meio mais seguro de chegarmos a Jesus Cristo, Nosso Senhor.

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Santa Catarina Labouré



Ela se chamava Catarina, ou Zoé, para os mais íntimos. Sua maior alegria era levar a ração diária para a multidão de pombos que habitava a torre quadrada do pombal de sua casa. Ao avistarem a camponesinha, as aves se lançavam em direção a ela, envolvendo-a, submergindo-a, parecendo querer arrebatá-la e arrastá-la para as alturas. Cativa daquela palpitante nuvem, Catarina ria, defendendo-se contra as mais afoitas, acariciando as mais ternas, deixando sua mão deslizar pela brancura daquelas macias penugens. Durante toda a vida, guardará nostalgia dos pombos de sua infância: "Eram quase 800 cabeças", costumava dizer, não sem uma pontinha de tímido orgulho...

Catarina Labouré (pronuncia-se "Laburrê") veio ao mundo em 1806, na província francesa da Borgonha, sob o céu de Fain-les-Moutiers, onde seu pai possuía uma fazenda e outros bens. Aos nove anos perdeu a mãe, uma distinta senhora pertencente à pequena burguesia local, de espírito cultivado e alma nobre, e de um heroísmo doméstico exemplar. Abalada pelo rude golpe, desfeita em lágrimas, Catarina abraça uma imagem da Santíssima Virgem e exclama: "De agora em diante, Vós sereis minha mãe!"

Nossa Senhora não decepcionará a menina que se entregava a Ela com tanta devoção e confiança. A partir de então, adotou-a como filha dileta, alcançando-lhe graças superabundantes que só fizeram crescer sua alma inocente e generosa. Essa encantadora guardiã de pombos, em cujos límpidos olhos azuis se estampavam a saúde, alegria e vida, assim como a gravidade e sensatez advindas das responsabilidades que cedo pesaram sobre seus jovens ombros, essa pequena dona-de-casa modelo (e ainda iletrada) teve seus horizontes interiores abertos para a contemplação e a ascese, conducentes a uma hora de suprema magnificência.

Com as Filhas de São Vicente de Paulo



Certa vez, um sonho deixou Catarina intrigada. Na igreja de Fain-les-Moutiers, ela vê um velho e 

desconhecido sacerdote celebrando a Missa, cujo olhar a impressiona profundamente. Encerrado o Santo Sacrifício, ele faz um sinal para que Catarina se aproxime. Temerosa, ela se afasta, sempre fascinada por aquele olhar. Ainda em sonho, sai para visitar um pobre doente, e reencontra o mesmo sacerdote, que desta vez lhe diz: "Minha filha, tu agora me foges... mas um dia serás feliz em vir até mim. Deus tem desígnios sobre ti. Não te esqueças disso". Ao despertar, Catarina repassa em sua mente aquele sonho, sem o compreender...

Algum tempo depois, já com 18 anos, uma imensa surpresa! Ao entrar no parlatório de um convento em Châtillon-sur-Seine, ela depara com um quadro no qual está retratado precisamente aquele ancião de penetrante olhar: é São Vicente de Paulo, Fundador da congregação das Filhas da Caridade, que assim confirma e indica a vocação religiosa de Catarina.

Com efeito, aos 23 anos, vencendo todas as tentativas do pai para afastá-la do caminho que o Senhor lhe traçara, abandona para sempre um mundo que não estava à sua altura, e entra como postulante naquele mesmo convento de Chântillon-sur-Seine. Três meses depois, em 21 de abril de 1830, é aceita no noviciado das Filhas da Caridade, situado na rue du Bac*, em Paris, onde tomará o hábito em janeiro do ano seguinte.

Primeira aparição de Nossa Senhora

Desde a sua entrada no convento da rue du Bac, Catarina Labouré foi favorecida por numerosas visões: o Coração de São Vicente, Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento, o Cristo Rei e a Santíssima Virgem. Apesar da importância das outras aparições, devemos nos deter nas da Rainha Celestial. A primeira teve lugar na noite de 18 para 19 de julho de 1830, data em que as Filhas da Caridade celebram a festa de seu santo Fundador. De tudo quanto então sucedeu, deixou Catarina minuciosa descrição:

A Madre Marta nos falara sobre a devoção aos santos, em particular sobre a devoção à Santíssima Virgem - o que me deu desejo de vê-La - e me deitei com esse pensamento: que nessa noite mesmo, eu veria minha Boa Mãe. Como nos haviam distribuído um pedaço do roquete de linho de Sã Vicente, cortei a metade e a engoli, adormecendo com o pensamento de que São Vicente me obteria a graça de contemplar a Santíssima Virgem. Enfim, às onze e meia da noite, ouvi alguém me chamar:




- Irmã Labouré! Irmã Labouré!

Acordando, abri a cortina e vi um menino de quatro a cinco anos, vestido de branco, que me disse:

- Levantai-vos depressa e vinde à Capela! A Santíssima Virgem vos espera.

Logo me veio o pensamento de que as outras irmãs iam me ouvir. Mas, o menino me disse:

- Ficai tranqüila, são onze e meia; todas estão profundamente adormecidas. Vinde, eu vos espero.

Vesti-me depressa e me dirigi para o lado do menino, que permanecera de pé sem se afastar da cabeceira de meu leito. Eu o segui. Sempre à minha esquerda, ele lançava raios de claridade por todos os lugares onde passávamos, nos quais os candeeiros estavam acesos, o que muito me espantava. Porém, muito mais surpresa fiquei ao entrar na capela: logo que o menino tocou a porta com a ponta do dedo, ela se abriu. E meu espanto foi ainda mais completo quando vi todas as velas e castiçais acesos, o que me recordava a missa de meia-noite. Entretanto, eu não via a Santíssima Virgem. 

O menino me conduziu para dentro do santuário, até o lado da cadeira do diretor espiritual*. Ali me ajoelhei, enquanto o menino continuou de pé. Como o tempo de espera estava me parecendo longo, olhei para a galeria para ver se as irmãs encarregadas da vigília noturna não passavam por ali.

Por fim, chegou o momento. O menino me alertou, dizendo:

- Eis a Santíssima Virgem! Ei-La!

Nesse instante, Catarina ouve um ruído, como o frufru de um vestido de seda, vindo do alto da galeria. Levanta os olhos e vê uma senhora com um traje cor de marfim, que se prosterna diante do altar e vem se sentar na cadeira do Padre Diretor.

A vidente estava na dúvida se Aquela era Nossa Senhora. O menino, então, não mais com timbre infantil, mas com voz de homem e em tom autoritário, disse:

- Eis a Santíssima Virgem!

A Irmã Catarina recordaria depois:

Dei um salto para junto d'Ela, ajoelhando-me ao pé do altar, com as mãos apoiadas nos joelhos de Nossa Senhora... Ali se passou o momento mais doce de minha vida. Ser-me-ia impossível exprimir tudo quanto senti.



Ela disse como me devo conduzir face a meu diretor espiritual, como me comportar em meus sofrimentos vindouros, mostrando-me com a mão esquerda o pé do altar, onde eu devo vir me lançar e expandir meu coração. Lá receberei todas as consolações de que necessito. Eu Lhe perguntei o que significavam todas as coisas que vira e Ela me explicou tudo:

- Minha filha, Deus quer te encarregar de uma missão. Terás muito que sofrer, porém hás de suportar, pensando que o farás para a glória de Deus. Saberás (discernir) o que é de Deus. Serás atormentada, até pelo que disseres a quem está encarregado de te dirigir. Serás contraditada, mas terás a graça. Não temas. Dize tudo com confiança e simplicidade. Serás inspirada em tuas orações. O tempo atual é muito ruim. Calamidades vão se abater sobre a França. O trono será derrubado. O mundo inteiro se verá transtornado por males de todo tipo (a Santíssima Virgem tinha um ar muito entristecido ao dizer isso). Mas venham ao pé deste altar: aí as graças serão derramadas sobre todas as pessoas, grandes e pequenas, particularmente sobre aquelas que as pedirem com confiança e fervor. O perigo será grande, porém não deves temer: Deus e São Vicente protegerão esta Comunidade.

Os fatos confirmam a aparição

Uma semana depois dessa bendita noite, explodia nas ruas de Paris a revolução de 1830, confirmando a profecia contida na visão de Santa Catarina. Desordens sociais e políticas derrubaram o rei Carlos X, e por toda a parte se verificaram manifestações de um anti-clericalismo violento e incontrolável: igrejas profanadas, cruzes lançadas por terra, comunidades religiosas invadidas, devastadas e destruídas, sacerdotes perseguidos e maltratados. Entretanto, cumpriu-se fielmente a promessa de Nossa Senhora: os padres Lazaristas e as Filhas da Caridade, congregações fundadas por São Vicente de Paulo, atravessaram incólumes esse turbulento período.

Graças abundantes e novas provações

Retornemos àqueles maravilhosos momentos na capela da rue du Bac, na noite de 18 para 19 de julho, quando Santa Catarina, com as mãos apoiadas sobre os joelhos de Nossa Senhora, ouvia a mensagem que Ela lhe trazia do Céu. Dando prosseguimento às suas narrativas, a vidente recorda estas palavras da Mãe de Deus:

- Minha filha, agrada-me derramar minhas graças sobre esta Comunidade em particular. Eu a amo muito. Sofro, porque há grandes abusos e relaxamento na fidelidade à Regra, cujas disposições não são observadas. Dize-o ao teu encarregado. Ele deve fazer tudo o que lhe for possível para recolocar a Regra em vigor. Comunica-lhe, de minha parte, que vigie sobre as más leituras, as perdas de tempo e as visitas.

Retomando um aspecto tristonho, Nossa Senhora acrescentou:

- Grandes calamidades virão. O perigo será imenso. Não temas, Deus e São Vicente protegerão a comunidade. Eu mesma estarei convosco. Tenho sempre velado por vós e vos concederei muitas graças. Momento virá em que pensarão estar tudo perdido. Tende confiança, Eu não vos abandonarei. Conhecereis minha visita e a proteção de Deus e de São Vicente sobre as duas comunidades. Não se dará o mesmo, porém, com outras Congregações. Haverá vítimas (ao dizer isto, a Santíssima Virgem tinha lágrimas nos olhos). Haverá bastante vítimas no clero de Paris... O Arcebispo morrerá. Minha filha, a Cruz será desprezada e derrubada por terra. O sangue correrá. Abrir-se-á de novo o lado de Nosso Senhor. As ruas estarão cheias de sangue. O Arcebispo será despojado de suas vestimentas (aqui a Santíssima Virgem não 
podia mais falar; o sofrimento estava estampado em sua face). Minha filha, o mundo todo estará na tristeza.

Ouvindo estas palavras, pensei quando isto ocorreria. E compreendi muito bem: quarenta anos.

Nova confirmação: a "Comuna de Paris"

De fato, quatro décadas depois, no fim de 1870, a França e a Alemanha se enfrentaram num sangrento conflito, em que a superioridade de armamentos e de disciplina militar deram às forças germânicas uma fulminante vitória sobre o mal treinado exército francês. Em conseqüência da derrota, novas convulsões político-sociais arrebentaram em Paris, perpetradas por um movimento conhecido sob o nome de "Comuna". Tais desordens deram lugar a outras violentas perseguições religiosas.

Conforme Nossa Senhora previra, foi fuzilado no cárcere o Arcebispo de Paris, Monsenhor Darboy. Pouco depois, os rebeldes assassinaram vinte dominicanos e outros reféns, clérigos e soldados. Entretanto, os Lazaristas e as Filhas da Caridade mais uma vez atravessaram incólumes esse período de terror, exatamente como a Santíssima Virgem prometera a Santa Catarina: "Minha filha, conhecereis minha visita e a proteção de Deus e de São Vicente sobre as duas comunidades. Mas, não se dará o mesmo com outras Congregações."

Enquanto as demais irmãs eram tomadas de pavor em meio aos insultos, injúrias e perseguições dos anarquistas da Comuna, Santa Catarina era a única a não ter medo: "Esperai" - dizia?-?, "a Virgem velará por nós... Não nos acontecerá nenhum mal!" E mesmo quando os desordeiros invadiram o convento das Filhas da Caridade e as expulsaram de lá, a santa vidente não apenas assegurou à Superiora que a própria Santíssima Virgem guardaria a casa intacta, mas previu que todas estariam de volta dentro de um mês, para celebrar a festa da Realeza de Maria. Ao retirar-se, Santa Catarina apanhou a coroa da imagem do jardim e disse a ela: "Eu voltarei para vos coroar no dia 31 de maio".

Estas e outras revelações concernentes à Revolução da Comuna realizaram-se pontualmente, conforme foram anunciadas quarenta anos antes por Nossa Senhora.

Mas, retrocedamos àquela bendita noite de julho de 1830, na capela da rue du Bac. Após o encontro com a Mãe de Deus, Santa Catarina não cabia em si de tanta consolação e alegria. Ela recordaria mais tarde:

Não sei quanto tempo lá permaneci. Tudo o que sei é que, quando Nossa Senhora partiu, tive a impressão de que algo se apagava, e apenas percebi uma espécie de sombra que se dirigia para o lado da galeria, fazendo o mesmo percurso pelo qual Ela havia chegado. Levantei-me dos degraus do altar e vi o menino onde ele havia ficado. Disse-me:

- Ela partiu.

Retomamos o mesmo caminho, de novo todo iluminado, o menino conservando-se à minha esquerda. Creio que era meu Anjo da Guarda, que se tornara visível para me fazer contemplar a Santíssima Virgem, atendendo as insistentes súplicas que eu lhe fizera neste sentido. Ele estava vestido de branco e levava consigo uma luz miraculosa, ou seja, estava resplandecente de luz. Sua idade girava em torno de quatro ou cinco anos.

Retornando a meu leito (eram duas horas da manhã, pois ouvi soar a hora), não consegui mais dormir...

Segunda aparição: a Medalha Milagrosa

Quatro meses transcorreram desde aquela prodigiosa noite em que Santa Catarina contemplara pela primeira vez a Santíssima Virgem. Na inocente alma da religiosa cresciam as saudades daquele bendito encontro e o desejo intenso de que lhe fosse concedido de novo o augusto favor de rever a Mãe de Deus. E foi atendida


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Era 27 de novembro de 1830, sábado. Às cinco e meia da tarde, as Filhas da Caridade encontravam-se reunidas na sua capela da rue du Bac para o costumeiro período de meditação. Reinava perfeito silêncio nas fileiras das freiras e noviças. Como as demais, Catarina se mantinha em profundo recolhimento. De súbito...

Pareceu-me ouvir, do lado da galeria, um ruído como o frufru de um vestido de seda. Tendo olhado para esse lado, vi a Santíssima Virgem à altura do quadro de São José. De estatura média, sua face era tão bela que me seria impossível dizer sua beleza.

A Santíssima Virgem estava de pé, trajando um vestido de seda branco-aurora, feito segundo o modelo que se chama à la Vierge, mangas lisas, com um véu branco que Lhe cobria a cabeça e descia de cada lado até embaixo. Sob o véu, vi os cabelos repartidos ao meio, e por cima uma renda de mais ou menos três centímetros de altura, sem franzido, isto é, apoiada ligeiramente sobre os cabelos. O rosto bastante descoberto, os pés pousados sobre uma meia esfera. Nas mãos, elevadas à altura do estômago de maneira muito natural, Ela trazia uma esfera de ouro que representava o globo terrestre. Seus olhos estavam voltados para o Céu... Seu rosto era de uma incomparável formosura. Eu não saberia descrevê-lo...

De repente, percebi em seus dedos anéis revestidos de belíssimas pedras preciosas, cada uma mais linda que a outra, algumas maiores, outras menores, lançando raios para todos os lados, cada qual mais estupendo que o outro. Das pedras maiores partiam os mais magníficos fulgores, alargando-se à medida que desciam, o que enchia toda a parte inferior do lugar. Eu não via os pés de Nossa Senhora.

Nesse momento, quando eu estava contemplando a Santíssima Virgem, Ela baixou os olhos, fitando-me. E uma voz se fez ouvir no fundo de meu coração, dizendo estas palavras:

- A esfera que vês representa o mundo inteiro, especialmente a França... e cada pessoa em particular...

Não sei exprimir o que senti e o que vi nesse instante: o esplendor e a cintilação de raios tão maravilhosos...

- Estes (raios) são o símbolo das graças que Eu derramo sobre as pessoas que mas pedem - acrescentou Nossa Senhora, fazendo-me compreender quão agradável é rezar a Ela, quanto Ela é generosa para com seus devotos, quantas graças concede às pessoas que Lhas rogam, e que alegria Ela sente ao concedê-las.

- Os anéis dos quais não partem raios (dirá depois a Santíssima Virgem), simbolizam as graças que se esquecem de me pedir.

Nesse momento formou-se um quadro em torno de Nossa Senhora, um pouco oval, no alto do qual estavam as seguintes palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós", escritas em letras de ouro.

Uma voz se fez ouvir então, dizendo-me:

- Fazei cunhar uma medalha conforme este modelo. Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças. Estas serão abundantes para aqueles que a usarem com confiança...

Nesse instante, o quadro me pareceu girar e vi o reverso da medalha: no centro, o monograma da Santíssima Virgem, composto pela letra "M" encimada por uma cruz, a qual tinha uma barra em sua base


Embaixo figuravam os Corações de Jesus e de Maria, o primeiro coroado de espinhos, e o outro, transpassado por um gládio. Tudo desapareceu como algo que se extingue, e fiquei repleta de bons sentimentos, de alegria e de consolação.

Santa Catarina dirá, mais tarde, a seu Diretor Espiritual ter visto as figuras do verso da medalha contornadas por uma guirlanda de doze estrelas. Tempos depois, pensando se algo mais devia lhes ser acrescentado, ouviu durante a meditação uma voz que dizia:

- O M e os dois corações são suficientes.

Continua 


Título Original: Nossa Senhora das Graças

Site: Arautos do Evangelho
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Dúvidas sobre a JMJ são esclarecidas por delegados internacionais no 2º encontro preparatório




Rio2013

Com alegria e entusiasmo, os representantes de 76 países foram acolhidos pelas autoridades eclesiais e representantes da JMJ Rio2013 no Brasil, nesta segunda-feira, 26, para o segundo dia de trabalhos do II Encontro Preparatório para a Jornada Mundial da Juventude Rio2013.

A cerimônia foi iniciada com a oração da manhã, presidida por Dom Antonio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e vice-presidente do Comitê Organizador Local (COL).

Logo após, os presentes foram acolhidos pelo arcebispo do Rio e presidente do COL, Dom Orani João Tempesta. A mesa também contou com a presença do presidente do Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), Cardeal Stanislaw Rylko, do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, do secretário do PCL, Monsenhor Josef Clemens, do presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, do padre Eric Jacquinet, responsável pela Seção Jovem, e do representante brasileiro junto à Santa Sé, Almir Barbuda.

Na ocasião, Dom Orani cumprimentou todos os participantes do evento. Por meio da mensagem do Papa Bento XVI para a JMJ Rio2013, o arcebispo lembrou: “Vivemos tempos muito importantes na história da Igreja. Ano da Fé e a conclusão do Sínodo dos Bispos para a nova Evangelização. Esta Jornada se insere dentro desses eventos mundiais da Igreja. É isso que nos diz o Papa Bento XVI em sua mensagem”.

Dom Orani falou ainda da menção ao Cristo Redentor feita no texto do Papa: “Este sinal tão conhecido do mundo que se encontra no alto do Corcovado completou 81 anos de sua inauguração. É recoberto por pequenas pedras (pedra sabão) que tem escrito por trás de cada uma os nomes de todos os colaboradores dessa construção. Gostaria de dizer que, também na Jornada, tenho certeza, que em Jesus Cristo Redentor, que essa imagem representa, estarão escritos também todos os nomes de vocês e de todos os jovens que virão para a JMJ Rio2013. Todos somos chamados a ser o Corpo Místico de Cristo”.

Cardeal Rylko alegrou a todos com sua cortesia, dizendo trazer uma particular saudação do Sumo Pontífice a todos que se preparam para a JMJ Rio2013.

“A vossa presença sempre numerosa mostra-nos o quanto as JMJs tem se tornado cada vez mais parte integrante e ao mesmo tempo força propulsora das solicitudes pastorais da Igreja em favor dos jovens de todo o mundo. Isso para nós é motivo de grande esperança”, destacou o cardeal.

Dando continuidade à cerimônia, o núncio apostólico também ressoou a imensa alegria em participar do encontro. “Em nome da nunciatura apostólica em Brasília, estou feliz também em poder compartilhar com vocês bons momentos desse encontro. Diferentes culturas, línguas, mas todas unidas por um mesmo ideal o que para mim é uma coisa extraordinária”, motivou o núncio.

Após finalizada a parte solene, Dom Eduardo Pinheiro e Padre Antônio Ramos (padre Toninho) apresentaram como está sendo o momento Pré-Jornada no Brasil, incluindo os eventos preparatórios e peregrinação dos Símbolos da JMJ. “Mais de três milhões de jovens já vivenciaram este momento de graça da Pré-Jornada. Algo que vai além do que podemos imaginar”, disse o bispo.

Questionamentos e logística

Os delegados também tiveram algumas conferências de cunho técnico sobre a JMJ. Alguns dos temas principais foram levantados por autoridades do governo e diretores do COL.

Foi exibida uma maquete em 3D com pontos turísticos da cidade e uma apresentação com gráficos, informações geográficas e demográficas da cidade.

O Setor de Inscrições foi apresentado pela diretora, irmã Shaiane Maria, que esclareceu dúvidas de diversos assuntos, como isenção de vistos para peregrinos, documentação, protocolo de inscrição e vinculação de grupos.

O chefe de Divisão de Imigração do Ministério das Relações Exteriores, Bernardo Paranhos Velloso, fez esclarecimentos acerca da Lei 12.663, onde constam as regulamentações para facilitação de ingresso de peregrinos ao Brasil por ocasião dos grandes eventos que acontecerão no país, como a JMJ Rio2013.

O encontro prosseguiu na parte da tarde, com temas como hospedagem, recepção dos bispos, segurança e logística.

Título Original: Delegados Internacionais esclarecem dúvidas sobre a Jornada - II ENCONTRO PREPARATÓRIO


Site: Rio2013
Editado por Henrique Guilhon

Vídeo apresenta lista de algumas grandes personalidades convertidas à Fé Católica


Igreja N S do Perpétuo Socorro, Cohab Anil, São Luís, Ma, Brasil

Voz da Igreja

O vídeo abaixo apresenta uma singela lista de personalidades importantes do cenário político, artístico e cultural mundial, convertidos de diversas religiões (em alguns casos, do ateísmo) ao catolicismo. Interessante.


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Título Original: Convertidos ao catolicismo


Site: Voz da Igreja
Editado por Henrique Guilhon