A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Que cristão Jesus encontrará em sua volta gloriosa?

Acampamento com as Novas Comunidad




Padre Luiz Henrique – Foto: Reprodução/TV Canção Nova

Eventos Canção Nova

Quando Jesus vier na sua segunda vinda gloriosa, que cristão ele vai encontrar?

Neste dia 27 (vinte e sete) de novembro, primeiro domingo do Tempo do Advento, em que a Igreja inicia o seu novo ano litúrgico, por ocasião da celebração da Santa Missa, pe. Luiz Henrique, da Comunidade Pantokrator, proferiu a sua homilia, enfatizando a importância da Palavra de Deus, que é luz para os passos não só dos membros das Novas Comunidades, mas para todos os cristãos, que é também a força formadora e o laço que liga os membros da Igreja entre si.

Confira as idéias centrais da homilia deste domingo:

Juntos celebramos esta liturgia do primeiro domingo do advento que vem coroar o final deste acampamento das “Novas Comunidades”. Ao celebrar o banquete eucarístico que nos salva, que alimenta o nosso espírito, é importante chamar a atenção sobre a temática da luz, enfatizada nas 1ª e 2ª leituras da Liturgia de hoje. A luz que, na linguagem bíblica, representa a salvação. A palavra de Deus é esta luz que guia os nossos passos, que nos forma e nos liga. Não só os membros das Novas Comunidades, mas todos os cristãos.

Uma comunidade nada mais é que um agrupamento de pessoas que crêem na Palavra do Senhor. Uma comunidade de crentes, que se deixa iluminar por esta Palavra. Convido você a deixar-se interpelar pela Palavra de Deus. As nossas ações comunitárias devem ser edificadas pela vivência da Palavra do Senhor que é o nosso sustento.

O reconhecimento da força desta Palavra tem sido real e cotidiano em nossas vidas. Pela vivência da Palavra, não vamos dando mais importância às coisas que são secundárias em nossas vidas, coisas até bonitas, atraentes, mas que não são essenciais.

Eu sempre fico encantado com a Palavra do Senhor que nos revela quem são os irmãos do Senhor: “meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põe em prática” (Cf. Lc 8, 21).

Até que ponto nós temos obedecido essa Palavra? A segunda leitura vem completar isso: “Procedamos corretamente, como em pleno dia” (cf. Rm 13, 13). É tempo de despertarmos, porque a salvação está mais próxima do que quando nós aderimos à fé.

A Palavra não foi nova somente quando você teve seu encontro pessoal com Cristo ou quando você se encontrou com o carisma da sua comunidade. A Palavra de Deus é um novo para o dia de hoje, é resposta para mim e para você, para sua comunidade no dia de hoje.

Eu preciso me revestir com as armas da luz. Quais são os valores da Palavra de Deus que você precisa imitar? Quais os valores na vivência da sua comunidade? Até que ponto você e eu estamos superando os desafios comunitários? Até que ponto eu, membro da comunidade Pantokrator, deixo que a vivência nesse carisma seja resposta na minha vida, nos meus desafios como pessoa? E você, na sua realidade?

Ficai preparados, pois o Senhor virá na sua segunda vinda gloriosa

É muito importante que eu e você nos deixemos revestir por essa Palavra: “Ficai preparados…” (cf. Mt 22, 44).

Quando Jesus vier na sua segunda vinda gloriosa, que cristão ele vai encontrar? Que comunidade ele vai encontrar? Que batizado ele vai encontrar? Uma comunidade bonita, exteriormente bela, mas que talvez esteja alicerçada em coisas secundárias?

“”As nossas ações comunitárias devem ser edificadas pela vivência da Palavra do Senhor que é o nosso sustento.” exorta.

Desculpe se sou repetitivo, mas o Senhor virá, o Senhor virá e não sabemos a hora. O Senhor virá na sua vinda gloriosa, mas o Ele também nos tem visitado no dia a dia, no sofrimento, nos desafios da comunidade.

Ele veio uma primeira vez e virá novamente. Temos nos deixado instruir pelos leis de Deus e pelos princípios da Palavra de Deus em nossa comunidade? Pelos valores das nossas comunidades? Nos valores da pequenez, da fidelidade, da simplicidade?

Certamente Ele não encontrará uma comunidade perfeita, mas o mais importante é que o Senhor encontre uma comunidade comprometida, que erra, que cai e pede perdão, mas que levanta e recomeça. Porque o carisma de uma comunidade é uma face de Cristo que se apresenta para o mundo e para a Igreja.

Na Eucaristia de hoje, o Senhor vem nos exortar a nos voltarmos para a vivência de Sua Palavra. Ele sempre dá as graças necessárias para esta vivência aqueles que o pedem. Peçamos sempre esta graça ao Senhor.

Que possamos recomeçar a partir da vivência de Sua Palavra e da correspondência ao Seu amor por nós!

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!


Título Original: A vivência da Palavra de Deus nos prepara para a segunda vinda gloriosa de Jesus


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 27 de novembro de 2016

A necessidade de estarmos atentos e sóbrios para a vinda do Filho do Homem

Web

Padre Paulo Ricardo

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
(Lc 21, 34-36)

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.

Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar a tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem".

O Evangelho que neste fim de ano litúrgico nos é proclamado adverte-nos para a necessidade de estarmos atentos e sóbrios para a vinda do Filho do Homem. Temos, pois, de tomar cuidado para que os nossos corações não se tornem insensíveis nem por causa da gula e da embriaguez nem por causa das preocupações do vida. Com isso, Jesus não apenas nos chama à temperança no uso das coisas dos mundo, mas também nos recorda que não fomos criados para os prazeres da carne; o nosso destino, com efeito, está no céu e na alegrias celestes, razão por que é lá, onde a traça não rói e o ladrão não rouba, que devemos manter o pensamento e pôr nossa esperança. Não podemos deixar, como diz o Evangelho, que o nosso coração se embote, se cegue, se torne insensível — perda, por assim dizer, o seu acume — pela gula e embriaguez. Peçamos hoje a Cristo Jesus que nos dê medida e sobriedade em todas as nossas atividades e ocupações, de modo que vivamos neste desterro como quem sabe que verdadeira felicidade só existe, de fato, na pátria do Céu.


Versão áudio



Título Original: Corações insensíveis


Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

O Santuário de Fátima iniciará o Ano Jubilar das Aparições neste domingo

Web

GaudiumPress

Com a passagem do pórtico jubilar, no alto do Recinto de Oração, e a celebração da Missa na Basílica da Santíssima Trindade, o Santuário de Fátima inicia neste domingo, 27 de novembro, o Ano Jubilar do Centenário das Aparições.

Dom António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, presidirá as celebrações.

Convite aos peregrinos

A Sala de Imprensa do Santuário distribuiu, hoje, uma nota a este respeito:

"Os peregrinos são convidados a participar na oração do Rosário, às 10h00, na Capelinha das Aparições, seguindo depois em procissão, com a imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima até à Basílica, com uma passagem pelo pórtico jubilar, o que marcará o início de uma ritualidade própria sugerida no itinerário do peregrino durante o Ano Jubilar do Centenário das Aparições, na Cova da Iria",

O Pórtico Jubilar que foi criado é o resulta da intenção de dotar o Santuário de "um elemento visual" para a celebração dos 100 anos de Fátima, quando se evoca ao mesmo tempo, "a memória do arco que, em 1917, assinalou o lugar das aparições, e sob o qual foram fotografados Francisco Jacinta e Lúcia".

Anota de imprensa do Santuário diz que o novo pórtico simboliza a ideia de uma `porta santa´, pois, "sua estrutura se desenha em torno do conceito de marco que assinala um lugar sagrado e a sua configuração é a de uma porta encimada por uma cruz".

Web

Ainda de acordo com o comunicado de imprensa, a jornada de abertura do Ano Jubilar começa no sábado, às 14h30, com a abertura da exposição ‘As cores do Sol: a luz de Fátima no mundo contemporâneo.

Uma exposição evocativa da aparição de outubro de 1917', que estará colocada no ‘Convivium' de Santo Agostinho, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade.

Segue-se, já no salão do Bom Pastor, no Centro Pastoral de Paulo VI, a apresentação do tema do ano feito por D. António Couto, bispo da Diocese de Lamego, a partir do Salmo 125 ‘O Senhor fez maravilhas'.

Nesta sessão ainda estarão participando o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, que fará a abertura e o bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, para fechar a sessão.

Também haverá um apontamento musical e o lançamento da medalha comemorativa do Centenário das aparições da Cova da Iria. (JSG)

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original:  No domingo, Santuário de Fátima inicia Ano Jubilar do Centenário das Aparições


Fotos: Web

Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 20 de novembro de 2016

O que ensina a Igreja sobre intolerância religiosa?



Prof. Felipe Aquino

O tema da redação do último ENEM, “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, despertou a curiosidade de muitos sobre o tema. Por isso, consideramos importante fazer algumas reflexões sobre o assunto.

Antes de tudo, é necessário entender o que é intolerância religiosa. Esta é uma atitude mental que não reconhece e nem respeita as diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política, sendo que, ambas têm sido comuns através da história.

O que a Igreja Católica ensina sobre a intolerância religiosa?

A Igreja defende a liberdade religiosa, a liberdade de consciência e a liberdade de expressão, como está na Constituição Federal; com respeito às pessoas que têm uma crença diferente da fé católica.

O Concílio Vaticano II (1965) emitiu a Declaração “DIGNITATES HUMANAE” (DH) sobre a liberdade religiosa, onde declara desde o início que: “A pessoa humana tem direito à liberdade religiosa. Consiste tal liberdade no seguinte: os homens todos devem ser imunes da coação tanto por parte de pessoas particulares quanto de grupos sociais e de qualquer poder humano, de tal sorte quem em assuntos religiosos ninguém seja obrigado a agir contra a própria consciência, nem se implica de agir de acordo com ela, em particular e em público, só ou associado a outrem, dentro dos devidos limites” (n.2). 

Cada um pode expor “as razões da sua esperança” (1 Pe 3,15) sem que a intenção seja a de ofender a fé ou as pessoas que creem diferente. Cada um tem o direito de defender que a sua fé “seja a verdadeira”, o que implica discordar das outras. E isso não deve ser considerado ofensivo. E cada um fique com a religião que deseja, sem se ofender. Uma coisa é defender ideias e crenças, outra coisa é atacar ou perseguir e prejudicar pessoas que creem diferente, isso não deve acontecer.

“Em matéria religiosa, diz o Catecismo, ninguém seja obrigado a agir contra a própria consciência, nem impedido de agir, dentro dos justos limites, de acordo com ela, em particular ou em público, só ou associado a outrem.” Por isso, este direito “continua a existir ainda para aqueles que não satisfazem à obrigação de procurar a verdade e de aderir a ela”. (§ 2106)

O mesmo Concílio afirmou a defesa da fé da Igreja, dizendo que: “É nossa fé que essa única verdadeira Religião se encontra na Igreja católica e apostólica, a quem o Senhor Jesus confiou a tarefa de difundi-la aos homens todos, quando disse aos Apóstolos: “Ide pois e ensinai os povos todos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-lhes a guardar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19-20). (DH, n.1). Evidentemente, muitos não aceitam isso, e devem ser respeitados, mas a Igreja tem o direito e o dever de expor isso, por ordem de Cristo.

A Igreja sabe que no passado longínquo, muitos de seus filhos erraram, como por exemplo, o imperador Carlos Magno (†814), que, dentro dos limites da cultura da época de todos os povos, impôs a fé católica e o batismo aos anglo-saxões, com violência. Nesta época não havia a mínima noção e cultura de liberdade religiosa, e cada rei impunha a sua crença.

Por outro lado, ensina que: “O direito à liberdade religiosa não pode ser em si ilimitado, nem limitado apenas por uma “ordem pública” entendida de maneira positivista ou naturalista. Os “justos limites” que lhe são inerentes devem ser determinados para cada situação social pela prudência política, segundo as exigências do bem comum, e ratificados pela autoridade civil segundo normas jurídicas, de acordo com a ordem moral objetiva”. (CIC,§ 2109)

A Igreja defende o ensino religioso nas escolas porque a grande maioria da população brasileira é cristã (86%); então, que cada um tenha o direito de receber a formação religiosa nas escolas, de acordo com a fé dos pais.

Enfim, cada pessoa pode e deve expor as razões de sua fé, com as bases filosóficas e teológicas consistentes, respeitando a fé dos outros, sem querer impô-la aos demais com meios chantagiosos e proselitistas, e menos ainda, violentos. Para nós católicos a fé verdadeira é a que Jesus deixou com os Apóstolos e com a Igreja para ser ensinada no mundo todo. Então, por obediência ao Mestre, cada católico é obrigado a isto, mas sem imposição. A Igreja defende, portanto, o direito e o dever de cada filho seu ensinar o que Cristo determinou e que a Igreja, assistida pelo Espírito Santo, ministra.

O laicismo e a laicidade

Há uma forte intolerância religiosa no Brasil também contra os cristãos. Segundo o IBGE, 86% da população é cristã, 65% católica. Ora, quando se vê um laicismo anticristão crescente no país, isto é prova inequívoca de intolerância religiosa com a maioria da população.

O Estado deve ser laico, isto é, não professar uma religião, ou igreja concreta, mas deve garantir o respeito pela liberdade privada e pública dos cultos das diversas religiões, desde que não atentem contra as leis, a ordem e a moralidade pública.

Mas o Estado não pode ser laicista, isto é, se guiar por uma “ideologia” que pretende ser a “única verdade” racional, e que queira proibir a vivência da fé do povo. O Estado é laico, mas o povo é religioso, tem direito a professar a sua fé. O Estado existe para o povo e não o contrário.

O laicismo é hoje um “dogmatismo” que deseja se impor, e até mesmo usa setores da mídia, para destruir, sem respeito pelo diálogo, as ideias ou posições religiosas. Na verdade o laicismo-militante é como uma pseudo-religião materialista e totalitário. Quer o mundo livre de vida espiritual, como se isso fosse o mal absoluto. Se esquecem que a história do racionalismo iluminista derramou muito sangue, como na Revolução Francesa, por exemplo, que em 1789, em nome da “igualdade, fraternidade e liberdade”, desembocou no terror da guilhotina. A segunda Guerra Mundial não foi motivada por princípios religiosos; o holocausto do povo judeu, teve alguns de seus pré-requisitos na filosofia da morte de Deus, de Nietzsche. Não foi a religião que criou o horror do Arquipélago Gulag do stalinismo, e matou cem milhões de pessoas no mundo todo com o comunismo.

A retirada dos símbolos religiosos cristãos é outra mostra de intolerância. Vivemos esse empasse há pouco tempo no Brasil. Carlos Brickmann, jornalista, defendendo a manutenção dos crucifixos no Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, fez um comentário interessante, disse:

“Há religiões; também há a tradição, há também a história. A Inglaterra é um estado onde há plena liberdade religiosa e a rainha é a chefe da Igreja. A Suécia tem plena liberdade religiosa e uma igreja oficial, a Luterana Sueca. A bandeira de nove países europeus onde há plena liberdade religiosa exibe a cruz. O Brasil tem formação cristã; a tradição do país é cristã. Mexer com cruzes e crucifixos vai contra esta formação, vai contra a tradição. A propósito, este colunista não é religioso; e é judeu, não cristão. Mas vive numa cidade que tem nome de santo, fundada por padres, numa região em que boa parte das cidades tem nomes de santos, num país que já foi a Terra de Santa Cruz. Será que não há nada mais a fazer no Brasil exceto combater símbolos religiosos e tradicionais?


“Será que teremos de mudar o nome de alguns Estados e cidades como Natal, Belém, São Luís e tantas outras. E declarar que a Constituição do País, promulgada ‘sob a proteção de Deus’, é inconstitucional. São Paulo, cidade cosmopolita e multicultural, tem linhas do Metrô com nome religiosos: Conceição, São Judas, Saúde, Santa Cruz, Paraíso, São Joaquim, Sé, São Bento, Luz, Santana. Vamos o mudar o nome de todas elas, como a Revolução francesa fez na França, por um tempo?

“Na Justiça, há vários símbolos como a balança e a moça de olhos vendados. A balança, de antigas religiões caldeias, simboliza a equivalência entre crime e castigo. A moça, Themis, uma titã grega, sempre ao lado de Zeus, o maior dos deuses. Personifica a Ordem e o Direito. Como ambos os símbolos são religiosos, deveriam desaparecer também, como o crucifixo?”

Enfim, tendo em vista tudo o que foi exposto acima, podemos notar que na verdade há também uma grande intolerância religiosa contra a maioria da população do Brasil que é cristã, e que percebe que seus valores cristãos sofrem a cada dia mais uma verdadeira erosão, especialmente por meio de uma mídia que já não se pauta, em sua maioria, por esses valores.


Prof. Felipe Aquino

Referências:


Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título Original: O que pensar sobre a intolerância religiosa?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O ajustamento de nossa vida pela porta estreita

Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Formação Canção Nova

A porta estreita nos revela o quão importante é ter uma vida de intimidade com Cristo

Ao refletirmos o Evangelho de Lucas 13,23 temos, sem dúvida, a oportunidade de crescer fortalecendo as nossas decisões, como também, a virtude da vigilância. Em Lucas 13,23, nós encontramos alguém que faz uma pergunta a Jesus: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Diante da pergunta, Cristo a responde com uma forte afirmação no versículo seguinte: “Fazei todo o esforço possível para entrar pela porta estreita. Por que eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão”.

A exigência do Evangelho deve, portanto, questionar-nos se a vida que levamos, verdadeiramente, forma-nos e prepara para as diversas “portas estreitas da vida”, inclusive, para a porta estreita, por excelência, que é o julgamento final. É muito significativo e profundo o fato de Jesus afirmar que muitos tentarão e não conseguirão entrar.

O que isso pode significar para nós? Será que esses levavam uma vida de completa ilusão acerca do seu preparo? Ou seja, viviam uma ilusão de seguimento de Jesus, de estar preparados, contudo, sem as condições necessárias para responder à exigência da porta estreita. Estar com Nosso Senhor Jesus Cristo, mas não ser inteiramente d’Ele constitui a ilusão que mais frustra o homem.
Porta estreita revela a intimidade com Cristo

A porta estreita nos revela o quão importante é ter uma vida de intimidade com Cristo, que compromete o ser, ou seja, a vida na sua totalidade. Em I João 2,4, colhemos o critério que nos prova: aquele que diz ‘eu conheço’, mas não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele”. Tal dimensão nos encaminha para um exame de consciência intenso, por meio do qual percebemos que –sem a prática dos ensinamentos de Jesus – no concreto da vida, nosso preparo revela-se ilusório e fantasioso. Se a consciência, o conhecimento e a fé não se revelam capazes de governar a vida, a existência torna-se mentira e falsidade.

De fato, tudo aquilo que não é construído na verdade sempre cairá por terra um dia, o tempo é o seu maior adversário, pois, este [tempo] sempre vence aquilo que não possui raiz profunda e substancial.

Agora, quem pode nos preparar para a exigência da porta estreita? Constatamos que somente Alguém pode nos formar para tal realidade: Deus, que nos criou! Por esse motivo, a Carta aos Hebreus afirma que não podemos desprezar a educação do Senhor, que nos repreende e corrige em vista da salvação. Contudo, sem o “fazei todo o esforço possível”, acaba-se por não viver o comprometimento e o dinamismo do ser melhor, da mudança, que nos faz vir para fora, inserindo-nos nessa realidade de purificação e preparação.

Nesse Evangelho, Jesus coloca ainda um outro questionamento no versículo 25a e 26: “”Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’. Ele responderá: ‘Não sei de onde sois'”.

É, sem dúvida, muito triste seguir um caminho e ver as esperanças frustradas, mas isso é justamente o resultado de uma vida feita de “meias medidas”, de “jeitinhos” aqui e lá, enfim, de meras aparências. Precisamos ser responsáveis, reconhecendo que Deus nos conhece inteiramente e que o improviso e a imprudência não são salvíficos. Portanto, não nos enganemos, sigamos um caminho permitindo que o “Dono da Porta” nos ajuste na medida da “porta estreita”, pois, a medida correta está em Deus, não em nós mesmos.

Leia mais:


Infelizmente, vivemos em um mundo onde a busca de muitos é pela “porta larga”, ou seja, pelo mais fácil e rápido. Que tipo de pessoas podem surgir de uma formação que busca a facilidade e a falsa proteção? Pessoas desanimadas e excessivamente sensíveis, que tendem à perda de sentido da vida, pelo simples fato de não conseguirem enfrentar as exigências naturais da vida e da fé. Por isso, decida-se por um caminhar no qual a referência seja a Palavra de Deus, que além de nos revelar Jesus, também nos desvela a verdade de nós mesmos.

O que precisamos fazer e deixar Deus fazer em nós? Que o Senhor nos abençoe, prepare-nos e ajuste-nos na medida da “porta estreita”. O tempo da graça, o Kairos de Deus para ser estreitado é hoje!

Padre Eliano Luiz Gonçalves, SJS

Título Original: Porta estreita: esforce-se para ajustar sua vida


Site: Formação Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

Dom Francisco de Aquino comenta a intolerância religiosa





Christo Nihil Praeponere


Uma reflexão genuinamente católica sobre “intolerância religiosa”, escrita por um bispo e membro da Academia Brasileira de Letras.

Neste ano de 2016, o Exame Nacional do Ensino Médio formulou como proposta de redação o tema "Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil". Embora ciente do viés notavelmente tendencioso com que o assunto foi apresentado, a pretensão de nossa equipe é contribuir sinceramente com esse debate, oferecendo uma reflexão genuinamente católica a esse respeito.

Para tanto, publicamos a seguir trecho de um precioso discurso de Dom Francisco de Aquino Corrêa. Para quem não o conhece, trata-se de um bispo brasileiro que governou a Arquidiocese de Cuiabá de 1921 a 1956 e que ocupou, no mesmo período, um honroso lugar de prestígio na Academia Brasileira de Letras.

Não obstante elevada a linguagem com que se pronuncia o purpurado, a mensagem que ele transmite não só é inteligível, como de grande utilidade para orientar a moderna discussão sobre "intolerância religiosa". Não deixem de apreciar:

Senhores! 

Aprendi com os velhos mestres escolásticos que um dos recursos mais frequentes nas justas cavalheirescas do espírito há de ser a distinção lógica dos termos: assim aconselhavam eles no final dum conhecido hexâmetro didático: distingue frequenter. Onde quer que se insinue a confusão, aí se impõe ela. E, não raro, nos dá, deveras, a sensação dum raio de sol em plena treva. Ora, um dos vocábulos mais confusos da linguagem polêmica é precisamente a intolerância. Tanto assim que podemos distingui-la, não em duas, mas em três espécies, que, para maior clareza ou efeito gráfico e mnemônico, designarei por três pês: intolerância de pessoas, de palavras e de pensamentos. 

Nada mais anticristão do que a intolerância de pessoas. Basta abrir os evangelhos: Jesus levou nesse terreno a tolerância a tal auge que escandalizou os fariseus, pois, afrontando-lhes embora a indignação e o desprezo, achegou-se aos publicanos e pecadores. E máxime em pritaneus acadêmicos, como o nosso, é que se ela impõe, como já fazia notar, com a costumada lepidez, o saudoso confrade Carlos de Laet: "Neste habitáculo das letras, escreveu ele, a tolerância de pessoas não é somente uma virtude, mas uma exigência impreterível, para a serenidade em nossos debates, mesmo naqueles que mais nos escandescem, isto é, os da questão ortográfica". 

Não é, portanto, essa, a intolerância, de que se possa acusar o catolicismo, porque ninguém menos católico, nem mais intolerável, do que um católico intolerante para com as pessoas. 

Em segundo lugar, vem a intolerância de palavras, compreendendo-se nesta expressão toda a intolerância no modo de expor ou defender a doutrina. E esta igualmente, longe de praticar, há de condená-la quem quer que se preze de verdadeiro católico. Mestre das controvérsias católicas, investido oficialmente nesse título pelo Papa reinante, é S. Francisco de Sales. E é ele próprio quem nos diz que o polemista, que se enfada, torna suspeita a sua causa. A luz da verdade, ensina ainda ele, não se dardeja aos olhos do adversário, com perigos de cegá-lo: faz-se-lhe alvorecer de mansinho. E tamanho era o seu cavalheirismo, que desejara tratar os contendores, não somente com luvas, mas luvas perfumadas. E aqui vem a propósito aquelas duas palavras com que os livros santos definem a ação da Providência no governo do mundo: fortiter e suaviter, as quais bem se podem aplicar ao floreio elegante da dialética, na mão dos paladinos da causa católica: firmeza na verdade, gentileza no defendê-la. Fortiter in re, suaviter in modo. 

Esta firmeza na verdade nos leva naturalmente a considerar a terceira classe de intolerância, que é a do pensamento. E esta, sim, meus Senhores, devo confessar-vos que o catolicismo não somente a professa, mas dela faz timbre nas armas heráldicas do seu apostolado, outra coisa não sendo ela, senão a intolerância do erro. E não há condescendências nem amizades que valham a justificar a adoção do erro, um só que seja. Já dizia Aristóteles que, com ser amigo e admirador de Platão, não deixava de o ser, e muito mais, da verdade: Amicus Plato, sed magis amica veritas. 

Muitos, todavia, nem com essa intolerância se conformam, e a razão se me antolha óbvia: é que não admitem a verdade integral dos dogmas do cristianismo. Diante destes, a situação dos católicos continua a ser aquela mesma de Jesus em presença de Pilatos: ante a convicção com que o Cristo falava da verdade, que viera revelar ao mundo, pergunta-lhe o procurador da Judéia, com um sorriso de humorismo, que bem se lhe adivinha nos lábios: "E que vem a ser a verdade?" Quid est veritas? (JoXVIII, 38). 

E, efetivamente, para os que vêem na doutrina católica, a par de algumas verdades, não poucas superstições e crendices, nada mais insuportável que a presunção com que a proclamamos e defendemos contra tudo que lhe repugne. Mas, por outro lado, se o católico, convencido como deve estar dessas verdades, a ponto de, no dizer de Pascal, deixar-se degolar por elas, não praticasse essa intolerância daria bem triste prova da sua convicção, ou, melhor, documentaria a sua incoerência. Tolerar ideias contraditórias é próprio só de espíritos que ainda não se firmaram na verdade. Há de se, pois, fazer justiça aos católicos, reconhecendo, ao menos, a coerência da sua atitude: verdade e erro não se toleram entre si, repelem-se: hurlent de se trouver ensemble. 

O que vos eu acabo de expor, não é meu, nem novo: acha-se já admiravelmente cristalizado, há 16 séculos, naquela fórmula clássica de Santo Agostinho, que assim reza: "Amai aos homens, destruí os erros, certos, mas não soberbos de possuir a verdade, e lutando, mas sem paixões, por ela!" Diligite homines, interficite errores: sine superbia de veritate praesumentes, sine saevitia pro veritate certantes. 

Não se pense, entretanto, que tudo no cristianismo sejam dogmas: ao lado destes, existem aí também não poucas teses incertas e duvidosas. A intolerância, de que falamos, circunscreve-se aos domínios do dogma; fora daí, há liberdade de pensamento. É o que lapidarmente, como costumava, fixou o mesmo Santo Agostinho neste brocardo, que tão de molde vem ao nosso assunto: "No dogma, unidade; na dúvida, liberdade; em tudo, caridade". In certis unitas, in dubiis libertas, in omnibus caritas. 

Nem será por demais frisar melhor aqui esta liberdade de pensamento, para que se não cuide que, em se tratando de dogmas, desapareça ela, de todo em todo, o que seria falso. Basta, para isso, distinguir na fé o seu ato e o seu objeto. O ato de fé é sempre livre, essencialmente livre, tão livre que sem liberdade não pode existir a fé: ou se crê livremente, ou não se crê. Daqui a estultícia da fábula do "crê ou morre!" O objeto da fé, este sim, é que exclui a livre escolha, não podendo ser outro que a verdade. 

Dom Francisco de Aquino Corrêa, Mensagem aos Homens de Letras (Proferida na Academia Brasileira de Letras. Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1937). Em: Discursos, vol. II, tomo II, Brasília, 1985, pp. 176-178.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Título Original: Os católicos e a intolerância religiosa


Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Igreja realiza segundo encontro na Amazônia Legal


CNBB

Amazônia e sua Igreja são de todo o Brasil, destaca dom Sergio da Rocha

Coordenadores de pastoral, religiosos, religiosas, leigos e leigas dos seis regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que fazem parte da Amazônia Legal participam até o dia 16, na cidade de Belém (PA), do II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal. A reunião que começa nesta segunda-feira (14), tem como proposta discutir a realidade política, social, econômica, cultural e religiosa da região, e a contribuição da Igreja Católica para a promoção e defesa da vida dos habitantes e da biodiversidade. A proposta é fazer uma análise geral de como está sendo desenvolvido o trabalho missionário, atualmente, na região. Além disso, ouvir o depoimento dos bispos e, a partir daí, traçar novas perspectivas e estabelecer novos desafios.

O presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia da CNBB, cardeal Claudio Hummes, diz que o encontro vai ser uma oportunidade para criar uma unidade ainda maior. “Esses encontros sempre visam fortificar as unidades sem desrespeitar a diversidade da região, é claro”, afirma. 

400 anos de evangelização da Amazônia

O trabalho missionário da Igreja Católica na Amazônia existe há 400 anos, desde fundação da cidade de Belém. De lá para cá muito já foi feito e outros tantos desafios ainda precisam ser enfrentados. “A igreja sempre teve presente na história da Amazônia e sempre esteve presente para acompanhamento do povo na história e para ajudar a iluminar o caminho nessa história”, afirma o cardeal Hummes. O primeiro encontro ocorreu em Manaus (AM), em 2013 e, ao final do encontro foi redigida e divulgada uma carta-compromisso. O bispo emérito do Xingu (PA) e presidente do Comitê Brasileiro da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), dom Erwin Kräutler, explica que ainda tem muito a ser feito na região. “O documento foi uma indicação, dicas para todas as prelazias e dioceses para implantação e fortificação da igreja na Amazônia. O que importa é que as igrejas tomem consciência que todos nós temos que caminhar na mesma direção e viver o compromisso na Amazônia", ressalta dom Erwin.

Durante o II Encontro também deve ser dado destaque às experiências pastorais em execução na região, bem como refletir sobre novas propostas pastorais à luz dos documentos e orientações do papa Francisco.

Nos dias 17 e 18, a reunião prossegue com a participação das Igrejas-irmãs, um projeto previsto nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) que atende à necessidade de "forte impulso para a cooperação entre as Igrejas Particulares", uma vez que são muito grandes as carências em várias regiões do país, ao mesmo tempo que existe uma sensibilidade crescente também para a cooperação missionária além fronteiras. O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da CNBB, dom Sergio da Rocha, que será criado cardeal no próximo dia 19 de novembro, em recente entrevista à Rádio Vaticano explicou a importância desta parceria, seja para quem envia ajudas, como para quem as recebe. “Creio que este encontro que está sendo programado certamente vai animar ainda mais a comunhão e a corresponsabilidade da Igreja no Brasil com a Igreja que está na Amazônia”.

Amazônia e sua Igreja são de todo o Brasil

“Eu desejei muito que este momento acontecesse, procurei apoiar e incentivar a realização deste evento e é claro que ele é a expressão de que a Amazônia e a sua evangelização não se restringem aos bispos e às Igrejas que se localizam naquela região, mas diz respeito ao conjunto do Brasil, isto é, a Amazônia interpela o conjunto da Igreja no Brasil e diria também da América Latina”, ressaltou dom Sérgio.

São os regionais da CNBB na Amazônia Legal: Norte 1 (norte do Amazonas e Roraima), Norte 2 (Amapá e Pará), Norte 3 (Tocantins e norte de Goiás), Nordeste 5 (Maranhão), Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia) e Oeste 2 (Mato Grosso).

Título Original: II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal


Foto: Web

Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Aberto o Santo Sepulcro de Jesus para exames científicos

O Santo Sepulcro logo antes dos trabalhos de restauração.

Ciência Confirma a Igreja




Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs

Pela primeira vez em quase dois milênios, cientistas puderam entrar em contato com a pedra original sobre a qual foi depositado o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo envolvido nos panos mortuários, dos quais o mais famoso é o Santo Sudário. 

A cova original hoje se encontra albergada na igreja do Santo Sepulcro na parte velha de Jerusalém. Ela está coberta por uma lápide de mármore que data pelo menos do ano 1555, ou quiçá de séculos anteriores ainda.

“O que achamos é surpreendente”, explicou à agência de notícias Associated Press o arqueólogo Fredrik Hiebert, da National Geographic Society, que participa no projeto. “Passei um tempo na tumba do faraó egípcio Tutancâmon, mas isso é mais importante”. 

“Serão necessárias muito demoradas análises científicas [dos abundantes dados recolhidos], mas nós por fim pudemos ver a superfície original de rocha sobre a qual foi depositado o corpo de Cristo”, acrescentou.

De fato, até hoje não existiam gravuras desse leito de rocha calcária que, a fortiori, nunca foi fotografado. Tudo o que havia eram reproduções artísticas, mais ou menos felizes.

O Santo Sepulcro foi aberto durante 60 horas para os cientistas e, depois, voltou a ser lacrado em seu estado anterior.

Os especialistas deixaram aberta uma janela retangular em uma das paredes revestidas de mármore da edícula (pequena casa, ver embaixo) desde onde os peregrinos poderão vislumbrar pela primeira vez parte da parede de calcário da tumba de Jesus Cristo.

De onde provém esse túmulo?

Segundo os Evangelhos, o Corpo de Jesus Cristo foi depositado num leito mortuário escavado na pedra de morro vizinho da crucificação. 

Em verdade a distância é mínima do local da crucificação. Por isso mesmo, os dois locais se encontram sob o teto da mesma igreja, separados apenas por poucas dezenas de metros.

O túmulo já existia antes de Paixão e pertencia a São José de Arimatéia que o mandara fazer para si, mas o cedeu para o Santíssimo Redentor. 

São José de Arimatéia era um homem rico, um grande comerciante dono de uma frota de navios cujos interesses chegavam até a atual Grã-Bretanha. 

Também era senador e membro do Sinédrio, o colégio dos mais altos magistrados religiosos do povo judeu. Secretamente ele era discípulo de Jesus. 

Imagem procissional de São José de Arimatéia,
igreja de São Tiago, Zambales, Filipinas.

Foi ele que obteve de Pilatos a libertação do corpo e cobriu as caríssimas despesas de sua preparação, oferecendo até o linho do Santo Sudário. 

Em represália dessa generosidade, o Sinédrio mandou persegui-lo e lhe expropriar suas grandes posses. Ele foi abandonado por amigos e familiares. 

Após passar 13 anos no cárcere, São José de Arimatéia foi libertado pelo novo governador romano Tibério Alexandre, reconstituiu sua grande fortuna e passou a usá-la para a difusão da fé. Faleceu em plena atividade missionária.

Sua festa litúrgica é celebrada em 17 de março no Ocidente e em 31 de julho no Oriente. Em sentido contrário ao “moço rico” do Evangelho recusou o chamado de Cristo por amor às riquezas, São José de Arimatéia é exemplo acabado do rico que usa de seus capitais para servir melhor ao Redentor e sua obra.

São Marcos escreveu dele que era um “ilustre membro do conselho, que também esperava o Reino de Deus; ele foi resoluto à presença de Pilatos e pediu o corpo de Jesus” (São Marcos, 15, 43).

São Mateus, ao descrevê-lo, sublinha ser um homem rico discípulo de Jesus:

57. À tardinha, um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus,

58. foi procurar Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus. Pilatos cedeu-o.

59. José tomou o corpo, envolveu-o num lençol branco

60. e o depositou num sepulcro novo, que tinha mandado talhar para si na rocha. Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora. (São Mateus, 27, 57ss)

Por sua vez, São João em seu evangelho registra:

39. Acompanhou-o Nicodemos (aquele que anteriormente fora de noite ter com Jesus), levando umas cem libras de uma mistura de mirra e aloés.

40. Tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no em panos com os aromas, como os judeus costumam sepultar.

41. No lugar em que ele foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, em que ninguém ainda fora depositado.

42. Foi ali que depositaram Jesus por causa da Preparação dos judeus e da proximidade do túmulo. (São João 19,39-40)

E ainda São Lucas:

50. Havia um homem, por nome José, membro do conselho, homem reto e justo.

51. Ele não havia concordado com a decisão dos outros nem com os atos deles. Originário de Arimatéia, cidade da Judéia, esperava ele o Reino de Deus.

52. Foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus.

53. Ele o desceu da cruz, envolveu-o num pano de linho e colocou-o num sepulcro, escavado na rocha, onde ainda ninguém havia sido depositado. (São Lucas, 23, 50-53)

A incolumidade milagrosa do Sepulcro

Santa Helena imperatriz mandou construir a primeira igreja do Santo Sepulcro.
Basílica de Santa Helena em Birkirkara, Malta

As descrições dos evangelistas nos permitem fazer uma ideia do túmulo onde aconteceu a Ressurreição. Elas precisam o local onde está. Porém, a história subsequente submeteu esse sagrado túmulo a graves riscos de desaparição.

Porque o Santíssimo Sepulcro ficou no centro de tremendas borrascas históricas cujos efeitos perduram em nossos dias. Podemos até julgar a título pessoal que sua preservação é um milagre histórico.

Também é uma figura do Corpo Místico de Cristo que é a Santa Igreja Católica atravessando horrorosas tempestades que nada acabaram podendo contra Ela ao longo dos séculos.

Vejamos a história do Santo Sepulcro.

Após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., o imperador romano Adriano ordenou construir sobre as ruínas uma cidade pagã de nome Élia Capitolina. Foram feitas, então, imensas terraplenagens. 

Pelo plano, a sepultura de Jesus ficou coberta com terra. Sobre ela foi erigido um templo dedicado a Vênus (Afrodite para os gregos), deusa da sensualidade. Enquanto isso os cristãos padeciam as perseguições.

O inferno parecia confabulado para extinguir a Igreja nascente.

Em 313, o imperador Constantino encerrou as perseguições. Em 326, sua mãe Santa Helena visitou Jerusalém procurando as relíquias da Paixão e identificou o local da crucificação (o Gólgota) e a cova chamada Anastasis (“ressurreição”, em grego). 

O imperador católico aprovou construir um santuário que substituiria o templo de Vênus do imperador pagão Adriano. A nova igreja ficou conhecida desde então como a do Santo Sepulcro.

Eusébio (265 – 339), bispo de Cesaréia e pai da história da Igreja, deixou constância desses fatos em seus escritos. 

Em 614, a igreja de Constantino foi gravemente danificada pelos persas sassânidas, pagãos que tomaram Jerusalém e pilharam os tesouros da igreja, deixando apenas alguns restos escassos dela. 

A basílica foi reconstruída quando Heráclio, imperador de Constantinopla, reconquistou Jerusalém. 

Mas, a sucessão de invasões, restaurações, depredações e guerras estava longe de acabar...

Estado atual externo da igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.

Em 638, a Palestina toda e a própria Jerusalém foram ocupadas pelos conquistadores muçulmanos. Em 966, as portas e o telhado da igreja arderam durante distúrbios. 

Em 1009, o califa fatímida Al-Hakim ordenou destruir todas as igrejas cristãs de Jerusalém, incluindo o Santo Sepulcro. Só os pilares do templo, que eram da época de Constantino, sobreviveram ao arrasamento.

A notícia desse aniquilamento foi decisiva para inspirar o movimento das Cruzadas.

O sucessor de Al-Hakim, o califa Ali az-Zahir permitiu a reconstrução e redecoração da igreja. A obra foi paga pelo imperador de Bizâncio Constantino IX Monômaco e por Nicéforo, patriarca de Jerusalém. Os trabalhos concluíram em 1048. 

Foi essa igreja que os cruzados encontraram em 1099 entrando em Jerusalém. O templo restaurado pelos cruzados foi reconsagrado em 1149. No seu essencial, é o que existe atualmente. 

Em 1187, o caudilho islâmico Saladino voltou a invadir a cidade, mas proibiu a destruição dos edifícios religiosos cristãos. 

No século XIV, o local passou a ser administrado por monges católicos e por monges cismáticos gregos, aos quais se somaram outras denominações religiosas.

Nos séculos seguintes foram feitas diversas restaurações, se destacando a de 1810 por iniciativa britânica após um grande incêndio e as ocorridas entre 1863 e 1868. Em 1927, mais um abalo sísmico causou importantes estragos à estrutura da igreja.

Título Original: O Santo Sepulcro de Jesus Cristo aberto após séculos para exame científico


Site: Ciência Confirma a Igreja
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 5 de novembro de 2016

Jesus está perguntando para você hoje: “Porque choras?”. E Ele pergunta, não porque Ele não sabe, nem porque o seu motivo seja pequeno, mas para você ter um motivo para desabafar



Acampamento: A cura dos traumas da morte.



Márcio Mendes – Créditos: Wesley Almeida/Canção Nova


Eventos Canção Nova

Os traumas pelas perdas são curados quando a gente desabafa

Cura dos traumas da morte é ter que chorar. A gente precisa desabafar. O que as pessoas vivem quando perdem um familiar? Em pouco tempo você tem voltar ao ritmo do trabalho, dos afazeres, não é da vida, mas dos afazeres.

É preciso ter tempo para viver o luto

Precisamos chorar. Deixe a pessoa chorar! Às vezes aparece até um “espírito de porco” e diz: “Você tem que ser forte, sua família depende de você”, “Você tem que ser forte!”.

E depois do dia do enterro a pessoa já tem que voltar ao trabalho. Até recebe os pêsames , mas tem que voltar as atividades normais. Não tem tempo para chorar, para viver o luto. Aí, passado um tempo a pessoa entra em depressão, e porque? Porque não viveu o luto que teria que viver.

Há certas feridas dentro de nós que não adianta enterrar. Temos que chorar.

Jesus está perguntando para você hoje: “Porque choras?”. E Ele pergunta, não porque Ele não sabe, nem porque o seu motivo seja pequeno, mas para você ter um motivo para desabafar.

Cristo nos ensina que precisamos desabafar na presença de Deus.

O desabafo cura

Até mesmo Jesus, quando chorou teve um anjo que o acompanhava, nos momentos mais difíceis da Sua vida, em que Ele ficou triste, Ele teve medo da morte, assim como eu e você. Diante da morte, Ele não queria morrer, Jesus queria levar a Sua missão até o fim, mas entendeu que para levar a sua missão até o fim Ele seria morto. Mesmo magoado e deprimido, decidiu aceitar a vontade de Deus para Ele.

E um fato interessante, quando Ele aceitou a vontade de Deus, Deus enviou um anjo para confortá-lo.

O conforto não é o que o seu sofá te dá. Jesus é que dá conforto.

Jesus buscou ajuda e recebeu. Detalhe! O pedido de Jesus foi “Pai afasta de mim este cálice”, mas o Pai esperou que Ele fizesse o pedido certo “Mas, que se faça a sua vontade”. O Pai não queria a morte de Jesus, Deus não quer desgraça para ninguém, mas ele quer que levemos nossa missão até o fim.

E no momento em que Jesus uniu a vontade Dele a vontade do Pai, a força veio.

Peça sempre, converse com Deus, faça seu pedido em tudo. “Que eu não seja mais perseguido”, “afasta de mim essa dor, tira de mim esse sofrimento”. Mas, una a sua vontade a vontade do Senhor.

Todo mundo morre, e todos nós iremos passar por esse sofrimento. Ou será com você ou com um ente querido. E uma certeza que podemos ter é que Deus enviará um anjo para nos consolar.

Márcio Mendes prega no Acampamento Cura dos traumas da morte – Créditos: Wesley Almeida/Canção Nova

Deus dá a graça para vivermos essa situação. Jesus pessoalmente quer confortar o seu coração.

Deus envia um anjo

No meio de uma grande dor, é difícil aceitar esse tipo de ajuda. E as vezes a pessoa não quer incomodar os outros, então guarda tudo para si. Mas, é um erro você se isolar, você não vai dar conta dessa dor sozinho.

Muita gente só melhora quando começa a desabafar. Talvez você diga a si mesmo: “Ah, mas eu não tenho ninguém para desabafar”. Então vá se confessar com o padre, confesse com frequência.

Até porque, pode ser que a gente tenha muitos remorsos. “Será que a pessoa sabia o quanto eu a amava?”, “Haviam coisas que eu gostaria de ter dito e não disse”, “Uma vez ele me pediu perdão e eu não perdoei, porque eu estava muito magoado”.

Conversar, desabafar, ajuda a organizar os sentimentos dentro de você. E se for em confissão, além de organizar tudo em nós, sobe ao céu em intercessão pela pessoa.

O sacerdote é um anjo enviado por Deus, e eu não estou alienando ninguém, até porque anjo significa enviado de Deus.

Quanta gente no momento de sofrimento ganhou um amigo, uma amiga. Você já parou para pensar que se não fosse aquele sofrimento do passado, certas pessoas não estariam na sua vida?

Olhe com atenção as pessoas que estão a sua volta, cercando você e com certeza irá descobrir um anjo disfarçado.

Jesus não desampara você. Ele não te deixa. E se você não deixar Jesus o Pai realiza a graça na sua vida.

Quem não crê em Deus vive desesperado.

Você não está sozinho!

Transcrição e adaptação: Sandro Arquejada

Veja também:



Márcio Mendes

Missionário da Comunidade Canção Nova, teólogo e escritor

Título Original: Cura dos traumas das perdas pela morte


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon