A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

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Tradutor

domingo, 30 de novembro de 2014

Em que sentido São Paulo afirma que Jesus é o Único Mediador entre Deus e os Homens?



Pe. Anderson Alves.

Será possível inserir alguém entre a nossa relação com Cristo? Podemos ter algum outro modelo de vida? O homem pode alcançar a santidade? Ele não será sempre santo e pecador? Os mortos não estão “dormindo” até o dia da ressurreição final? Afinal das contas: Se Jesus é o único mediador, por que recorrer à intercessão dos santos?

Essa é uma questão belíssima, que leva muita gente a pensar na vida eterna. Podemos nos aproximar lembrando uma imagem da Divina Comédia de Dante Alighieri: o Céu é um reino de luz no qual os santos estão como espelhos, refletindo em si e nos outros a imagem do único Deus, sumamente Santo. Certamente a luz de Deus é infinita, impossível de ser aumentada, pois Deus é o ser perfeitíssimo, mas cada santo reflete a seu modo a luz infinita de Deus. Quanto mais pessoas houver no Céu, a divina luz será refletida com maior intensidade. No Céu, cada um é extremamente feliz e essa felicidade se une à dos outros.

Os santos estão no Céu cantando louvores a Deus e ao Cordeiro. E quanto mais uma pessoa está unida a Deus, amor infinito, mais estará unido aos outros homens. No Céu os santos intercedem pelos que ainda caminham nesse mundo, e isso é uma consequência do conhecimento e do amor que vem de Deus.

Desse modo, os santos são como um reflexo da luz divina; um reflexo imperfeito de Deus no nosso mundo e pleno no Céu. Os santos não são fontes de luzes por si mesmas, mas refletem a única luz de Cristo. São Paulo diz que em Jesus habita corporalmente a plenitude da divindade. Mas é difícil imitar todos os aspectos da sua vida. Por isso, podemos contemplar nos santos aspectos da vida de Cristo. Os santos são um raio luminoso do mistério infinito de Cristo no nosso mundo.

Chesterton dizia que cada santo tem o mérito de lembrar à sua época alguma virtude de Cristo que estava esquecida no seu momento histórico. E cada época é convertida pelo santo que mais a contradiz. Sendo assim, num momento que o luxo começava a reinar na Europa, São Francisco de Assis veio nos mostrar a beleza do desprendimento, assim como Cristo o vivia; em uma época violenta como o século XX (época dos grandes sistemas totalitários, dos grandes genocídios), os santos nos fizeram lembrar a misericórdia de Deus (Santa Faustina, Madre Teresa de Calcutá, Beato João Paulo II e muitos outros). Os santos são em cada época uma recordação única do mistério de Cristo.

Agora temos que considerar algumas objeções:

Será possível inserir alguém entre a nossa relação com Cristo? Podemos ter algum outro modelo de vida? Não será verdade que só Cristo (solus Christus) salva? Imitar algum outro personagem histórico não seria uma influencia pagã, uma espécie de idolatria?

Para responder a essas objeções, evidentemente, temos que recorrer à Bíblia, formada pela Igreja e fonte da sua doutrina.

1 Cor 4,16: “Rogo-vos pois, sede meus imitadores”; 1 Cor 11,1: “Sede meus imitadores como eu o sou de Cristo”; 1 Tes. 1,6: “De vossa parte, vos fizestes imitadores nossos e do Senhor, abraçando a palavra com a alegria do Espírito Santo, em meio a muitas tribulações”; Heb. 6, 11,12 “Desejamos, pois, que cada um de vós manifeste até o fim a mesma diligência para a plena realização da esperança, de forma que não sejais indolentes, mas imitadores daqueles que, mediante a fé e a perseverança, herdam as promessas”; Fil. 3,17: “Irmãos, sede meus imitadores, e prestai atenção nos que vivem segundo o modelo que têm em nós”. Esses textos nos mostram que podemos imitar outras pessoas além de Jesus Cristo; o critério é imitar os que por sua vez foram imitadores de Cristo.

O homem pode alcançar a santidade? Ele não será sempre santo e pecador (iustus et pecattor)? Não seria uma presunção chamarmos alguém de santo?

A Bíblia não só diz que é possível se tornar santo, mas que essa é a vocação universal de todo homem. Já no Antigo Testamento Deus exorta: “Sede santos porque Eu sou santo” (Lev 11,44); e no Novo Testamento há várias afirmações desse tipo: “Procurai a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor”(Hb. 12,14); “A exemplo da santidade daquele que vos chamou sede também vós santos em todas as vossas ações” (1 Pe. 1,15); “Bendito seja Deus ... que nos escolheu em Cristo antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos” (Ef. 1,4); “Vivei uma vida digna da vocação para a qual fostes chamados” (Ef. 4,1); “Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que delas nem sequer se fale entre vós, como convém a santos” (Ef 5,3); “Está é a vontade de Deus: a vossa santificação” (1 Tes. 4,3); Deus poderia exigir do homem algo impossível de se alcançar? A santidade é possível porque antes de tudo ela é um dom de Deus e Ele só nos pede o que Ele mesmo nos concede.

Os mortos não estão “dormindo” até o dia da ressurreição final? Enquanto essa não chega o que conta é a fé pessoal, e não a oração dos mortos.

Nos Evangelhos vemos a cena da transfiguração do Senhor, a qual narra o encontro de Jesus Cristo com Moisés e Elias, dois personagens mortos há séculos. Eles aparecem conversando com o Senhor (aparecem rezando). E em outro texto lemos que Deus é o juíz dos vivos e não dos mortos.

“No mesmo dia chegaram junto dele os saduceus, que dizem não haver ressurreição, e o interrogaram, Dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele, e suscitará descendência a seu irmão. (...) Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus. Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu. E, acerca da ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mat 22:23-32).

Nesse texto Ele diz claramente que Abraão, Isaque, Jacó estão vivos, junto de Deus. Isso mostra que não há sono eterno até o juízo final, mas os amigos de Deus voltam para ele, depois da morte. E que os santos rezam por nós está afirmado no livro do Apocalipse:

“Quando, enfim, abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu cerca de meia hora. Eu vi os sete Anjos que assistem diante de Deus. Foram-lhes dadas sete trombetas. Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está adiante do trono. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus.” (Ap 8,1-4);

Portanto, os santos estão vivos, intercedendo diante de Deus pelos seguidores de Cristo. Dentre os santos há um lugar especial à Virgem Maria. Essa é venerada pelos cristãos desde sempre. De fato, se Jesus Cristo nos disse que devemos amar inclusive os nossos inimigos, como não amar “a mãe do meu Senhor” e todos os que o serviram com fidelidade?

A veneração aos santos nada tem a ver com a idolatria, que é um pecado grave contra a fé e consiste em colocar algo ou alguém no lugar de Deus. É certo que alguns grupos querem convencer os católicos de que conhecem o que os católicos adoram melhor mesmo do que os próprios católicos. Mas isso é uma pretensão absurda. O culto cristão de adoração é devido somente ao Deus Uno e Trino. No principal ato de culto católico, a Missa, todas as orações são dirigidas ao Pai, por meio de Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Não há nenhuma dirigida aos santos. Os cristãos podem pessoalmente pedir aos santos que rezem a Jesus Cristo conosco, mas a Missa é um ato de culto exclusivo ao Deus Uno e Trino.

Portanto, não há o que temer. Podemos olhar com gratidão as Sagradas Escrituras e aos santos como os grandes imitadores de Cristo, reflexos da santidade divina. Esses estão diante de Deus vivos e transbordam nos demais o amor que incessantemente recebem de Deus.

Esta é uma frase bíblica que os protestantes recortam e tiram fora do contexto para acusar falsamente a doutrina bíblica da intercessão dos Santos ensinada pela Igreja. Primeiro lugar, este versículo está recortado, o versículo completo fica assim:

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual morreu em resgate por todos” I Tim 2,5

Observaram? O versículo terminado diz que somente Ele morreu por Nós, ou seja, Só Jesus Cristo é o Salvador, este versículo ensina que a Salvação vem somente de Jesus Cristo, isso nada tem a ver com a intercessão dos Santos. É fácil ver o por que de São Paulo ter escrito isso, naquela época os fariseus acreditavam em Deus, mas nao acreditaram em Jesus, e até hoje os Judeus nao creem na divindade de Jesus Cristo. Por isso ele escreveu isso, que de nada adianta você crer em Deus, se nao tem Jesus como teu Senhor e Salvador. Agora o que isso tem a ver com a intercessão dos Santos? Sendo que nós acreditamos que os Santos apenas oram/rezam/intercedem por nós, e NAO acreditamos que eles salvam (o que seria um absurdo)?

Na verdade, existem muitos intercessores. O novo testamento está repleto de passagens que nos exortam a interceder uns pelos outros, inclusive, a que precede o versículo citado acima:

“Acima de tudo, recomendo que se façam preces, orações, súplicas, ações de graça por todos os homens (…). Isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador”

(1Tm 2,1-3).

“Orai uns pelos outros para serdes curados” (Tg 5,16b)

Logo, Jesus não pode ser o único intercessor. No entanto, todo e qualquer intercessor, sempre ora e obtém a graça em nome de NS Jesus Cristo, e não em seu próprio nome. Pois é somente através de Jesus Cristo que temos acesso ao Pai. Quanto mais santo o intercessor, mais eficaz é a intercessão. Diz ainda a Bíblia, que quanto mais santo o intercessor, maior a eficácia da oração:

“A oração do justo tem grande eficácia.” (Tg 5,16c)

Ora, se a oração de um justo tem grande eficácia, não há dúvida que é melhor pedir a intercessão de um justo do que de um pecador. E, como não existem homens neste mundo mais santificados do que aqueles que já estão no Céu, obviamente, é melhor pedir a intercessão de um santo do Céu do que de um homem que ainda vive neste mundo. Os santos do Céu estão vivos.Porém, argumentam alguns: “Mas como podem interceder se estão mortos e inconscientes?” E quem disse que estão mortos aqueles que estão VIVOS diante do Trono de Deus, porque o nosso Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, como ensinou Jesus:

“Moisés chamou ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó. Ora Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos porque todos vivem para Ele.” (Lc 20, 37-38)

Portanto, Jesus nos diz que os santos falecidos (como Abraão, Isaac e Jacó) estão vivos na Presença de Deus, pois VIVEM para Ele. Não estão mortos, nem inconscientes! O livro do Apocalipse também ensina que os santos falecidos não estão adormecidos, mas mesmo antes da ressurreição, suas almas dialogam e intercedem junto a Deus:

“Vi sob o ALTAR as ALMAS DOS HOMENS IMOLADOS por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham prestado. E CLAMARAM EM ALTA VOZ: Até quando ó Senhor, Santo e Verdadeiro, tardarás a fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra? A cada um deles foi dada, então, uma veste branca, e foi-lhes dito, também, que aguardassem ainda um pouco, até que se completasse o número dos seus companheiros e irmãos, que iriam SER MORTOS COMO ELES.”

(Apc 6,9-11)

Neste diálogo, as almas dos santos falecidos clamam a Deus para que apresse o Dia do Juízo Final. Observe que as almas não estão adormecidas, mas estão sob o altar de onde falam com Deus. Elas clamam ansiosas pelo Dia do Juízo Final, que será também o dia da aguardada ressurreição da carne. Deus lhes dá uma veste branca (símbolo da santidade) e ordena que aguardem mais um pouco. E, enquanto aguardam, o que fazem estas almas? Aguardam adormecidas ou vivas e acordadas? Vejamos:

“Então um dos anciões falou comigo e perguntou-me: Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os SOBREVIVENTES da grande tribulação. Lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro. Por isso, ESTÃO DIANTE DO TRONO DE DEUS, E O SERVEM, DIA E NOITE, NO SEU TEMPLO.” (Apc 7,13-15)

Portanto, esta é a situação das almas enquanto aguardam pelo ansiado dia do Juízo Final e da ressurreição da carne, quando finalmente

“Deus os abrigará em sua tenda e não haverá nem fome, sede, sol ou calor e Deus enxugará toda lágrima de seus olhos” (Apc 7,15-16).

Veja também como estas almas (os santos, pois estavam com vestes brancas, símbolo da santidade), intercedem diante do Trono de Deus:

“Outro anjo pôs-se junto ao ALTAR, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes para que os oferecesse com as ORAÇÕES DE TODOS OS SANTOS NO ALTAR de ouro, que ESTÁ ADIANTE DO TRONO. A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com AS ORAÇÕES DOS SANTOS, DIANTE DE DEUS.”

(Apc 8,3-4)

Eis aí uma passagem bíblica que nos garante a intercessão dos santos falecidos, e que agora estão diante do Trono de Deus. São oferecidas a Deus as orações de TODOS os santos. Se são de todos os santos, são tanto as orações dos santos da terra (cristãos que levam uma vida santa) quanto dos santos do Céu (que estão vestidos de branco diante do Trono de Deus). Embora este trecho da abertura dos 7 selos esteja se referindo aos santos do Céu (no quinto, sexto e sétimo selos), podemos entender as orações que chegam a Deus, também vindas dos santos da terra, pois é afirmado ser as orações de TODOS os santos. Um exemplo destas orações de santos falecidos, encontra-se em Macabeus. Nela, Judas Macabeus relata uma visão que teve de Onias e Jeremias, já falecidos, intercedendo pelo povo:

“Onias (…) estava com as mãos estendidas, INTERCEDENDO por toda a comunidade dos judeus. Apareceu a seguir um homem notável (…) Esse é aquele que MUITO ORA pelo povo e por toda cidade santa, é Jeremias, o Profeta de Deus.” (2Mac 15,12-14).

E como os santos conhecem nossas preces? Eles são onipresentes?De modo algum. Só Deus é Onipresente. No entanto, todos pertencemos ao Corpo Místico de Cristo no qual vivenciamos a comunhão dos santos, ou seja, vivenciamos o fluxo de amor e relacionamentos entre todos os membros do Corpo Místico. De um modo especial, os santos que estão no Céu já possuem uma relação de profunda intimidade com Deus, de modo que através da onipresença de Deus, os santos tomam conhecimento das preces que lhes são dirigidas. Em outras palavras, é o próprio Deus quem lhes transmite as nossas preces. Eis como Dom Estevão Bettencourt explica esta questão:

“Os bem-aventurados têm conhecimento das preces que neste mundo lhes são dirigidas, pois Deus, que fez os homens solidários entre si, não permite que essa comunhão seja dissolvida pela morte. Por isso pedimos aos santos que intercedam por nós no Céu, e Deus lhes dá a conhecer nossas orações para que, de fato, eles rezem por nós ao Pai.”

Mas, então, qual a necessidade desta intercessão, se Deus já conhecia a prece antes mesmo do santo interceder? Na verdade, toda e qualquer prece feita neste mundo, já era do conhecimento de Deus, antes mesmo de nós formularmos nossas súplicas. Embora assim seja, Deus quer façamos nossas súplicas. Vejamos o que disse Jesus a respeito:

“O Pai já sabe de vossas necessidades antes mesmo de pedirdes.” (Mt 6,8)

“Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja completa.” (Jo 16,24).

Embora Jesus reconheça que Deus já conheça nossas necessidades antes mesmo de fazermos nossa prece, Jesus insiste que devemos formular nossas preces dizendo: Pedi e recebereis. Por que? Para que nosso coração vá sintonizando cada vez mais profundamente ao Coração de Jesus, que "o" intercessor por excelência, nosso modelo à imagem do qual fomos feitos. E também para que tenhamos um diálogo, uma relação com Deus através da oração. Ora, esta relação amorosa, Deus também deseja que exista entre todos os membros do seu Corpo Místico. Por isso, mesmo já conhecendo de ante-mão as nossas súplicas, Deus incentiva a prática da oração e da intercessão para que exista este relacionamento amoroso entre nós e Deus e também entre todos os filhos de Deus, ou seja, para que “a nossa alegria seja completa”. Interceder por alguém é um ato de amor entre os filhos de Deus. Deixar de interceder é falta de amor. Deus jamais proibirá a intercessão porque Deus é Amor.

“Naquele dia pedireis em meu nome e já não digo que rogarei ao Pai por vós. Pois o mesmo Pai vos ama, porque vós me amastes e crestes que saí de Deus.” (Jo 16,26-27)

Título Original: Jesus é o Único Mediador entre Deus e os Homens.


Site: Links Católicos
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 29 de novembro de 2014

"Com a ajuda de Deus, podemos e devemos sempre renovar a coragem pela paz!" - Papa Francisco em discurso na Turquia



Zenit

Em seu discurso para as autoridades políticas, o Papa espera que de Ancara possa começar um caminho virtuoso para reverter a conflitualidade que envolve todo o Oriente Médio

Uma terra rica de "belezas naturais e de história”, cheia de "vestígios de civilizações antigas e ponte natural entre dois continentes e entre as diferentes expressões culturais", mas especialmente "cara a todo cristão por ter sido o berço de São Paulo”. Com estas palavras, o Papa Francisco começou o seu discurso às autoridades políticas turcas, no Palácio Presidencial de Ancara.

A Turquia, disse o Papa, é a terra que tem "hospedado os primeiros sete Concílios da Igreja" e que, em Éfeso, guarda a "casa de Maria", ou seja, o lugar onde “a Mãe de Jesus viveu por alguns anos, meta da devoção de tantos peregrinos de todas as partes do mundo, não só cristãos, mas também muçulmanos”.

A grandeza da nação turca, no entanto, não deve ser procurada “apenas em seu passado”, mas pode ser encontrada também “na vitalidade do seu presente, na laboriosidade e generosidade do seu povo, no seu papel concerto das nações".

Na linha do "diálogo de amizade, de estima e de respeito" empreendido pelos seus antecessores – o beato Paulo VI, São João Paulo II, Bento XVI e São João XXIII, que antes de se tornar papa foi delegado apostólico na Turquia – Francisco salientou a necessidade de que se continue nesta linha de “discernimento” das “muitas coisas que nos unem” e, ao mesmo tempo, “de considerar com um espírito sábio e sereno as diferenças, para poder também aprender delas”.

Objetivo comum deverá ser a construção de "uma paz sólida, baseada no respeito dos fundamentais direitos e obrigações relacionadas com a dignidade do homem". Muçulmanos, judeus e cristãos, acrescentou, devem gozar de "direitos iguais" e respeitar os "mesmos deveres".

Através da liberdade religiosa e de expressão, será possível chegar àquela paz que “o Oriente Médio, a Europa, o mundo esperam florescimento”, destacou o pontífice.

"Não podemos nos resignar com a continuação dos conflitos - continuou - como se não fosse possível mudar a situação para melhor! Com a ajuda de Deus, podemos e devemos sempre renovar a coragem pela paz!".

Dirigindo-se ao presidente da República turca, o Papa sublinhou a necessidade urgente de "banir todas as formas de fundamentalismo e de terrorismo, que gravemente humilham a dignidade de todas as pessoas e instrumentaliza a religião".

Ao "fanatismo", ao "fundamentalismo" e às "fobias irracionais" deve-se contrapor a “solidariedade de todos os crentes” tendo como pilares “o respeito pela vida humana, pela liberdade religiosa, que é liberdade do culto e liberdade de viver de acordo com a ética religiosa, o esforço para garantir a todos o necessário para uma vida digna, e o cuidado do ambiente natural”.

A necessidade de "virar o jogo" dos conflitos diz respeito a todo o Oriente Médio, especialmente a Síria e o Iraque”, onde “a violência terrorista continua inabalável", com a" violação das mais básicas leis humanitárias contra prisioneiros e inteiros grupos étnicos” e com as “sérias perseguições aos grupos minoritários", particularmente “cristãos e yazidis”.

O Santo Padre sublinhou novamente a generosidade da Turquia ao acolher "um grande número de refugiados", em frente do qual "a comunidade internacional tem a obrigação moral de ajudar".

Reiterando que "é permitido parar o agressor injusto, mas sempre em conformidade com o direito internacional", Francisco também mencionou que "não se pode confiar a resolução do problema só na resposta militar".

Por causa de sua "história" e de sua "localização geográfica", a Turquia tem uma "grande responsabilidade", portanto, "as suas escolhas e o seu exemplo tem um significado especial e pode ser de grande ajuda no sentido de facilitar um encontro de civilização e no identificar formas práticas de paz e de progresso genuíno", concluiu o Papa.

Título Original: Francisco pede para a Turquia colaborar para a paz


Foto: Web

Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

É tempo de nos encontrarmos com Cristo




Luzia Santiago

“Escutarei o que diz o Senhor Deus, porque ele diz palavras de paz ao seu povo, para seus fiéis, e àqueles cujos corações se voltam para ele. Sim, sua salvação está bem perto dos que o temem, de sorte que sua glória retornará à nossa terra” (Sl 84.9-10).

Precisamos nos preparar para o Natal, para o encontro com o Menino Jesus, que é Cristo o nosso Salvador. Vivamos na expectativa do Senhor que vem, esperando pela sua segunda vinda. Por isso, neste tempo que se inicia, somos convidados a nos preparar para recebê-Lo e encontrá-Lo.

Neste tempo de Natal, façamos atos concretos de acolher e amar a todos, principalmente aqueles que, por algum motivo, se afastaram de nós. Reconciliemo-nos com ele.

Rezemos ao longo de todo dia: “Vinde, Espírito Santo!”


Foto: Web

Site: Luzia Santiago
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A diferença entre corpo, alma e espírito



Padre Paulo Ricardo

No Novo Testamento a distinção entre corpo, alma e espírito aparece somente uma única vez. São Paulo assim diz na I Carta aos Tessalonicenses: “Que o próprio Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso ser - o espírito, alma e o corpo - seja guardado irrepreensível para a vinda do Senhor Jesus Cristo! (5,23). O Catecismo, por sua vez, explica essa passagem:

Por vezes ocorre que a alma aparece distinta do espírito. Assim, São Paulo ora para que nosso “ser inteiro, o espírito, a alma e o corpo”, seja guardado irrepreensível na Vinda do Senhor. A Igreja ensina que esta distinção não introduz uma dualidade na alma. “Espírito” significa que o homem está ordenado desde a sua criação para o seu fim sobrenatural, e que sua alma é capaz de ser elevada gratuitamente à comunhão com Deus. (367)

Atualmente existe uma tendência dos teólogos em dizer que o ser humano não possui alma, pois isto seria uma visão dualista, platônica e que não corresponderia ao pensamento bíblico, judeu. Nada mais equivocado.

No Antigo Testamento, durante muito tempo não se falou em “ressurreição dos corpos”. pelo contrário, cria-se que a pessoa vivia no “sheol”, eram “refrains”, cuja existência era sombria, até mesmo umbrátil.

Aos poucos, Deus foi revelando que aquelas “sombras” na verdade continuavam tendo personalidade e que os bons eram abençoados e os maus punidos. A ideia de que ao término de sua vida a pessoa era recompensada - embora ainda não se falasse em ressurreição - estava bem clara no Antigo Testamento como um segundo passo, já na época dos Profetas.

O terceiro passo começar a surgir. Após a morte, no fim dos tempos, o corpo e alma irão se unir e haverá a ressurreição dos mortos. Logo após vem o Novo Testamento.

Nosso Senhor Jesus Cristo diz ao Bom Ladrão na Cruz: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”(Lc 23,3). Ora, o “hoje” a que Ele se refere só pode dizer respeito à alma do Bom Ladrão, pois o corpo, evidentemente, seria sepultado, assim como o corpo de Jesus também o foi.

No Novo Testamento quando uma pessoa morre existe uma punição eterna ou uma recompensa eterna e no final dos tempos haverá também a ressurreição dos mortos. É uma distinção clara entre o corpo e a alma.

O Catecismo ensina que o corpo e a alma são uma só natureza humana, não são duas naturezas que se unem, mas uma só realidade e, com a ruptura dessa realidade única chamada morte, algo terrível acontece, algo que não estava nos planos de Deus. Mesmo assim o homem é corpo e alma, material e espiritual respectivamente.

Por que, então, São Paulo fala de “corpo, alma e espírito”? Recordando que a Igreja ensina com toda clareza que não são duas almas, mas corpo e alma. Existe, contudo, na única alma humana, o lugar onde Deus habita. Trata-se do “espírito”, ou seja, uma realidade sobrenatural que existe nos homens.

Assim, aqueles que são filhos de Deus batizados - corpo e alma - pelo fato de serem templo de Deus, possuem um “lugar” onde Deus habita. É possível dizer também que o lugar onde Deus habita enquanto Espírito Santo é que o se chama de “espírito”.

A alma como um todo é responsável por diversas coisas: inteligência, vontade, fantasias, etc., mas nem tudo isso é o lugar onde Deus habita. Este é lugar mais profundo do homem, onde ele é ele mesmo de tal forma que não é mais ele e sim Deus. “Interior intimo meo”, como definiu Santo Agostinho.



O ser humano não foi abandonado a si mesmo, natureza pura. Dentro de sua natureza existe uma outra natureza, o sobrenatural, a presença de Deus. A natureza agraciada por Deus (nos pagãos é a graça de Cristo). Mas os batizados possuem uma consistênvia ainda maior, pois podem e devem reconhecer que são filhos de Deus, templos do Espírito Santo.

Título Original: Qual a diferença entre corpo, alma e espírito?


Foto: Web

Site: Padre Paulo Ricardo.org
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Paroquia do Anil lança o convite sobre o 72º Festejo de N S da Conceição - Anil

Igreja Nossa Senhora da  Conceição Anil , São Luís-Ma


Paroquia Nossa Senhora da  Conceição Anil 


72º FESTEJO DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DO ANIL
(29 de novembro a 08 de dezembro de 2014)

Estimado paroquiano e devoto (a) de Nossa Senhora da Conceição, o Deus da esperança, que nos cumula de toda alegria e paz em nossa fé, pela ação do Espírito Santo, esteja sempre com vocês (Rm. 15,13).

O festejo anual da padroeira Nossa Senhora da Conceição do Anil sempre teve um tema e um lema como norteadores das reflexões durante o novenário. Este ano, a nossa Paróquia escolheu o seguinte tema: “A nova evangelização para a transmissão da fé”; e o lema: “Ai de mim se eu não evangelizar!” (1Cor. 9,16). Tudo isto está apoiado na Exortação apostólica Evangelli Gaudium do Papa Francisco.

No que se refere à missão evangelizadora, esta exortação apostólica destaca que a nova evangelização interpela a todos, realizando-se fundamentalmente em três âmbitos. Em primeiro lugar, mencionamos o âmbito da pastoral ordinária, animada pelo fogo do Espírito a fim de incendiar os corações dos fiéis que frequentam regularmente a comunidade, reunindo-se no dia do Senhor, para se alimentarem da sua Palavra e do Pão de vida eterna. Em segundo lugar, lembramos o âmbito das “pessoas batizadas que, porém, não vivem as exigências do Batismo”, não sentem uma pertença cordial à Igreja e já não experimentam a consolação da fé. Mãe sempre solícita, a Igreja esforça-se para que elas vivam uma conversão que lhes restitua a alegria da fé e o desejo de se comprometerem com o Evangelho. Por fim, frisamos que a evangelização está essencialmente relacionada com a proclamação do Evangelho àqueles que não conhecem Jesus Cristo ou que sempre O recusaram. Muitos deles buscam secretamente a Deus, movidos pela nostalgia do seu rosto, mesmo em países de antiga tradição cristã. Todos têm o direito de receber o Evangelho. Os cristãos têm o dever de o anunciar, sem excluir ninguém, e não como quem impõe uma nova obrigação, mas como quem partilha uma alegria, indica um horizonte estupendo, oferece um banquete apetecível. E como dizia Bento XVI: “A Igreja não cresce por proselitismo, mas por atração”.

Ao sermos batizados, todos nós recebemos a missão de trabalhar pelo Reino do Senhor. Esta verdade tem a sua razão de ser pelo fato de a evangelização obedecer ao mandato missionário de Jesus: “Ide e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado” (Mt 28, 19-20). Nestes versículos, aparece o momento em que o Ressuscitado envia os seus a pregar o Evangelho em todos os tempos e lugares, para que a fé n’Ele se estenda a todos os cantos da terra. Nós também queremos obedecer a este mandato do nosso Redentor; renovando, reavivando o nosso compromisso de fé, o nosso compromisso de discípulos missionários. Por isso, achamos interessante aprofundar o tema e o lema do nosso festejo através deste documento pontifício.

Desejo a todos os nossos paroquianos e devotos da Imaculada Conceição um tempo abençoado, repleto da força de Deus e da possibilidade de reavivamento da fé e renovação espiritual.

Que Nossa Senhora da Conceição, rainha do Anil, nos inspire a viver estes dias na presença do seu Filho Jesus, alimentando-nos da Sua Palavra, dos Seus sacramentos, em especial da Eucaristia.
Que Deus vos abençoe pela intercessão de Maria!

Seja-vos dado sentir sempre e por toda parte a proteção da Virgem, por quem recebestes o autor da vida. E vós, que vos reunistes neste novenário para celebrar os seus louvores e os santos mistérios, possais colher a alegria espiritual e o prêmio eterno. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

Amém!

Fraternalmente, em Cristo e Maria,
Frei José de Arimatéia, OFMCap.
Pároco

Título Original: FESTEJO DO ANIL / CARTA CONVITE


Foto: Web

Site: Paroquia Nossa Senhora da  Conceição Anil 
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Rede Eclesial faz apelo em defesa da vida na Amazônia



CNBB

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) foi criada com o objetivo de fortalecer a presença missionária no território amazônico, por meio de uma parceria entre diversas entidades como o Conselho Episcopal Latino-Americano e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A proposta da Rede é unir forças e criar caminhos de diálogo, cooperação e articulação entre todos os atores eclesiais presentes na região. Veja ovídeo de lançamento da Rede

Em mensagem da coordenação da Rede, as lideranças eclesiais expressam preocupação com a vida na Amazônia. “As condições de vida destes povos com suas culturas e o seu futuro nos impelem a ficar mais próximos uns dos outros e a viver em ‘rede’ para resistirmos juntos às investidas de devastação e violência. É desta maior proximidade e solidariedade que emerge nossa esperança. Amazônia tem futuro”, manifestam no texto. Confira a íntegra do texto

Desafios pastorais

Diante da diversidade cultural e da biodiversidade existente na região amazônica, também são identificadas algumas preocupações pastorais. “A expansão do grande capital na exploração da Amazônia através da mineração, agropecuária, construção de estradas, hidrelétricas e empresas madeireiras exige da Igreja maior presença profética. As antigas desobrigas ou tradicionais visitas esporádicas, uma ou outra vez por ano, são insuficientes para o fortalecimento pastoral das nossas comunidades”, destaca a mensagem.

A Repam nasce para articular ações integradas em defesa da vida dos povos da Pan-Amazônia e do seu bioma, fruto da parceria com os institutos de vida consagrada missionária nela inserida, as instituições eclesiais e colaboradores fraternos da Europa e dos Estados Unidos. Trata-se de organismo de “articulação e comunhão que busca estreitar os laços de colaboração e alcançar uma visão comum do trabalho missionário e evangelizador na região”.

Futuro para Amazônia

Ao final da mensagem, os membros da Repam recordam as palavras do papa Francisco que fez apelo à Igreja na América Latina para que cuide da Amazônia e “de toda a Criação que Deus confiou ao homem”.

“Queremos viver uma ‘cultura de encontro’ com todos os povos indígenas, ribeirinhos, pequenos camponeses e com todas as comunidades de fé. Em meio a tantas dificuldades e ameaças à sua cultura e às suas formas de vida, os discípulos e as discípulas missionários são testemunhas vivas de esperança”, expressam as lideranças. 

Com informações e imagem Repam.


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Um estranho batismo


Jerônimo Onofre da IEQTA e seus ensinamentos.
(Só se for segredos para ele enriquecer)


Catia


A criatividade nessas seitas não tem limites, no vídeo a seguir, temos a "Igreja" do Evangelho Quadrangular Templo dos Anjos e a 1a. "Igreja" Quadrangular de Governador Valadares anunciando o BATISMO DA PROSPERIDADE(ou de MAMOM,como acharem melhor)

O único batismo que conheço é o batismo em nome da Trindade,em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,mas tem quem prefira se batizar em nome de MAMOM,lamentável!

"Igreja" do Evangelho Quadrangular Templo dos Anjos


1a. "Igreja" Quadrangular de Governador Valadares


Cada dia essas seitas se superam mais e mais.Aonde isso vai parar,meu Deus?

Título Original: O batismo em nome de Mamom


Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 23 de novembro de 2014

O Senhor está nos dizendo hoje na Festa de Cristo Rei que você é Dele


Canção Nova Sertaneja



Monsenhor Jonas Abib – Foto: Wesley Almeida


Monsenhor Jonas Abib

Na época de Jesus eram comum as ovelhas. O Senhor faz questão de dizer na primeira leitura que ele mesmo vai apascentar suas ovelhas. O Senhor está nos dizendo hoje na Festa de Cristo Rei que você é Dele, e por isto não pode entregar-se a mais ninguém e a nada mais que não seja Ele. O pedido é que você o acolha, e entregue a Ele a sua vida, que já é Dele, mas é preciso que você a entregue livremente.

É Festa de Cristo Rei, aquele que toma forma de pastor para demonstrar todo o seu carinho a você. Neste dia entregue-se a Jesus Cristo. Realmente, Ele é o Senhor e nós somos Dele, pertencemos a Ele.

“Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão. Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar — oráculo do Senhor Deus — Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito. Quanto a vós, minhas ovelhas — assim diz o Senhor Deus —, eu farei justiça entre uma ovelha e outra, entre carneiros e bodes”. (Ezequiel 34,11-12.15-17)

Aqui não se trata de ovelha, mas de gente. Seja qual for a perdição que você esteja Ele quer ir ao seu encontro. Com que companhias você caminha, por onde você anda? O Senhor ama você, vai procurá-lo. Deixe-se resgatar pelo Senhor.


Peregrinos participam da Santa Missa de encerramento do Canção Nova Sertaneja – Foto: Wesley Almeida

Quantos extraviados, o Senhor bondosamente está indo atrás de você. Quanta gente com doenças do corpo ou da alma, hoje, na Festa do Rei Magnânimo, aquele que dá mil presentes, solta presos, mostrando sua bondade quer curar você. Mas o Senhor não se esquece da ovelha gorda, aquela que está saudável Ele também cuidará dela.

A segunda leitura vem nos dizer que Cristo ressuscitou dos mortos como primícias daqueles que morreram. Primícias são os primeiros frutos, as primeiras crias, quer dizer que o primeiro que ressuscitou foi Jesus, Ele é a primícia. Cristo ressuscitou, depois aqueles que creem Nele também ressuscitarão.

“Então verão o Filho do homem, vir sobre as nuvens com grande glória e majestade” (Lucas 21, 27). Chegará o dia em que Cristo virá em glória e todos o verão. E quando começarem acontecer essas coisas, reanimai e levantai vossas cabeças porque está próxima a vossa libertação. Muitos tem medo deste momento, mas não é para ter, o Senhor virá numa nuvem e todos os que morreram Nele ressuscitarão primeiro e depois nós.

Aqueles que estiverem vivos não precisarão morrer, receberão um corpo glorioso, transformados pelo Senhor. Todos nós subiremos ao encontro do Senhor nos ares, e assim para sempre estaremos com o Senhor. O mais importante é o final, para sempre quer dizer para sempre. No livro do Apocalipse diz que o Senhor enxugará as lágrimas dos nossos olhos, não haverá mais dor, nem morte só felicidade.

Pensamos que o Senhor estará no céu longe de nós, mas não, estaremos no Senhor, como um amigo, marido e esposa, pais e filhos estão próximos, assim estaremos com o Senhor. Qualquer glória que alguém viva aqui, não se compara a glória que será no céu. Cada um participará da glória com Deus, seremos um com Ele.

“Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.” (Mateus 25, 32 – 33)

O Evangelho de hoje nos diz que o senhor separará as ovelhas dos cabritos, porque os cabritos são maus e atacam as ovelhas, os dois animais representam os bons e os maus. O Senhor reunirá todas as nações e civilizações de todos os tempos.

Quando Deus criou o mundo ele já pensava em você, Ele já queria te salvar, por isto você não pode se perder. Tome posse do Reino que está preparado desde a criação do mundo.

Imagine o Senhor dizendo isto a você, no fim dos tempos quando nos encontrarmos com Ele:

“Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar’. Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso e fomos te visitar?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mateus 25, 35 – 40)

O Senhor toma para si o que você faz a alguém que seja necessitado. A pessoa que você acolheu na verdade era Jesus.


“Seja qual for a perdição que você esteja, o Senhor quer ir ao seu encontro”, destacou Monsenhor Jonas – Foto: Wesley Almeida

Imagine aqueles que estiverem a esquerda de Deus, ele não quereria dizer isto, mas pelas atitudes ele dirá: “Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não me fostes visitar’. E responderão também eles: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade eu vos digo: todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!’ Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”. (Mateus 25, 41 – 46)

Nosso julgamento final será, justamente, na base do amor concreto. De dar de comer, de beber, vestir o nu, visitar o que está na prisão.

O Senhor não quer que nenhum de nós se perca. O senhor virá e está cada vez mais perto. O senhor quis atingir você, abrace o que Ele fez em você neste fim de semana. O senhor quer a sua salvação eterna, caso se esqueça do que foi dito aqui, só não se esqueça disto: o Senhor o quer salvo por toda eternidade.

No dia de hoje começa o primeiro dia do resto da sua vida. Assuma isto!

Título Original: Reinar com Cristo para sempre


Site: Canção Nova Eventos
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 22 de novembro de 2014

Noé e a Justiça Divina



Almas Castelo

A relação de afinidade que temos com os vivos é diferente do que Deus tem com os Homens. Deus é misericordioso, mas sumamente Justo. Terrível será aquele dia em que seremos julgados por Deus.

No início da criação, Deus deu longevidade para os homens e estes viviam na terra por longos anos.

No livro do Gênesis, consta que Adão e Eva tiveram muitos filhos. Depois que Caim, por inveja, matou seu irmão Abel, o próprio Deus castigou Caim que acabou fugindo da presença de Deus. “Caim retirou-se da presença do Senhor, e foi habitar na região de Nod, ao oriente do Éden.” (Gênesis 4, 16)

Depois de algum tempo, Caim conheceu sua mulher e teve filhos e ainda construiu uma cidade (Gênesis 4, 17). Um dos descendentes de Caim, chamado Lamec tomou duas mulheres, e ele disse a suas mulheres: Por uma ferida matei um homem, e por uma contusão um menino. Já trabalhavam com cobre e ferro. (Gênesis 4, 19-23)

Diz uma vidente que: “A cidade foi construída de pedras e o povo se entregava a seus horrores e desordens e pecados. Os mais fortes impunham seus costumes e libertinagem. Em todos os lugares havia falsa liberdade (tudo pode, menos servir a Deus). Chegavam a oferecer sacrifícios de crianças. Deus se arrependeu de ter criado o homem.”

Assim também Adão e Eva tiveram muitos outros filhos e uma descendência enorme.

Nas Sagradas Escrituras, os descendentes de Caim são chamados filhos dos homens e os outros descendentes de Adão eram chamados filhos de Deus.

Gênesis 6, 1-6:

Quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhas, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram belas, e escolheram esposas entre elas. O senhor então disse: “Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será de cento e vinte anos.” Naquele tempo viviam gigantes na terra, como também daí por diante, quando os filhos de Deus se uniam às filhas dos homens e elas geravam filhos. Estes são os heróis, tão afamados nos tempos antigos.

O Senhor viu que a maldade dos homens era grande na terra, e que todos os pensamentos de seu coração estavam continuamente voltados para o mal.
O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem na terra, e teve o coração ferido de íntima dor.

Henoc, antepassado de Noé, pregava contra o povo. É muito difícil os homens de bem viver num mundo voltado para o pecado. Henoc era um homem sumamente bom e agradecido a Deus. Assim conservou a religião na família de Noé. Henoc era tão amado por Deus que não passou pela morte, mas Deus o transladou ao paraíso terrestre. No fim do mundo Elias e Henoc sairão do Paraíso para combater o anti-Cristo.

O mundo já estava entregue ao mal. Poucos se preservaram. Imaginem a tristeza de Adão ao ver sua descendência decadente.

Até que nasceu Noé que era um homem justo e amado por Deus. Ele e sua família eram os únicos fiéis ao Senhor. Dizem os que receberam alguma revelação de Deus que Noé era um ancião de aspecto infantil (entenda-se inocente).

Deus aparece a Noé e diz que vai destruir a humanidade. Pede para Noé construir uma arca com sua família. Consta em algumas revelações que Noé morava um pouco afastado do centro da cidade. Deus havia prometido um dilúvio e sua família, fiel a Deus, acreditavam.

Na inocência de tentar salvar algumas almas, Noé falava sobre o dilúvio, mas as pessoas zombavam dele.

Algumas pessoas até desconfiavam que poderia ser verdade as palavras de Noé, MAS NÃO SE CONVERTIAM, e sim antes construíam casas de pedras fortes e muralhas para defender-se da ira de Deus. Reinava na terra a mais completa desordem, roubos, imoralidades, vícios e costumes depravados.

Os homens não eram depravados por ignorância ou porque eram selvagens ou pouco civilizados, mas por maldade mesmo. Pensavam no gostoso de apenas gozar a vida, pois havia “bem estar” geral, e viviam comodamente.


Tinham tudo o que era necessário. Porque mudar sua vida e se converterem?

Praticavam a idolatria e não faltavam esforços para perder os filhos de Noé também.

Por longos anos (por volta de oitenta anos) Noé construiu a Arca. Terminada a Arca começavam a chegar os animais, sendo abrigados na Arca.

Noé, sua mulher, e os filhos Cam, Sem e Jafet com suas mulheres, entraram na arca também. O Senhor disse a Noé:"Entra na arca, tu e toda sua casa, porque te reconheci justo diante dos meus olhos, entre os de tus geração.” (Gênesis 7, 1)

Noé fechou a arca por dentro e Deus a fechou por fora. Tudo está acabado.

Começou a chuva e as águas milagrosamente vinham de todos os lados. As pessoas gritavam do lado de fora para Noé abrir a arca, mas Noé não podia.

Noé ouvia seus sobrinhos, seus parentes gritando e morrendo afogados. Isso devia lhe afligir o coração, mas era ordem de Deus não abrir a arca. Todas as criaturas que se moviam na terra foram exterminadas (Gênesis 7, 21).

Quem poderá julgar a sabedoria infinita de Deus? Os laços que nos prendem a nossos parentes e amigos não pode aplacar a Cólera da Justiça divina.

Fica a sugestão de meditação para os dias de hoje.

Fonte das fotos: Gustave Doré


Site: Almas Castelos
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Arquidiocese de Olinda e Recife emite nota de esclarecimento sobre prisão de ex-padre





CNBB

A arquidiocese de Olinda e Recife (PE) emitiu uma nota de esclarecimento a respeito do ex-padre Mário Roberto Gomes de Arruda, que foi preso na cidade do Cabo de Santo Agostinho (PE). A arquidiocese esclarece que Mário já havia passado por um processo canônico que resultou na perda de seu estado clerical e, portanto, "há três meses ele não pode exercer, válida e licitamente, nenhuma função religiosa, na Igreja Católica Apostólica Romana". Leia, abaixo, a nota: 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Desde ontem, está sendo divulgada, pelos meios de comunicação social e demais mídias, a notícia da apreensão de uma mulher e dois homens, com 170 quilos de maconha, num imóvel utilizado como igreja, em Pontezinha, município do Cabo de Santo Agostinho. Um dos homens é Mário Roberto Gomes de Arruda, identificado como padre.

Para evitar quaisquer dúvidas, esclareço que o citado senhor Mário Roberto Gomes de Arruda foi ordenado padre, na Arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Submetido a um processo canônico, que culminou com a perda definitiva e irrevogável do estado clerical, imposta pelo Papa Bento XVI, ele não pode exercer, válida e licitamente, nenhuma função religiosa, na Igreja Católica Apostólica Romana, que não o reconhece mais como padre.

Ademais, ele não tem nenhuma vinculação com a Arquidiocese de Olinda e Recife, embora esteja residindo no seu território, por razões pessoais.

Recife, 21 de novembro de 2014.

Dom Antônio Fernando Saburido, OSB
Arcebispo Metropolitano


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Uma breve explicação sobre o inferno



Cléofas

“Entrai pela porta estreita! Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram!” Mt 7,13

Jesus nos adverte que seremos separados Dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves, ou seja, dos pobres, dos pequenos que são nossos irmãos; ou se morrermos em pecado moral sem ter se arrepender, e sem ter acolhido o amor misericordioso de Deus.

Este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus, com a amizade de Deus, é o que chamamos de “Inferno”, como podemos observar no parágrafo 1033 do Catecismo da Igreja Católica:

“ Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: “Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem vida eterna permanecendo nele” (1 Jo 3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro dos pobres e dos pequeninos.”

Título Original: O que é o inferno?


Foto: Web

Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Salmo 150 - Doxologia

"Tudo o que respira louve o Senhor!"

Bíblia Católica Online

1.Aleluia. Louvai o Senhor em seu santuário, louvai-o em seu majestoso firmamento.

2.Louvai-o por suas obras maravilhosas, louvai-o por sua majestade infinita.

3.Louvai-o ao som da trombeta, louvai-o com a lira e a cítara.

4.Louvai-o com tímpanos e danças, louvai-o com a harpa e a flauta.

5.Louvai-o com címbalos sonoros, louvai-o com címbalos retumbantes. Tudo o que respira louve o Senhor!

Bíblia Ave Maria, pg 777


Foto: Web

Site: Bíblia Católica Online
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Sinal da Cruz remonta ao tempo dos apóstolos



Gaudium Press

Em fins do quarto século, a grande multidão reunida em torno de um gigantesco pinheiro aguardava o desfecho de um empolgante episódio. O bispo São Martinho de Tours havia feito derrubar um templo pagão e decidira cortar o pinheiro que se encontrava próximo ao local e era objeto de culto idolátrico.


A isto se opuseram numerosos pagãos que lançaram um desafio: consentiriam no abate da "árvore sagrada" se o Santo, como prova de sua confiança em Cristo, estivesse disposto a ficar amarrado debaixo dela enquanto eles próprios a cortassem.

Assim foi feito. E vigorosos golpes de machado em pouco tempo fizeram o tronco começar a pender em direção à cabeça do homem de Deus. Rejubilavam- se ferozmente os pagãos, enquanto os cristãos olhavam com angústia para seu santo bispo.

O Bispo fez o sinal-da-cruz e o pinheiro, como que soprado por uma potente rajada de vento... caiu do outro lado, sobre alguns dos mais ferrenhos inimigos da Fé.

Nessa ocasião, muitos se converteram à Igreja de Cristo.

Remonta ao tempo dos Apóstolos

Segundo a tradição, corroborada pelos Padres da Igreja, o sinal-da-cruz remonta ao tempo dos Apóstolos. Alguns afirmam que o próprio Cristo, durante a sua gloriosa Ascensão, abençoou os discípulos com este símbolo de sua Paixão Redentora. Os Apóstolos e demais discípulos teriam, por conseguinte, propagado esta devoção em suas missões.

Já no século II, Tertuliano, o primeiro escritor cristão de língua latina, exortava: "Para todas as nossas ações, quando entramos ou saímos, quando nos vestimos ou tomamos banho, estando à mesa ou acendendo as velas, quando vamos dormir ou nos sentar, no início de nossas obras, façamos o sinal-da-cruz".

Este bendito sinal é ocasião de graças tanto nos momentos mais importantes quanto nos mais corriqueiros da vida cristã.

Ele se nos apresenta, por exemplo, em diversos sacramentos: no Batismo, assinalando com a cruz de Cristo aquele que vai Lhe pertencer; na Confirmação, quando recebemos na fronte os santos óleos; ou ainda, nas horas derradeiras, quando somos agraciados com a Unção dos Enfermos. Persignamo-nos no início e no fim das orações, ao passar diante de uma igreja, ao receber a bênção sacerdotal, ao iniciar uma viagem, etc.

Uma devoção rica em significados

O sinal-da-cruz tem inúmeros significados, dentre os quais se destacam os seguintes: um ato de entrega a Jesus Cristo, uma renovação do Batismo e uma proclamação das principais verdades de nossa Fé: a Santíssima Trindade e a Redenção.

O modo de fazê-lo também é rico em simbolismo e sofreu algumas alterações ao longo dos tempos.

A primeira delas parece ter sido decorrência de uma controvérsia com a seita dos monofisitas (séc. V), os quais se persignavam com apenas um dedo, querendo com isto significar que na pessoa de Cristo o divino e o humano se reuniam numa só natureza.

Em oposição a esta falsa doutrina, os cristãos passaram a fazer o sinal-da-cruz unindo três dedos (polegar, indicador e médio), para indicar seu culto à Santíssima Trindade, e apoiando os outros dois na palma da mão, para simbolizar a dupla natureza (divina e humana) de Jesus. Ademais, em toda a Igreja, os cristãos dessa época se persignavam em sentido contrário ao em uso hoje, ou seja, do ombro direito para o esquerdo.

Inocêncio III (1198-1216), um dos maiores papas do período medieval, deu a seguinte explicação simbólica dessa maneirade se persignar:

"O sinal- da-cruz deve ser feito com três dedos, pois se faz com a invocação da Santíssima Trindade. O modo tem de ser de cima para baixo e da direita para a esquerda, porque Cristo desceu do Céu para a terra e passou dos judeus (direita) para os gentios (esquerda)". Atualmente, essa forma continua sendo usada apenas nos ritos católicos orientais.

No início do século XIII, alguns fiéis, imitando o modo de o sacerdote dar a bênção, começaram a se persignar da esquerda para a direita, com a mão espalmada. O mesmo Papa relata o motivo dessa mudança: "Outros, entretanto, fazem o sinal-da-cruz da esquerda para a direita, porque da miséria (esquerda) podemos chegar à glória (direita), assim como sucedeu com Cristo ao subir aos Céus. (Alguns padres) fazem desse modo e as pessoas procuram imitá-los".

Esta forma acabou por se tornar costume em toda a Igreja no Ocidente, e assim permanece até os nossos dias.

Benéficos efeitos

O sinal-da-cruz é o mais antigo e o principal sacramental, isto é, um "sinal sagrado", mediante o qual, à imitação dos sacramentos, "são significados principalmente efeitos espirituais que se alcançam por súplica da Igreja" (CIC, cân. 1166).

Ele nos defende do mal, protege contra as investidas do demônio e nos obtém graças de Deus.

São Gaudêncio (séc. IV) afirma que, em todas as circunstâncias, ele é "uma invencível armadura dos cristãos".

Aos fiéis que se mostravam perturbados ou tentados, os Padres da Igreja aconselhavam o sinal-da-cruz como solução de eficácia garantida.

São Bento de Núrsia, após viver por três anos como ermitão em Subiaco, foi procurado pelos monges de um mosteiro próximo dali, cujo abade falecera, os quais, depois de muita insistência, conseguiram que ele concordasse em assumir esse cargo. Em breve, porém, arrependeram-se ao constatar que o novo abade não lhes permitia levar a vida relaxada de antes, e combinaram de matá-lo.

Nesse criminoso intuito, apresentaram-lhe uma jarra de vinho envenenado. Quando, conforme seu costume, o homem de Deus traçou sobre ela o sinal-da-cruz, ela se desfez em pedaços.

* * *

Ave, ó Cruz, nossa única esperança! Na Cruz de Cristo, e só nela, devemos confiar. Se ela nos sustenta, não cairemos; se ela é nosso amparo, não desesperaremos; se ela é nossa força, o que poderemos temer?

Seguindo o conselho dos Padres da Igreja, jamais tenhamos respeito humano ou negligência em utilizar este eficaz sacramental, pois ele será sempre nosso refúgio e proteção.

Por Felipe Ramos

(in Revista Arautos do Evangelho, Jul/2005, n. 43, p. 28-29)

Autoriza-se a sua publicação desde que se cite a fonte.

Título Original: Sinal da Cruz: um sacramental para todos os momentos do dia


Site: Gaudium Press
Editado por Henrique Guilhon