A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

sábado, 31 de outubro de 2015

Política do filho único abandonada pela China



Zenit

Partido Comunista quer evitar o forte envelhecimento da população e o desequilíbrio entre o número de homens e mulheres

O Partido Comunista da China após 36 anos obrigando a população a viver a política do filho único, decidiu que os casais podem ter duas crianças. A notícia divulgada nesta quinta-feira (29) pela agência oficial de notícias Xinhua, indica que a medida imposta em 1980 foi relaxada nos últimos anos.

Desde o início da restrição, muitas vozes se levantaram contra esse decreto, por violação dos direitos humanos e reprodutivos. Os católicos na China sofrem diretamente esta legislação comunista que provocou pelo menos 400 milhões de abortos.

O resultado do decreto do ditador Deng Xiaoping, imposto a força, foi que a taxa de fertilidade do país atingiu 1,8 filhos por mulher, entre os mais baixos do mundo, abaixo dos 2,1 por cento necessário para manter a substituição de gerações. Além disso, o fato das famílias poderem ter apenas um filho, de preferência homem, causou abortos seletivos por sexo, crianças abandonadas em orfanatos e até mesmo o infanticídio feminino.

Caso a família tivesse um segundo filho, deveria pagar uma multa de 1500 euros. Os casais que se negavam a cometer aborto tentavam convencer algum membro do Partido Comunista local a “fechar os olhos”, alimentando o mercado da corrupção mercado.

Estes dados foram divulgados pelo escritor Ma Jian, em 2013, e publicados pelo The Gardian. Outro problema é o fato de que as famílias que perderam o único filho, não conseguem superar a dor. Para elas, o Estado concede uma pensão de 49 dólares para quem mora na cidade e 25 dólares para quem mora na área rural. Ma Jian também contou que bastavam apenas alguns minutos no campo para ver o pequeno corpo de uma criança sem vida passando pelos rios. Em 1983, um enviado do Obs Nouvel disse que viu "corpos de meninas em sacos cheios de pedra".

Na década de 80 foi permitido que as famílias das áreas rurais pudessem ter um segundo filho se o primeiro fosse uma menina e as minorias étnicas não foram submetidas a esta legislação.

A decisão tomada pelo comitê do Partido Comunista Chinês, discutida essa semana com os líderes do regime, tem como objetivo evitar o forte envelhecimento da população e o desequilíbrio entre o número de homens e mulheres.
Título Original: A China abandonou a política do filho único


Foto: Web

Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O Espírito Santo está em nós como um dínamo, e podemos recorrer a Ele para buscarmos energia, força e poder

Mons. Jonas Abib

Você pode ser conduzido pelo Espírito Santo

“Força” é dynamos em grego, e dynamos gerou dínamo para nós, e também dinamite. Dínamo quer dizer gerador de energia, de força.

O Espírito Santo está em nós como um dínamo, e podemos recorrer a Ele para buscarmos energia, força e poder. Veja o que os dínamos fazem: por meio dele, os grandes guindastes levantam toneladas e mais toneladas de objetos.

Se os cristãos soubessem que o poder de Jesus está ao alcance deles, poderiam transformar, curar, libertar, livrar as pessoas do vício, transformar famílias, estruturas e sociedades.

Nós detemos a mais poderosa energia do mundo, o mais poderoso poder do mundo, mas não o usamos. Por isso, o Senhor quer que a renovação seja mais e mais transformada pelo Espírito Santo.

Recebemos o Espírito Santo no nosso batismo, mas precisamos ser mais e mais impregnados por Ele, para sairmos de nossos comodismos e sermos testemunhas do Senhor. É preciso levar ao mundo o maravilhoso poder de Deus, o poder mais impressionante que a Terra já viu, o poder de Jesus posto à disposição dos cristãos e da Igreja.

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com




Uma vez, um sacerdote viajava ao lado de um pastor. Começaram a conversar sobre a figura de Maria. Então, o sacerdote, com muita unção, começou a dar testemunho das maravilhas que Deus fizera com Maria e de como ela se deixou banhar, impregnar, ungir, conduzir pelo Espírito Santo na vida e nos atos. A conversa foi se tornando cada vez mais empolgada, e o sacerdote dizia:

“Isso que aconteceu com Maria, pastor, Deus quer que aconteça conosco. Ele quer que nós sejamos cheios do Espírito Santo, como Maria, para que, assim como ela trouxe ao mundo o Salvador, nós possamos também gerar e dar à luz no mundo o Salvador de hoje, a salvação hoje.” E o padre terminou assim: “O mundo não conhece ainda o que Deus pode fazer com o homem cheio do Espírito Santo, o que o homem cheio do Paráclito vai fazer por este mundo, mas eu quero ser este homem. Sim, eu quero ser este homem cheio do Espírito Santo, eu quero ser como Maria”.

E pastor disse: “Eu quero ser como Maria, cheio do Espírito Santo. Eu quero me deixar encher pelo Espírito de Deus, deixar-me conduzir por Ele, permitir que Ele me guie nos atos do dia a dia pelo Espírito Santo, buscar a instrução e a sabedoria do Espírito. Quero ser esse homem cheio da graça de Deus que o mundo ainda não conheceu”.

O padre ficou entusiasmado, e os dois diziam: “Eu é que quero ser esse homem cheio do Espírito Santo, eu quero ser conduzido por Ele”. E todo mundo ficou admirado com a batalha espiritual que se travava entre eles. Mas eles não estavam discutindo, estavam se emulando, porque um e outro queriam ser aquele homem cheio do Espírito Santo.

E você? Não quer também? É a sua hora! O Deus vivo e verdadeiro precisa de suas testemunhas. Nós já fomos testemunhas muito fracas do Senhor, e Ele, agora, precisa de uma verdadeira defesa, porque o mundo não viu ainda o que Deus pode fazer com o homem, com uma mulher cheios do Espírito Santo. E mais ainda: as consequências é que são importantes.

Você pode ser conduzido pelo Espírito Santo, guiado por Ele, orientado passo a passo por Ele, experimentar o poder de Deus agindo em você. Seu corpo vai ser como instrumento no qual o Espírito Santo toca, e a melodia o mundo todo vai ouvir.

Oração


Vinde, Espírito Santo!
Jesus, eu quero ser como Maria, cheio do Espírito Santo. Eu quero experimentar o poder de Deus agindo em mim.
Quero ser essa pessoa cheia do Espírito que o mundo ainda não conheceu.
Eis-me aqui, Jesus, revendo a minha vida e percebendo que até agora não fiz nada. Eu quero, Senhor, que Seu Espírito toque em mim a melodia que o mundo precisa ouvir.
Divino Espírito de Deus, em ti busco graça, força e poder. Vem ser o gerador de energia, de força que os irmãos precisam ver em minha vida. Amém!

Trecho retirado do livro: A sabedoria está no ar, de monsenhor Jonas Abib

Adquira o livro:






Título Original: O que uma pessoa cheia do Espírito Santo pode fazer?


Site: Padre Jonas Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Deus e os desastres naturais




Aleteia

Furacões, terremotos, inundações... Eles acontecem por causa dos pecados humanos? Eles são "obra de Deus"?

Milhões de pessoas inocentes sofrem os efeitos de acidentes ou desastres naturais. Não sabemos a razão pela qual Deus permite os desastres naturais, mas Ele não é indiferente ao sofrimento. Sabemos que, no começo, Deus criou a natureza e a abençoou. Quando Adão e Eva pecaram, o mal entrou no mundo e esta desordem também afetou a natureza (criando a possibilidade de que haja desastres naturais). As catástrofes não são “obra de Deus” no sentido de queridas por Ele como tais. Inclusive nestas situações de desastre, o sofrimento de Cristo está unido ao das pessoas, porque Jesus tenta levar todos até Ele.

Muitas pessoas sofrem quando as catástrofes as atingem, incluindo aquelas que nunca cometeram pecados graves ou tiveram más condutas.

João Paulo II, em sua carta apostólica “Salvifici doloris”, usa a história bíblica de Jó para ensinar que o sofrimento nem sempre é um castigo. Explica que Jó foi atingido por “inúmeros sofrimentos” e que seus amigos diziam que ele provavelmente tinha feito algo mau para merecer isso. Segundo eles, o sofrimento sempre é o castigo por um crime realizado; é enviado por um Deus absolutamente justo e por motivos de justiça.

“Este, a seu ver – afirma João Paulo II – , pode ter sentido somente como pena pelo pecado; e portanto, exclusivamente no plano da justiça de Deus, que paga o bem com o bem e o mal com o mal”. Acontece a mesma coisa quando as pessoas dizem que as catástrofes naturais são “obra de Deus”.

João Paulo II diz que a história de Jó demonstra que esta afirmação é falsa. Escreve: “Se é verdade que o sofrimento tem um sentido como castigo, quando ligado à culpa, já não é verdade que todo o sofrimento seja consequência da culpa e tenha caráter de castigo. A figura do justo Jó é disso prova convincente no Antigo Testamento. A revelação, palavra do próprio Deus, põe o problema do sofrimento do homem inocente com toda a clareza: o sofrimento sem culpa. Jó não foi castigado; não havia razão para lhe ser infligida uma pena, não obstante ter sido submetido a uma duríssima prova”.

Um exemplo do Novo Testamento: Cristo fala desta situação quando 18 pessoas morreram quando uma torre caiu. Ele disse: “E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que qualquer outro morador de Jerusalém? Eu vos digo que não” (Lc 13, 4-5). Aqui, Jesus nos recorda que os que sofrem não são necessariamente mais pecadores que os que não sofrem.

Quando Deus criou a natureza, tudo era bom. Mas quando o pecado entrou no mundo, também a natureza se viu afetada. A corrupção da criação perfeita por meio do pecado deu espaço aos desastres naturais.

Antes da queda de Adão e Eva (e, portanto, de toda a humanidade), existia uma harmonia entre o homem, os animais e a natureza, e o homem tinha a tarefa de cuidar da criação. O primeiro capítulo da Bíblica nos conta: “Deus viu tudo quanto havia feito e achou que era muito bom” (Gn 1, 31).

Quando Adão e Eva cometeram o pecado original, uma das primeiras consequências foi o rompimento desta harmonia. O Senhor disse ao homem: “Porque ouviste a voz da tua mulher e comeste da árvore, de cujo fruto te proibi comer, amaldiçoado será o solo por tua causa. Com sofrimento tirarás dele o alimento todos os dias de tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e ervas daninhas, e tu comerás das ervas do campo” (Gn 3,17-18). Deus não ordenou a corrupção da criação nesse momento – como indicaram muitos especialistas –, mas se lamentou pela inevitável consequência de corrupção e de morte que o mal traz consigo. O pecado original não só afeta a alma dos homens e das mulheres, mas também traz desordem ao mundo natural.

O Catecismo ensina que, então, a harmonia com a criação foi rompida; a criação visível se tornou estranha e hostil ao homem. Por causa do homem, a criação é submetida à “servidão da corrupção” (Catecismo da Igreja Católica, 400).

Devido à Queda, a natureza já não tem uma ordem perfeita. Apesar de haver muito bem na natureza, também ocorrem desastres, como inundações, furacões e tornados. Tais fenômenos não são diretamente uma “obra de Deus”, mas sim o resultado da imperfeição do mundo natural. Tal imperfeição não vem de Deus, mas do mal. É natural e lógico que as pessoas se horrorizem diante das consequências destes desastres naturais, mas não são obras de Deus, senão que têm sua origem no mal.

Ainda que Deus não tenha mandado o sofrimento que procede das tragédias e dos desastres naturais, em sua providência, Ele nos convida, por meio do nosso sofrimento, a que nos aproximemos dele – do Deus que não poupou seu próprio Filho, permitindo que carregasse todo o peso do mal em sua crucificação.

A natureza do mundo mudou com a Queda, mas voltou a mudar com a morte de Jesus Cristo na cruz. Quando Cristo morreu por todos nós, deu-nos a possibilidade de uma vida eterna. Como cristãos, reconhecemos que o sofrimento físico é temporal, mas a separação de Deus tem consequências eternas. O Beato João Paulo II escreveu que o “o homem ‘morre’ quando perde a vida eterna”. O contrário da salvação não é o sofrimento temporal, mas o sofrimento definitivo, a perda da vida eterna, ser rejeitados por Deus; é a condenação.

Ainda que Deus não mande as catástrofes, o Pe. John Flader explica, em um artigo da versão australiana do “Catholic Weekly”, que o sofrimento produzido neste tipo de acontecimentos pode ser uma oportunidade de receber a graça e, dessa maneira, evitar o sofrimento definitivo da separação de Deus. O Pe. Flader escreve: “Deus permite os desastres naturais porque, em sua infinita sabedoria, sabe que pode ajudar em seu propósito de atrair almas à vida eterna. Apesar do mal, Deus nos dá algo bom. Além disso, sabemos que ‘tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus’ (Rom 8, 28)”.

“Sem dúvida – afirma o Pe. Flader –, o bem surge de forma ostensível no imenso sofrimento que se produz em um desastre natural. As pessoas percebem quão frágil é a sua vida e quão incerta é sua existência na Terra; sentem a necessidade de se arrepender dos seus pecados e de se dirigir a Deus com uma oração mais confiante.”

Todos nós já vimos exemplos de pessoas que mudaram para melhor graças à forma como responderam em circunstâncias terríveis: bombeiros que arriscam suas vidas pela dos outros, famílias que deixam de lado suas diferenças e se unem em épocas de crise, pessoas que aprendem a valorizar a oração acima das coisas materiais que perderam no desastre natural… Em meio ao sofrimento do mundo, existe uma grande oportunidade de recorrer a Cristo e esperar uma felicidade eterna com Ele.

Nossa própria resposta aos desastres naturais deveria ser a de nos aproximarmos mais do nosso Senhor em nossos sofrimentos e reconhecer que somente nele podemos esperar uma felicidade definitiva.

Muitos lugares, com diferentes níveis de prosperidade, beleza e prestígio, foram arrasados completamente pelas catástrofes naturais ao longo dos anos. Tais acontecimentos destroem a vida de ricos e pobres e, muitas vezes, fazem que as pessoas reflitam sobre suas prioridades de fé, família, amizade.

João Paulo II ensinou que Cristo elevou o sofrimento humano ao grau da redenção. Quando sofremos, nós nos unimos ao sofrimento de Cristo, quem, sendo inocente, sofreu a morte pela nossa salvação. Deus está presente nos desastres naturais, não como alguém que manda um castigo, mas como Aquele a quem nos dirigimos quando estas coisas acontecem, e o único que pode nos oferecer uma felicidade eterna. Ele sabe que nós sofremos, assim como Jesus sofreu por nós para poder chegar a um mundo no qual, um dia, todas as coisas se farão novas e as catástrofes não mais existirão.

Título Original: Os desastres naturais são um castigo divino?


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

A Eucaristia, rememora a Páscoa de Cristo, e esta se torna presente




Dom Henrique Soares

Assim diz o Catecismo da Igreja: “Quando a Igreja celebra a Eucaristia, rememora a Páscoa de Cristo, e esta se torna presente: o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na cruz torna-se sempre atual: Todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nossa Páscoa foi imolado, efetua-se a obra da nossa redenção. Por ser memorial da páscoa de Cristo, a Eucaristia é também um sacrifício. O caráter sacrifical a Eucaristia é manifestado nas próprias palavras da instituição: ‘Isto é o meu Corpo que será entregue por vós’, e ‘Este cálice é a nova aliança em meu Sangue, que vai ser derramado por vós’ (Lc 22,19s). Na eucaristia, Cristo dá este mesmo corpo que entregou por nós na cruz, o próprio sangue que ‘derramou por muitos para remissão dos pecados’ (Mt 26,28)” (Catecismo da Igreja Católica, 1365). A Celebração Eucarística é, portanto, memorial, isto é, o tornar-se presente, no aqui e no agora da vida da Igreja e da vida de cada um de nós, daquele único e irrepetível sacrifício que Jesus ofereceu na cruz. “O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício: ‘É uma só e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere” (Catecismo, 1367).

Assim, a Eucaristia torna presente, “presentifica”, o único e irrepetível sacrifício do Cristo salvador; sacrifício que o Senhor Jesus deu à sua Igreja para que ela o ofereça até que ele venha em sua Glória. Por isso mesmo, é chamado de sacrifício de louvor, sacrifício espiritual (porque oferecido na força do Espírito Santo), sacrifício puro e santo (porque sacrifício do próprio Cristo Jesus). Este santo sacrifício da Missa leva à plenitude todos os sacrifícios de todas as religiões e, particularmente, aqueles do Antigo Testamento. Podemos até recordar as palavras da profecia de Malaquias, na qual Deus prometia a Israel um sacrifício perfeito ao seu nome: “Sim, do levantar do sol ao seu poente o meu nome será grande entre as nações, e em todo lugar será oferecido ao meu nome um sacrifício de incenso e uma oferenda pura” (1,11). Cristo, com seu sacrifício único e irrepetível, que entregou à sua Igreja para celebrá-lo até que ele venha, ofereceu este sacrifício, cumprindo a profecia.

Mas, quando a Igreja fala em sacrifício de Cristo, ela não pensa simplesmente no que aconteceu no Calvário. Toda a existência humana de Jesus teve um caráter sacrifical. O Autor da Carta aos Hebreus, falando do Cristo o momento de sua Encarnação, afirma: “Ao entrar no mundo, ele afirmou: ‘Tu não quiseste sacrifício e oferenda. Tu, porém, formaste-me um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não foram do teu agrado. Por isso eu digo: Eis-me aqui, - no rolo do livro está escrito a meu respeito – eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,5). Jesus viveu a toda sua vida entre nós, desde o primeiro momento, no amor, no abandono, na obediência, como uma oferta sacrifical ao Pai para nossa salvação. Toda esta existência sacrifical e sacerdotal chegou ao máximo no sacrifício da cruz. Ali, naquele acontecimento tremendo, verificou-se a palavra da Escritura: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo” (Jo 13,1). Assim sendo, quando celebramos a Eucaristia, é toda esta vida sacrifical, esta vida doada aos irmãos por amor ao Pai, que se torna presente sobre o altar para a nossa salvação. Mais ainda: como esta entrega, consumou-se com a resposta do Pai ao seu Filho, ressuscitando-o dentre os mortos, a Eucaristia é o próprio mistério pascal: no altar, torna-se misteriosamente presente a existência humana de Jesus inteira: seus dias entre nós, sua paixão, morte, sepultura, sua ressurreição e ascensão e até mesmo a certeza da sua vinda gloriosa: “Celebrando, agora, ó Pai, a memória da nossa redenção, anunciamos a morte de Cristo e sua descida entre os mortos, proclamamos a sua ressurreição e ascensão à vossa direita, e, esperando a sua vinda gloriosa, nós vos oferecemos o seu Corpo e Sangue, sacrifício do vosso agrado e salvação do mundo inteiro” (Oração eucarística IV).

Porque é o sacrifício do próprio Cristo, Filho de Deus feito homem, numa total obediência amorosa ao Pai por nós, a Eucaristia é aquele sacrifício perfeito de que falava a profecia de Malaquias 1,11. É o que afirma a própria liturgia : “Por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito” (Oração Eucarística III). A Igreja oferece, pois, este santíssimo sacrifício, de eficácia e valor infinitos, pelos vivos e pelos mortos, por crentes e descrentes e até mesmo por toda a criação: “E agora, ó Pai, lembrai-vos de todos pelos quais vos oferecemos este sacrifício: o vosso servo, o Papa, o nosso Bispo, os bispos do mundo inteiro, os presbíteros e todos os ministros, os fiéis que, em torno deste altar, vos oferecem este sacrifício, o povo que vos pertence e todos aqueles que vos procuram de coração sincero” (Oração Eucarística IV). Neste sacrifício perfeito e infinito, a Igreja louva, agradece, suplica, pede perdão, adora e intercede por si e pelo mundo inteiro, tudo isto unida ao próprio Cristo, seu Cabeça e Esposo. Por isso, nenhuma outra celebração se iguala ao sacrifício eucarístico em força, santidade e eficácia.

Celebrar este sacrifício santo nos compromete profundamente, seja pessoalmente seja como Igreja: “O cálice de bênção que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? O pão que partimos, não é comunhão com o corpo de Cristo?” (1Cor 10,16). Segundo estas palavras de São Paulo, participar da Eucaristia é participar da vida sacrifical de Jesus, é estar dispostos a fazer de nossa vida uma participação no seu sacrifício, completando em nossa existência o mistério da cruz do Senhor (cf. Cl 1,24). Em cada Eucaristia, com Jesus, oferecemos ao Pai a nossa própria vida. Eis como nossa participação no sacrifício eucarístico nos compromete profundamente. Não poderia participar desse Altar quem não estar disposto a se oferecer cada dia com Cristo e como Cristo: “Exorto-vos, portanto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus; este é o vosso culto espiritual. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, agradável e perfeito” (Rm 12,1-2).

Pode-se perguntar de que modo um acontecimento ocorrido há dois mil anos pode se tornar presente sobre o Altar. É importante compreender o que significa o “memorial”. Não significa simplesmente recordação ou memória. Nas Escrituras, memorial é dito zikaron e significa tornar presente, por gestos, símbolos e palavras, um fato acontecido no passado uma vez por todas. Uma vez ao ano, os judeus celebravam e celebram ainda hoje a Páscoa, memorial da saída do Egito. Nessa celebração, ele não somente recordam a passagem da escravidão para a liberdade, mas tinham e têm a consciência que, participando da celebração, participam realmente da própria libertação que Deus operara. Tanto isso é verdade que, ainda hoje, aquele que preside à celebração, diz assim: “Em toda geração, cada um deve considerar-se como se tivesse pessoalmente saído do Egito, como está escrito: ‘Explicarás então a teu filho: isto é em memória do que o Senhor fez por mim, quando saí do Egito’. Portanto, é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a quem realizou todos esses milagres por nossos pais e para nós mesmos. Ele nos conduziu da escravidão à liberdade, do sofrimento à alegria, da desolação a dias festivos, da escuridão a uma grande claridade e do cativeiro à redenção”. E, depois, acrescenta: “Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos redimiste, libertaste nossos pais do Egito, e nos permitiste viver esta noite para participar do Cordeiro, do pão ázimo e das ervas amargas”. Ora, é exatamente isso que a Eucaristia é: memorial da Páscoa do Senhor Jesus. Quando nós a celebramos, torna-se presente no nosso hoje, na nossa vida, na nossa situação, tudo quanto Jesus fez por nós, que alcança seu cume na sua morte e ressurreição. Deste modo, a Páscoa do Senhor está sempre presente e atuante na nossa vida e, através de Jesus e com Jesus, podemos dizer ao Pai como os judeus dizem: “é nosso dever agradecer, honrar e louvar, glorificar, celebrar, enaltecer, consagrar, exaltar e adorar a ti, Adonai, Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!” Então, em cada missa torna-se presente, atuante, o único sacrifício pascal do Senhor, memorial de sua encarnação, de sua vida humana, de sua paixão, morte e ressurreição, de sua ascensão ao Pai e do dom do Espírito que ele nos fez! Resta apenas recordar que tudo isso acontece na força do Espírito Santo, aquele mesmo Espírito eterno no qual Jesus ofereceu-se ao Pai como vítima sem mancha (cf. Hb 9,14). É este Espírito Santo que, transfigurando o pão e o vinho, torna presente sobre o Altar o Cristo morto e ressuscitado, glorioso, mas trazendo eternamente as chagas da paixão, numa oferta eterna, que jamais passará. Diz a Encíclica sobre a Eucaristia: “A Igreja vive continuamente do sacrifício redentor, e tem acesso a ele não só através duma lembrança cheia de fé, mas também com um contacto atual, porque este sacrifício volta a estar presente, perpetuando-se, sacramentalmente, em cada comunidade que o oferece pela mão do ministro consagrado. Deste modo, a Eucaristia aplica aos homens de hoje a reconciliação obtida de uma vez para sempre por Cristo para humanidade de todos os tempos. Com efeito, o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício. Já o afirmava em palavras expressivas S. João Crisóstomo: ‘Nós oferecemos sempre o mesmo Cordeiro, e não um hoje e amanhã outro, mas sempre o mesmo. Por este motivo, o sacrifício é sempre um só. [...] Também agora estamos a oferecer a mesma vítima que então foi oferecida e que jamais se exaurirá’. A Missa torna presente o sacrifício da cruz; não é mais um, nem o multiplica. O que se repete é a celebração memorial, a « exposição memorial de modo que o único e definitivo sacrifício redentor de Cristo se atualiza incessantemente no tempo. Portanto, a natureza sacrifical do mistério eucarístico não pode ser entendida como algo isolado, independente da cruz ou com uma referência apenas indireta ao sacrifício do Calvário” (Ecclesia de Eucharistia, 12).

Concluamos com as palavras do Santo Padre: “Quando a Igreja celebra a Eucaristia, memorial da morte e ressurreição do seu Senhor, este acontecimento central de salvação torna-se realmente presente e realiza-se também a obra da nossa redenção. Este sacrifício é tão decisivo para a salvação do gênero humano que Jesus Cristo realizou-o e só voltou ao Pai depois de nos ter deixado o meio para dele participarmos como se tivéssemos estado presentes. Assim, cada fiel pode tomar parte nela, alimentando-se dos seus frutos inexauríveis. Esta é a fé que as gerações cristãs viveram ao longo dos séculos, e que o magistério da Igreja tem continuamente reafirmado com jubilosa gratidão por dom tão inestimável. É esta verdade que desejo recordar mais uma vez, colocando-me convosco, meus queridos irmãos e irmãs, em adoração diante deste Mistério: mistério grande, mistério de misericórdia. Que mais poderia Jesus ter feito por nós? Verdadeiramente, na Eucaristia demonstra-nos um amor levado até ao “extremo” (cf. Jo 13,1), um amor sem medida” (Ecclesia de Eucharistia, 11).

Título Original: A Eucaristia como sacrifício


Foto: Web

Site: Dom Henrique
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 24 de outubro de 2015

Submundo de igrejas como antro de lavagem de dinheiro, denuncia ex pastor




Catia

Segundo ex-pastor, isenção de impostos estimula a lavagem de dinheiro nos templos religiosos

Entre as diversas acusações que pairam sobre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), uma é a que ele tenha utilizado a igreja Assembleia de Deus, da qual é membro, para receber pagamentos e fazer lavagem de dinheiro de propina, segundos investigações da operação Lava Jato.

Para comentar as suspeitas, o Favela 247 procurou o ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus André Constantine, 38, presidente da associação de moradores do morro da Babilônia e criador do movimento Favela Não Se Cala. Constantine não demonstrou surpresa com as acusações de lavagem de dinheiro dentro de uma igreja: “O que eu vou falar todo mundo sabe, qualquer pessoa que frequente esses templos ou tem algum cargo, tem a ciência de que esses templos são isentos de impostos. Nenhum templo religioso contribui com imposto pro Estado brasileiro”, afirma.

“E este é o ponto de partida para toda a picaretagem: como eles são isentos de impostos, viabiliza que ali se lave de dinheiro do narcotráfico, de bicheiro, de político e de milícias. Esses templos religiosos são o melhor lugar para se lavar dinheiro no Brasil”, diz Constantine, que afirma existir muita gente honesta, tanto que frequenta como que tenha cargos eclesiásticos nas igrejas, mas, segundo ele: “A alta cúpula sabe até os ossos, estão enterrados até o pescoço nisso”.

Além da corrupção e da lavagem de dinheiro, outra característica dessas igrejas e de seus líderes que incomoda Constantine são as aspirações políticas: “O que mais me preocupa, principalmente no segmento religioso protestante, é a intenção que existe nele de obter poder de Estado. Eles elegeram diversos vereadores, deputados estaduais e federais. O Marcelo Crivella (PRB) quase virou governador do Rio. A bancada evangélica é a mais conservadora, vê as alianças que eles fazem: ruralistas, bancada da bala… Na Marcha para Jesus estava o Bolsonaro. Aquilo ali virou carnaval e palanque político. Cada eleição que passa essa bancada cresce mais. Eles alavancam o fascismo e o conservadorismo através do discurso da ‘família brasileira’, mas por trás dele há um discurso machista, homofóbico e racista”, acredita André.

Questionado sobre se essas denúncias contra Eduardo Cunha ou outras lideranças religiosas evangélicas suspeitas de corrupção abalam a fé dos fiéis, Contantine responde: “Isso não diz nada ao ouvido dos fieis. A mente da maioria deles está tão cauterizada que, infelizmente, não conseguem enxergar as coisas de forma mais abrangente. Eles fazem um trabalho muito forte de condicionamento mental nessas igrejas”, defende.

“Na favela, hoje, quando o morador vivencia um problema existencial, financeiro ou de saúde, existem duas portas sempre abertas para o acolher: a da droga e do crime, e a de um igreja”, afirma o ex-pastor, antes de iniciar uma crítica à interpretação das escrituras nas igrejas neopentecostais: “Eles se utilizam de artifícios bíblicos. Para eles a Bíblia é a inerrante palavra de Deus. O Malafaia que usa muito isso. Eles confiam cegamente nesse livro, e é um livro muito fácil para você criar diversas interpretações. Eles sempre pegam alguma coisa fora do contexto para fazer a base ideologia deles verdadeira”.

Constantine afirma que foi a leitura da Bíblia que o fez escolher a apostasia, aos 23 anos: “Eu percebi que estava tudo errado lendo a própria Bíblia, principalmente na questão do dízimo. Na Bíblia ele era recolhido em forma de alimento, e apenas poderia ser recolhido pela tribo de Levi, e só poderia ser destinado às viúvas, aos órfãos e aos estrangeiros. O dízimo era uma parte da colheita separada pra fazer essa distribuição. Aí que eu comecei a contestar. Hoje eles alegam que precisam pegar um dinheiro para a manutenção da obra de Deus. E isso é uma grande deturpação da obra de Deus. Não tem nada de espiritual nisso. Há também as questões naturais, como quando eles falam que pagar dízimo vai repreender o gafanhoto. Eles demonizaram os gafanhotos. Dizem que se você não entregar o dízimo na Igreja, os gafanhotos mexem nas suas finanças. Eles espiritualizam coisas que são do campo natural. Qualquer pessoas racional que leia aquele texto verá o que estou falando. Tudo isso está no Malaquias 3:10, o livro mais utilizado por esse cães gulosos, por esses vagabundos, pata justificar a cobrança de dízimo. Cães gulosos é como o próprio profeta chama os falsos pastores, veja em Isaías”, sugere.

Questionado sobre se pastores e políticos evangélicos metidos em corrupção têm fé, Constantine é taxativo: “Pra mim esses caras são os verdadeiros ateus. É tudo empresa cara, a estrutura toda funciona como empresa. E na lógica do capital a empresa foca o lucro, assim como essas instituições religiosas. A nossa sorte é que eles ainda são muito fracionados, há interesses pessoais muito grandes envolvidos. Se não estivessem tão fracionados a possibilidade de eleger um presidente evangélico seria muito maior. Olhe o Malafaia: ladrão pilantra e safado. Apoiou o Cunha, e agora sai por aí dizendo que não tem, nem nunca teve, nada com o Cunha. Esse Malafaia é um dos maiores safados e pilantras do Brasil”, acusa o ex-pastor.

Por Artur Voltolini, para o Favela 247 via Cartas Proféticas

Título Original: Ex pastor testemunha o submundo das igrejas como antro de lavagem de dinheiro


Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Uma pergunta que certamente já fizemos ou a faremos: Deus ama o diabo?



Padre Paulo Ricardo

Ao falar de Deus, no início da Suma Teológica, Santo Tomás de Aquino responde à questão se Deus está em todas as coisas. Ao colocar essa pergunta, como em toda a Suma, ele se depara com alguns ‘adversários’ aos quais deve dirigir-se. Ele diz:

"4. ADEMAIS, os demônios são realidades. No entanto, Deus não está nos demônios, pois não existe união entre a luz e as trevas, diz a segunda Carta aos Coríntios. Logo, Deus não está em todas as coisas."

Em seguida, ele faz uma distinção entre a natureza do diabo - que vem de Deus -, e a deformidade da culpa que foi inventada pelo próprio diabo:

"RESPONDO: Deus está em todas as coisas, não como uma parte da essência delas, ou como um acidente, mas como o agente presente naquilo em que age. É necessário que todo agente se encontre em contato com aquilo em que imediatamente age e o atinja em seu poder. Por isso, no livro VII da Física se prova que o motor e o que é movido têm de estar juntos. Ora, sendo Deus o ser por essência é necessário que o ser criado seja seu efeito próprio, como queimar é efeito próprio do fogo. Este efeito, Deus o causa nas coisas não apenas quando começam a existir, mas também enquanto são mantidas na existência, como a luz é causada no ar pelo sol enquanto o ar permanece luminoso. Portanto, enquanto uma coisa possui o ser, é necessário que Deus esteja presente nela, segundo o modo pelo qual possui o ser. Ora, o ser é o que há de mais íntimo e de mais profundo em todas as coisas, pois é o princípio formal de tudo o que nelas existe, como já se explicou. É necessário, então, que Deus esteja em todas as coisas e intimamente." (cf. Suma Teológica I, q. 08, a. 1)

Assim, a presença de Deus nas coisas não é como se Ele fosse uma espécie de fluido. Não. Ele está intimamente presente, está na raiz, no próprio ser das coisas. Isso ocorre porque Ele é a fonte de tudo, é Ele quem sustenta todas as realidades no ser.

Este é um ato de amor de Deus, pois Ele age de maneira gratuita. Assim, se uma realidade existe é porque Deus a está sustentando porque a ama. Sem o sustento de Deus, as coisas cairiam no nada, no não-ser.

"Se Deus fosse capaz de dormir, Ele acordaria sem as coisas", diz o padre jesuíta Vicente Garmar, ou seja, as coisas existem porque Deus as está pensando nesse momento. A consequência disso é que quando o homem peca, o faz no exato momento em que Deus o está amando, pois o está sustentando. É exatamente o que o diabo faz: no instante em que Deus está lhe dando a vida, sustentando, ele está se revoltando contra o seu criador.

Refletindo que Deus está presente no homem em todos os momentos e que essa é uma presença ativa, amorosa, de sustentação, sem a qual ele cairia no nada, pode-se inferir que, nesse sentido, Deus ama também o diabo, pois, o ama enquanto natureza criada, a natureza dele vem de Deus.

Contudo, segundo Santo Tomás de Aquino, Deus não está na deformidade da culpa presente no diabo, portanto, não está na maldade, que foi criada pelo próprio Satanás. Não existe amizade entre Deus e Satanás, pois, para existir amizade é preciso um amor que é oferecido e um amor que é correspondido, uma reciprocidade. Ora, Satanás odeia a Deus no exato momento em que é amado por Ele.

É possível dizer que o tormento do inferno é o amor de Deus, pois Deus ama e oferece o seu amor para Satanás, que o rejeita. A soberba satânica impede a aceitação do amor de Deus. Isso significa que, de alguma maneira, o amor de Deus está presente também no inferno. Não como uma correspondência de amizade, mas enquanto Deus - fiel - que sustenta no ser e não se arrepende de ter criado, de ter amado, embora não seja correspondido neste amor.

O que se disse referente ao diabo pode ser aplicado também ao homem. O pecado faz com que o ser humano perca o estado de amizade com Deus. Enquanto para o diabo não há mais tempo, para o homem ainda é possível arrepender-se e voltar atrás, retomando a amizade com Deus. O homem pode evitar o tormento horrível de ser amado e, ao mesmo tempo, odiar aquele que lhe dá a vida, que lhe sustenta.

Ao revoltar-se contra Deus, o ser humano comete um ato de suicídio e é por isso que o inferno é chamado de ‘morte eterna’, pois é uma morte que não morre, morte que não acaba mais, é um ato de suicídio contínuo e eterno.

Deus ama todas as suas criaturas porque Ele é fiel. É o homem que corre o risco de terminar como Satanás, não amando de volta Àquele que o amou de forma extraordinária.

Versão áudio


Título Original: Deus ama o diabo?


Foto: Web

Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 18 de outubro de 2015

O que fazer para receber os dons do Espírito Santo?

Foto: Maria Andrea/cancaonova.com

Monsenhor Jonas Abib

O mundo necessita de que você use os dons do Espírito Santo

Você precisa ser dócil e confiar a Deus sua vocação e missão, precisa deixar que Ele conduza os seus passos. É muito simples, abra-se à ação do Espírito Santo e acontecerá com você o que aconteceu com São Paulo, pois nada é impossível para Deus.

As cartas de São Paulo aos coríntios falam muito a respeito dos dons, os quais foram exercitados admiravelmente em Corinto. Houve alguns abusos no que diz respeito aos dons, mas Paulo não parou nas dificuldades, ele fez algumas exortações e incentivou o exercício de orar em línguas incessantemente e o dom de profecia.

Os coríntios usavam os dons de forma admirável, porque assim Paulo os ensinou, e é assim também que você deve usá-los. No entanto, muito cuidado, irmãos, pois o exercício dos dons do Espírito Santo se tornou tão familiar, que é um perigo cair na rotina e usá-los como se fossem algo qualquer.

Deus abençoe você,

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova



Site: Padre Jonas Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

63 anos de missão no Brasil celebrados pela CNBB


CNBB

"Temos muito a crescer, mas não podemos deixar de agradecer a Deus pelos inúmeros frutos na história da Conferência dos Bispos”, disse dom Sergio

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) comemorou quarta-feira, 14 de outubro, 63 anos. Atualmente, a entidade conta com 275 circunscrições eclesiásticas, 310 bispos na ativa e 141 bispos eméritos. São 18 secretariados regionais, acrescidos das Edições CNBB, todos, em última instância, sob a responsabilidade da Presidência, na sede nacional.

Há 283 colaboradores, entre contratados, autônomos e religiosos, em 20 unidades no Brasil. A atual presidência, para o quadriênio 2015-2019, é composta pelo arcebispo de Brasília e presidente da Conferência, dom Sergio da Rocha; o arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente, dom Murilo Krieger; e o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral, dom Leonardo Steiner.

“Que cada vez mais a Igreja no Brasil seja valorizada e reconhecida pelo próprio serviço que a CNBB vem prestando. É claro que temos muito a crescer, mas não podemos deixar de agradecer a Deus pelos frutos inúmeros que já temos na história da Conferência dos Bispos”, expressa dom Sergio da Rocha, em mensagem por ocasião do aniversário da entidade.


Dom Sergio agradece, também, os serviços prestados pelos colaboradores. “Nós olhamos com esperança para o futuro da Igreja no Brasil, pois sabemos que nossa caminhada está nas mãos de Deus. A CNBB conta com o empenho de muitas pessoas que têm contribuído com a história da entidade nos regionais, dioceses e centenas de comunidades". 

Celebração

Uma missa, presidida por dom Leonardo Steiner, foi celebrada na sede da Conferência. Participaram assessores, colaboradores e jovens assistidos pelo projeto "Correndo Atrás de um Sonho", apoiado pela CNBB e que promove o atletismo em comunidades carentes. 


Na homilia, dom Leonardo recordou o protagonismo de dom Hélder Câmara, idealizador da Conferência brasileira. “Ele preocupado com as distâncias e diferenças, procurou criar uma Conferência Episcopal para gerar a unidade, sem desigualdades. E, ao longo desses anos, a CNBB não se preocupou consigo mesma, mas sempre em defesa dos povos mais sofridos. Os bispos sempre se preocuparam com as grandes questões, não com as pequenas”, disse dom Leonardo.

O bispo recordou, ainda, que no período da ditadura militar a Igreja esteve presente por meio da atuação dos bispos, padres e religiosos, que deram a própria vida em defesa das pessoas perseguidas pelo regime. “No tempo mais difícil da história do Brasil, foram tantos leigos com a CNBB que lutaram em favor da dignidade da população e da democracia. A Conferência sempre procurou posicionar-se pelo anúncio do Evangelho, pois a causa maior é a defesa da dignidade de cada homem e mulher, todos filhos e filhas de Deus”, pontou dom Leonardo. 

Ao final, o secretário geral agradeceu a atuação dos colaboradores que desempenham atividades na sede e nos 18 regionais e organismos. “Vocês são mais que funcionários, são servidores da Igreja no mundo. Esta casa não tem razão maior de existir se não for para ajudar aos outros”, disse. 

Protagonismo de dom Hélder


A assembleia de fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) ocorreu em 14 de outubro de 1952, no Rio de Janeiro. Nesse período, a Igreja no Brasil tinha 20 províncias eclesiásticas, com seus respectivos arcebispos e 115 dioceses e prelazias.

“Em um país de dimensões continentais, impunha-se uma organização que ajudasse os bispos a equacionar, com segurança, os problemas locais, regionais e nacionais, em face dos quais a Igreja não poderia ficar indiferente”, dizia dom Hélder Câmara, primeiro secretário geral da CNBB, hoje, em processo de beatificação. 

Até 1962, a CNBB, sediada no Rio de Janeiro, era constituída por um só bloco, coordenada pelo presidente e um secretário-geral. Em Assembleia Geral, realizada no mesmo ano, em busca de maior colegialidade entre os bispos e visando efetivar um planejamento de pastoral de conjunto, a CNBB decidiu criar os secretariados que, inicialmente eram sete regionais.



A inauguração da sede oficial, na capital do país, ocorreu no dia 15 de novembro de 1977 e teve a presença de 75 bispos, sacerdotes, religiosas e leigos. A data coincidiu com o Jubileu de Prata da CNBB. Anos depois, a Conferência recebeu a visita do papa João Paulo II, hoje, santo.

A sede da CNBB é o lugar central do serviço episcopal e a referência nacional da Conferência dos Bispos do Brasil. Recebe diversas reuniões dos organismos, pastorais, movimentos e comissões, sede dos escritórios do secretariado geral, dos arquivos que guardam a memória e a documentação da entidade. É também espaço de acolhida das visitas, de trabalho dos colaboradores e de residência para bispos, padres e religiosas e religiosos. 

CNBB com imagens do CDI.

Título Original: CNBB celebra 63 anos de missão do episcopado no Brasil 


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A liberdade dada por Deus, o livre arbítrio



Cléofas

Livre arbítrio é a liberdade que Deus nos deu para que possamos ser semelhantes a ele; sem isso seríamos robôs marionetes, teleguiados. Os gestos de amor não têm valor se não forem livres; Deus quer ser amado e servido, mas livremente.



Quando se tira do homem a liberdade, como fazem os comunistas, tira-se a sua dignidade de filho de Deus. Um homem sem liberdade é como um passarinho na gaiola.

Prof. Felipe Aquino

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Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.


Título Original: O que é o livre arbítrio?


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Deus lhe convida a pedir a sabedoria, pois, foi esta que concedeu a Salomão todas as outras coisas


Acampamento Clamando por milagres


Padre Roger Luís

Existem passos necessários para trilhar um caminho de milagres

Estamos concluindo um retiro espiritual. Fomos conduzidos com base no texto sagrado de Isaías 55, 6. Foi essa linha condutora de todos os momentos que vivemos o acampamento. Deus foi concreto conosco.



Padre Roger Luís – foto: arquivo cancaonova.com

O Livro da Sabedoria foi inspirado na vida de Salomão, é como se Salomão testemunhasse o que ele experimentou com Deus. Salomão surpreendeu a Deus, pedindo-lhe sabedoria e a graça de discernir entre o bem e o mal, Deus se compadece porque Salomão não pediu para vencer, para ser o maior e Deus resolve lhe dar todas essas coisas.

Somos convidados, como Salomão a dar esse passo e pedir a Deus sabedoria. Talvez você esteja pedindo milagres, um emprego nesse tempo de crise, mas Deus lhe convida a pedir a sabedoria, pois, foi esta que concedeu a Salomão todas as outras coisas. Foi isso que o fez viver bem a condução de seu reino, esta é uma das porta para o milagre.

Precisamos de sabedoria para enfrentar o mundo mal que vivemos. O mal tem vindo enfeitado de coisas lindas, com nome até de amor. Se não tivermos a graça da sabedoria corremos o risco de sucumbir, de nos perdermos. Somos salvos em Cristo Jesus.

Precisamos nos aproximar do Senhor que á sabedoria, Ele é a Palavra viva e eficaz. A sabedoria se fez carne, nós precisamos estar imersos nesta sabedoria. Precisamos buscar Jesus constantemente. Ele é a Palavra que nos vê e sonda os nossos corações. Precisamos ir a ele com insistência à fonte da sabedoria e discernimento.

Temos vias de hipnotismo, técnicas de marketing que tentam nos enganar. Não se sabe mais em quem confiar. Vemos técnicas usadas em novelas, filmes, músicas para tirar de nós valores. Se não buscarmos a sabedoria e pautarmos nossa vida na Palavra encarnada que é Jesus, vamos sucumbir e deixar o Cristo para seguir um falso messias, o anti-cristo.

Leia os evangelhos, se você tem dificuldade de entender os outros livros da Bíblia. Coloque em prática a Palavra, você não será dominado, manipulado, terá a sabedoria e discernimento entre o bem e o mal.

Este mesmo Salomão que teve toda sabedoria terminou sua vida humilhado. Deixou-se seduzir por suas mulheres, construiu templos pagãos e foi humilhado. Se não recorrermos frequentemente ao Senhor nos perderemos.

Damos oportunidades e de gotinha em gotinha ficamos distantes da Palavra, do Cristo por causa das coisas do mundo.

No Evangelho de hoje, o jovem aproxima-se de Jesus em uma atitude bonita, perguntando-Lhe o que deve fazer para alcançar a vida eterna. Isso acontece depois de Jesus exortar os apóstolos poque não deixavam as crianças se aproximarem Dele, o jovem viu todo acontecido e de joelhos questionou a Jesus o que lhe era necessário para alcançar a vida eterna, aquele jovem queria saber como fazia para ser como uma criança, tinha como intenção herdar a vida eterna.

Jesus lhe fala primeiro dos mandamentos referentes ao ser humano. O jovem diz que desde sua meninice já vive isso. Jesus lhe olha com amor e diz: “Só uma coisa te falta. Vai vende tudo o que tem, dá aos pobres, assim terá um tesouro no céu, depois vem e segue-me”. Aquele jovem era bonzinho, fazia o que estava prescrito. Agora era a hora de amar a Deus fazendo o que o Senhor lhe pedia além do prescrito, mas ele estava apegado ao amor e às coisas deste mundo.

Existem teologias que pregam que todos serão salvos, mas a doutrina da Igreja sempre ensinou que precisamos dar passos concretos dentro de nossas realidades de salvação. Jesus lhe olhou com amor, mas ele não deixou o olhar de Jesus penetrar em seu coração.


Padre Roger fala como deve ser um caminho para alcançar milagres. Foto: Arquivo Canção Nova

Ele não quer de nós, apenas cumprimentos de obrigação, quer que sejamos desapegados. O que estou dizendo está fundamentado no Concílio Vaticano II que nos convida à santidade.
Decisão é o primeiro passo no caminho de milagre

Decisão é o primeiro passo no caminho de milagres, segundo passo é ser generoso com Deus e o terceiro passo é o da purificação. Este é o caminho do milagre, da decisão certa.

A Igreja diz que precisamos ir a missa aos domingos, mas porque queremos ser santos vamos também durante a semana. A Igreja orienta a confessar uma vez por ano, mas porque amo a Deus vou além, quero ir todos os meses.

Alimente sua alma, dê o que você não tem obrigação de dar. Jesus nos chama a sermos generosos como o jovem da parábola.

Muitas vezes, quando somos perseguidos temos dificuldade de ver que Deus está conosco. Vá ao Senhor todos os dias e você vai experimentar o milagre da salvação.

Receber o Reino de Deus como uma criança é não ser apegado ao nome, não ter vaidade, preocupação com o futuro, mas deixar-se modelar, entregar-se ao Pai com confiança. Isto é trilhar um caminho de milagres.

Transcrição e adaptação: Rogéria Nair 

Adquira esta pregação pelo telefone: (12) 3186 – 2600

Padre Roger Luís

Sacerdote Comunidade Canção Nova

Título Original: Como trilhar um caminho de milagres


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 11 de outubro de 2015

Carta descoberta há mais de 1000 anos revelam os cristãos como a alma do mundo


© Public Domain

Aleteia

Maior joia da literatura cristã primitiva, a Carta a Diogneto nos conta como viviam os primeiros cristãos

Durante muitos e longos séculos, um elegante manuscrito composto em grego permaneceu ignorado no mais abissal dos silêncios. O texto, de origens até hoje misteriosas, só foi encontrado, e por acaso, no longínquo ano de 1436, em Constantinopla, junto com vários outros manuscritos endereçados a um certo “Diogneto”.

Se não há certeza sobre o seu autor, sabe-se que o destinatário do escrito era um pagão culto, interessado em saber mais sobre o cristianismo, aquela nova religião que se espalhava com força e vigor pelo Império Romano e que chamava a atenção do mundo pela coragem com que os seus seguidores enfrentavam os suplícios de uma vida de perseguições e pelo amor intenso com que amavam a Deus e uns aos outros.

O documento que passou para a posteridade como "a Cartaa Diogneto" descreve quem eram e como viviam os cristãos dos primeiros séculos. Trata-se, para grande parte dos estudiosos, da “joia mais preciosa da literatura cristãprimitiva”.

Confira a seguir os seus parágrafos V e VI, que compõem o trecho mais célebre deste tesouro da história cristã:

“Os cristãos não se distinguem dos outros homens nem por sua terra, nem por sua língua, nem por seus costumes. Eles não moram em cidades separadas, nem falam línguas estranhas, nem têm qualquer modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, nem se deve ao talento e à especulação de homens curiosos; eles não professam, como outros, nenhum ensinamento humano. Pelo contrário: mesmo vivendo em cidades gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes de cada lugar quanto à roupa, ao alimento e a todo o resto, eles testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal.

Vivem na sua pátria, mas como se fossem forasteiros; participam de tudo como cristãos, e suportam tudo como estrangeiros. Toda pátria estrangeira é sua pátria, e cada pátria é para eles estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Compartilham a mesa, mas não o leito; vivem na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm a sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas, com a sua vida, superam todas as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, ainda assim, condenados; são assassinados, e, deste modo, recebem a vida; são pobres, mas enriquecem a muitos; carecem de tudo, mas têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, recebem a glória; são amaldiçoados, mas, depois, proclamados justos; são injuriados e, no entanto, bendizem; são maltratados e, apesar disso, prestam tributo; fazem o bem e são punidos como malfeitores; são condenados, mas se alegram como se recebessem a vida. Os judeus os combatem como estrangeiros; os gregos os perseguem; e quem os odeia não sabe dizer o motivo desse ódio.

Assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo; os cristãos, por todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não pertencem ao mundo. A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são visíveis no mundo, mas a sua religião é invisível. A carne odeia e combate a alma, mesmo não tendo recebido dela nenhuma ofensa, porque a alma a impede de gozar dos prazeres mundanos; embora não tenha recebido injustiça por parte dos cristãos, o mundo os odeia, porque eles se opõem aos seus prazeres desordenados. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; os cristãos também amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o corpo; os cristãos estão no mundo, como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo. A alma imortal habita em uma tenda mortal; os cristãos também habitam, como estrangeiros, em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada no comer e no beber, a alma se aprimora; também os cristãos, maltratados, se multiplicam mais a cada dia. Esta é a posição que Deus lhes determinou; e a eles não é lícito rejeitá-la”.

Título Original: Uma carta de mais de mil anos dá testemunho: os cristãos são a alma do mundo


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 6 de outubro de 2015

A partir do dia 12, documentário espanhol sobre Maria (Terra de Maria) será exibido no Brasil



Jovens Conectados

O documentário espanhol “Terra de Maria” estreia, neste mês, no Brasil. A produção será exibida nos dias 12 (segunda-feira), 14 (quarta-feira) e 17 (sábado), às 14, 19h30 e 17 horas, respectivamente em 26 salas das principais cidades do país. De acordo com a procura, o longa poderá ficar por mais tempo em cartaz.


Confirma as cidades confirmadas para exibição do filme.

Lançado em 23 países, “Terra de Maria” ficou por mais de sete meses em cartaz na Espanha, superando títulos como o infantil “Frozen”. O mesmo sucesso de bilheteria se repetiu no Paraguai, no México e na Polônia. A produção teve captações em 10 nações e tenta fazer com que o espectador possa rir, se emocionar mas também pensar e refletir. Na aventura, um agente secreto fará investigações percorrendo diferentes países para revelar um mistério: o que está acontecendo no mundo que provoca as aparições de Maria na Terra? O que faz com que pessoas do século 21 acreditem que Jesus existe e que podem falar com Ele? O que aconteceria se a história de que Maria e Jesus existem… não fosse um conto de fadas? O filme conta ainda com carta de recomendação da Conferência Episcopal do Chile.

Transformação pela fé

Responsável pela idealização e realização do documentário “Terra de Maria”, a produtora espanhola Infinito Mas Uno utiliza plataformas de divulgação massiva e abrangente – internet, televisão e cinema – para difundir as transformações que a fé e a religião podem causar na vida do homem. Outro diferencial está na escolha das cidades onde as produções serão exibidas: os espectadores demonstram interesse pelos canais de comunicação – no Brasil, hoje, já são 26 municípios confirmados, atendendo aos pedidos das redes sociais.


Veja como comprar seu ingresso pelo ingresso.com

Até o momento, mais de 240 mil pessoas já foram alcançadas pela Infinito Mas Uno no Facebook, com o registro de 11 mil interações. Outros longas-metragens e séries com a temática espiritual, que tiveram grandes bilheterias em países europeus, também estão na lista de produções e podem ser assistidas na íntegra pelo portal www.infinitomasuno.org.

SERVIÇO

“Terra de Maria”
Classificação: livre.
Quando: 12, 14 e 17/10.
Onde: Rede Cinemark
Informações: www.terrademaria.com e www.facebook.com/terrademariabrasil.

Por Milagre do Verbo Agência de Comunicação

Título Original: Documentário espanhol sobre Virgem Maria será exibido em todo país a partir do dia 12


Foto: Web

Site: Jovens Conectados
Editado por Henrique Guilhon