A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

segunda-feira, 31 de março de 2014

Salmo 29 - Após um grande perigo

...mas, de manhã, volta a alegria

Bíblia Católica Online

1.Salmo. Cântico para a dedicação da casa de Deus. De Davi.

2.Eu vos exaltarei, Senhor, porque me livrastes, não permitistes que exultassem sobre mim meus inimigos.

3.Senhor, meu Deus, clamei a vós e fui curado.

4.Senhor, minha alma foi tirada por vós da habitação dos mortos; dentre os que descem para o túmulo, vós me salvastes.

5.Ó vós, fiéis do Senhor, cantai sua glória, dai graças ao seu santo nome.

6.Porque a sua indignação dura apenas um momento, enquanto sua benevolência é para toda a vida. Pela tarde, vem o pranto, mas, de manhã, volta a alegria.

7.Eu, porém, disse, seguro de mim: Não serei jamais abalado.

8.Senhor, foi por favor que me destes honra e poder, mas quando escondestes vossa face fiquei aterrado.

9.A vós, Senhor, eu clamo, e imploro a misericórdia de meu Deus.

10.Que proveito vos resultará de retomar-me a vida, de minha descida ao túmulo? Porventura vos louvará o meu pó? Apregoará ele a vossa fidelidade?

11.Ouvi-me, Senhor, e tende piedade de mim; Senhor, vinde em minha ajuda.

12.Vós convertestes o meu pranto em prazer, tirastes minhas vestes de penitência e me cingistes de alegria.

13.Assim, minha alma vos louvará sem calar jamais. Senhor, meu Deus, eu vos bendirei eternamente.


Bíblia Ave Maria, pg 677


Foto: Web

Site: Bíblia Católica Online
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 30 de março de 2014

“Vimos a lógica de ter uma estrutura sólida de sacerdócio, que mantém a fé da Igreja e a passa de uma geração para a seguinte"




Catia

“Vimos a lógica de ter uma estrutura sólida de sacerdócio, que mantém a fé da Igreja e a passa de uma geração para a seguinte e uma força moral e ética consistente que que se atreve a enfrentar a opinião pública”, escreveu Ulf Ekman.

Um influente pastor protestante na Suécia anunciou no domingo que se vai converter ao Catolicismo, juntamente com a sua mulher.

Ulf Ekman fundou e liderou, durante mais de 30 anos, uma igreja de grandes dimensões na Suécia. Ao longo desse tempo enviou missionários para dezenas de países, fundou a maior escola bíblica e construiu a maior igreja da Escandinávia, fundou um programa de media com estações de televisão nos cinco continentes e publicou livros em mais de 60 línguas.

A sua Igreja, Palavra da Vida, tem mais de 3000 membros permanentes, uma escola com mais de mil alunos e pelo menos 12 pastores ao serviço.

Ekman, que era conhecido também como “pastor de pastores”, pela influência que tinha sobre ministros protestantes, chocou grande parte dos seus seguidores durante uma homilia no passado domingo, ao anunciar que depois de longa reflexão tinha decidido entrar para a Igreja Católica.

Num comunicado publicado no site do seu ministério, Ekman escreve que nos seus contactos com a Igreja Católica: “Encontrámos um grande amor por Jesus e uma teologia sã, fundada na Bíblia em dogma clássico. Experienciámos a riqueza da vida sacramental. Vimos a lógica de ter uma estrutura sólida de sacerdócio, que mantém a fé da Igreja e a passa de uma geração para a seguinte. Encontrámos uma força moral e ética consistente que que se atreve a enfrentar a opinião pública, e uma simpatia para com os pobres e fracos.” 

Ekman conclui dizendo que um dos passos decisivos foi ter entrado em contacto com representante de movimentos carismáticos católicos, grupos que no seu estilo de celebração estão próximos dos protestantes, mas que se encontram em comunhão com Roma.

O casal deixa claro que a decisão diz respeito unicamente a eles e que "nem faria sentido" terem tentado fazer uma integração de toda a "Palavra de Vida" na Igreja Católica.

A entrada de Ekman para a Igreja Católica é um facto muito significativo num país muito descristianizado. Embora a maioria dos suecos pertença, nominalmente, à Igreja da Suécia, que é de tradição luterana, sondagens revelam que apenas 18% da população acredita em Deus de uma forma compatível com o Cristianismo. Apenas 2% da população é católica.


Título Original: Influente pastor protestante sueco converte-se ao Catolicismo


Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 29 de março de 2014

Consequências do mordenismo




Dom Henrique

Caro Internauta, vez por outra tenho recebido e-mails com perguntas sobre as críticas que sites tradicionalistas e reacionários fazem ao Concílio Vaticano II e até mesmo aos Papas de João XXIII a Bento XVI. É o caso de sites como o “Permanência” e o “Montfort”...

Vários desses tradicionalistas reacionários (= reacionários porque sua postura é de fechamento e cega reação a qualquer renovação na teologia e na vida da Igreja, num apego míope e doentio a um passado que passou, como todo passado...) escrevem-me acusando-me de modernista... Tenho dito que estou em ótima companhia; porque, para essa gente, modernistas são João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI, o Episcopado e toda a Igreja atual. Esse pessoal já não tem capacidade de permanecer de coração numa comunhão leal e honesta com Roma nem tampouco tem coragem de ir logo embora com os lefebvrianos... No entanto, de coração, enquanto forma mental, já romperam sua comunhão com a Igreja de Roma... e tudo isso em nome de uma idéia de uma ortodoxia e de uma Tradição que se fundamenta em concepções totalmente equivocadas e estranhas ao catolicismo...

Coloquei no site (no link “Artigos”, o texto “O Modernismo e os tradicionalistas paranóicos” e no link “Doutrina Católica”, o texto “Site Montfort, tradicionalistas, integristas e males congêneres), de modo bem didático, uma exposição para esclarecer aos que com reta intenção desejam saber sobre a questão da crise modernista, da posição do magistério na época e da situação atual em torno dessa questão. Assim, espero ajudar aqueles católicos que se sentem confusos com as alegações descabidas desses tradicionalistas de que o Vaticano II é modernista e a doutrina dos papas atuais está eivada de modernismo.

Uma coisa é certa: deve-se evitar dar ouvidos e discutir com esse pessoal. É perda de tempo, pois eles são fundamentalistas – e o fundamentalismo é uma doença do espírito, do mesmo modo que o integrismo, que os afeta. Eles fazem com o magistério (de Pio IX a Pio XII) o que os protestantes fazem com as Sagradas Escrituras: citam, citam, citam com pompa e aparente erudição... esbaldam-se em “reverências” e “senhorias”, numa linguagem do final do século XIX e início do XX (tempo da crise modernista, onde a cronologia deles fixou-se patologicamente)... e quanto mais citam, mais desaprumam o passo, pois a erudição deles é falsa. Assim, que quando alguém os lê, pode constatar claramente como vivem num outro mundo, num outro tempo e num cristianismo absolutamente alheio ao Evangelho e à vida da Igreja. Pena que, pouco a pouco, irão se afastando de tal modo que já não terão mais nenhuma comunhão efetiva com a Igreja de Cristo. E quanto mais pensam que estão certo, mais cegos ficam...

É assim: não há cisma ou heresia que tenha surgido na Igreja sem a ilusão de estar defendendo a verdade... O comum a todos é que teimaram em colocarem-se como árbitro da Igreja de Roma, do Sucessor de Pedro e de um Concílio Ecumênico! É ilusão propalar fidelidade aos papas do passado e negá-la ao Papa do presente...

Título Original: Esclarecimentos sobre o modernismo e suas conseqüências 

Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 28 de março de 2014

A ONU E SUA PATRULHA IDEOLÓGICA

Organização das Nações Unidas (ONU)


Daniel Machado

“A ONU, que não possui um século de fundação, vê-se no direito de exigir que a Igreja reveja seus 20 séculos de história”


A Organização das Nações Unidas (ONU) saciou a sede de polêmica de milhares de jornais do mundo ao divulgar, nesta quarta-feira, 5, um relatório sobre os casos de pedofilia relacionados ao clero da Igreja Católica. No documento, assinado pela Comissão de Direitos da Infância da ONU, a instituição acusa a Santa Sé de “não ter tomado medidas apropriadas para afrontar os casos de pedofilia” e ainda pede que a Igreja reveja sua posição sobre a homossexualidade, sobre o aborto e os métodos contraceptivos.

Todos nós sabemos que a pedofilia, o lobby gay e a corrupção entre os membros de Igreja são verdadeiras ‘chagas’ que têm ferido o Corpo de Cristo e, como disse Francisco, “causado vergonha” na Igreja. Mas não pensemos que pecados dessa natureza estão presentes somente entre os membros do clero. Alias, estatisticamente, os casos de pedofilia são bem maiores entre os membros da família da criança; mesmo assim, um único caso cometido por um clérigo já seria horrendo e inaceitável.

ONU: quem está por trás dela?

Criada em 1948, depois das atrocidades da II Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas tem exercido um papel importante no diálogo entre as nações e o entendimento dos povos. A própria Santa Sé trabalha em conjunto com a instituição em muitos lugares do mundo, como nos países africanos, na ajuda humanitária e na busca pela paz. No entanto, ao longo dos anos, os diversos organismos da ONU foram sendo assumidos por correntes ideológicas claramente contrárias à Igreja e sua moral.

“A Santa Sé enfrenta poderosas forças que querem silenciar a sua voz e retirar do Vaticano o título de Observador das Nações Unidas”

O padre belga Michel Schooyans, especialista em filosofia política e demográfica, trabalhou por vários anos junto à ONU e escreveu em seu livro, ‘O Evangelho Perante a Desordem Mundial’, que organismos da ONU como UNICEF, UNIFEM, dentre outros, se tornaram organismos instrumentalizados, cujo objetivo é impor suas pautas abortistas e de controle de natalidade em todo o mundo. Os países – sobretudo os mais pobres – que não incluírem em seus governos projetos de legalização do aborto, casamento homossexual e programas de contracepção não receberão ajuda internacional para investimentos em educação, cultura, saúde etc. É só você dar uma rápida olhada nas leis pró-aborto e pró-gay, que circulam nos países da América Latina, para ver que se trata da mesma cartilha.

Um organização católica dos Estados Unidos da América chamada Catholic Family and Human Right Institute disse, em uma petição, que a Santa Sé enfrenta poderosas forças que querem silenciar a sua voz e retirar do Vaticano o título de Observador nas Nações Unidas. “Com o Vaticano fora da ONU, leis a favor do aborto e do casamento homossexual podem se tornar, com o tempo, direitos universais”, denuncia a organização.

O Observador da Santa Sé, na ONU, monsenhor Tomasi, em entrevista à Radio Vaticano (veja)disse também que “organizações não-governamentais com interesses sobre a homossexualidade, o casamento gay e outras questões” influenciaram no relatório final apresentado.

Petulância ideológica e contraditória



Kirsten-Sandberg, membro do Comitê sobre os Direitos da Criança / foto: reprodução You Tube

A Comissão de Direitos da Infância da ONU, chefiada por Kirsten Sandberg, tem, no seu relatório, algumas contradições que põem em xeque a sua confiabilidade. Mas sabendo que este organismo é apenas mais um dos muitos comandados pelos progressistas da ONU, não devemos estranhar o fato de a comissão não ter levado em conta os resultados do combate à pedofilia feitos pela Santa Sé nos últimos 10 anos.

No documento da Comissão de Direitos da Infância da ONU, chegou-se a sugerir que o Vaticano reveja suas leis canônicas referentes ao aborto e às questões referentes aos contraceptivos. É mais ou menos assim: nós queremos que vocês tomem medidas austeras para proteger as crianças vítimas de pedofilia, mas parem de proteger as crianças no ventre das mães delas (?). Como podem exigir que as crianças sejam protegidas da pedofilia e, ao mesmo tempo, que matem outras no ventre de suas mães? A ONU, que não possui um século de fundação, vê-se no direito de exigir que a Igreja reveja seus 20 séculos de história.

Uma outra contradição é que o relatório acusa a Santa Sé de ‘violar os direitos humanos’ e o tratado assinado em 1990. Mas ao pedir que o Vaticano reveja suas leis em relação ao aborto, a própria comissão viola a Declaração dos Direitos da Criança, a qual tem, em seu primeiro artigo, o princípio de que a criança tem direito ao nascimento.

A ONU acusa o Vaticano de não ter feito todos os esforços para punir e proteger as crianças vítimas de pedofilia, mas aqui cabe outra pergunta: as Nações Unidas tem feito a mesma acusação a países como China, Vietnã, Taiwan onde o trabalho infantil é coisa “normal”? Será que a ONU tem condenado países como Estado Unidos, Israel, Inglaterra e outros pela morte de milhares de crianças em invasões de suas tropas em território palestino, iraquiano e afegão?

O que esteve em jogo, neste relatório ousado e ‘sem precedentes’ – como disse a grande mídia –, não foi a preocupação com as crianças vítimas da pedofilia, mas sim uma perseguição à Igreja e aos princípios que nos são caros. No fim das contas, quem vai exigir explicações da ONU por este fato?


Site: Destrave
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 27 de março de 2014

O Pai não faz aquilo que podemos fazer por nós mesmos




Mons. Jonas Abib

Deus é Pai, mas não é paternalista – não faz aquilo que podemos fazer por nós mesmos. A bênção que Ele nos dá é para aquilo que não podemos fazer por nós mesmos, pois está acima da minha natureza.

Se o Senhor nos dá uma bênção para cada dia, assim como dava o maná para o povo de Israel. Nós precisamos "pegar" essa bênção.

A graça de Deus nunca é demais! Você pode e precisa pedi-la a cada dia: "Abençoa-me e abençoa-me muito, Senhor". Isso não é egoísmo, mas necessidade.

É Deus quem sabe como e quando a bênção vai atingir a nossa vida. Nós não precisamos nos preocupar com o momento em que Ele vai agir, apenas tomar posse da bênção que Ele nos dá. 

Ele quer que aprendamos a pedir, porque pode ser que a bênção daquele dia reflita em nossa vida inteira.

Seu irmão, 
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


Adquira em nossa Loja Virtual:


Título Original: Tome posse da bênção de Deus


Site: Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 26 de março de 2014

Lima hospeda uma “Marcha pela Vida” e esta foi provavelmente a maior manifestação pró-vida da história da América Latina




Católicos

Pela terceira vez, Lima hospedou uma “Marcha pela Vida” e esta foi provavelmente a maior manifestação pró-vida da história da América Latina, com cerca de 300 mil pessoas. A imprensa informa que crianças, jovens e adultos se reuniram às 9h de sábado, 22 de março, e caminharam pelas ruas da capital até a Praça Campo de Marte. O cortejo tinha 4 km. A “Marcha pela Vida” se realizou também nas principais cidades do Peru: Piura, Trujillo, Iquitos, Huancayo e Arequipa. De acordo com o convite da Conferência Episcopal do Peru, a Marcha pela Vida se realizou no âmbito das celebrações do “Dia do Nascituro”, comemorado anualmente no país em 25 de março, segundo a lei n. 27654. A lei se baseia no artigo 1 da Constituição Política nacional, que afirma que “A defesa da pessoa humana e o respeito por sua dignidade são o fim supremo da sociedade e do Estado”. Papa Francisco expressou seu apoio à iniciativa enviando ao Arcebispo de Lima, Cardeal Juan Luis Cipriani, promotor do evento, uma mensagem assinada pelo Secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, em que o Santo Padre encoraja os participantes a “fazer todos os esforços para ajudar a acolher a vida humana desde o seu início, dedicando cuidados, respeito e ternura, e promovendo-a sempre, porque a vida é o primeiro e fundamental direito de todo homem e toda mulher”.

Título Original: Peru: 300 mil em defesa da vida, primeiro e fundamental direito


Foto: Web

Site: Católicos
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 25 de março de 2014

Doleiros usam imunidade tributária conferida por lei a templos religiosos para lavagem de dinheiro



Imagem:Sentir com a Igreja

Catia

Doleiros usam imunidade tributária conferida por lei a templos religiosos para lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e sonegação fiscal. 

As igrejas contam com uma condição fiscal privilegiada no Brasil. A Constituição estabelece no artigo 150 que é vedado à União, Estados, Distrito Federal e municípios, instituir impostos sobre templos de qualquer culto. A proibição compreende patrimônio, renda e serviços relacionados às finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. O Supremo Tribunal Federal (STF) já definiu que “templo” não está restrito ao espaço físico do culto religioso, compreendendo o conjunto de bens da organização religiosa, que devem estar registrados como pessoa jurídica.

“O uso de ‘templos de fachada’ ou ‘igrejas-fantasma’ está se disseminando no país”, alerta o desembargador federal Fausto Martin de Sanctis, especializado no combate a crimes financeiros e à lavagem de dinheiro. O magistrado, autor de livros sobre o tema no Brasil e nos Estados Unidos, destaca que a condição tributária singular franqueada às igrejas tornou-se um expediente eficaz para abrigar recursos de procedência criminosa, sonegar impostos e dissimular o enriquecimento ilícito: “É impossível auditar as doações dos fiéis. E isso é ideal para quem precisa camuflar o aumento de sua renda, escapar da tributação e lavar dinheiro do crime organizado. É grave”, conclui Sanctis.

Doações de organizações religiosas a partidos políticos são proibidas pela legislação. Elas podem significar cassação do diploma ou indeferimento da candidatura. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou convênio com a Receita e a Polícia Federal (PF), para agilizar punições quando detectadas operações de caixa dois e outros ilícitos: “Sempre nos preocupamos com essa forma de doação, porque, além de criminosa, desequilibra a corrida eleitoral”, diz o juiz assessor da presidência do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Marco Antonio Martin Vargas. “Agora há maior facilidade de aferição de recursos, por conta do cruzamento com dados das declarações de imposto de renda”, assinala Vargas. Ele salienta que a colaboração da sociedade é fundamental para reprimir o fluxo de valores não contabilizados e a lavagem de dinheiro. ” A doação ilegal existe, claro. E aquele que recebe por caixa 2 corre por fora da declaração de arrecadação e gasto”.

Na opinião do procurador da República em São Paulo, Silvio Luís Martins de Oliveira, que investigou e denunciou criminalmente responsáveis pela Igreja Universal do Reino de Deus por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e estelionato, é preciso refinar a fiscalização sobre atividades financeiras de entidades religiosas: “Eu acho que se a igreja cumpre um papel social, tudo bem quanto ao tratamento fiscal diferenciado. Mas quando começa a virar empresa de telecomunicações, fazer doações a políticos, aí é preciso refrear”. Segundo o procurador, o mecanismo utilizado em templos destinados à lavagem de dinheiro continua sendo o sistema paralelo conhecido como dólar-cabo, embora, algumas vezes, também envolva a compensação bancária: “Costuma ser um doleiro de confiança que busca ajuda de casas de câmbio, pois a quantidade de cédulas é enorme. É o que chamam de ‘dinheiro sofrido’, porque o fiel costuma pagar o dízimo com notas amassadas”, esclarece.

Uma das lideranças mais polêmicas da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), discorda que falte fiscalização às doações realizadas às igrejas: ” Essa citada falta de fiscalização é questão de ponto de vista. Se o legislador após longo debate na Assembleia Nacional Constituinte isentou as instituições religiosas de impostos, nada mais fez do que atender aos anseios da maior parte da sociedade”, pondera.

O número de igrejas e templos abertos no país segue em crescimento, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. São 55.166 organizações religiosas em atividade em 2014, contra 54.402 no ano passado e 46.010 em 2012. Crescimento de 18,24% na variação entre 2012 e 2013, e de 1,4% na comparação deste ano com 2013. O número de entidades religiosas já é maior que o de sindicatos (33.837) e que o de cooperativas (40.196).

O estudo “Religião e Território” (2013), dos pesquisadores Cesar Romero Jacob, Dora Rodrigues Hees e Philippe Waniez, indica expansão exponencial dos chamados “evangélicos não determinados”. Eles passaram de 580 mil no ano 2000 para impressionantes 9,2 milhões em 2010. Os evangélicos de missão cresceram de 6,9 milhões para 7,6 milhões no mesmo período, enquanto os evangélicos pentecostais passaram de 17,6 milhões para 25,3 milhões em dez anos.

Seguiu engessado por quase um ano na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, Projeto de Lei Complementar (PLP) que suspenderia a imunidade tributária de templos de qualquer culto, partidos políticos, sindicatos e de instituições educacionais e de assistência social sem fins lucrativos. Mas a proposta foi retirada pelo próprio autor, deputado Marcos Rogério Brito (PDT-RO): “Foi o partido que me pediu para reapresentar o projeto, que originalmente teve outro deputado como autor, Gustavo Fruet (PDT) [atual prefeito de Curitiba]. Mas demandaria modificar a Constituição, então teria de ser pela via da emenda constitucional. Por isso retirei”, explica.

O parlamentar nega ter havido pressão para o descarte da proposta e afirma considerar a possibilidade de reconfigurar a ideia nos moldes de uma PEC. Mas diz que o estudo ainda não foi concluído pela área técnica da Câmara. No entanto, Brito diz que, pessoalmente, é favorável à imunidade tributária “para igrejas, partidos políticos, jornais e revistas”.

A manutenção da condição ímpar de isenção fiscal a que as entidades religiosas foram alçadas pela Constituição, é defendida intransigentemente pela bancada evangélica da Câmara dos Deputados, que conta com 73 parlamentares eleitos em 2010 e vem ganhando representatividade a cada nova legislatura. O deputado Marco Feliciano declara-se “visceralmente” a favor da imunidade fiscal aos templos, em nome da ‘liberdade religiosa’. Sobre o uso das casas religiosas para práticas de moral e legalidade questionáveis, Feliciano faz uma alusão indireta a entidades católicas: “Se partirmos do pressuposto que uma entidade não deve ter tratamento especial pela possibilidade de malfeitores se aproveitarem, por analogia o mesmo princípio se aplicaria às Santas Casas e Universidades mantidas por Fundações sem fins lucrativos”.


Título Original: Doleiros usam igrejas para ‘lavar’ dinheiro


Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 23 de março de 2014

O Papa Francisco é o líder mais influente do mundo de acordo com a revista Fortune



AciDigital

A revista de negócios Fortune considerou que o Papa Francisco é o líder mais influente do mundo e justificou a decisão baseando-se em seu "eletrizante" estilo de gestão pastoral e nas reformas que encarou na Igreja Católica. 

A publicação colocou o primeiro Papa latino-americano e jesuíta da história no topo de uma lista de 50 personalidades mundiais destacadas, tendo como segundo lugar a chanceler alemã Angela Merkel.

"Há exatamente um ano atrás, a ‘fumata bianca’ anunciou o novo líder espiritual de 1.2 bilhões de católicos romanos no mundo. Neste período, Francisco eletrizou a Igreja e atraiu legiões de admiradores não católicos ao estabelecer energicamente um novo rumo", precisou.

"Recentemente, Francisco pediu ao mundo que deixe de tratá-lo como uma estrela de rock. Sabe que embora sejam revolucionárias, suas ações até agora só refletiram um novo tom e novas intenções", acrescentou a revista.

A imagem positiva do Papa argentino foi durante 2013 capa de numerosos jornais e revistas do mundo inteiro.

A revista Times, The Yorker, Wall Strett Journal, e até a revista emblema do rock, a Rolling Stone, dedicaram artigos elogiosos ou o escolheram como personalidade do ano.


Site: AciDigital
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 22 de março de 2014

É preciso que os acontecimentos difíceis da nossa vida não anulem a nossa fé



Mons. Jonas Abib

Meus irmãos, é preciso que os acontecimentos difíceis da nossa vida não anulem a nossa fé. 

Graças a Deus, Jesus veio em auxílio da fé de Seus apóstolos. O Senhor apareceu para eles, e eles pensaram que estavam vendo fantasma. Quantas pessoas estão vendo assombração em vez de ver Jesus nas situações! Por causa dos problemas, nossa fé está sendo anulada. "Não estou sabendo anular os meus problemas. Senhor, cure as raízes da minha fé. Que a Sua luz ilumine os meus passos".

Jesus lhe diz hoje: "Eu não pulo para fora dos seus problemas, não. Por causa deles, eu estou mais presente ainda".

"Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho". (cf. Lucas 24,38-39)

É este trato que Jesus quer nos dar. Se você precisa de prodígios e milagres para tocar em Jesus, Ele está disposto a dá-los a você. Mas quanta gente já viu milagres do Senhor em si, na sua família, mas não acredita neles.

O Senhor vem em nosso auxílio e dá um trato na nossa fé, como fez com os apóstolos.

Título Original: Jesus quer fazer milagres em sua vida


Site: Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 21 de março de 2014

Santo Agostinho: "Creio na Igreja una e santa"



Zenit

1. Do Oriente ao Ocidente

Na meditação introdutória, da semana passada, refletimos sobre o significado da Quaresma como um tempo para irmos com Jesus até o deserto, em jejum de alimentos, palavras e imagens, para aprender a superar as tentações e, sobretudo, crescer na intimidade com Deus.

Nas quatro pregações que restam, dando continuidade à reflexão iniciada na Quaresma de 2012 com os Padres gregos, frequentaremos agora a escola dos quatro grandes doutores da Igreja latina: Agostinho, Ambrósio, Leão Magno e Gregório Magno; para ver o que cada um nos diz, hoje, sobre a verdade da fé que mais particularmente defendeu: respectivamente, a natureza da Igreja, a presença real de Cristo na Eucaristia, o dogma cristológico de Calcedônia e a inteligência espiritual das Escrituras.

O objetivo é redescobrir, por trás desses grandes Padres, a riqueza, a beleza e a felicidade de crer; passar, como diz São Paulo, "de fé em fé" (Rm 1,17), de uma fé acreditada para uma fé vivida. Teremos, assim, um aumento do "volume" de fé dentro da Igreja para constituir depois a força maior do seu anúncio ao mundo.

O título do ciclo vem de um pensamento caro aos teólogos medievais: “Nós”, dizia Bernardo de Chartres, “somos como anões sentados em ombros de gigantes, de modo a vermos mais coisas e mais longe do que eles, não pela agudeza do nosso olhar nem pela altura do nosso corpo, mas porque somos carregados para o alto e elevados por eles a uma altura gigantesca" (1). Este pensamento encontrou expressão artística em certas estátuas e vitrais de catedrais góticas da Idade Média, em que são representados personagens de estatura imponente, que carregam, sentados sobre seus ombros, homens pequenos, quase anões. Os gigantes eram para eles, como são para nós, os Padres da Igreja.

Depois das lições de Atanásio, Basílio de Cesareia, Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa, respectivamente sobre a divindade de Cristo, sobre o Espírito Santo, sobre a Trindade e sobre o conhecimento de Deus, podia-se ter a impressão de que restasse muito pouco a ser feito pelos Padres latinos na edificação do dogma cristão. Um olhar superficial para a história da teologia nos convence imediatamente do contrário.

Motivados pela cultura a que pertenciam, favorecidos pela sua forte têmpera especulativa e condicionados pelas heresias que eram forçados a combater (arianismo, apolinarismo, nestorianismo, monofisismo), os Padres gregos tinham se concentrado principalmente nos aspectos ontológicos do dogma: a divindade de Cristo, as suas duas naturezas e o modo da sua união, a unidade e a trindade de Deus. Os temas mais caros a Paulo, a justificação, a relação entre lei e evangelho, a Igreja como corpo de Cristo, foram deixados à margem da sua atenção ou tratados en passant. Aos seus escopos respondia muito melhor João, com a sua ênfase na encarnação, do que Paulo, que põe no centro de tudo o mistério pascal, isto é, o agir, mais do que o ser de Cristo.

A índole dos latinos, mais inclinada, excetuando-se Agostinho, a se ocupar de problemas específicos, jurídicos e organizacionais, do que de questões especulativas, unida ao surgimento de novas heresias, como o donatismo e o pelagianismo, estimulará uma reflexão nova e original sobre os temas paulinos da graça, da Igreja, dos sacramentos e das Escrituras. São os tempos sobre os quais queremos refletir nesta pregação quaresmal.

2. O que é a Igreja?

Comecemos a nossa resenha pelo maior dos padres latinos, Agostinho. O doutor de Hipona deixou a sua marca em quase todas as áreas da teologia, mas especialmente em duas: a da graça e a da Igreja; a primeira, fruto da sua luta contra o pelagianismo; a segunda, de sua luta contra o donatismo.

O interesse pela doutrina de Santo Agostinho sobre a graça prevaleceu, do século XVI em diante, tanto no âmbito protestante (ao qual estão ligados Lutero, com a doutrina da justificação, e Calvino, com a da predestinação), quanto no campo católico, por causa das controvérsias levantadas por Jansen e Baio (2). Já o interesse pelas suas doutrinas eclesiais prevalece em nossos dias, porque o Concílio Vaticano II fez da Igreja o seu tema central e porque o movimento ecumênico tem na ideia de Igreja a questão crucial a ser resolvida. Procurando ajuda e inspiração nos Padres da Fé para o hoje da fé, vamos nos ocupar desta segunda área de interesse de Santo Agostinho, que é a Igreja.

A Igreja não era um assunto desconhecido para os Padres gregos nem para os escritores latinos anteriores a Agostinho (Cipriano, Hilário, Ambrósio), mas as suas afirmações se limitavam principalmente a repetir e comentar afirmações e imagens das Escrituras. A Igreja é o novo povo de Deus; a ela é prometida a indefectibilidade; ela é "a coluna e a base da verdade"; o Espírito Santo é o seu mestre supremo; a Igreja é "católica" porque se estende a todos os povos, ensina todos os dogmas e possui todos os carismas; na esteira de Paulo, fala-se da Igreja como do mistério da nossa incorporação a Cristo por meio do batismo e do dom do Espírito Santo; ela nasceu do lado aberto de Cristo na cruz, como Eva do lado de Adão adormecido (3).

Tudo isso, porém, era dito ocasionalmente; a Igreja ainda não tinha entrado em discussão. Quem será forçado a tratar dela é justamente Agostinho, que, durante quase toda a vida, teve de lutar contra o cisma dos donatistas. Talvez ninguém se lembrasse hoje daquela seita norte-africana se ela não tivesse sido a ocasião de origem do que hoje chamamos de eclesiologia, ou seja, um discurso refletido sobre o que é a Igreja no desígnio de Deus, a sua natureza e o seu funcionamento.

Por volta de 311, um certo Donato, bispo da Numídia, se recusou a receber novamente na comunhão eclesial aqueles que durante a perseguição de Diocleciano tinham entregado os livros sagrados às autoridades estatais, renegando a fé para salvar a vida. Em 311, foi eleito bispo de Cartago um certo Ceciliano, acusado, erradamente segundo os católicos, de ter traído a fé durante a perseguição de Diocleciano. Opôs-se a esta nomeação um grupo de setenta bispos do norte africano, liderados por Donato. Eles depuseram Ceciliano e elegeram em seu lugar Donato. Excomungado pelo papa Milcíades em 313, ele permaneceu no seu posto, provocando um cisma que criou no norte da África uma Igreja paralela à católica, mantida até a invasão dos vândalos, um século depois.

Durante a polêmica, eles tentaram justificar a sua posição com argumentos teológicos. Foi para refutá-los que Agostinho desenvolveu, pouco a pouco, a sua doutrina da Igreja. Isto aconteceu em dois contextos diferentes: nas obras escritas diretamente contra os donatistas e nos seus comentários à Escritura e discursos ao povo. É importante distinguir entre esses dois contextos porque, conforme cada um, Agostinho insistirá mais em alguns aspectos da Igreja do que em outros e só a partir do conjunto é que pode ser entendida a sua doutrina completa. Vamos ver, portanto, brevemente, quais são as conclusões a que o santo chega em cada um dos dois contextos, a começar pelo diretamente antidonatista.

a. A Igreja, comunhão dos sacramentos e sociedade dos santos. O cisma donatista partiu de uma convicção: não pode transmitir a graça um ministro que não a possui; os sacramentos administrados desta forma seriam desprovidos de qualquer efeito. Este argumento, que no início foi aplicado à ordenação do bispo Ceciliano, acabou estendido rapidamente aos outros sacramentos, em particular ao batismo. Com isto, os donatistas justificavam a sua separação dos católicos e a prática de rebatizar quem vinha das suas fileiras.

Em resposta, Agostinho desenvolve um princípio que se tornará uma conquista perene da teologia e que lança as bases de um futuro tratado de sacramentis: a distinção entre potestas e ministerium, ou seja, entre a causa da graça e o seu ministro. A graça conferida pelos sacramentos é obra exclusiva de Deus e de Cristo; o ministro não passa de um instrumento: "Pedro batiza, é Cristo quem batiza; João batiza, é Cristo quem batiza; Judas batiza, é Cristo quem batiza". A validade e eficácia dos sacramentos não é impedida pelo ministro indigno: uma verdade da qual, bem sabemos, o povo cristão precisa se lembrar também hoje...

Neutralizada, assim, a principal arma do adversário, Agostinho pode elaborar a sua grandiosa visão da Igreja mediante algumas distinções fundamentais. A primeira é entre a Igreja presente ou terrestre e a Igreja celestial ou futura. Só esta segunda será uma Igreja de todos santos e apenas santos; a Igreja do tempo presente será sempre o campo em que se misturam o trigo e o joio, a rede que recolhe peixes bons e peixes ruins, ou seja, santos e pecadores.

Dentro da Igreja em seu estágio terreno, Agostinho opera outra distinção: entre a comunhão dos sacramentos (communio sacramentorum) e a sociedade dos santos (societas sanctorum). A primeira une visivelmente entre si todos aqueles que participam dos mesmos sinais externos: os sacramentos, a Escritura, a autoridade; a segunda une entre si todos e apenas aqueles que, além dos sinais, também têm em comum a realidade escondida nos sinais (res sacramentorum), que é o Espírito Santo, a graça, a caridade.

Dado que na terra sempre será impossível saber com certeza quem possui o Espírito Santo e a graça, e, mais ainda, se eles perseverarão nesse estado até o fim, Agostinho acaba identificando a verdadeira e definitiva comunidade dos santos com a Igreja celeste dos predestinados. "Quantas ovelhas que hoje estão dentro estarão fora, e quantos lobos que hoje estão fora estarão dentro!" (5).

A novidade, neste ponto, mesmo no tocante a Cipriano, é que, enquanto este fazia consistir a unidade da Igreja em algo externo e visível, na concórdia de todos os bispos entre si, Agostinho a faz consistir em algo interno: o Espírito Santo. A unidade da Igreja é operada, assim, pelo mesmo que opera a unidade na Trindade: “O Pai e o Filho quiseram que estivéssemos unidos entre nós e com eles por meio do mesmo vínculo que os une, o amor, que é o Espírito Santo” (6). Ele executa na Igreja a mesma função que exerce a alma em nosso corpo natural: ser o seu princípio vital e unificador. "O que a alma é para o corpo humano, o Espírito Santo é para o Corpo de Cristo, que é a Igreja" (7).

A plena pertença à Igreja exige as duas coisas juntas, a comunhão visível dos sinais sacramentais e a comunhão invisível da graça. Esta, no entanto, admite graus, e por isso não quer dizer que se deva estar necessariamente dentro ou fora. Pode-se estar em parte dentro e em parte fora. Há uma pertença exterior, ou sinais sacramentais, em que se situam os cismáticos donatistas e os próprios maus católicos, e uma comunhão plena e total. A primeira consiste em ter o sinal externo da graça (sacramentum), sem receber, porém, a realidade interior produzida por eles (res sacramenti), ou em recebê-la, mas para a própria condenação, não para a própria salvação, como no caso do batismo administrado pelos cismáticos ou da Eucaristia recebida indignamente pelos católicos.

b. A Igreja Corpo de Cristo animado pelo Espírito Santo. Nos escritos exegéticos e nos discursos ao povo, encontramos esses mesmos princípios básicos da eclesiologia; mas menos pressionado pela controvérsia e falando, por assim dizer, em família, Agostinho pode insistir mais em aspectos interiores e espirituais da Igreja, mais caros a ele. Neles, a Igreja é apresentada, com tons muitas vezes elevados e comovidos, como o corpo de Cristo (ainda falta o adjetivo “místico”, que será adicionado mais tarde), animado pelo Espírito Santo, tão afim ao corpo eucarístico a ponto de, às vezes, igualar-se quase totalmente a ele. Ouçamos o que ouviram os seus fiéis, numa festa de Pentecostes, sobre esta questão:

"Se queres entender o corpo de Cristo, ouve o Apóstolo que diz aos fiéis: Vós sois o corpo de Cristo e os seus membros (1 Co 12,27). Se vós sois o corpo e os membros de Cristo, na mesa do Senhor está o vosso mistério: recebei o vosso mistério. Ao que sois, respondeis ‘amém’ e, ao respondê-lo, o confirmais. É dito a vós: ‘o corpo de Cristo’, e respondeis: ‘amém’. Sê membro do corpo de Cristo, para o teu amém ser verdadeiro... Sede o que vedes e recebei o que sois" (8).

O nexo entre os dois corpos de Cristo se fundamenta, para Agostinho, na singular correspondência simbólica entre o devir de um e o formar-se da outra. O pão da Eucaristia é obtido da massa de muitos grãos de trigo e o vinho de uma multidão de bagos de uva: assim a Igreja é formada por muitas pessoas, reunidas e amalgamadas pela caridade que é o Espírito Santo (9). Como o trigo espalhado pelas colinas foi primeiro colhido, depois moído, misturado com água e assado no forno, assim os fiéis esparsos pelo mundo foram reunidos pela palavra de Deus, moídos pelas penitências e exorcismos que precedem o batismo, imersos na água do batismo e passados pelo fogo do Espírito. Mesmo em relação à Igreja, deve-se dizer que o sacramento "significando causat": significando a união de várias pessoas em uma, a Eucaristia a realiza, a causa. Neste sentido, podemos dizer que "a Eucaristia faz a Igreja".

3. Atualidade da eclesiologia de Agostinho

Vamos agora ver como as ideias de Agostinho sobre a Igreja podem ajudar a iluminar os problemas que ela enfrenta em nosso tempo. Quero me concentrar em especial na importância da eclesiologia de Agostinho para o diálogo ecumênico. Uma circunstância torna esta escolha particularmente oportuna. O mundo cristão se prepara para celebrar o quinto centenário da Reforma Protestante. Já começaram a circular declarações e documentos conjuntos em vista do evento (10). É vital, para toda a Igreja, não estragarmos esta ocasião permanecendo prisioneiros do passado, tentando apurar, talvez com maior objetividade e serenidade, as razões e as culpas de um e de outro, mas sim darmos um salto de qualidade, como ocorre na eclusa de um rio ou de um canal, que permite que os navios continuem a sua navegação num patamar mais elevado.

A situação do mundo, da Igreja e da teologia mudou desde aquela época. Trata-se de recomeçar a partir da pessoa de Jesus, de ajudar humildemente os nossos contemporâneos a descobrir a pessoa de Cristo. Devemos nos remeter ao tempo dos apóstolos. Eles tinham diante de si um mundo pré-cristão; nós temos diante de nós um mundo em grande parte pós-cristão. Quando Paulo quis resumir em uma frase a essência da mensagem cristã, ele não disse "Anunciamos esta ou aquela doutrina", mas "Nós proclamamos Cristo, e Cristo crucificado" (1 Cor 1, 23). E ainda: "Nós proclamamos Jesus Cristo, o Senhor" (2 Cor 4,5).

Isto não significa ignorar o grande enriquecimento teológico e espiritual produzido pela Reforma, nem querer retornar ao ponto de antes; significa, em vez disso, deixar que toda a cristandade se beneficie das suas conquistas, uma vez libertadas de certas forçações devidas ao clima polêmico do momento e às posteriores controvérsias. A justificação gratuita pela fé, por exemplo, deveria ser anunciada hoje, e com mais força do que nunca, mas não em oposição às boas obras, o que é uma questão superada, e sim em oposição à pretensão do homem moderno de se salvar sozinho, sem necessidade nem de Deus nem de Cristo. Se vivesse hoje, sou convencido que isto seria o modo com o qual Lutero predicasse a justificação por fé. 

Vamos ver como a teologia de Agostinho pode nos ajudar neste esforço para superar as barreiras seculares. O caminho a percorrer hoje, em certo sentido, segue na direção oposta à que foi tomada por ele contra os donatistas. Na época, era preciso ir da comunhão dos sacramentos à comunhão na graça do Espírito Santo e na caridade, mas hoje temos que ir da comunhão espiritual da caridade à plena comunhão, inclusive nos sacramentos, entre os quais, em primeiro lugar, a Eucaristia.

A distinção entre os dois níveis de realização da verdadeira Igreja, o externo, dos sinais, e o interno, da graça, permite que Agostinho formule um princípio que seria impensável antes dele: "Pode haver algo na Igreja católica que não seja católico, e fora da Igreja católica algo católico" (11). Os dois aspectos da Igreja, o visível e institucional e o invisível e espiritual, não podem ser separados. Isso é verdade e foi reiterado por Pio XII na Mystici corporis e pelo Concílio Vaticano II na Lumen Gentium, mas, devido às separações históricas e ao pecado humano, até que se realize a sua correspondência plena, não podemos dar mais importância à comunidade institucional do que à espiritual.

Para mim, isto levanta uma séria indagação. Posso eu, como católico, me sentir mais em comunhão com a multidão dos que, tendo sido batizados na minha própria Igreja, se desinteressam completamente de Cristo e da Igreja, ou se interessam por ela apenas para falar mal, do que me sinto em comunhão com as fileiras daqueles que, apesar de pertencer a outras confissões cristãs, acreditam nas mesmas verdades fundamentais em que eu creio, amam Jesus Cristo até dar a vida por ele, difundem o Evangelho, se esforçam para aliviar a pobreza no mundo e possuem os mesmos dons do Espírito Santo que nós? As perseguições, tão frequentes hoje em certas partes do mundo, não fazem distinção: os perseguidores não queimam igrejas nem matam pessoas porque elas são católicas ou protestantes, mas porque são cristãs. Para eles, nós já somos "uma coisa só"!

Esta, obviamente, é uma pergunta que deveria ser feita também pelos cristãos das outras igrejas a propósito dos católicos, e, graças a Deus, é precisamente isto o que está acontecendo de uma forma oculta, porém maior do que as notícias nos deixam vislumbrar. Um dia, tenho certeza, ficaremos admirados, ou outros ficarão, por não termos notado antes o que o Espírito Santo estava realizando entre os cristãos do nosso tempo, à margem da oficialidade. Fora da Igreja católica há muitíssimos cristãos que olham para ela com olhos novos e começam a reconhecer nela as suas próprias raízes.

A intuição mais nova e fecunda de Agostinho sobre a Igreja, como vimos, foi a de identificar o princípio essencial da sua unidade no Espírito, mais do que na comunhão horizontal dos bispos uns com os outros e dos bispos com o papa de Roma. Como a unidade do corpo humano é dada pela alma que vivifica e move todos os seus membros, assim é a unidade do corpo de Cristo. Esta unidade é um fato místico, mais do que uma realidade que se expressa social e visivelmente em perspectiva externa. É o reflexo da unidade perfeita que existe entre o Pai e o Filho por obra do Espírito. Foi Jesus quem fixou de uma vez para sempre este fundamento místico da unidade quando disse: "Que todos sejam um, como nós somos um" (Jo 17, 22). A unidade essencial na doutrina e na disciplina será o fruto desta unidade mística e espiritual, nunca a sua causa.

Os passos mais concretos para a unidade não são dados, portanto, em torno de uma mesa ou nas declarações conjuntas (embora tudo isto seja importante); são dados quando os crentes de diferentes confissões proclamam juntos, em acordo fraterno, o Senhor Jesus, compartilhando cada um o próprio carisma e reconhecendo-se irmãos em Cristo.

4. Membros do corpo de Cristo, movidos pelo Espírito!

Em seus discursos ao povo, Agostinho nunca expõe as suas ideias sobre a Igreja sem apresentar imediatamente as consequências práticas para a vida cotidiana dos fiéis. E é isto o que nós também queremos fazer antes de concluir a nossa meditação, como se nos colocássemos entre as fileiras dos seus ouvintes de então.

A imagem da Igreja como Corpo de Cristo não é uma novidade de Agostinho. O que é novo nele são as conclusões práticas para a vida dos crentes. Uma delas é que não temos mais razão para nos olharmos com inveja e com ciúme. O que eu não tenho, mas os outros têm, também é meu. Ouvimos o apóstolo elencar todos aqueles maravilhosos carismas: apostolado, profecia, curas... e talvez nos entristeçamos pensando que não temos nenhum deles. Mas, cuidado, alerta Agostinho: "Se tu amas, o que tens não é pouco. Se de fato amas a unidade, tudo o que nela é possuído por alguém é também possuído por ti! Expulsa a inveja e será teu o que é meu, e, se eu expulsar a inveja, será meu o que tu possuis".

Somente o olho, no corpo, tem a capacidade de ver. Mas o olho, por acaso, enxerga apenas para si? Não é todo o corpo que se beneficia da sua capacidade de ver? Só a mão age, mas ela age, acaso, apenas para si mesma? Se uma pedra está prestes a atingir o olho, a mão por acaso permanece imóvel, dizendo que o golpe, afinal, não é contra ela? O mesmo acontece no corpo de Cristo: o que cada membro é e faz, Ele é e faz para todos!

Eis por que a caridade é o "caminho mais excelente" (1 Cor 12 , 31): ela me faz amar a igreja, ou a comunidade em que vivo, e, na unidade, todos os carismas, e não apenas alguns, são meus. E há mais: se amas a unidade mais do que eu a amo, o carisma que eu possuo é mais teu do que meu. Suponhamos que eu tenha o carisma de evangelizar; eu posso me comprazer ou me vangloriar dele, e, assim, me torno "um címbalo que retine" (1 Cor 13,01); o meu carisma "de nada me aproveita", ao passo que o ouvinte não deixa de se beneficiar, apesar do meu pecado. A caridade multiplica realmente os dons; ela faz do carisma de um, o carisma de todos.

“Fazes parte do corpo de Cristo? Amas a unidade da Igreja?”, perguntava Agostinho aos seus fiéis. “Então, quando um pagão te perguntar por que não falas todas as línguas, se está escrito que aqueles que receberam o Espírito Santo falam todas as línguas, responde sem hesitar: ‘É claro que falo todas as línguas! Eu pertenço ao corpo da Igreja, que fala todas as línguas e em todas as línguas proclama as grandes obras de Deus’” (13).

Quando formos capazes de aplicar esta verdade não só às relações dentro da comunidade em que vivemos e à nossa Igreja, mas também às relações entre uma Igreja cristã e a outra, naquele dia a unidade dos cristãos será praticamente um fato consumado.

Acolhamos a exortação com que Agostinho fecha muitos dos seus discursos sobre a Igreja: “Se quiserdes, pois, experimentar o Espírito Santo, mantenha o amor, amai a verdade e alcançareis a eternidade. Amém” (14).

[Tradução do original italiano por ZENIT português]

(1) Bernardo de Chartres, coment. João de Salisbury, Metalogicon, III, 4 (Corpus Chr. Cont. Med., 98, p.116).

(2) A este âmbito da influência de Agostinho é dedicado o livro de H. de Lubac, Augustinisme et théologie moderne, Paris, Aubier 1965.

(3) Cf. J.N.D. Kelly, Early Christian Doctrines, London 1968 chap. XV.

(4) Agostinho, Contra Epist. Parmeniani II,15,34; cf. todo o Sermo 266.

(5) Agostinho, In Ioh. Evang. 45,12: “Quam multae oves foris, quam multi lupi intus!”.

(6) Agostinho, Discursos, 71, 12, 18 (PL 38,454).

(7) Agostinho, Sermo 267, 4 (PL 38, 1231).

(8) Agostinho, Sermo 272 (PL 38, 1247 em diante).

(9) Ibidem.

(10) Cf. documento conjunto católico-luterano “Do conflito à comunhão”, http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/chrstuni/lutheran-fed-docs/rc_pc_chrstuni_doc_2013_dal-conflitto-alla-comunione_it.html (em italiano).

(11) Agostinho, De Baptismo, VII, 39, 77.

(12) Agostinho, Tratados sobre João, 32,8.

(13) Cf. Agostinho, Discursos, 269, 1.2 (PL 38, 1235 s.).

(14) Agostinho, Sermo 267, 4 (PL 38, 1231).


Foto: Web

Site: Zenit
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 20 de março de 2014

Não foi o cristianismo que acreditou no judaísmo, e sim o judaísmo no cristianismo. (Sto Inácio sobre a guarda do sábado)




Catia

"9. Aqueles que viviam na antiga ordem de coisas chegaram à nova esperança, e não observam mais o sábado, mas o dia do Senhor, em que a nossa vida se levantou por meio dele e da sua morte. Alguns negam isso, mas é por meio desse mistério que recebemos a fé e no qual perseveramos para ser discípulos de Jesus Cristo, nosso único Mestre. Como podemos viver sem aquele que até os profetas, seus discípulos no espírito, esperavam como Mestre? Foi precisamente aquele que justamente esperavam, que ao chegar, os ressuscitou dos mortos. 10. Portanto, não sejamos insensíveis à sua bondade. Se ele nos imitasse na maneira como agimos, já não existiríamos. Contudo, tornando-nos seus discípulos, abraçamos a vida segundo o cristianismo. Quem é chamado com o nome diferente desse, não é de Deus. Jogai fora o mau fermento, velho e ácido, e transformai-vos no fermento novo, que é Jesus Cristo. Deixai-vos salgar por ele, a fim de que nenhum de vós se corrompa, pois é pelo odor que sereis julgados. É absurdo falar de Jesus Cristo e,ao mesmo tempo judaizar. Não foi o cristianismo que acreditou no judaísmo, e sim o judaísmo no cristianismo, pois nele se reuniu toda língua que acredita em Deus " 

(Santo Inácio de Antioquia, aos Magnésios. 101 d.C.) (grifos meus).

Título Original: Santo Inácio de Antioquia desmascarando a seita Adventista, "a Guarda do Sábado"

Site: O Diário Alexandrino
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 19 de março de 2014

São José




Canção Nova Santo do Dia

Celebra-se hoje, 19 de março, a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, espalhada pelo mundo todo, recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono.

Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo.

Seu nome, em hebraico, significa “Deus cumula de bens”.

No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de Deus acolher, misteriosa, dócil e obedientemente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo.

“Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa” (Mt 1,24).

O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a si mesmo e, na fé, obedecer a Deus acolhendo a Virgem Maria.

Da mesma forma, hoje São José acolhe a Igreja, da qual é o patrono. E é grande intercessor de todos nós.

Que assim como ele, possamos ser dóceis à Palavra e à vontade do Senhor.

São José, rogai por nós!


Site: Canção Nova Santo do Dia
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 18 de março de 2014

Curso para missionários com enfoque na Amazônia


CNBB

Com o objetivo de preparar leigos, religiosos, diáconos e presbíteros para atuar na pastoral missionária ou em regiões missionárias no Brasil, o Centro Cultural Missionário (CCM), a Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) promovem o Curso de Formação Missionária 2014. A formação será realizada de 01 a 26 de junho, no CCM em Brasília (DF).

De acordo com o diretor do CCM, padre Estêvão Raschietti, a qualificação dos missionários é considerada fundamental para o desenvolvimento das atividades missionárias em situações difíceis que envolvem regiões afastadas, como o envio de missionárias para a Amazônia.

“Queremos proporcionar um importante momento de reflexão e de estudo sobre referenciais teóricos, práticos e espirituais diante do desafio fascinante de sair da própria casa para tornar-se hóspede na casa dos outros. Precisamos formar uma nova mentalidade missionária em nossos agentes de pastoral, de modo particular para quem é enviado à Amazônia”, explica padre Estêvão.

O curso abordará oito dimensões da missão: antropológica, bíblica, teológica, histórica, geográfica, ecumênica, pastoral e espiritual. Inscrição e informações pelo site www.ccm.org.br. Contatos: (61) 3274 3009 ou no e-mail: ccm@ccm.org.br.

Título Original: Curso de Formação Missionária qualifica agentes de pastoral


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 17 de março de 2014

De repente 30 anos




Sandro Arquejada

“Entrar na terceira década, frequentar lugares onde está a rapaziada de 22, 23 anos e querer competir com eles chega a ser, em certos casos, ridículo.”

Não é raro, nos dias de hoje, encontrar pessoas que já tenham atingido os 30 anos e ainda estejam solteiras. Há algumas gerações, talvez isso tenha sido um mau sinal, pois a maioria se casava por volta dos 20 ou 25 anos. Provavelmente, com nossos pais ou na geração deles tenha sido assim. Com nossos avós o casamento acontecia ainda mais cedo, entre 15 e 19 anos.

Os tempos mudaram, os planos das pessoas e o meio em que elas vivem se tornaram diferentes. Antigamente, quando alguém se tornava adulto (entenda-se adulto alguém em condições de trabalhar e produzir como “gente grande”), a família já se preocupava com um casamento para ele. Hoje não!

Atualmente, pensa-se que, primeiro, o indivíduo deve cursar uma faculdade ou aprender um ofício; depois, estabilizar-se profissionalmente para adquirir certa estrutura financeira. Só, então, procurar alguém para se casar. Esse pensamento nós o incorporamos [com os anos], apesar de ele não ser essencial à felicidade. Basta verificar se aos 25 anos, apesar de querer se casar, você se preocupava tanto com isso. Quais eram suas prioridades nessa etapa da sua existência?

Quando entramos na terceira década de nossa vida, parece que alguma coisa acontece em nosso interior, uma consciência nova, uma responsabilidade maior, sobretudo, com nós mesmos. Parece “cair a ficha” de que a metade da nossa vida passou, mas ainda nos falta providenciar coisas essenciais como o casamento.

Segundo os entendidos, ao entrar nessa idade, já não somos mais considerados jovens, pois atravessamos, definitivamente, a fronteira entre a juventude e a idade adulta. Já ouvi dizer que essa consciência se repetirá na barreira dos 40 anos. Você se verá como um cidadão sênior.

Entrar na terceira década, frequentar lugares onde está a rapaziada de 22, 23 anos e querer competir com eles chega a ser, em certos casos, ridículo. Um ambiente de garotada já não é tão acolhedor aos trintões, pois, apesar de existir muita gente bonita e em boa forma, aos 30 anos é certo que a natureza irá lhe impor seus efeitos comuns. Contudo, nessa altura da vida, a maior crise é ainda estar solteiro. Muitos se perguntam: “Por que ainda estou solteiro? Por que não aparece uma boa pessoa para eu namorar? É algum problema comigo?”.

“Abra seu coração, saia de casa, faça amizades. Naturalmente, a paquera acontecerá” Sandro Arquejada

Antes de tentar responder essas perguntas, vamos refletir amplamente sobre a situação. Como pontos positivos, as pessoas ‘pós-30′ têm a seu favor o fato de que muitos são bem resolvidos profissionalmente. Então, oferecem ao parceiro (a) certa estrutura material, estabilidade financeira e emocional, já que é menos provável uma virada radical em sua situação, ou esta acontecerá de forma gradual. Geralmente, [pessoas nessa idade] já tiveram, pelo menos, um relacionamento de namoro; teoricamente, devem saber lidar melhor com as diferenças. Elas têm bem definida a escolha de sua religião; por isso possibilitam ao pretendente a chance de medir e alinhar melhor seus ideais aos dele, verificar se cabem ou não na vida dessa pessoa.

Visto isso, preciso provocá-lo a responder, sinceramente, para si mesmo: “Todas as coisas pelas quais você lutou para alcançar não lhe geraram alguns efeitos colaterais?”

Você não está solteiro, porque se envolveu com suas prioridades de estruturar a vida e deixou um pouco de lado o campo afetivo? Será que você não trocou sua dedicação e seu tempo de cultivar boas amizades e estar com pessoas parecidas com você por horas de estudo e trabalho? Sobre o que você sabe conversar? Planilhas, mercados ou coisas voltadas à sua profissão? Há pessoas que usam técnicas de paquera da mesma forma como lidam com seus clientes.

A idade, as coisas que aprendeu e até as pedras do caminho, que o trouxeram até aqui, não o fizeram ter manias demais? É natural o tempo passar e você ficar mais exigente para se envolver. O exigente busca qualidades que antes ele criou para si, ou seja, oferece algo muito bom ao parceiro. Mas aquele que cria manias fica cada vez mais chato, quer impor ‘regrinhas’ de comportamento ao outro ou cobra valores que ele mesmo não oferece.

O fato de ter que planejar, desenvolver metas e meios para alcançar seus objetivos não o fez pensar em sua vida afetiva como algo calculado, planejado? Em um protótipo de mulher ou homem ideal, perfeito? É bom deixarmos claro que tal pessoa não existe.

ESTAR SOLTEIRO É A PIOR COISA DO MUNDO?

QUANDO O TEMPO PASSA E A PESSOA CERTA NÃO APARECE?

UM PRÍNCIPE NUM CAVALO BRANCO: SERÁ QUE ELE VEM?

Deixe-se surpreender pelas pessoas com aquilo que elas têm dentro de si. Não tente fabricar o outro. As maiores riquezas e os maiores dons que uma pessoa tem fluirão naturalmente nela. Ela os manifestará espontaneamente. Abra seu coração, saia de casa, faça amizades. Naturalmente, a paquera acontecerá.

Você faz sua parte? Investe em si mesmo? Lê bons livros e se enriquece de conteúdo? Você deixa as suas chatices de lado e tenta ser mais simpático, sorrir mais aonde você chega?

Reconciliou-se com sua história passada, com seus medos e traumas? Perdoou pessoas? Você busca entender a si mesmo e seus processos interiores? Tudo isso, antes de fazê-lo uma pessoa mais sociável e interessante para os outros, fará bem a você mesmo.

Digamos que, após uma análise pessoal, você perceba que tem tudo isso ou, pelo menos, está bem encaminhado. Ainda, assim, dentro de você, existe uma pergunta: “Por que ainda estou sozinho (a)?”. Faça essa pergunta para Deus. Somente Ele pode lhe revelar o propósito de você ter a vocação ao matrimônio, mas ainda estar só.

Às vezes, a resposta d’Ele pode não ser na hora, mas, com certeza, Deus falará com você. Muitas vezes, perguntamos algo a Ele, na capela, mas colhemos o silêncio. No entanto, depois de sair de lá, em algumas horas ou em outro dia, temos a resposta pela qual esperávamos.

Lembro-me de que fiquei cerca de seis anos sem namorar. Foi nítido para mim que, nesse tempo, Deus trabalhou minha visão e o modo de eu me relacionar com o ser feminino. Na Comunidade Canção Nova, por meio de amizades puras, o Senhor pôde transformar meu interior, meu conceito em relação às mulheres. Todos precisamos ser olhados com pureza. Talvez Deus ainda esteja lapidando você.

O importante é não perder a esperança, pois ela é a certeza de que Deus tem sempre o melhor para nós. Quem não tem esperança não tem motivação para viver.

A esperança faz com que aquilo que parece ser o fim tome as cores de uma nova possibilidade. Então, chegar aos 30 anos não é o fim, mas o começo de uma nova etapa.

Não se desespere, não mantenha seu foco na ausência, mas nas promessas de Deus. Talvez você esteja mais perto do que nunca da pessoa que o fará feliz.

*Sandro Arquejada - é missionário da Comunidade Canção Nova e autor do livro “As 5 Fases do Namoro

Título Original: “DE REPENTE 30”… E SOLTEIRO!

Site: Destrave
Editado por Henrique Guilhon