A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

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Tradutor

domingo, 30 de setembro de 2012

Resposta ao argumento protestante sobre S. Jerônimo e os deuterocanônicos - Parte 5

São Jerônimo
Apologistas Católicos

Continuando

“Pois eu não relatei o que eu pensava, mas o que eles comumente diziam contra nós.”. 

"Ora, aqui temos mais uma conclusão indevida do autor que quer fazer o leitor ver coisas que não existem. Quando Jerónimo diz que as acusações não são suas não significa que aceitasse a canonicidade dos acréscimos de Daniel. Jerónimo fez notar que as acusações não partiram dele, como o acusavam, mas dos Judeus, e foi apenas essas acusações dos Judeus que ele mencionou no prefácio. Portanto quando Rafael Rodriques diz “Veja que ele aqui aceita a canonicidade dos acréscimos de Daniel” vai além do que Jerónimo escreveu, porque “ele não relatou o que pensava”. 

Não é conclusão indevida, é o que o texto mostra! E ele aceita como inspiradas sim, pois não faz distinção nem ressalva nenhuma sobre as partes deuterocanônicas de Daniel e as demais partes, ele assume que todas foram estavam no livro e somente completa que os comentários que ele fez não eram seus e sim dos judeus!  

“Eu não refutei a opinião deles no prefácio por que eu sendo breve, e cuidadoso […] Eu disse portanto, ‘aqui não agora não é o momento de entrar em discussão sobre isto.’”. 

"Como já vimos a palavra «refutar» foi introduzida ilegitimamente pelo autor no texto porque lhe convinha para a sua tese." 

Como já vimos eu não introduzi nenhuma palavra nos escritos de São Jerônimo, traduzir apenas “reply” como “refutar”, pois é a melhor palavra que se encaixa no contexto. Pelo visto parece que nosso amigo, ou não está acostumado com traduções, ou pelo menos quer agir desonestamente me acusando de algo que não existe! 

"Jerónimo diz que não respondeu ao que os Judeus diziam para o prefácio não ficar grande. Não quer com isto dizer que não concordasse com eles." 

São Jerônimo não concordava com os judeus, nosso amigo parece que não leu as frases anteriores quando ele diz: 

“Pois eu expliquei não o que eu pensava, mas o que eles comumente diziam contra nós.” 

Este cidadão insiste em dizer que São Jerônimo concordava com os judeus, enquanto o mesmo diz na passagem que aquele não era o seu pensamento, e sim as acusações dos judeus que ele não queria rebater no seu prefácio, e não somente para não ficar grande, mas também por que ali não era lugar para aquilo. 

Simplesmente nesta ocasião não disse o que pensava sobre o assunto. Ele disse “agora não é o momento para entrar em discussão sobre isto." Ele entrou em discussão sobre isto 5 anos depois (em 407) no comentário que fez sobre Daniel e aí diz claramente que não aceita os acréscimos de Daniel como parte das Sagradas Escrituras. Veja-se os textos relevantes na parte final do meu artigo “Jerónimo mudou de opinião a respeito do cânon do Antigo Testamento? – I” 

Além do fato de ele dizer que este artigo é seu, quando na verdade é outra tradução do Ray Aviles, que ele atribui a si, que pode ser encontrado aqui, não prova em nada que são Jerônimo negou a inspiração das partes deuterocanônicas de Daniel, apenas levanta dúdvidas segundo o texto hebraico! 

JND Kelly um dos maiores patrologistas protestantes, diz que São Jerônimo, algumas vezes não reconhecia as partes de Daniel, justamente por que ficava sem jeito ao expor para os judeus estas partes: 

“Esta foi a atitude que, com concessões temporárias por razões tácticas ou outras, ele manteve para o resto da sua vida - na teoria pelo menos, pois na prática ele continuou a citá-los como se fossem Escritura. DE NOVO O QUE O MOVEU FOI PRINCIPALMENTE O EMBARAÇO que sentia ao ter que argumentar com Judeus com base em livros que eles rejeitaram, ou mesmo (por exemplo, as histórias de Susana, ou de Bel e o Dragão) que achavam francamente ridículos. (J. N. D. Kelly, Jerome: His Life, Writings, and Controversies (Peabody: Hendrickson Publishers, 2000), pp. 160-161 ) [grifos e capslock meu] 

Quanto a isso é assunto para outro artigo. 

“Agora Rafael Rodrigues começa a dar algumas citações selecionadas de Jerónimo para mostrar que ele citou os livros apócrifos como Escritura. Vejamos:” 

Agora ele começa a querer negar as claras passagens traduzindo as falácias já refutadas do Ray Aviles. 

“A Escritura não diz: ‘não te sobrecarregue acima do teu poder’? (Eclesiástico 13, 2)” (A Eustóquio, Epístola CVIII) 

Rafael Rodrigues aqui está correcto, Jerónimo chama este versículo de Eclesiástico “Escritura”, mas deve questionar-se se o que ele quer dizer é no sentido “inspirado”. Considerando que ele já afirmou que "Eclesiástico" não é para ser usado doutrinalmente (ver acima), é razoável assumir que este não é o caso. 

Esta é a pior e mais fantástica ginástica mental produzida por este cidadão. 

Ele vê claramente são Jerônimo chamando Eclesiástico de “escrituras”, ai em sua tática mental, diz basicamente isto “é escritura, mas não é inspirado”, ora alguém ai já viu algum livro ser chamado de “escritura” e não ser inspirado? De onde ele tirou essa peripécia de “Escrituras Inspiradas” e “escrituras não inspiradas”? 

Não duvido muito, se Jerônimo tivesse escrito “Livro inspirado”, que ele respondesse, “Ele diz que é inspirado, mas não diz que é Escritura”. Como pode haver Escritura sem inspiração? 

Neste caso específico Jerônimo está escrevendo a carta para consolar Eustóquio pela perda de sua mãe, e não é necessariamente uma prova de doutrina, mas ele chama o de Escritura, antes de citar outra “Escritura”, um Salmo. Vamos ver em outro lugar São Jerônimo usando os deuterocanônicos para lidar com a doutrina. No entanto, nada pode negar o fato de que ele chamou Eclesiástico “Escrituras”. 

Se São Jerônimo diz que o livro é Escritura, e se Escritura significa Escritura, obviamente é inspirada. Obviamente São Jerônimo viu como Escritura inspirada, não é a ginástica mental do nosso amigo que vai negar este fato. 

“Não, meu querido irmão, estime meu valor pelo número de meus anos. Cabelos brancos não são sabedoria, é sabedoria, que é tão boa quanto os cabelos brancos Pelo menos é isso que Salomão diz: ‘a sabedoria que faz as vezes dos cabelos brancos’ (Sabedoria 4, 9). Moisés também na escolha dos setenta anciãos disse para tirar aqueles a quem ele sabia que eram anciãos de fato, que não para selecionar-los por seus anos, mas por sua discrição (Números 11, 16) E, como um menino, Daniel, julgou os homens de idade e na flor da juventude condenou a incontinência da idade (Daniel 13, 55-59)” (A Paulino, Epístola 58). 

"Aqui Rafael Rodrigues está a ler demais nesta citação. Embora Jerónimo "cite" estes livros, citando-os não significa que ele os via como "Escritura", especialmente à luz do facto de ele ter afirmado que os livros podiam ser usados ​​"eclesiasticamente"." 

Eu não estou a ver demais, ele não citou o que eu coloquei no meu texto: 

“Aqui São Jerônimo mescla o uso do Livro da Sabedoria com o escrito de Moisés. Depois de se referir a Moisés, ele também se refere à história de Susanna para estabelecer um ponto. Ele não faz distinção, na prática, dos escritos de Moisés dos dois livros deuterocanônicos.” 

Ou seja, o que eu falei foi que a Sabedoria é mesclada com outros livros da bíblia e não se faz distinção nenhuma entre eles, como inspirados e não inspirados, ou canônicos e não canônico. 

São Jerônimo cita Sabedoria e Susanna bem no meio de uma citação de Números. Ele não os colocou de lado como Paulo fez ao citar Menandro. Ele escreve assumindo que não há diferença entre Sabedoria, Susanna, e Números. Esta citação após os prefácio, que o sr. Verdade nos aponta, reconhece especificamente Susanna. São Jerônimo usa Moisés, o jovem Daniel, Susanna, e Salomão, da mesma forma e legitimidade. Isso diz realmente muito para nós. 

"Gostaria de citar as palavras do salmista: ‘os sacrifícios de Deus são um espírito quebrado’, (Salmos 51, 17) e o de Ezequiel ‘Eu prefiro o arrependimento de um pecador ao invés de sua morte’, (Ezequiel 18, 23) e as de Baruc, ‘Levanta-te, levanta-te, ó Jerusalém’ (Baruc 5, 5) e muitos outras proclamações feitas pelas trombetas dos profetas.” (A Oceanus, Epístola 77, 4). 

"Jerónimo aqui não chama Baruc “Escritura”. Nem necessariamente o chama “profeta”. Uma vez que começou por distinguir a sua primeira citação como “do salmista”. Portanto, o que Jerónimo diz é que poderia continuar citando as proclamações dos profetas, não que as três citações anteriores pertençam aos profetas." 

Eu não disse que ele chama Baruc de escrituras! E sim de profeta! 

Nesta passagem, São Jerônimo, logo após citar o Salmista e Ezequiel também se refere a Baruc. Não como Paulo fez, sobre os “profetas de creta” falando “seus profetas”. A proclamação do Baruc é como um dos profetas. Obviamente, este é o profeta de Deus. Ele usa Baruc, Salmos, Ezequiel. Os três estão no mesmo nível: profetas. Nada sobre “apenas eclesiástico.”. 

Se o livro é escrito por um profeta, e está citado no meio de tantas outras citações bíblicas, sem ser feita nenhuma ressalva quanto a este livro específico, a uma única conclusão óbvia a que uma pessoa normal pode chegar é que realmente é Inspirada por Deus. Jerônimo diz “e muitos outras proclamações feitas pelas trombetas dos profetas.” Isto indica claramente que as passagens por ele citadas anteriormente eram também dos profetas! 

Ousaria Jerônimo fazer uma mescla entre escritos inspirados e obras puramente humanas, caso não admitisse o caráter inspirados de todas elas?

Continua

Título Original: Tréplica a tentativa de argumentação protestante sobre São Jerônimo e os deuterocanônicos
Site: Apologistas Católicos

Editado por Henrique Guilhon

A Igreja como Mãe da civilização moderna

Catedral de Brasília - DF.

Fernando Nascimento

Toda vez que um protestante, um comunista, ateu ou qualquer outro inimigo da Igreja, que gosta de erroneamente chamar a Idade Média de “trevas”, citar redondamente enganado, que a Igreja é “primitiva”, é “medieval” e que eles mesmos são da era do celular, televisão, DNA, Genética, Genoma, Física, fibra ótica, viagens espaciais ou energia nuclear, deveriam receber dos católicos a resposta:

“Nós não tivemos essas coisas na Idade Média porque estávamos ocupados em inventá-las e descobri-las para que as tenhas hoje.” - e indagar-lhes - “os que pensam como ti, o que oferecerão às futuras gerações?”

Hoje, há professores como Thomas Woods graduado na Universidade de Harvard e é doutor em História pela Universidade de Columbia, Edward Grant escrevendo livros editados pela Universidade de Cambridge, Thomas Goldstein, A.C.Crombie, David Lindberg e muitos outros. E todos eles concordam que, você mente, quando alega que a Igreja foi uma oponente das ciências. Pelo contrário, há aspectos do pensamento católico que foram indispensáveis para o desenvolvimento da ciência.

Confira como a Igreja Católica construiu a Civilização Moderna e a livrou da ignorância e do massacre dos Bárbaros:

- A Igreja Católica teve de empreender a tarefa de introduzir a lei do Evangelho e o Sermão da Montanha entre os povos Bárbaros, que tinham o homicídio como a mais honrosa ocupação e a vingança como sinônimo de justiça. (Christopher Dawson);

- A Igreja Católica forneceu mais ajuda e apoio financeiro ao estudo da Astronomia, por mais de seis séculos – da recuperação do saber antigo da Baixa Idade Média ao Iluminismo -, do que qualquer outra e, provavelmente, todas as outras instituições. (J.L.Heilbron – Universidade da Califórnia, em Berkeley);

- A Igreja fundou a primeira universidade do mundo, em Bolonha, na Itália. A criação da instituição dá à Europa o impulso intelectual que desembocaria no Renascimento no século XIV, e na Revolução Científica, entre os séculos VXI e XVII.

- Reginald Grégoire (1985), afirma: “os monges deram a toda a Europa… uma rede de fábricas, centros de criação de gado, centros de educação, fervor espiritual, … uma avançada civilização emergiu da onda caótica dos bárbaros”. Ele afirma que: “Sem dúvida alguma S. Bento (o mais importante arquiteto do monarquismo ocidental) foi o Pai da Europa. Os Beneditinos e seus filhos, foram os Pais da civilização Européia”; 

- O nosso padrão de contar o tempo foi criado por um monge católico chamado Dionísio, por volta do início do século 4;

- Foram os católicos escolásticos que criaram a Ciência Econômica Moderna. Foram eles que criaram a economia, e não os secularistas do Iluminismo;

- São Mesrob, sacerdote católico, foi o criador do alfabeto armênio;

- Os Jesuítas – da Companhia de Jesus – foram tão exímios nas ciências que, neste exato momento, 35 crateras lunares têm o nome de cientistas jesuítas;

- São Cirilo e Metódio, no século IX, desenvolveram um alfabeto para o velho idioma eslavo, este se tornou o precursor do alfabeto russo "cirílico". Em 885, são Metódio traduziu a Bíblia inteira neste idioma;

- O católico franciscano Roger Bacon (séc 13), que lecionava na Universidade de Oxford, é considerado o precursor da revolução científica;

- O monge matemático Jordanus Nemorarius, além dos conhecimentos que contribuiu à matemática introduzindo os sinais de “mais” e de “menos”, iniciou a investigação dos problemas da mecânica, superando a visão dos problemas do equilíbrio. Foi o fundador da escola medieval de mecânica, foi o primeiro em formular corretamente a “lei do plano inclinado” e pesquisou sobre a conservação do trabalho nas máquinas simples.

- Os Jesuítas estão entre os maiores matemáticos da história;

- O abade Nicolau Copérnico foi o astrônomo e matemático que desenvolveu a teoria heliocêntrica do Sistema Solar. Sua teoria do Heliocentrismo, que colocou o Sol como o centro do Sistema Solar, contrariando a então vigente teoria geocêntrica (que considerava, a Terra como o centro), é tida como uma das mais importantes hipóteses científicas de todos os tempos, tendo constituído o ponto de partida da astronomia moderna.

- O padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685 -1724), foi um cientista e inventor nascido no Brasil Colônia. Famoso por ter inventado o primeiro aeróstato operacional, era chamado de “o padre voador”, é uma das maiores figuras da história da aeronáutica mundial. Ele também é o inventor de uma “máquina para a drenagem da água alagadora das embarcações de alto mar.”

- Papa Gregório XIII, foi quem nos deu o Calendário Gregoriano, que é o calendário utilizado na maior parte do mundo e em todos os países ocidentais. A China o aprovou em 1912.

- Jean Buridan (1300-1358) foi um filósofo e padre francês, que desenvolveu e popularizou a “teoria do Ímpeto”, que explicava o movimento de projéteis e objetos em queda livre. Essa teoria pavimentou o caminho para a dinâmica de Galileu e para o famoso princípio da Inércia, de Isaac Newton;

- Nicole d'Oresme (c.1323-1382) era teólogo dedicado e Bispo de Lisieux, foi um gênio intelectual e talvez o pensador mais original do século XIV. Foi um dos principais propagadores das ciências modernas. Na “Livre du ciel et du monde” (1377), Oresme se opôs à teoria de uma Terra estacionária como proposto por Aristóteles e, neste trabalho, ele propôs a rotação da Terra, cerca de 200 anos antes de Copérnico. No entanto, ele estragou um pouco este belo pedaço de pensamento, rejeitando suas próprias idéias, no final dos trabalhos e assim, como Clagett escreve, não pode ser considerada como a reivindicação de que a Terra girava antes de Copérnico. Ele escreveu “Questiones Super Libros Aristotelis de Anima lidar”, com a natureza da luz, reflexão da luz e da velocidade da luz, discutidos em detalhes.

- O monge Luca Bartolomeo de Pacioli é considerado o pai da contabilidade moderna. Um dos seus alunos foi Leonardo da Vinci;

- O padre paraibano Francisco João de Azevedo, é reconhecido como inventor e construtor da máquina de escrever. O que temos certeza é que a máquina realmente existiu, funcionava, foi exposta ao público, ganhou medalhas, e, o mais importante, em dezembro de 1861, portanto antes que Samuel W. Soule e seus dois parceiros, em 1868, recebessem a formalização da patente nos Estados Unidos;

- De acordo com o Dicionário de Biografia Científica, santo Alberto Magno, que ensinou na Universidade de París, era habilidosos em todos os ramos da ciência, “foi um dos mais famosos precursores da Ciência Moderna na Alta Idade Média”. Desde 1941 ele é declarado o “patrono de todos que cultivam as ciências naturais”; 

- O padre Nicolas Steno é considerado o pai da Estratigrafia, que estuda as camadas de rochas sedimentares formadas na superfície terrestre. Um geólogo precisa conhecer os princípios de Steno.

- Jean-Antoine Nollet, foi abade e físico francês, se constitui como um grande divulgador da física e da eletricidade em particular. Construiu alguns dos primeiros eletroscópios, a sua própria máquina eletrostática, e também uma versão "seca" da garrafa de Leiden.

- Os jesuítas no século 18 contribuíram para o desenvolvimento do relógio de pêndulo, pantógrafos, barômetros, telescópios e microscópios refletores para campos científicos variados como: magnetismo, ótica e eletricidade. Eles observaram, às vezes antes que de qualquer outro, as faixas coloridas dos anéis na superfície de Júpiter, a Nebulosa de Andômeda e anéis de Saturno. Eles teorizaram sobre a circulação do sangue, independentemente de Harvey, a possibilidade teórica de vôo, o modo como a lua afeta as marés e a natureza ondular da luz, mapas estelares de hemisfério sul, lógica simbólica e medidas de controle de enchentes. Tudo isso foi realização típica dos jesuítas.

- O padre Giabattista Riccioli foi a primeira pessoa a calcular a velocidade com que um corpo em queda livre acelera até o chão,

- O padre Francesco Grimaldi descobriu e nomeou o fenômeno de difração da luz. Ele também participou de uma descrição detalhada de um mapa da superfície da lua. Esse mapa chamado de Selenógrafo, adorna até hoje a entrada do Museu Nacional do Ar e Espaço, em Washington D.C.;

- O padre Roger Boscovich, falecido em 1787, é louvado por cientistas modernos por ter apresentado a primeira descrição coerente de teoria atômica, bem mais de um século antes que a teoria atômica moderna emergisse. Ele foi considerado “o maior gênio que a Iugoslávia produziu”;

- Nos séculos 17 e 18 as catedrais de Bolonha, Florença, París e Roma funcionavam como observatórios solares superiores;

- O padre Athanasius Kircher é considerado o pai da Egiptologia. Foi graças ao trabalho deste padre que encontrou-se a Pedra Rosetta, que decifrou os símbolos egípcios. Ele foi chamado de “Mestre das cem artes”. Seu trabalho em química ajudou a desbancar a alquimia, que era um tipo de falsa ciência, que até Isaac Newton e Boyle levavam a sério. Foi esse padre que jogou água fria nisso.

- Foi um Jesuíta quem escreveu exatamente o primeiro livro sobre Sismologia nos Estados Unidos. Era o padre J.B. Macelawane. Todo ano, a União Geofísica Americana, prêmia com uma medalha com o nome deste padre, um jovem geofísico inspirador.
O padre J.B. Macelawane também foi o primeiro presidente da União Geofísica Americana. Por isso o estudo dos terremotos é conhecido como “A Ciência Jesuíta”;

- Foi um astrônomo católico chamado Giovanni Cassini quem usou a Catedral de São Petrônio, em Bolonha, para verificar as teorias de movimentos planetários de Johannes Kepler.

- Foram os monges católicos que desenvolveram a “minúscula carolígia”, ou seja as letras minúsculas, o espaçamento entre palavras e a acentuação, já que o mundo só escrevia em letras maiúsculas, sem espaçamentos e sem acentuação.

- O ensino superior na Idade Média era ministrado por iniciativa da Igreja;

- O documento mais antigo que contém a palavra “Universitas” (universidade), utilizada para um centro de estudo, é uma carta do Papa Inocêncio III ao “Estúdio Geral de Paris”;

- A universidade de Oxford, na Inglaterra, surgiu de uma escola monacal católica organizada como universidade por estudantes da Sorbone de Paris. Foi apoiada pelo Papa Inocêncio IV (1243-1254) em 1254;

- O historiador francês Henri Daniel – Ropes no século 20 disse: “graças as repetidas intervenções do papado, a educação superior foi habilitada a expandir suas fronteiras; a Igreja, na verdade, foi a matriz que produziu a universidade, o ninho de onde esta tomou vôo.”;

- Os papas estabeleceram mais universidades do que qualquer outra pessoa na Europa;

- Até 1440 foram erigidas na Europa 55 Universidades e 12 Institutos de ensino superior, onde se ministravam cursos de Direito, Medicina, Línguas, Artes, Ciências, Filosofia e Teologia. Todos fundados pela Igreja;

- Os monges católicos introduziram safras e indústrias e métodos de produção que não se conheciam antes;

- O monge italiano católico Guido d’Arezzo (992 -1050), criou as 7 notas musicais dó, ré, mi, fá, sol, lá, si utilizando ás sílabas iniciais de uma estrofe de um hino a São João para denominá-las. Ele também apresentou pela primeira vez a Pauta Musical de quatro linhas. O sistema ainda é usado até hoje;

- Os monges católicos foram pioneiros em maquinaria e mecanização. Eles usavam a energia da água para todos os tipos e propósitos;

- O primeiro relógio de que tivemos notícia foi construído pelo futuro papa Silvestre II, em 996;

- No século 11, um monge beneditino inglês, chamado Eilmer de Malmesbury, voou aproximadamente 600 metros por meio de um planador sustentado no ar por cerca de quinze segundos. Ele consta no site da Força Aérea Americana – USAF, como pioneiro do vôo do homem, tendo feito isso 1000 anos antes dos irmãos Wright e de Santos Dumont;

- Em 1688, Dom Perignon, do mosteiro de São Pedro, Hautvillieres-on-the-Marne, descobriu a Champanhe através de experimentação misturando vinhos;

- Disse o estudioso francês Reginald Gregoire: “De fato, seja na extração de sal, chumbo, ferro, alume ou gipsita, ou na metalurgia, extração de mármore, condução de cutelarias e vidrarias, ou forja de placas de metal, também conhecidas como rotábulos, não há nenhuma atividade em que os monges não mostrassem criatividade e um fértil espírito de pesquisa. Utilizando sua força de trabalho, eles instruíram e treinaram à perfeição. O conhecimento técnico monástico se espalharia pela Europa.”;

- O Jesuíta espanhol Baltasar Gracián (1601-1658), com seus livros, impressionou e inspirou filósofos, escritores e pensadores ao longo de mais de trezentos e cinqüenta anos, entre estes estavam: Nietzsche, Schopenhauer, Voltaire e Lacan, que foram leitores entusiasmados dos livros deste jesuíta. O filósofo Arthur Schopenhauer considerava seu livro “El Criticón”, “um dos melhores livros do mundo.”
Friedrich Nietzsche declarou sobre a obra de Gracián: “A Europa nunca produziu nada mais refinado em questão de sutileza moral.” “Absolutamente único ... um livro para uso constante ... um companheiro na vida. Estas máximas são especialmente adequadas àqueles que desejam prosperar no grande mundo”;

- Foram os monges católicos, que na Inglaterra, no século 16, desenvolveram a primeira caldeira para produção de larga escala de ferro fundido;

- O padre Gregor Mendel (1822-1884), é considerado no meio científico como "o pai da genética".Graças a Mendel, o troca-troca genético de que a gente tanto ouve falar se tornou possível. Os transgênicos (animais e plantas que recebem genes de outras espécies de seres vivos), hoje são uma realidade! O homem hoje é capaz de modificar o gene de uma planta para torná-la mais resistente às pragas, por exemplo. Ou então, fazer experiências trocando genes de animais, para tentar desenvolver novos medicamentos;

- Diz um historiador protestante: “se não fosse pelos monges e monastérios, o dilúvio bárbaro poderia ter varrido completamente os traços da civilização romana. O monge foi o pioneiro da civilização e da cristandade na Inglaterra, Alemanha, Polônia, Boêmia, Suécia, Dinamarca. Com o incessante estrondo das armas a sua volta, foi o monge em seu claustro mesmo nas remotas fortalezas, por exemplo, no Monte Athos, quem, perseverando e transcrevendo manuscritos antigos, tanto cristãos como pagãos, assim como registrando suas observações de eventos contemporâneos, foi repassando a tocha do conhecimento intactas às futuras gerações e amealhando estoques de erudição para as pesquisas de uma área mais esclarecida. Os primeiros músicos, pintores, fazendeiros, estadistas da Europa após a queda da Roma imperial sob o ataque violento dos bárbaros, eram monges”. (A Protestant Historian)

- Albert Einstein declarou: “Só a Igreja se pronunciou claramente contra a campanha hitlerista que suprimia a liberdade. Até então a Igreja nunca tinha chamado minha atenção; hoje, porém, expresso minha admiração e meu profundo apreço por esta Igreja que, sozinha, teve o valor de lutar pelas liberdades morais e espirituais". (Albert Einstein, The Tablet de Londres);

- Padre Francisco de Vitória, que foi professor na Universidade de Salamanca, foi quem nos deu o exato primeiro Tratado de Direito Internacional da história;

- A Pontífice Academia de Ciências do Vaticano, atualmente, conta com 61 acadêmicos, dos quais 29 são vencedores do Prêmio Nobel. Trata-se de uma relação de notáveis cientistas premiados por suas pesquisas no campo da medicina, química, física, etc., entre os quais figuram Marshaw Nerimberg, o descobridor do Código Genético de todos os seres, e nada mais nada menos que, Francis Collins, o mapeador do DNA humano e diretor do Projeto Genoma;

- A invenção dos mais modernos e imprescindíveis meios de comunicação, deve-se a um membro da Igreja, o brasileiro padre Landell, inventor pioneiro do rádio, do telefone sem fio, do telégrafo sem fio, da televisão e do teletipo usado pela imprensa. Nas patentes são agregados vários avanços técnicos como a transmissão por meio de ondas contínuas, através da luz, princípio da fibra óptica e por ondas curtas; e a válvula de três eletrodos, peça fundamental no desenvolvimento da radiodifusão e para o envio de mensagens. Ainda em 1904 o padre Landell inicia os testes precursores de transmissão da imagem. Em outras palavras, testava aquilo que viria a ser a televisão. Ele também testou a transmissão de textos, sendo precursor do teletipo, tão utilizado nos telejornais para envio de notícias pelas agências internacionais. Ambas as experiências eram feitas à distância, por ondas que, segundo um jornal paulista, eram denominadas de Ondas Landeleanas. Confira em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Landell_de_Moura

- O cosmólogo padre Michael Heller, é o ganhador do mais polpudo prêmio acadêmico já pago pela ciência moderna. Ele provou matematicamente a existência de Deus;

- Um dos princípios mais importantes que a Igreja legou ao desenvolvimento das ciências vem de um verso bíblico! Um verso bíblico que foi um dos mais citados durante toda a Idade Média. Esse verso é: Sabedoria 11, 21, esse verso diz: que “ Deus dispôs tudo com medida, quantidade e peso”. Daí a ciência ter conseguido tanto êxito por crer que vivemos num universo ordenado. É tudo matemático e ordenado de acordo com padrões. Por isso Santo Agostinho (354-430), já afirmava: “Deus é um grande Geômetra.”

Detalhe: o protestantismo, fundado em 1517 retirou o Livro da Sabedoria de suas bíblias. O desprezo protestante a Copérnico e à ciência, ficou documentado nas palavras de Lutero, que dizia: “O abade Copérnico surgiu, pretendendo que a terra girasse em torno do Sol ... lê-se na Bíblia que Josué deteve o Sol; não foi a Terra que ele deteve. Copérnico é um tolo.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 145).

Lutero não sabia que o que Josué narrava foi o que lhe pereceu a seus olhos, naquele grande milagre de Deus.

Sobre a ciência, chamada de “razão” naquele tempo, dizia Lutero: “A razão é a prostituta, sustentáculo do diabo, uma prostituta perversa, má, roída de sarna e de lepra, feia de rosto, joguemos-lhe imundícies na face para torná-la mais feia ainda.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 217).

Eis o grande legado da Igreja Católica à Civilização Moderna, e em contraste, a verdadeira aversão grotesca à ciência, externada pelo pai do protestantismo.

Referências Bibliográficas:

- Woods, Thomas Jr, “How the Catholic Church Built Western Civilization”; Regury Publishing Inc., Washington, DC, 2005.Wright, Jonathan, “The Jesuits: Missions, “Myths and Histories”, London: Harper Collins, 2004, pp. 18-19.

- White Jr., Lynn, "Eilmer de Malmesbury: um aviador século XI," Tecnologia e Cultura, II, n. 2 (Spring 1961). 2 (Primavera 1961).
Maxwell Woosnam, Eilmer: Eleventh Century Monk of Malmesbury (Malmesbury, UK: Friends of Malmesbury Abbey, 1986). Maxwell Woosnam, Eilmer: monge do século XI de Malmesbury (Malmesbury, Reino Unido: Amigos da Abadia de Malmesbury, 1986).





- Baltasar Gracián, “A Arte da Sabedoria” - Edição completa, Editora Best Seller.

- Schumpeter, Joseph, “ A History of Economic Analysis”, N. Y., Oxford University Press, 1954, p. 97.

- Gregor Mendel: cienciahoje.uol.com.br


- São Cirilo e Metódio - Warren H. Carroll, The Building of Christendom (Christendom College Press, 1987) pp. 359, 371, 385.

- COSTA, Ricardo da. A Educação na Idade Média. A busca da Sabedoria como caminho para a Felicidade: Al-Farabi e Ramon Llull. In: Artigo publicado em Dimensões - Revista de História da UFES 15. Dossiê História, Educação e Cidadania. Vitória: Ufes, Centro de Ciências Humanas e Naturais, EDUFES, 2003, p. 99-115 (ISSN 1517-2120).

- Nollet - Enciclopédia Católica





- Hughes, Barnabas B. (editor). 1981. Jordanus de Nemore. De Numeris Datis. Berkeley, CA: University of Califórnia Press.

- Nicole Oresme, School of Mathematics and Statistics University of St Andrews, Scotland.

- Edição especial do [[Correio da Manhã]] - "Os Papas - De São Pedro a João Paulo II" - Fascículo X, "Gregório XIII, o Papa que acertou o calendário", página 219, ano 2005.

- ARRUDÃO, Matias. Bartolomeu Lourenço de Gusmão. São Paulo: Fundação Santos Dumont, 1959.

Título Original: Igreja Católica, mãe da civilização moderna


Site: Fim da Farsa.blogspot.com.br
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 29 de setembro de 2012

Resposta ao argumento protestante sobre S. Jerônimo e os deuterocanônicos - Parte 4



Apologistas Católicos

Continuando

2º A tradução de “refutei” e “respondi”: 

O texto em inglês diz: 

“for I explained not what I thought but what they commonly say against us. I did not reply to their opinion in the Preface, because I was studying brevity,” 

O texto usa a palavra “reply” que tem a tradução básica em português, “responder” “replicar”, porém a palavra “reply” pode ser traduzida sim como “refutar”, pois no contexto tem o mesmo sentido.Segundo o dicionário de inglês Michaelis: 

“reply re.ply
n resposta, réplica. • vt+vi 1 responder, replicar, retorquir. 2 Jur contestar uma ação. in reply to em resposta a. make no reply! não responda! we said in reply that respondemos que” [Dicionário Michaelis

Isso é a mesma coisa que “refutar”: 

“1. Destruir com razões de peso o que outrem estabeleceu. 2. Rebater, destruir. 3. Não estar de acordo com; negar; contestar.” [Dicioário Priberam

Então como o contexto que são Jerônimo mencionava era uma acusação e mentira judaica, a palavra “refutar” se encaixa muito melhor no texto do que simplesmente "responder", ele iria contestar e rebater as acusações dos judeus, ou seja iria refutar! 

3º em relação a data mencionada na fonte: 

Eu não datei o texto de 420! Eu coloquei a data da morte de São Jerônimo 30 de setembro de 420, justamente por que não pude precisar a data da composição do texto, logo quando se coloca uma data na referência não significa que é a data de inscrição do texto. Pode ser a data de composição, a data de cópia do texto ou do papiro, bem como a data da morte do autor, se as primeiras não forem encontradas. Se eu colocasse “(Jerônimo, 2002)” não indicaria que São Jerônimo ressuscitou e escreveu o texto no ano de 2002, mas sim a data da impressão da obra dele em português pela Editora Paulus, por exemplo. Nosso amigo tem que tomar umas aulas de regras da ABNT urgente. 

"Anteriormente no prefácio a Daniel Jerónimo já tinha afirmado:" 

"Digo isso para mostrar como é difícil manejar o livro de Daniel, que em hebraico não contém nem a história de Susana, nem o hino dos três jovens, nem as fábulas de Bel e o Dragão, porque, no entanto, elas podem ser encontradas em qualquer lado, formamos com elas um apêndice, prefixando-lhes um Obelus, e assim dando um destino a elas, de modo a não parecer ao desinformado que cortámos uma grande parte do volume." 

Quatro coisas devem ser observadas aqui. A primeira é que os acréscimos de Daniel não estavam nas Escrituras Hebraicas, a segunda é que Jerónimo chama Bel e o Dragão uma "fábula", a terceira é que eles foram anexados à sua Vulgata, e a quarta é que eles foram marcados com um "Obelus" que é um símbolo crítico usado em manuscritos antigos para marcar uma passagem questionável. Nada aqui revela qualquer indicação de que Jerónimo sustentava que esses acréscimos eram Escritura inspirada. 

4 coisas tem que ser mostradas aqui: 

1) Quem foi que disse que as partes de Daniel estavam na bíblia hebraica? 

Porém, segundo Orígenes, foram os judeus que arrancaram essas partes da bíblia: 

“Portanto eu acho que não é possível outra suposição, além do que o que tinha a reputação de sabedoria, e os governantes e os anciãos, tiraram do povo cada passagem que poderia levá-los a descrédito entre o povo. Não precisamos nos admirar, então, que essa história do artifício maligno dos anciãos licenciosos contra Susanna é verdadeira, mas foi escondida e retirada das Escrituras pelos próprios homens não obstante pelo conselho desses anciãos”. (Orígenes a Africano, 9) 

2) Ao Jerônimo chamar de “fábula” ele está se referindo a opinião dos judeus e não a dele, como ele mesmo diz contra Rufino! 

3) Ou seja, era questionável, não era falsa! Além do que era questionável pelos judeus palestinos que arrancaram as passagens da bíblia segundo o próprio Orígenes, como visto acima 

4) Revela sim, mas nosso amigo quer negar! Por que Jerônimo deu tanta importância a opinião dos judeus quanto a um livro que ele tinha como de inspiração puramente humana? Por que ele quis dizer que estava apenas relatando a opinião dos judeus e não a sua, e negando que afirmou que as palavras pejorativas a estas partes? 

Continua

Título Original: Tréplica a tentativa de argumentação protestante sobre São Jerônimo e os deuterocanônicos

Alguém pode ser chamado de santo?



Voz da Igreja

Um leitor que se identifica como "Teco" enviou-nos a seguinte mensagem:

"A única pessoa que nasceu como humano e pode ser chamado de santo é Jesus Cristo. Nunca exiistiu niguem que tem o direito de ser chamado de santo além do nosso salvador!

Detalhe: não acredite em coisas que os homens falam, busquem somente a palavra que está na Bíblia sagrada, meus irmãos! ela é a única fonte da revelação!!!!!"

Segue abaixo a nossa resposta:

Prezado Teco, agradecemos por você manifestar objetivamente o seu ponto de vista, para que possamos também esclarecê-lo com toda a objetividade.

Como você deixa muito claro que no seu entendimento a Bíblia é a única fonte válida da Revelação Divina para a humanidade, eu lhe vou mostrar bem claramente o que é que a própria Bíblia diz sobre o assunto, e não vou me servir de nenhuma outra referência nessa minha resposta. Vejamos se, - segundo a Bíblia Sagrada, - é verdade que somente a Jesus nós podemos chamar "Santo":

O que diz o Antigo Testamento:

"Chama agora; há alguém que te responda? E para qual dos santos te virarás?" (Jó 5,1)

"E os céus louvarão as tuas maravilhas, ó SENHOR, a tua fidelidade também na congregação dos santos." (Salmos 89,5)

"Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino." (Daniel 7,22)

"Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus." (Levítico 20,7)

"E ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo, e vos separei dos povos, para serdes meus." (Levítico 20,26)

"Deus é muito formidável na assembléia dos santos, e para ser reverenciado por todos os que o cercam." (Salmos 89,7)

O que diz o Novo Testamento:

"Todos os santos vos saúdam." (2 Coríntios 13,13)

"E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados." (Mateus 27,52)

"Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade." (Romanos 12,13)

"Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam." (Filipenses 4,21)

"Mas agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos."(Romanos 15,25)

"Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos." (Filipenses 1,1)

"Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César." (Filipenses 4,22)

"Saudai a todos os vossos chefes e a todos os santos. Os da Itália vos saúdam." (Hebreus 13,24)

"Porquanto está escrito: 'Sede santos, porque eu sou santo'."(1 Pedro 1,16)

"E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva." (Atos 9,41)

"Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas,e a todos os santos que com eles estão." (Romanos 16,15)

"Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia." (1 Coríntios 16,1)

Encerrando, antes que você argumente que essas citações se referem a pessoas que vivas aqui na Terra, que os santos que morreram estão dormindo, e que falar dos santos no Céu é "idolatria" ou coisa parecida, eu lhe mostro o que a Bíblia diz exatamente sobre isso:

O que diz a Bíblia sobre os santos que já morreram e estão no Céu com Deus:

"E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus." (Apocalipse 8,4)

"Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus." (Apocalipse 14,12)

Estas passagens se referem precisamente aos santos que estão já no Céu, vivendo na Presença de Deus Pai. Segundo a Bíblia Sagrada, portanto, santo é aquele que, fiel a Deus, cumpre a sua Vontade. No contexto do Novo Testamento, santos são os membros fiéis da Igreja de Cristo. Para saber mais sobre santificação, leia aqui. Para saber o que a Igreja ensina sobre a intercessão dos santos, leia aqui.

* Uma última observação: fiz questão de coletar estas passagens na tradução da Bíblia protestante, a "Almeida Corrigida e Revisada Fiel". Há muitas outras passagens demonstrando que os santos que já morreram para este mundo estão bem vivos e conscientes no Céu, jubilosos ante a Presença de Deus, como por exemplo Mateus 22, 31-33, em que Jesus declara textualmente: “Quanto à ressurreição dos mortos, não tendes visto o que Deus vos declarou? ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? Deus não é Deus de mortos, mas sim de vivos!”. Eu preferi, porém, selecionar apenas aquelas passagens que usam, literalmente, a palavra "santo", porque sei do costume enraizado entre os seguidores da sola scriptura de aceitar somente o texto como se lê "ao pé da letra".

Muito obrigado pela participação, um abraço fraterno, e que a Luz do Senhor Jesus Cristo ilumine o seu discernimento!



Título Original: Quem pode ser chamado de "santo"?


Site: Voz da Igreja
Editado por Henrique Guilhon

As Sandálias de Jesus analisadas por professor de genética: são do século I e o pó é de Jerusalém


Fragmentos das Sandálias de Cristo, encastoados em sandálias de coroação
Nosso Jesus Cristo usava sandálias, segundo o costume dos judeus na Palestina.

Ciência Confirma a Igreja

O Evangelho de São Lucas reproduz as seguintes palavras de São João Batista:

“16. ele tomou a palavra, dizendo a todos: Eu vos batizo na água, mas eis que vem outro mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de lhe desatar a correia das sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo.” (São Lucas 3,16)

E São Marcos narra as seguintes palavras de Nosso Senhor:

“7. Então chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os espíritos imundos.

8. Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho, senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto;

9. como calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas.” (São Marcos, 6, 7-9)
Mas alguém ouviu que as sandálias de Nosso Senhor, essa divina relíquia, ainda existe?

E, se existe, onde está?

Muito poucos católicos sabem que, após dois mil anos de o Redentor ter pisado nossa Terra, algumas partes de suas sandálias se conservam dignamente veneradas numa basílica da Cristandade.

Basílica do Santíssimo Salvador, Prüm, Alemanha
Estas relíquias se encontram na Basílica Pontifícia do Santíssimo Salvador, na cidade de Prüm na Alemanha.

Prüm fica perto da fronteira com o Luxemburgo, portanto, do mundo de língua francesa. A Basílica pertenceu a uma grande abadia e hoje é a paróquia da cidade.

O historiador Michael Hesemann descreveu como chegaram ali: uma doação do Papa Zacharias (*679 – 741 – +752), que favoreceu muito a evangelização da Alemanha através de São Bonifácio e promoveu a primeira reforma da Igreja franca coroando rei a Pepino III, o Breve.

Este rei ficou muito conhecido por ter sido o pai do primeiro Imperador do Sacro Império, Carlos Magno, e filho de Carlos Martel, o herói da guerra contra os muçulmanos invasores.

No último ano de pontificado, o Papa Zacharias enviou as relíquias das Sandálias de Cristo como inestimável presente a Pepino.

O rei escolheu como tesoureiro o mosteiro de Prüm, fundado pela sua avó, Bertrada a Velha (660 – 721), e o confiou à Ordem de São Bento.

As Sandálias de Cristo chegaram à basílica de Prüm no ano de 725. O templo, em virtude daquele dom, foi chamado do Santíssimo Salvador.

O Papa Zacharias e a esperança posta pela Igreja na França

O Papa Zacharias, como seus predecessores, explica Heseman, via na nação franca “a filha primogênita da Igreja”, o braço armado que poderia libertá-la dos assaltos dos pagãos, muçulmanos e heréticos de toda espécie, e proteger a expansão do Evangelho.

A estirpe dos vencedores de Poitiers era a única esperança material da Igreja, então muito atribulada.

Convencido disso, o papa Zacharias foi até a abadia de Saint-Denis, na vizinha de Paris, para ungir o primeiro rei carolíngio.

Basílica do Santíssimo Salvador, Prüm, detalhe

Quando Astulfo turbulento, rei dos Longobardos, soube do fato, logo acertou o passo e cedeu a Pepino extensas regiões que o rei franco logo passou ao Papa, dando origem material ao Estado do Vaticano, que existe até hoje.

Com a preciosa relíquia das Sandálias de Cristo, a abadia de Prüm se tornou o mosteiro mais célebre do reino franco.

A escola monástica de Prüm foi sinônima de ciência e estava consagrada à formação da elite da nobreza.

Em 1794, o mosteiro foi fechado pelo invasor napoleônico. O interesse pela Basílica e suas relíquias diminuiu muito no século XIX.

A torrente de eventos históricos descristianizadores e o entibiamento da Fé contribuíram decisivamente para esquecer a história da relíquia.

É ou não é?
Desta maneira, chegando ao presente, apareceu a pergunta: esta relíquia é deveras autêntica?

Como chegou de Jerusalém até o Papa de Roma?

Pior ainda, quem olha para as Sandálias de Cristo com olhar científico, duvida imediatamente.

Pois há no relicário uma espécie de sola ricamente decorada com uma sublime árvore da vida com folhas de ouro.

“Em ambos os lados dessa artística sola há duas sandálias também decoradas ricamente com placas de ouro, que mais se assemelham a um ornamento de coroação que aos objetos da Judéia do primeiro século, tempo de Cristo. Sob este ponto de vista, tudo parece apontar para uma falsificação fantasiosa e até chocante do século VIII”, má arte em que se destacavam falsificadores de Constantinopla.

Fragmentos das Sandálias de Cristo, encastoados em sandálias de coroação
Porém, lendo as autênticas da relíquia (documentos que garantem sua origem), os especialistas verificaram que em momento algum se fala de Sandálias de Jesus.

Antes bem, as “autênticas” dizem somente“Particulae Sandaliis SS. Salvatoris”. Quer dizer, “Partículas das Sandálias do Santíssimo Salvador”.

Desta maneira, ficou claro que só algumas partes das sandálias de Nosso Senhor estão ali, incorporadas no interior das pantufas riquíssimas em arte e ouro.

Mas, para a ciência isso é muito insuficiente. Onde estão essas partes não visíveis à simples vista? Como saber se de fato elas são o que dizem ser?

Cientista analisa

Interveio então o professor de genética Gérard Lucotte, para estudar com critérios modernos as valiosíssimas as complicadas peças.

Ele apresentou pela primeira vez seus resultados num colóquio científico realizado em abril de 2011 em Argenteuil, cidade hoje integrada na grande Paris.

O Prof. Lucotte informou que a análise química revelou a presença de minerais de silicato, incluindo a montmorilonite, feldspato, silicato de magnésio e sulfato de cálcio, que são característicos do deserto.

A presencia de óxido de ferro também indicava uma região árida como a origem das partes consideradas de época e podendo ser fragmentos das Sandálias de Jesus.

“Ainda mais reveladores – explicou o Prof. Lucotte – são os traços de titânio, elemento relativamente raro. Nós o encontramos nesta composição num ambiente rico em ferro conhecido como ‘Terra Rossa’, principalmente num lugar na terra: a região em volta de Jerusalém”.
Das análises, continuou o especialista, se depreende claramente que sob os enfeites dourados do relicário se encontram “partículas autênticas de Jerusalém”, que no século VIII já eram veneradas como relíquias das Sandálias de Cristo.

Em locais perfeitamente identificados se encontram partes em couro da sola das sandálias com pedacinhos de cadarços.

Para apresentar de modo representativo o valor extraordinário destas relíquias de Jesus, elas foram incrustadas num calçado real da época carolíngia.

Testemunhos históricos
Os testemunhos históricos são da maior importância. Como os múltiplos legados por Santa Helena (*250 +330), mãe do imperador Constantino, que trouxe pessoalmente da Palestina todos os objetos relacionados com Jesus, por volta do 325.

Santa Helena enviou muitas relíquias a Roma, enquanto outras ficaram em Constantinopla.

Um peregrino inglês do século XII deixou escrito que viu naquela capital, além da Coroa de Espinhos, o manto e o instrumento da flagelação, as sandálias de Jesus (cf. Gerhard Kuhnke: “Rome et le linceul – scandale à Turin”, p. 32f). No catálogo de Mesarita figuram também as sandálias.

Relicário aberto das Sandálias de Cristo, Prüm, Alemanha
Como é possível que Jesus tivesse mais de um par de sandálias, ainda ficam por esclarecer muitos e importantes detalhes.

Porém, o que ficou demonstrado é que as relíquias de Prüm são originárias de Jerusalém (Michael Hesemann: “VATIKAN Magazin”, março 2012 p. 28 ss; 2. Prof. Gérard Lucotte: “La Sandale du Christ“ cf. ACTES p. 48ss).

Desta maneira, recorrendo pela primeira vez a estudos científicos, pode-se fundamentar o legado da Tradição a respeito das relíquias de Prüm. As tentativas de negar a autenticidade das descobertas terão que proceder com muita cautela.

Entretanto, não está excluído que maiores e mais exigentes estudos venham a revelar outros aspectos das Sandálias de Jesus.

As Sandálias de Cristo de Prüm, com suas partes de couro, provadamente provenientes da Jerusalém do século I, nos falam do Filho de Deus caminhando com seus pés sobre esta Terra semeando o bem, recolhendo o entusiasmo transitório, a indiferença e até o ódio mais injusto, rumo ao Calvário.

Rei de Israel e do mundo, Ele o fez para nos remir a nós, tão inferiores, indignos e pecadores.

As Sandálias conservam restos do solo da Terra Santa, da Jerusalém do deicídio que Ele, entretanto, tanto amou.

O crime espantoso foi cometido no Calvário, mas a Redenção gloriosa se operou.

Jesus Cristo subiu aos Céus, mas deixou suas sandálias para nos ensinar a caminhar, a seu exemplo, em meio às asperezas deste vale de lágrimas, a fim de aportarmos nossa gotinha de sofrimento em reparação a Ele e como contribuição pobre, mas digna, à obra da Redenção – escreve o Pe. Josef Läufer, que divulga notícias sobre as relíquias de Nosso Senhor Jesus Cristo.


Site: Ciência Confirma a Igreja
Editado por Henrique Guilhon