A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Um complemento das profecias de Fátima sai à luz no preciso momento em que os acontecimentos mundiais previstos naquelas profecias parecem próximos de seu desenlace


Irmã Lucia, a vidente de Fátima, foi monja Dorotea até seu ingresso no Carmelo de Coimbra em 1948.


Lepanto

Sob o título Novidades apocalípticas de Fátima, o jornalista italiano Antonio Socci informa sobre uma extraordinária aparição da Virgem Maria à Irmã Lúcia dos Santos, ocorrida em 1944, mas só conhecida recentemente. Trata-se de um complemento das cada vez mais atuais profecias de Fátima e, por uma providencial coincidência, sai à luz no preciso momento em que os acontecimentos mundiais previstos naquelas profecias parecem próximos de seu desenlace.

Como se conheceu a aparição

Pela importância do tema, procuramos a própria fonte dessa informação, um manuscrito dado a conhecer no ano passado, no qual a Irmã Lúcia narra a referida visão.

O documento foi incluído numa biografia da religiosa, escrita por suas irmãs de hábito com base nas suas cartas e no seu Diário espiritual, ainda inédito. Intitulada Um caminho sob o olhar de Maria, foi publicada no final de 2013 pelo Carmelo de Coimbra, onde a Irmã Lúcia viveu de 1948 até sua morte em 2005.(1)

Mas essa biografia de quase 500 páginas teve até agora uma difusão limitada, sem maior publicidade. Pelo contrário, o artigo de Antonio Socci, publicado no último dia 17 de agosto, permitiu que o relato da visão fosse conhecido pelo grande público e caísse rapidamente nas redes sociais.

Os antecedentes da visão

A aparição relatada pela Irmã Lúcia [FOTO] ocorreu em janeiro de 1944, quando ainda era religiosa no convento das Irmãs Doroteias em Tuy (Galícia). Dois anos antes, em dezembro de 1941, ela já havia escrito as duas primeiras partes do segredo de Fátima (a visão do inferno e os avisos e predições da Virgem), mas deixou pendente, por ordem de Nossa Senhora, a terceira parte.

O bispo de Leiria — a diocese de Fátima — a instava reiteradamente a redigir também esse “terceiro segredo”, mas como Nossa Senhora lhe havia mandado guardar reserva, todas as vezes que ela tentava fazê-lo, não conseguia. Sua perplexidade interior era muito grande: estando o mundo em plena II Guerra Mundial, teria chegado realmente o momento de escrevê-lo, como lhe pedia o seu Prelado?



O relato da Irmã Lúcia, passo a passo

Nessas circunstâncias, por volta das 16 horas do dia 3 de janeiro de 1944 — relata a Irmã Lúcia —, enquanto rezava na capela do convento diante do tabernáculo, “pedi a Jesus que me fizesse conhecer qual era sua vontade”, e com o rosto entre as mãos, esperava alguma resposta: “Senti então, que uma mão amiga, carinhosa e maternal me toca no ombro, levanto o olhar e vejo a querida Mãe do Céu”.

Nossa Senhora lhe diz: “Não temas, Deus quis provar a tua obediência, Fé e humildade, está em paz eescreve o que te mandam, não porém o que te é dado entender do seu significado”. E a instrui a colocar o que irá escrever em um envelope lacrado, anotando por fora deste “que só pode ser aberto em 1960”.

Em seguida — prossegue a Irmã Lúcia — “senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N’Ele vi e ouvi, — A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, — Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente sem número que não se pode contar, é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. — O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!’

“Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco de uma voz suave que dizia: — No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica. Na eternidade, o Céu!’

“Esta palavra Céu encheu a minha alma de paz e felicidade, de tal forma que quase sem me dar conta, fiquei repetindo por muito tempo: — O Céu! o Céu!”.

Alentada por essas maravilhosas palavras finais, a Irmã Lúcia teve forças para escrever o Terceiro Segredo, tal como Nossa Senhora lhe havia ordenado: “Apenas passou a maior força do sobrenatural, fui escrever e fi-lo sem dificuldade, no dia 3 de janeiro de 1944, de joelhos apoiada sobre a cama que me serviu de mesa. Ave Maria”. Assim conclui o relato da visão (Um caminho sob o olhar de Maria, p. 267).

Obviamente ela só escreveu o que lhe foi revelado em 13 de julho de 1917 — o Terceiro Segredo —, omitindo, conforme as instruções que acabara de receber da Mãe de Deus, qualquer referência a esta nova aparição.
Como interpretar essa visão?


Facsimile do diário espiritual da irmã Lúcia, onde ela narra a aparição de 1944.

Além de mostrar sua inefável bondade para com a Irmã Lúcia — a quem conforta com sua “mão amiga, carinhosa e maternal” e com expressões de apreço por sua obediência —, e de autorizá-la a escrever o Terceiro Segredo, Nossa Senhora a premia com esta visão e lhe faz “compreender seu significado”, embora advirta que não deve acrescentá-la ao escrito oficial: ela só pôde anotá-la em seu Diário pessoal.O extraordinário dessa visão particular é que ela vem acompanhada de palavras que a interpretam, complementando e realçando assim a grandeza e a seriedade da própria Mensagem de Fátima.

A imagem que a Irmã Lúcia via em Deus — “a ponta da lança como uma chama que se desprende” — é notavelmente parecida com a espada de fogo que o Anjo empunhava na visão do Terceiro Segredo.(3) E essa chama, tocando o eixo da Terra, convulsiona de tal maneira toda a natureza, que até “cidades, vilas e aldeias com seus moradores são sepultadas”. O que, por sua vez, coincide com a predição anunciada na segunda parte do Segredo de que “várias nações serão aniquiladas” se os homens não atendessem aos pedidos de Nossa Senhora.

A esse cenário pavoroso se soma a “guerra destruidora”, que a Irmã Lúcia entende ter duas causas: “o ódio” e “a ambição”. Os atrozes massacres de cristãos no Oriente Médio em mãos dos islamitas do ISIL e congêneres, que revelam um ódio satânico (quase diríamos ódio em estado puro), e a mortífera insurreição impulsionada pela Rússia na Ucrânia, em que a ambição territorial se torna cada vez mais notória, já não são primícias dessa calamidade?

É digno de nota que, paralelamente à visão, foi dado à Irmã Lúcia entender que essas catástrofes são causadas pelo pecado que cobre a Terra, e têm por objeto a “purificação do mundo”. Após a purificação vem um grande triunfo universal da Igreja, representado pela voz que proclama “uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja”.

Tudo isso confirma de modo notável as análises e previsões feitas ao longo das décadas por Plinio Corrêa de Oliveira sobre os rumos da situação internacional, advertindo que a mesma poderia desembocar no caos generalizado antes de uma grande vitória da Igreja.

Note-se, ademais, a consonância desse desfecho com o triunfo do Imaculado Coração de Maria, anteriormente previsto em Fátima, e com as predições similares de Nossa Senhora em aparições como a de La Salette (1846), Akita (1973) e outras.
No limiar do desenlace de Fátima?

Além do que esta visão tem de terrível e grandioso, cabe ressaltar seu encaixe perfeito como peça-chave na contextura da Mensagem de Fátima — essa apaixonante equação profética cada vez mais próxima de resolver-se —, enriquecendo-a com importantes pormenores até agora ignorados.

É também muito significativo o fato de que a visão é dada a conhecer somente agora, 70 anos depois de ocorrida, quando ameaçadores focos de violência irrompem por todas as partes, e até o próprio Papa Francisco surpreende o mundo declarando que já “entramos na terceira guerra mundial”.(4)

De fato, a descrição da Irmã Lúcia não poderia chegar em momento mais oportuno: o contexto tão convulsionado em que o mundo se encontra permite que todos a entendam sem dificuldade, e por isso parece-nos providencial que seja revelada agora.

Sua divulgação poderá ajudar a compreender o castigo que virá se os homens não renunciarem à impiedade e à corrupção, e estimulá-los a “endireitar as suas veredas” (Mc 1,3) por meio da emenda de vida a que a Santíssima Virgem os instou em Fátima.

Assim se farão credores de uma misericórdia especial de Deus, na hora de um castigo cada vez mais provável. E esse poderá ser o maior benefício da celeste mensagem, que a todos nós deve fazer refletir.

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Notas:

(*) Artigos relacionados: Fátima numa visão de conjunto (Catolicismo, Maio/1967), Lágrimas, milagroso aviso (Catolicismo, Julho/1997).
Carmelo de Coimbra, Um caminho sob o olhar de Maria — Biografia da Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, O. C. D. Marco de Canaveses: Edições Carmelo, 2013, 495 páginas.
Antonio Socci, Novità apocalittiche da Fatima, “Libero”, Milão, 17-8-2014; disponível em http://www.antoniosocci.com/2014/08/novita-apocalittiche-da-fatima-lultimo-mistero-il-silenzio-delle-suore-ma-chi-tace/
“… vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um Anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia iam incendiar o mundo” (Congregação para a Doutrina da Fé, A Mensagem de Fátima, 26 de junho de 2000,http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000626_message-fatima_sp.html).
Il Papa: ‘La Terza guerra mondiale è già iniziata’, “La Repubblica”, Roma, 18-8-2014; www.repubblica.it/esteri/2014/08/18/news/papa_francesco_terza_guerra_mondiale_kurdistan-94038973/


Título Original: Sai à luz impressionante complemento da Mensagem de Fátima


Site: Lepanto
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Deus cercou-nos de anjos



Monsenhor Jonas Abib

Deus cercou-nos de anjos. Precisamos deles, de sua intercessão, eles lutam ao nosso lado. Em nosso trabalho, grupos e família, Deus colocou vários anjos para nos proteger. Mas, infelizmente, queremos lutar sozinhos e, assim como existem miríades de anjos, há de demônios espalhados pelos ares (cf. Efésios 2,2; 6, 12), por isso sozinhos não os conseguiremos vencer.

Por sermos do Senhor, nós nos tornamos alvos do inimigo de Deus, por isso necessitamos dos anjos. Este é o dia de nos unirmos a eles, buscando sua presença e ajuda. Você, seu filho, seu casamento, sua família, seu trabalho e seu apostolado precisam da intercessão e proteção desses seres celestes.

É uma verdadeira batalha que os anjos enfrentam para nos ajudar, porque o demônio sabe que pouco tempo lhe resta. É importante que tenhamos essa convicção de que Deus os [anjos] mandou para nos proteger. É uma batalha contra a qual sozinhos não podemos nada.

Obrigado, Senhor, porque os anjos estão conosco! Senhor, aumenta a nossa fé!

Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


Site: Padre Jonas Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 28 de setembro de 2014

A guerra espiritual em que vivemos




Pe Paulo Ricardo

Neste episódio do Parresía, Padre Paulo Ricardo nos alerta para o estado de guerra que vivemos. Essa notícia, ao contrário de produzir medo, deve ser motivo de alegria para cada um de nós, para cada cristão, pois, é sabido que todo aquele que se unir ao bem será confrontado pelo mal e terá que o enfrentar. É o bom combate.

Esta batalha não é recente, começou lá no Paraíso, com os nossos primeiros pais. Desde então o homem vive num estado de guerra. O livro de Jó é bem claro quando nos diz: é uma batalha a vida do homem sobre a terra, ou seja, não é possível crer que essa vida não trará dificuldades, tentações, dores e perdas. Não. Neste mundo o mal é imortal. É importante saber disso. E saber também que não é esta a vida destinada e querida por Deus para cada um de seus filhos. Deus quer para nós a vida eterna, o Paraíso, a Eternidade. Estamos lutando, portanto, por algo além desse mundo.

Sabendo, então, que o Mal é invencível neste mundo e que, ao mesmo tempo, teremos que passar por ele para chegarmos à vida que realmente importa, o que devemos fazer? Qual estratégia devemos adotar?

São Gregório de Nissa, em sua homilia sobre o Cântico dos Cânticos diz que: a salvação nos é obtida pela unidade, pois a salvação consiste em estarmos unidos na íntima adesão ao único e sumo bem. Assim, a salvação só é possível se estivermos unidos de forma verdadeira à Igreja una e santa e àquele que é capaz de dar ao homem a felicidade perfeita: Deus.



O prêmio a ser alcançado é a salvação das nossas almas, a vida eterna. O caminho para alcançá-lo é estar unido a Deus e à Igreja. Parece simples, parece fácil, mas não é. O Inimigo sabe quão frágil é a determinação do homem em suportar as intempéries. Ele sabe que o homem deseja naturalmente proteger-se a si mesmo, evitando dores, tristezas, perdas. O Inimigo também sabe que, embora possa vencer neste mundo, a batalha maior já está perdida. Assim, não podendo vencê-la, cuida para que o menor número de soldados a vença.

O método utilizado por ele é bastante antigo: dividir para conquistar. Para tanto, oferece aos homens distrações, prazeres terrenos (poder, dinheiro, drogas, sexo, comodismo, hedonismo etc.), tudo que servir para desviar a atenção do Sumo Bem.

Não existem dois “sumo bem”, apenas um. Um soldado não pode servir a dois senhores, lutar em ambos os lados. Não, em algum momento todos nós, soldados de Deus, seremos confrontados e teremos que escolher. Orígenes afirmou com propriedade: “diante de uma tentação, um cristão ou sai idólatra ou sai mártir."

Assim, somente a íntima, profunda e convicta adesão ao único Sumo Bem que é Deus, pode ser o caminho para a vitória. Não somente a vitória da guerra cultural, da vitória da batalha travada pelo Bem e pelo Mal, mas sim, a vitória que trará a salvação das nossas almas.

Título Original: Estamos em guerra!


Foto: Web

Site: Padre Paulo Ricardo.org
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 27 de setembro de 2014

Quais ambientes favorecem a virtude?



GaudiumPress

 Deus estabeleceu misteriosas e admiráveis relações entre certas formas, cores, sons, perfumes, sabores e, de outro lado, certos estados de alma. Por esses meios pode-se influenciar a fundo as mentalidades e induzir pessoas, famílias ou povos a adotarem um determinado estado de espírito.

Assim, o solene bimbalhar do sino tem o condão de elevar o pensamento para o sobrenatural. O perfume do incenso põe-nos em estado de oração. E, conjugando vários desses elementos, é possível criar ambientes que oponham barreiras às nossas paixões desregradas e predisponham o espírito para desejar o Céu.

Ora, a recíproca também é verdadeira. A análise das manifestações artísticas de uma civilização apresenta-se como um dos melhores recursos para conhecer sua forma de pensar, pois o ideal de beleza e harmonia que nela impere estará sempre intimamente ligado aos princípios filosóficos e morais que a conformam.

A alma do homem medieval, equilibrada e sequiosa de transcendência, é admiravelmente expressa pelas formas esguias das catedrais góticas, sua diáfana concepção do espaço, o rico colorido dos vitrais e a expressividade das esculturas. Elas conseguem transmitir certos aspectos imponderáveis da filosofia e a teologia da época que nem sequer nos sublimes raciocínios do Doutor Angélico é possível achar.

Mais ainda do que a arquitetura, tem a música o poder de despertar sentimentos e, através deles, influir nos estados de espírito e até nas mentalidades. Pensemos no que seria, por exemplo, um desfile militar em completo silêncio, um filme de ação desprovido de trilha sonora ou uma festa de Natal sem o "Noite Feliz". A essência do fato permaneceria a mesma, mas faltar-lhe-ia uma das principais vias para atingir o interior da alma humana.

Por isso, desde os mais antigos tempos tem a Igreja recorrido também a essa arte, no intuito de levar as almas para a consideração das coisas celestes. Nos primeiros séculos, ouviam-se apenas cantos a cappella, com linhas melódicas simples cujo poderoso efeito foi, entretanto, louvado por Santo Agostinho: "Sinto que nossas almas se movem mais devota e ardorosamente para a chama da piedade, com essas letras sagradas, quando elas assim são cantadas" (Confessionum X, c.33, n.49).

Surgiram depois o contraponto, a polifonia, os oratórios sacros, as Missas dos grandes compositores. Desdobrada numa imensa variedade de estilos, a música não fez senão confirmar ao longo dos séculos sua capacidade "de remeter, para além de si mesma, para o Criador de qualquer harmonia, suscitando em nós ressonâncias que são como um sintonizar-se com a beleza e a verdade de Deus com aquela realidade que sabedoria humana alguma ou filosofia podem expressar" (Bento XVI, discurso 4/9/2007).

Não nos enganemos, portanto, considerando a arquitetura e a música como meros exercícios de estética desprovidos de transcendência. Por meio delas pode-se criar ambientes que favoreçam a prática da virtude e promovam a nossa santificação. Não será este um dos meios mais eficazes, e talvez dos menos utilizados, para evangelizar os homens de hoje?

(Revista Arautos do Evangelho, Jan/2012, n. 121, p. 5)

Título Original: Ambientes que favorecem a virtude

Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Amigo fiel, uma poderosa proteção



Destrave

“A amizade nos ensina a superar e a mudar conceitos, ganhando um significado singular”

Se pesquisarmos o significado da palavra “amizade”, encontraremos a seguinte definição: do latim amicus; amigo, que possivelmente derivou de amore; amar, ainda que se diga também que a palavra provém do grego. É o relacionamento em que as pessoas têm afeto e carinho por outra, possuem um sentimento de lealdade, de proteção etc. Ainda encontraremos uma passagem bíblica que diz: “Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor, achará esse amigo. Quem teme ao Senhor terá também uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante.” (Eclo 6,14-17)

A amizade traz consigo inúmeros significados, e cada pessoa a define de um modo. O que torna esse sentimento comum é o amor. Isso mesmo: o amor! Quando nos aproximamos de alguém e começamos a conversar com ele, vamos descobrindo coisas em comum, o que faz com que tenhamos o desejo de conversar ainda mais. A confiança vai nascendo e aquela pessoa, até então estranha, ganha espaço em nosso coração.

Quando você tem um amigo, descobre que nem sempre precisa estar feliz ou sorrindo para ser amado, que mesmo nos dias em que seu céu está nublado, alguém é capaz de soprar as nuvens e lhe trazer novamente o sol. Acredito que a amizade tenha um significado muito particular, a capacidade de nos tornar mais humanos, de nos ensinar a amar, a aprender que é possível ter irmãos que não sejam de sangue, mas sim de coração. E ainda mais: a amizade tem a graça de nos aproximar de Deus, fazendo com que, muitas vezes, nos mortifiquemos em prol do outro, que lhe ofereçamos sempre um colo, mesmo quando o nosso desejo seja ser acalentado.

A amizade nos ensina a superar e a mudar conceitos, ganhando um significado singular. Acredito que uma amizade, quando é verdadeira, tende a mudar as pessoas, porque aprendemos a amar alguém que, com seu jeito, foi conquistando um lugar em nosso coração e se tornando especial para nós. Talvez você nem saiba, mas os amigos nos aproximam de Deus.

Defino amizade de uma forma bem particular: na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na felicidade ou na dor, faça chuva ou faça sol!

Que não percamos o verdadeiro sentido do que é ser amigo e que tenhamos essa certeza: um amigo é uma prefiguração do céu aqui na terra.

Fraternalmente,
Fabiana Araújo

Título Original: AMIZADE: PREFIGURAÇÃO DE DEUS


Site: Destrave
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A presidência da CNBB concede entrevista coletiva à imprensa hoje


CNBB

A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB concede entrevista coletiva à imprensa hoje, 25 de setembro, às 11 horas, em sua sede, em Brasília. Na ocasião, serão tratados temas debatidos durante a reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) como a 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá no Vaticano, de 5 a 19 de outubro. Esta é a primeira Assembleia do Sínodo dos Bispos do pontificado de Francisco e terá como tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”.

Outro assunto em pauta refere-se às eleições. Durante a reunião do Consep, os bispos fizeram uma reflexão da mensagem “Pensando o Brasil: desafios diante das eleições de 2014”, aprovada durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, em maio deste ano.

São membros do Consep a Presidência da CNBB e os presidentes das doze comissões episcopais de pastoral da entidade. Assessores dessas comissões e representantes das pastorais e organismos vinculados à Conferência também estiveram presentes na reunião.

Título Original: Presidência da CNBB concede entrevista à imprensa


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A maneira correta da leitura bíblica



Felipe Aquino

Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens; logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.

Não se pode interpretar a Sagrada Escritura só em nome da “mística”, pois muitas vezes podemos ser levados por ideias religiosas pré-concebidas, ou mesmo podemos cair no subjetivismo. Por outro lado, não se pode querer usar apenas os critérios científicos (linguística, arqueologia, história, …); é necessário, após o exame científico do texto, buscar o sentido teológico.

A Bíblia não é um livro caído do céu, ela não foi ditada mecanicamente por Deus e escrita pelo autor bíblico (=hagiógrafo), mas é um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do séc. XIV aC. ao século I dC. É por causa disto que é necessário usar uma tradução feita a partir de originais e com seguros critérios científicos.

Os escritos bíblicos foram inspirados a certos homens; isto é, o Espírito Santo iluminou a mente do hagiógrafo a fim de que ele, com sua cultura religiosa e profana, pudesse transmitir uma mensagem fiel à vontade de Deus. A Bíblia é portanto um livro humano-divino, todo de Deus e todo do homem, transmite o pensamento de Deus, mas de forma humana. É como o Verbo encarnado, Deus e homem verdadeiro. É importante dizer que a inspiração bíblica é estritamente religiosa; isto é, não devemos querer buscar verdades científicas na Bíblia, mas verdades religiosas, que ultrapassam a razão humana: o plano da salvação do mundo, a sua criação, o sentido do homem, do trabalho, da vida, da morte, etc.

Não há oposição entre a Bíblia e as ciências naturais; ao contrário, os exegetas (estudiosos da Bíblia) usam das línguas antigas, da história, da arqueologia e outras ciências para poderem compreender melhor o que os autores sagrados quiseram nos transmitir.

Mas é preciso ficar claro que a revelação de Deus através da Bíblia não tem uma garantia científica de tudo o que nela está escrito. É inútil pedir à Bíblia uma explicação dos seis dias da criação, ou da maneira como podiam falar os animais, como no caso da jumenta de Balaão. Esses fatos não são revelações, mas tradições que o autor sagrado usou para se expressar.

A própria história contida na Bíblia não deve ser tomada como científica. O que importa é a “verdade religiosa” que Deus quis revelar, e que às vezes é apresentada embutida em uma parábola, ou outra figura de linguagem.

O mais importante é entender que a verdadeira leitura bíblica deve sempre ter em vista a finalidade principal de toda a Sagrada Escritura que é a de anunciar Jesus Cristo e dar testemunho de sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento, se tratava apenas de um Salvador desconhecido, que viria. Mas para nós, se trata do Salvador que “habitou no meio de nós”, e que ressuscitado está no meio de nós até o fim dos tempos, quando voltará visível e glorioso para encerrar a história.

Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca fica velha, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos.

Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.

O Catecismo nos ensina que “Deus, na condescendência de sua bondade, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas” (§101).

“Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro” (§102).

“Com efeito, as palavras de Deus, expressas por linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (Dei Verbum,13).

Santo Agostinho ensinava que:

“É uma mesma Palavra de Deus que se ouve em todas as Escrituras, é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados, ele que, sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo”(Salmos 103,4,1).

Somente as palavras originais com as quais a Bíblia foi escrita (hebraico, aramaico e grego) foram inspiradas; as traduções não gozam do mesmo carisma da inspiração; é por isso que a Igreja sempre teve muito cuidado com as traduções, pois podem conter algum sentido que não foi da vontade do autor e de Deus. As traduções devem ser fiéis aos originais; e isto não é fácil.

Prof. Felipe Aquino

Título Original: Como ler a Bíblia?


Site: Blog Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Salmo 118 - Elogio da lei divina


Sobre os vossos preceitos meditarei, e considerarei vossos caminhos

Bíblia Católica Online

1.Salmo. Felizes aqueles cuja vida é pura, e seguem a lei do Senhor.

2.Felizes os que guardam com esmero seus preceitos e o procuram de todo o coração;

3.e os que não praticam o mal, mas andam em seus caminhos.

4.Impusestes vossos preceitos, para serem observados fielmente;

5.oxalá se firmem os meus passos na observância de vossas leis.

6.Não serei então confundido, se fixar os olhos nos vossos mandamentos.

7.Louvar-vos-ei com reto coração, uma vez instruído em vossos justos decretos.

8.Guardarei as vossas leis; não me abandoneis jamais.

9.Como um jovem manterá pura a sua vida? Sendo fiel às vossas palavras.

10.De todo o coração eu vos procuro; não permitais que eu me aparte de vossos mandamentos.

11.Guardo no fundo do meu coração a vossa palavra, para não vos ofender.

12.Sede bendito, Senhor; ensinai-me vossas leis.

13.Meus lábios enumeram todos os decretos de vossa boca.

14.Na observância de vossas ordens eu me alegro, muito mais do que em todas as riquezas.

15.Sobre os vossos preceitos meditarei, e considerarei vossos caminhos.

16.Hei de deleitar-me em vossas leis; jamais esquecerei vossas palavras.

17.Concedei a vosso servo esta graça: que eu viva guardando vossas palavras.

18.Abri meus olhos, para que veja as maravilhas de vossa lei.

19.Peregrino sou na terra, não me oculteis os vossos mandamentos.

20.Consome-se minha alma no desejo perpétuo de observar vossos decretos.

21.Repreendestes os soberbos, malditos os que se apartam de vossos mandamentos.

22.Livrai-me do opróbrio e do desprezo, pois observo as vossas ordens.

23.Mesmo que os príncipes conspirem contra mim, vosso servo meditará em vossas leis.

24.Vossos preceitos são minhas delícias, meus conselheiros são as vossas leis.

25.Prostrada no pó está minha alma, restituí-me a vida conforme vossa promessa.

26.Eu vos exponho a minha vida, para que me atendais: ensinai-me as vossas leis.

27.Mostrai-me o caminho de vossos preceitos, e meditarei em vossas maravilhas.

28.Chora de tristeza a minha alma; reconfortai-me segundo vossa promessa.

29.Afastai-me do caminho da mentira, e fazei-me fiel à vossa lei.

30.Escolhi o caminho da verdade, impus-me os vossos decretos.

31.Apego-me a vossas ordens, Senhor. Não permitais que eu seja confundido.

32.Correrei pelo caminho de vossos mandamentos, porque sois vós que dilatais meu coração.

33.Mostrai-me, Senhor, o caminho de vossas leis, para que eu nele permaneça com fidelidade.

34.Ensinai-me a observar a vossa lei e a guardá-la de todo o coração.

35.Conduzi-me pelas sendas de vossas leis, porque nelas estão minhas delícias.

36.Inclinai-me o coração às vossas ordens e não para a avareza.

37.Não permitais que meus olhos vejam a vaidade, fazei-me viver em vossos caminhos.

38.Cumpri a promessa para com vosso servo, que fizestes àqueles que vos temem.

39.Afastai de mim a vergonha que receio, pois são agradáveis os vossos decretos.

40.Anseio pelos vossos preceitos; dai-me que viva segundo vossa justiça.

41.Desçam a mim as vossas misericórdias, Senhor, e a vossa salvação, conforme vossa promessa.

42.Saberei o que responder aos que me ultrajam, porque tenho confiança em vossa palavra.

43.Não me tireis jamais da boca a palavra da verdade, porque tenho confiança em vossos decretos.

44.Guardarei constantemente a vossa lei, para sempre e pelos séculos dos séculos.

45.Andarei por um caminho seguro, porque procuro os vossos preceitos.

46.Diante dos reis falarei de vossas prescrições, e não me envergonharei.

47.Encontrarei minhas delícias em vossos mandamentos, porque os amo.

48.Erguerei as mãos para executar vossos mandamentos, e meditarei em vossas leis.

49.Lembrai-vos da palavra empenhada ao vosso servo, na qual me fizestes encontrar esperança.

50.O único consolo em minha aflição é que vossa palavra me dá vida.

51.De sarcasmos cumulam-me os soberbos, mas de vossa lei não me afasto.

52.Lembro-me de vossos juízos de outrora, e isso me consola.

53.Revolto-me à vista dos pecadores, que abandonam a vossa lei.

54.Vossas leis são objeto de meus cantares no lugar de meu exílio.

55.De noite, lembro-me, Senhor, de vosso nome; guardarei a vossa lei.

56.Escolhi, como parte que me toca, observar vossos preceitos.

57.Minha partilha, Senhor, eu o declaro, é guardar as vossas palavras.

58.De todo o coração imploro em vossa presença: tende piedade de mim como haveis prometido.

59.Considero os meus atos, e regulo meus passos conforme as vossas ordens.

60.Apresso-me, sem hesitação, em observar os vossos mandamentos.

61.As malhas dos ímpios me cercaram, mas eu não esqueço a vossa lei.

62.Em meio à noite levanto-me para vos louvar pelos vossos decretos cheios de justiça.

63.Sou amigo de todos os que vos temem e dos que seguem vossos preceitos.

64.De vossa bondade, Senhor, está cheia a terra; ensinai-me as vossas leis.

65.Tratastes com benevolência o vosso servo, Senhor, segundo a vossa palavra.

66.Dai-me o juízo reto e a sabedoria, porque confio em vossos mandamentos.

67.Antes de ser afligido pela provação, errei; mas agora guardo a vossa palavra.

68.Vós que sois bom e benfazejo, ensinai-me as vossas leis.

69.Contra mim os soberbos maquinam caluniosamente, mas eu, de todo o coração, fico fiel aos vossos preceitos.

70.Seu espírito tornou-se espesso como sebo; eu, porém, me deleito em vossa lei.

71.Foi bom para mim ser afligido, a fim de aprender vossos decretos.

72.Mais vale para mim a lei de vossa boca que montes de ouro e prata.

73.Formaram-me e plasmaram-me vossas mãos, dai-me a sabedoria para aprender os vossos mandamentos.

74.Aqueles que vos temem alegrem-se ao me ver, porque em vossa palavra pus minha esperança.

75.Sei, Senhor, que são justos os vossos decretos e que com razão vós me provastes.

76.Venha-me em auxílio a vossa misericórdia, e console-me segundo a promessa feita a vosso servo.

77.Venham sobre mim as vossas misericórdias, para que eu viva, porque a vossa lei são as minhas delícias.

78.Sejam confundidos esses orgulhosos que sem razão me afligem; porque medito em vossos preceitos.

79.Voltem para mim os que vos temem e os que observam as vossas prescrições.

80.Seja perfeito meu coração na observância de vossas leis, a fim de que eu não seja confundido.

81.Desfalece-me a alma ansiando por vosso auxílio; em vossa palavra ponho minha esperança.

82.Enlanguescem-me os olhos desejando a vossa palavra; quando vireis consolar-me?

83.Assemelho-me a um odre exposto ao fumeiro, e, contudo, não me esqueci de vossas leis.

84.Por quantos dias fareis esperar o vosso servo? Quando lhe fareis justiça de seus perseguidores?

85.Para mim cavaram fossas os orgulhosos, que não guardam a vossa lei.

86.Todos os vossos mandamentos são justos; sem razão me perseguem; ajudai-me.

87.Por pouco não me exterminaram da terra; eu, porém, não abandonei vossos preceitos.

88.Conservai-me vivo em vossa misericórdia, para que eu observe as prescrições de vossa boca.

89.É eterna, Senhor, vossa palavra, tão estável como o céu.

90.Vossa verdade dura de geração em geração, tão estável como a terra que criastes.

91.Tudo subsiste perpetuamente pelos vossos decretos, porque o universo vos é sujeito.

92.Se em vossa lei não tivesse encontrado as minhas delícias, já teria perecido em minha aflição.

93.Jamais esquecerei vossos preceitos, porque por eles é que me dais a vida.

94.Sou vosso, salvai-me, porquanto busco vossos preceitos.

95.Espreitam-me os pecadores para me perder, mas eu atendo às vossas ordens.

96.Vi que há um termo em toda perfeição, mas vossa lei se estende sem limites.

97.Ah, quanto amo, Senhor, a vossa lei! Durante o dia todo eu a medito.

98.Mais sábio que meus inimigos me fizeram os vossos mandamentos, pois eles me acompanham sempre.

99.Sou mais prudente do que todos os meus mestres, porque vossas prescrições são o único objeto de minha meditação.

100.Sou mais sensato do que os anciãos, porque observo os vossos preceitos.

101.Dos maus caminhos desvio os meus pés, para poder guardar vossas palavras.

102.De vossos decretos eu não me desvio, porque vós mos ensinastes.

103.Quão saborosas são para mim vossas palavras! São mais doces que o mel à minha boca.

104.Vossos preceitos me fizeram sábio, por isso odeio toda senda iníqua.

105.Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos, uma luz em meu caminho.

106.Faço juramento e me obrigo a guardar os vossos justos decretos.

107.Estou extremamente aflito, Senhor; conservai-me a vida como prometestes.

108.Aceitai, Senhor, a oferenda da minha promessa e ensinai-me as vossas ordens.

109.Em constante perigo está a minha vida, mas não me esqueço de vossa lei.

110.Armaram-me laços os pecadores, mas não fugi de vossos preceitos.

111.Minha herança eterna são as vossas prescrições, porque fazem a alegria de meu coração.

112.Inclinei o meu coração à prática de vossas ordens, perpetuamente e com exatidão.

113.Odeio os homens hipócritas, mas amo a vossa lei.

114.Vós sois meu abrigo e meu escudo; vossa palavra é minha esperança.

115.Afastai-vos de mim, homens malignos! E guardarei os mandamentos de meu Deus.

116.Sustentai-me pela vossa promessa, para que eu viva, não queirais confundir minha esperança.

117.Ajudai-me para que me salve, e sempre atenderei a vossos decretos.

118.Desprezais os que se apartam de vossas leis, porque mentirosos são seus pensamentos.

119.Como escória reputais os pecadores, por isso eu amo as vossas prescrições.

120.O respeito que tenho por vós me faz estremecer e vossos decretos inspiram-me temor.

121.Pratico o direito e a justiça; não me entregueis aos que me querem oprimir.

122.Sede fiador de vosso servo para a sua segurança, a fim de que os orgulhosos não me oprimam.

123.Desfalecem-me os olhos desejando vossa ajuda e na espera de vossas promessas de felicidade.

124.Tratai vosso servo segundo vossa bondade, e ensinai-me vossas leis.

125.Sou vosso servo: ensinai-me a sabedoria, para que conheça as vossas prescrições.

126.Senhor, é tempo de vós intervirdes, porque violaram as vossas leis.

127.Por isso amo os vossos mandamentos, mais que o ouro, mesmo o ouro mais fino.

128.Por isso escolhi as vossas leis como partilha, e detesto o caminho da mentira.

129.São admiráveis as vossas prescrições, por isso minha alma as observa.

130.Vossas palavras são uma verdadeira luz, que dá sabedoria aos simples.

131.Abro a boca para aspirar, num intenso amor de vossa lei.

132.Voltai-vos para mim e mostrai-me vossa misericórdia, como fazeis sempre para com os que amam o vosso nome.

133.Dirigi meus passos segundo a vossa palavra, a fim de que jamais o pecado reine sobre mim.

134.Livrai-me da opressão dos homens, para que possa guardar as vossas ordens.

135.Fazei brilhar sobre o vosso servo o esplendor da vossa face, e ensinai-me as vossas leis.

136.Muitas lágrimas correram de meus olhos, por não ver observada a vossa lei.

137.Justo sois, Senhor, e retos os vossos juízos.

138.Promulgastes vossas prescrições com toda a justiça, em toda a verdade.

139.Sinto-me consumido pela dor ao ver meus inimigos negligenciar vossas palavras.

140.Vossa palavra é isenta de toda a impureza, vosso servo a ama com fervor.

141.Sou pequeno e desprezado, mas não esqueço os vossos preceitos!

142.Vossa justiça é justiça eterna; e firme, a vossa lei.

143.Apesar da angústia e da tribulação que caíram sobre mim, vossos mandamentos continuam a ser minhas delícias.

144.Eterna é a justiça das vossas prescrições; dai-me a compreensão delas para que eu viva.

145.De todo o coração eu clamo. Ouvi-me, Senhor; e observarei as vossas leis.

146.Clamo a vós: salvai-me, para que eu guarde as vossas prescrições.

147.Já desde a aurora imploro vosso auxílio; nas vossas palavras ponho minha esperança.

148.Meus olhos se antecipam às vigílias da noite, para meditarem em vossa palavra.

149.Conforme vossa misericórdia, ouvi, Senhor, a minha voz; e dai-me a vida, segundo vossa promessa.

150.Aproximam-se os que me perseguem sem razão, eles estão longe de vossa lei.

151.Mas vós, Senhor, estais bem perto, e os vossos mandamentos são a verdade.

152.De há muito sei que vossas prescrições, vós as estabelecestes desde toda a eternidade.

153.Vede a minha aflição e libertai-me, porque não me esqueci de vossa lei.

154.Tomai em vossas mãos a minha causa e vingai-me; como prometestes, dai-me a vida.

155.Longe dos pecadores está a salvação, daqueles que não observam as vossas leis.

156.São muitas, Senhor, as vossas misericórdias; dai-me a vida segundo as vossas decisões.

157.Apesar do número dos que me perseguem e oprimem, não me aparto em nada de vossos preceitos.

158.Ao ver os prevaricadores sinto desgosto, porque eles não observam a vossa palavra.

159.Vede, Senhor, como amo vossos preceitos; conservai-me vivo segundo vossa promessa.

160.O sumário da vossa palavra é a verdade, eternos são os decretos de vossa justiça.

161.Perseguem-me sem razão os poderosos; meu coração só reverencia vossas palavras.

162.Encontro minha alegria na vossa palavra, como a de quem encontra um imenso tesouro.

163.Odeio o mal, eu o detesto; mas amo a vossa lei.

164.Sete vezes ao dia publico vossos louvores, por causa da justiça de vossos juízos.

165.Grande paz têm aqueles que amam vossa lei: não há para eles nada que os perturbe.

166.Espero, Senhor, o vosso auxílio, e cumpro os vossos mandamentos.

167.Minha alma é fiel às vossas prescrições, e eu as amo com fervor.

168.Guardo os vossos preceitos e as vossas ordens, porque ante vossos olhos está minha vida inteira.

169.Chegue até vós, Senhor, o meu clamor; instruí-me segundo a vossa palavra.

170.Chegue até vós a minha prece; livrai-me segundo a vossa palavra.

171.Meus lábios cantem a vós um cântico, por me haverdes ensinado as vossas leis.

172.Cante minha língua as vossas palavras, porque justos são os vossos mandamentos.

173.Estenda-se a vossa mão e me socorra, porque escolhi vossos preceitos.

174.Suspiro, Senhor, pela vossa salvação, e a vossa lei são as minhas delícias.

175.Viva a minha alma para vos louvar, e ajudem-me os vossos decretos.

176.Ando errante como ovelha tresmalhada; vinde em busca do vosso servo, porque não me esqueci de vossos mandamentos!

Bíblia Ave Maria, pg 753


Foto: Web

Site: Bíblia Católica Online
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Jovem compartilha sua história de "quase aborto" após ter desistido de abortar



Cléofas

O site ACI/EWTN Noticias publicou na última sexta-feira (19/09/14), a história de uma jovem de 20 anos, que através de um vídeo postado ao YouTube, intitulado “My almost abortion story (“Minha história de quase aborto”), relatou como desistiu da sua tentativa de submeter-se a um aborto depois de ver a ultrassonografia do seu bebê.

A jovem, que se identifica como “AutumnBabydolllxx”, assinalou que, embora ela se considere “pró-escolha”, a experiência do aborto “é muito difícil de aguentar” e que “algumas garotas realmente lamentam por ter feito isso e sempre pensam nos seus bebês no futuro”.

AutumnBabydolllxx explicou a sua decisão de contar a sua história em um vídeo porque “queria dizer a todos como foi para mim, porque não passei por um bom momento lá (na clínica de abortos)”.

A conselheira da clínica de abortos, disse a jovem, era “honestamente, uma desgraçada”, e recordou ainda chateada que a mulher lhe disse que “porque tenho 20 anos não posso criar um bebê”.

Enquanto colocava o avental, preparando-se para o procedimento, AutumnBabydolllxx começou a refletir sobre “por que estou fazendo isto?”.

“Podia simplesmente imaginar-me segurando o meu segundo filho se me desfazia deste e pensava ‘bem, seu irmão não está aqui’… e eu simplesmente não podia viver com esse sentimento, pensando que vou me arrepender disto. Assim vi que isso não é para mim”, disse.

Mas o elemento definitivo para que se recuse ao aborto ainda estava por chegar.

Quando fizeram a ultrassonografia “foi quando realmente eu me dei conta da situação. Eles obviamente encontraram o bebê na ecografia e eu simplesmente não podia acreditá-lo”.

Enquanto saia da clínica, com sentimentos encontrados, a jovem recorda que dizia várias vezes ao seu namorado “o bebê estava realmente lá, o bebê estava realmente lá”.

“Não me arrependo” de rejeitar o aborto, assegurou a jovem. “Não posso evitar sorrir porque eu era tão negativa antes e estava tão assustada e não há por que ter medo”, disse.


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 21 de setembro de 2014

Deus nunca desilude porque está sempre conosco

O Papa em sua homilia na Missa celebrada na Praça Madre Teresa (Daniel Ibáñez / ACI Prensa)

AciDigital

Na manhã deste Domingo, 21, o Papa Francisco presidiu a única Missa prevista para sua viagem à Albânia na Praça Madre Teresa da capital Tirana, e ressaltou que esta nação é uma terra de mártires, recordando que Deus nunca desilude porque está sempre conosco, especialmente nos momentos mais difíceis.

Sob a chuva matutina, 200 mil pessoas chegaram aos arredores do Lugar para ver o Pontífice e acompanhar a Eucaristia. Em sua homilia, o Santo Padre refletiu sobre a passagem em que Jesus envia 72 discípulos para anunciar o Reino de Deus a todos os povos, uma tarefa com a que todo católico deve sentir-se comprometido atualmente.

Depois de assinalar que em certas ocasiões os discípulos de Cristo não são bem recebidos, o Papa disse que "num passado recente, também a porta do vosso país se fechou, cerrada com o cadeado das proibições e prescrições dum sistema que negava Deus e impedia a liberdade religiosa. Aqueles que tinham medo da verdade e da liberdade tudo fizeram para banir Deus do coração do homem e excluir Cristo e aIgreja da história do vosso país, embora este tenha sido um dos primeiros a receber a luz do Evangelho. De facto, na segunda Leitura, ouvimos a referência à Ilíria, que, na época do apóstolo Paulo, incluía também o território da Albânia atual. ".

"Repensando naqueles decénios de sofrimentos atrozes e duríssimas perseguições contra católicos, ortodoxos e muçulmanos, podemos dizer que a Albânia foi uma terra de mártires: muitos bispos, sacerdotes, religiosos, e fiéis leigos, ministros de culto de outras religiões pagaram com a vida a sua fidelidade. Não faltaram testemunhos de grande coragem e coerência na profissão da fé. Muitos cristãos não cederam perante as ameaças, mas continuaram sem hesitação pelo caminho abraçado. Em espírito, dirijo-me até junto daquele muro do cemitério de Escutári, lugar-símbolo do martírio dos católicos onde se efetuavam as fuzilações, e, comovido, deponho a flor da oração e de grata e indelével lembrança. O Senhor esteve junto de vós, irmãos e irmãs muito amados, para vos sustentar; guiou-vos e consolou-vos e, por fim, ergueu-vos sobre asas de águia como um dia fez com o antigo povo de Israel, como escutámos na primeira Leitura. Que a águia, representada na bandeira do vosso país, vos recorde o sentido da esperança, repondo a vossa confiança sempre em Deus: Ele não desilude mas está sempre ao nosso lado, especialmente nos momentos difíceis".

O Papa ressaltou logo que "Hoje, abriram-se de novo as portas da Albânia e está amadurecendo uma estação de novo protagonismo missionário para todos os membros do Povo de Deus: cada batizado tem um lugar e um dever a desempenhar na Igreja e na sociedade. Que cada um se sinta chamado a comprometer-se generosamente no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade, a reforçar os laços da solidariedade a fim de promover condições de vida mais justas e fraternas para todos. Vim hoje aqui para vos agradecer pelo vosso testemunho e também para vos encorajar a fazer crescer a esperança dentro de vós mesmos e ao vosso redor. Não esqueçais a águia: a águia não esquece o ninho, mas voa alto. Voai alto! Subi às alturas! Eu vim aqui para vos encorajar a envolver as novas gerações; a alimentar-vos assiduamente da Palavra de Deus, abrindo os vossos corações a Cristo, ao Evangelho, ao encontro com Deus, ao encontro entre vós próprios, como já estais a fazer: com esta maneira de proceder encontrando-vos, dais testemunho a toda a Europa”.

Por último Papa dirigiu-se aos fiéis dizendo: “em espírito de comunhão entre bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos, encorajo-vos a dar impulso à acção pastoral, que é uma acção de serviço, e a continuar na busca de novas formas de presença da Igreja no seio da sociedade. Em particular, dirijo este convite aos jovens. Havia muitos na estrada desde o aeroporto até aqui! Este é um povo jovem! Muito jovem! E onde há juventude, há esperança. Ouvi Deus, adorai a Deus e amai-vos entre vós como povo, como irmãos.

“Igreja que vives nesta terra da Albânia, obrigado pelo teu exemplo de fidelidade. Não vos esqueçais do ninho, da vossa história que vem de longe, incluindo as provações; não esqueçais as chagas, mas não vos vingueis. Continuai a trabalhar com esperança para um futuro grande. Muitos dos filhos e filhas da Albânia sofreram até ao sacrifício da vida. O seu testemunho sustente os vossos passos de hoje e do futuro no caminho do amor, no caminho da liberdade, no caminho da justiça e sobretudo no caminho da paz. Assim seja. ", concluiu

Para fotos, notícias e mais informações sobre a visita do Papa à Albânia, visite:

Título Original: Papa Francisco na sua única Missa na Albânia: Deus está do nosso lado nos momentos mais difíceis


Site: AciDigital
Editado por Henrique Guilhon