A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

~~~~~~~~

É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

~~~~~~~~

Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

~~~~~~~~

Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

~~~~~~~~

Para uma melhor visualização, abra o zoom de sua tela em 90%, ou de acordo com o seu encaixe

Tradutor

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Satanás está em guerra contra a Igreja: o que fazer?



Aleteia

Claudio de Castro 

A besta, o diabo, não se esconde mais entre as sombras. Agora ele ataca de frente

Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.Efésios 6, 16

Não estou exagerando em dizer que há uma batalha por nossas almas.

Antes, o diabo agia sutilmente nas sombras, sem ser notado. Agora não. Ele não se importa em ser notado.

O ataque parece ser frontal contra o Papa e a Igreja Católica. Tenho a impressão de que começou, e não é mais um segredo, está à vista.

O próprio Papa pediu repetidamente orações pela Igreja, contra as investidas do diabo.

A Igreja sob ataque?

Você pode pensar que estou exagerando, é natural. Mas vamos ver como o assunto é sério. Pegue qualquer site de notícias e leia as principais notícias. Em seguida, navegue pelas redes sociais por um tempo.

Atualmente, ateiam fogo em igrejas, a pornografia é acessível e abundante, o desprezo a Deus cresceu como nunca, e ainda há grupos que atacam e zombam da nossa fé e do Papa Francisco, usando todos os meios possíveis.

De repente, o diabo atiçou o mundo com seu ódio pela nossa fé.

Pessoas bem treinadas, inimigas da Igreja, descaradamente atacam a nossa fé usando palavras estudadas para causar o máximo de confusão e dano possível.

Os adversários ofendem, apontam o dedo e acusam, em meio ao silêncio e espanto de muitos católicos que não se atrevem a defender sua fé.

O demônio visível

A besta, o diabo, não se esconde mais entre as sombras. Agora ele ataca de frente.

O Papa Francisco, como nenhum outro Papa, mencionou o maligno, de quem devemos nos defender e proteger nossa Igreja Católica.

“Esta geração e muitas outras foram levadas a acreditar que o diabo era um mito, uma caricatura, uma ideia, a ideia do mal, mas o diabo existe e devemos lutar contra ele! São Paulo diz isso, não sou eu que digo! A Palavra de Deus diz isso!”

O que fazer?

Você tem duas opções: olhar passivamente enquanto tudo acontece ou defender-se e lutar.

A Bíblia nos diz em Efésios 6, 11-12:

“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.”

Não tenha medo; não discuta com essas pessoas que nos atacam. O que devemos fazer é viver em santidade, rezar e testemunhar a verdade. Afinal, Você confia em Deus, então não tenha medo. E reze.

Proclame o Evangelho, ensine a verdade, viva sua fé e dê exemplo de vida. Às vezes, isso é suficiente para mudar o mundo, como fez São Francisco de Assis.


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Criança de 2 anos ganha quadro de Nossa Senhora e fica encantada



@davidhenrie | Instagram

Aleteia

Pia, filhinha de ex-astro do Disney Channel, está fascinada pela Virgem de Guadalupe

Criança ganha quadro de Nossa Senhora e fica encantada: a cena, que já seria bonita e cativante em qualquer caso, chamou atenção adicional nas redes sociais por se tratar da filhinha de um ex-astro do Disney Channel, David Henrie, demonstrando que a fé vivida em família pode perseverar mesmo entre os muitos desincentivos da indústria do entretenimento de massas, muitas vezes agressivamente laicista.

David compartilhou no Instagram um vídeo que registra o entusiasmo de Pia, de 2 anos, ao ganhar uma pintura a óleo de Nossa Senhora de Guadalupe. No vídeo, o jovem ator de 32 anos, casado e pai de dois filhos, ajuda a pequena a abrir o presente que lhe trouxe de uma viagem.

– É uma pintura a óleo, pintada a mão, adivinha de quem?

A pequena devota grita, feliz:

– Guadalupe!

No breve relato que postou no Instagram sobre o episódio, Henrie comenta o entusiasmo da filha e incentiva os pais a darem presentes para as suas crianças quando chegam de viagem:

“Olha a reação dela no final! Depois de semanas fora de casa, comprei para Pia uma pintura a óleo de uma imagem pela qual ela anda encantada. Sempre tragam presentes para seus filhos quando vocês viajarem!”

E se o presente for um quadro de Nossa Senhora, melhor ainda!

O quadro de Nossa Senhora de Guadalupe que Pia ganhou é certamente muito bonito, mas a imagem original é nada menos que milagrosa cientificamente inexplicáveis. 


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 31 de agosto de 2021

CNBB abre o mês da Bíblia na próxima quarta-feira com missa, leitura orante e mesa redonda na programação






CNBB


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre, na próxima quarta-feira, 1º de setembro, a 50ª edição do Mês da Bíblia com uma série de eventos para todo o país. A programação terá três momentos: Missa pela manhã, leitura orante no período da parte e uma mesa redonda à noite.

Neste ano em que se celebra os 50 anos (1971-2021) da dedicação de setembro como o Mês da Bíblia na Igreja no Brasil, a CNBB propõe o aprofundamento da Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema “Pois todos vós sois UM só em Cristo Jesus”.

A missa de abertura do Mês da Bíblia será transmitida para todo o Brasil direto do Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté (MG). Será presidida pelo arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, dom Walmor Oliveira de Azevedo. À tarde, às 17h, o arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo, conduz uma edição especial do programa Leitura Orante, na TV Evangelizar.

Às 20h, será promovida uma mesa-redonda sobre o Mês da Bíblia. Os convidados são: dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB; dom José Antonio Peruzzo e padre Reginaldo Manzotti, presidente da Obra Evangelizar é Preciso. A mediação será feita pelo assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, padre Jânison de Sá, e pela professora Patricia Zaganin, mestra e doutora em Bíblia pela PUC-Paraná.

Confira a programação da Abertura do Mês da Bíblia e como acompanhar:

Celebração Eucarística presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo

Horário: 9h
Local: Santuário Nossa Senhora da Piedade

Exibição
Redes Sociais da CNBB (Facebook e Youtube)
TV HORIZONTE
TV IMACULADA

Leitura Orante com Dom Josê Antônio Peruzzo

Horário: 17h

Exibição

Mesa Redonda

Horário: 20h

1. Dom Joel Portella Amado – Aspectos pastorais do Mês da Bíblia
2. Dom José Antônio Peruzzo – O livro do mês da Bíblia deste ano – Carta aos Gálatas
3. Pe. Reginaldo Manzotti – A importância da Bíblia nos meios de comunicação
Mediação: Pe. Jânison e Patricia Zaganin

Exibição

Mês da Bíblia

A Igreja no Brasil instituiu o Mês da Bíblia a partir da urgência de anunciar a Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que renova e impulsiona à missão. À luz do Concílio Vaticano II, o Mês da Bíblia foi criado para mobilizar o aprofundamento e a vivência da palavra, através de um itinerário com a Palavra com um tema específico para cada ano.

Para esse jubileu do “Mês da Bíblia”, em 2021, o tema escolhido é a Carta de São Paulo aos Gálatas e o lema é “todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d), extraído do “hino batismal”, descrito em Gl 3,26-28, quando Paulo afirma que todos são filhos e filhas de Deus. Esse tema e o lema do “Mês da Bíblia 2021” estão em sintonia com o evangelho do Domingo da Palavra de Deus, que é extraído de Mc 1,14-20, quando Jesus inicia a sua missão, após a prisão de João Batista.

O Mês da Bíblia surgiu em 1971, na arquidiocese de Belo Horizonte, por ocasião da celebração do seu cinquentenário. As Irmãs Paulinas, através do Serviço de Animação Bíblica (SAB), deram o primeiro impulso e, posteriormente, a CNBB assumiu-o como uma proposta nacional.

Entre seus objetivos estão o de contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação e facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.

As comemorações do Mês da Bíblia são concluídas com o Dia de São Jerônimo, no dia 30. O santo do século IV foi o responsável por traduzir a bíblia do hebraico para o latim, cujo resultado denominou-se “Vulgata”, pois o latim era a língua falada na época universalmente. Com seus estudos, traduções, interpretações, comentários e escritos, São Jerônimo facilitou o acesso aos livros sagrados.


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 31 de julho de 2021

Deus não divide a sua glória?

Web

accatolica.com

INTRODUÇÃO

Eclo 44,1-2 – “Façamos o elogio dos homens ilustres, que são nossos antepassados, em sua linhagem. O Senhor deu-lhes uma glória abundante, desde o princípio do mundo, por um efeito de sua magnificência”.

Dentre os assuntos polêmicos que constam na pauta dos não católicos, está à questão da veneração dos santos, tão defendida por nós e tristemente escrachada por parte daqueles que por falta de compreensão da fé católica, deixaram para trás, uma tradição primitiva que nasceu na própria Igreja fundamentada na doutrina apostólica (Ef 2,20). Nós que somos crentes, diariamente, convivemos com a ironia daqueles que dizem que “Deus não divide” a sua glória e por esse motivo, atribuem o culto de hiper dulia/dulia a um costume alheio a verdade, porém, se a Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo a dois mil anos, incentiva a veneração desde os primórdios, como entender essa prática sem correr o risco de glorificar a criatura e não o criador?

Nós, como católicos, sabemos que toda “honra, glória e louvor” é exclusiva ao Deus todo poderoso. É isso que cantamos nas missas, no momento em que entoamos o nosso hino de louvor:

“Glória, glória, anjos do céu, cantam todo o seu amor e na terra homens de paz, Deus merece o louvor”.

Sendo assim, como entender a veneração concedida aos santos e a Maria Ss? Será que erramos ao louvarmos os servos de Deus? Analisemos as escrituras, para assim, descobrirmos que a prática de veneração na Igreja Católica, vem dos próprios escritos neo-testamentários.

A GLÓRIA QUE NOS É DADA (VINDA DO PRÓPRIO DEUS)

A glória de Deus jamais deve ser dividida. Essa glória consiste em seu senhorio de poder, de Rei e de Criador. É necessário entender que dar a glória a criatura, como se essa fosse uma divindade, é uma ato de idolatria e de profanação dos mistérios sagrados. O povo de Israel, por diversas vezes cometeu esse pecado: trocar a glória de Deus por uma criatura ou um objeto.

Sl 105,19-20 – “Fabricaram um bezerro de ouro no sopé do Horeb, e adoraram um ídolo de ouro fundido. Eles trocaram a sua glória pela estátua de um touro que come feno”.

Esse erro, característico de povos pagãos que não cultuam um único Deus é a compreensão total do que podemos afirmar de que o “Senhor jamais dividiria a sua glória”. Acreditar que qualquer coisa que não seja Deus, possa ser maior que Ele, é transferir a glória do criador para a criatura.

Isso é condenável.

Por outro lado, sabemos que glorificar a criatura, sabendo que ela continua sendo uma criatura e entendendo que o próprio Senhor atua nessa criatura, sendo o seu único Deus, faz-nos entender o que a Igreja e as escrituras ensinam sobre os atos de veneração.

Podemos encontrar esse exemplo, ainda no velho testamento. Como já citado, os judeus trocaram a glória de Deus por um objeto na intenção de adorá-lo como se isso (objeto), fosse o próprio criador. Em contra partida, lemos no livro de Crônicas que o profeta Jeremias, compôs uma lamentação para o Rei Josias, simplesmente porque esse rei restituiu as coisas sagradas para o povo hebreu, relembrando assim, a existência de um único Senhor:

2 Cr 35,25-26 – “Jeremias compôs uma lamentação fúnebre sobre ele (Josias). Todos os cantores e todas as cantoras falam ainda de Josias em suas lamentações; é este um verdadeiro costume em Israel. Esse cantos fúnebres figuram no livros da lamentações”.

Deus atuou por meio do Rei Josias e após a sua morte, carinhosamente, o povo continuava a lembrar-se de seus atos em favor de toda a nação e por esse motivo, compôs um cântico fúnebre que além de ser entoado, tornou-se costume. Os hebreus não trocaram a glória de Deus e a colocaram no rei já morto, ao contrário, glorificaram a vida de Josias na intenção de glorificar o próprio Senhor.

Até o próprio Cristo, segundo o evangelho de São Mateus, afirma que em Salomão, havia “glória”:

Mt 6,29 – “E eu vos digo que nem mesmo Salomão, EM TODA A SUA GLÓRIA, se vestiu como qualquer deles”.

Olhando para o novo testamento, percebemos que em diversas passagens, Jesus Cristo afirma que nós “devemos estar nEle” e que a glória de Deus Pai, dada ao Deus filho, foi entregue a todos os seus filhos a fim de que nós todos sejamos um.

É isso que São João escreve em seu evangelho:

Jo 17,21-23a – “Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, para que também ELES ESTEJAM EM NÓS e o mundo creia que tu me enviaste. DEI-LHES A GLÓRIA QUE ME DESTE, para que sejam um, como nós somos um: EU NELES e tu em mim”.

Isto é, o primeiro a glorificar os santos, foi o Cristo ao afirmar que Ele próprio, nos deu a glória que habitava nele. Dar essa glória, não significa que “somos maiores que Ele” e sim, que somos coparticipantes de sua realidade de salvação. Não éramos nada até então, porém, com o advento de Cristo e com a passagem pelas águas (batismo), passamos a ser filhos de Deus e integrantes de seu Reino de Glória.

Se o próprio Jesus afirma que todo aquele que o serve o “Pai o honrará” (Jo 12,26), por que nós deveríamos ter receio de honrar as criaturas de Deus, uma vez que, verdadeiramente estamos glorificando a Deus, pela vida de tantos irmãos e irmãs que anteriormente a nós, sofreram por amor ao Cristo?

Nós que somos chamados a servir ao Senhor, além de justificados, também somos glorificados:

Rm 8,30 – “E os que predestinou, também os chamou; e os que chamou, também os justificou, e os que justificou, TAMBÉM OS GLORIFICOU”.

A Igreja é um misto de pecadores e santos e todos nós, somos chamados a viver a santidade e a imitar os atos daqueles que foram nossos mestres na fé. Quando louvamos um servo de Deus, não estamos dividindo a glória do Altíssimo com a criatura e sim, glorificando ao próprio Cristo que por meio do homem, continua realizado a sua obra de salvação. O escritor da epístola aos Hebreus, deixa claro que nós devemos lembrar e imitar nossos guias:

Hb 13,7 – “Lembrai-vos de vossos guias que vos pregaram a palavra de Deus. Considerais como souberam encerrar a carreira e imitai-lhes a fé”.

A “glória que nos é dada” continua sendo motivo de amor para que assim, possamos prosseguir em nossa caminhada cristã. Louvar os santos é louvar ao próprio Deus que operou milagres através de tantas vidas. Não estamos aqui, dividindo a glória de Deus, ao contrário, estamos exaltando o poder do Senhor, através da vida dos santos.

São Paulo aos romanos, insiste em dizer que como herdeiros de Deus, seremos glorificados com ele (Rm 8,17). É por isso que sem qualquer receio de “dividir a glória de Deus”, o apóstolo manifesta que todo aquele que faz o bem, deve ser honrado e glorificado:

Rm 2,10a – “GLÓRIA, HONRA e paz para todo aquele que pratica o bem”.

Assim como ao escrever aos Tessalonicenses, o mesmo Paulo afirma que por meio do evangelho, nós tomamos parte na glória de Jesus.

2 Ts 2,14 – “E por meio do nosso Evangelho vos chamou a TOMAR PARTE NA GLÓRIA de nosso Senhor Jesus Cristo”

Se dissermos que a glória (não no sentido de adoração e sim, como honra, respeito e veneração) atribuída à outra pessoa, seria um ato de sacrilégio, teríamos que retirar diversos escritos do novo testamento que fazem referências claras a glória dos santos. Quantas vezes, em nossa caminhada cristã, não ouvimos a seguinte frase: “Não podemos atribuir a glória a si mesmo ou a ninguém, já que a glória é só de Deus”. A frase em si, não está errada, porém, se entendermos que essa glória está intimamente ligada ao projeto do Senhor, entenderemos que nós também tomamos parte dela.

É isso que São Paulo continua ensinando a todas as Igrejas que ele escreve. Ele ensina aos Romanos que a vida eterna é para aqueles que visam à glória e a honra:

Rm 2,7-8 – “A vida eterna para aqueles que pela constância no bem VISAM À GLÓRIA, à HONRA e à incorruptibilidade; a ira e a indignação para os egoístas, rebeldes à verdade e submisso à justiça”.

Aos Coríntios, ele pede para que todo aquele que se gloriar, glorie-se no Senhor. O próprio apóstolo diz se gloriar nos irmãos, mediante ao amor do salvador:

1 Cor 1,31 – “Para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”.

1 Cor 15,31 – “Eu protesto que cada dia morro, gloriando-me em vós, irmãos, por Cristo Jesus, nosso Senhor”.

Aos Gálatas, ele pede que antes que alguém se glorie por si só, examine a sua própria conduta.

Gl 6,4a – “Cada um examine a sua própria conduta, e então terá o de que se GLORIAR por si só”.

Por fim, o apostolo ao escrever a carta a Timóteo, solicita fraternalmente que nós, cristãos, concedamos o devido amor e respeito para com os homens. Além de solicitar a súplica, Paulo faz um pedido curioso: “façam ação de graça por todos os homens” (1 Tm 1,1).

A Igreja como guardadora da verdade, continua seguindo esse pedido com muito carinho. Assim como o escritor de Hebreus solicita que lembremo-nos de nossos guias na fé (Hb 13,7), assim como o apóstolo dos gentios pede que façamos ações de graça por todos homens (1 Tm 2,1), assim nós, católicos, nos últimos dois mil anos, continuamos a honrar com muita veneração e piedade a virgem santíssima e todos os santos que anteriormente a nós, trilharam um caminho de santidade.

Sendo assim, dizer que glorificar Maria Santíssima e os Santos é um ato de “dividir a glória de Deus com a criatura”, não passa de sofisma. As escrituras são claras que o primeiro a glorificar os santos, foi o próprio Cristo (Jo 12,26 e Rm 8,20) e venerá-los é propagar a própria glória de Jesus, uma vez que, buscando a santidade, refletimos como um espelho a glória do Altíssimo.

2 Cor 3,18 – “Mas todos nós, com rosto descoberto, REFLETINDO COMO UM ESPELHO A GLÓRIA do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor”.

Escrito por: Érick Augusto Gomes


Site: accatolica.com
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 30 de maio de 2021

12 chaves para compreender o dogma da Santíssima Trindade



Cléofas

Prof. Felipe Aquino

Neste domingo, a Igreja celebra a solenidade litúrgica da Santíssima Trindade, mistério central da fé cristã. A seguir, apresentamos 12 dados importantes que deve saber sobre esta celebração:

1. A palavra Trindade nasceu do latim

Provém da palavra “trinitas”, que significa “três” e “tríade”. O equivalente em grego é “triados”.

2. Foi utilizada pela primeira vez por Teófilo de Antioquia

O primeiro uso reconhecido do termo foi o dado por Teófilo de Antioquia por volta do ano 170 para expressar a união das três divinas pessoas em Deus.




Nos três primeiros dias que precedem a criação do sol e da lua, o Bispo vê imagens da Trindade: “Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus, de seu Verbo e de sua Sabedoria” (Segundo Livro a Autólico 15,3).

3. Trindade significa um só Deus em três pessoas distintas

O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (CCIC) explica assim: “A Igreja exprime a sua fé trinitária ao confessar um só Deus em três Pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. As três Pessoas divinas são um só Deus porque cada uma delas é idêntica à plenitude da única e indivisível natureza divina. Elas são realmente distintas entre si pelas relações que as põem em referência umas com as outras: o Pai gera o Filho, o Filho é gerado pelo Pai, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho” (CCIC, 48).

4. A Trindade é o mistério central da fé cristã

Sim, e o Compêndio explica desta maneira: “O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima Trindade. Os cristãos são batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (CCIC, 44).

5. A Igreja definiu de forma infalível o dogma da Santíssima Trindade

O dogma da Trindade se definiu em duas etapas, no primeiro Concílio de Niceia (325 d.C.) e no primeiro Concílio de Constantinopla (381 d.C.).

No Concílio de Niceia foi definida a divindade do Filho e se escreveu a parte do Credo que se ocupa Dele. Este Concílio foi convocado para fazer frente à heresia ariana, que afirmava que o Filho era um ser sobrenatural, mas não Deus.

No Concílio de Constantinopla foi definida a divindade do Espírito Santo. Este Concílio combateu uma heresia conhecida como macedonianismo (porque seus defensores eram da Macedônia), que negava a divindade do Espírito Santo.

6. A Trindade se sustenta na revelação divina deixada por Cristo

Só se pode provar a Trindade através da revelação divina que Jesus nos trouxe. Não se pode demonstrar pela razão natural ou unicamente a partir do Antigo Testamento. O CCIC explica:

“O mistério da Santíssima Trindade pode ser conhecido pela pura razão humana? Deus deixou alguns vestígios do seu ser trinitário na criação e no Antigo Testamento, mas a intimidade do seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à pura razão humana e até mesmo à fé de Israel antes da Encarnação do Filho de Deus e da missão do Espírito Santo. Esse mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios” (CCIC, 45).

Embora o vocabulário utilizado para expressar a doutrina da Trindade tenha levado um tempo para se desenvolver, pode-se demonstrar os diferentes aspectos desta doutrina com as Sagradas Escrituras.

7. A Bíblia ensina que existe um só Deus

O Fato de que só haja um Deus se manifestou no Antigo Testamento. Por exemplo, o livro de Isaías disse:

“Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meus servos que eu escolhi, a fim de que se reconheça e que me acreditem e que se compreenda que sou eu. Nenhum deus foi formado antes de mim, e não haverá outros depois de mim” (Is 43,10).

“Eis o que diz o Senhor, o rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro e o último, não há outro Deus afora eu” (Is 44,6).


8. O Pai é proclamado como Deus inúmeras vezes no Novo Testamento

Por exemplo, nas cartas de São Paulo se narra o seguinte: “Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação (…)” (2Cor 1,3).

“Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que atua acima de todos, por todos e em todos” (Ef 4,5-6).

9. A Bíblia também demonstra que o Filho é Deus

Isto é proclamado em várias partes do Novo Testamento, incluindo o começo do Evangelho de São João:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. (…) E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,1.14).

Também:

“Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé. Respondeu-lhe Tomé: Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20,17-18).

10. O Espírito Santo é Deus e assim afirmam as Escrituras

No livro dos Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo é retratado como uma pessoa divina que fala e à qual não se pode mentir:

“Enquanto celebravam o culto do Senhor, depois de terem jejuado, disse-lhes o Espírito Santo: Separai-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho destinado” (At 13,2).

“Pedro, porém, disse: Ananias, por que tomou conta Satanás do teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e enganasses acerca do valor do campo? Acaso não o podias conservar sem vendê-lo? E depois de vendido, não podias livremente dispor dessa quantia? Por que imaginaste isso em teu coração? Não foi aos homens que mentiste, mas a Deus” (At 5,3-4).

11. A distinção de três Pessoas divinas é demonstrada com a Bíblia

A distinção das Pessoas se pode demonstrar, por exemplo, no fato de que Jesus fala ao seu Pai. Isso não teria sentido se fosse uma e a mesma pessoa.

“Por aquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo” (Mt 11,25-27).

O fato de que Jesus não é a mesma pessoa que o Espírito Santo se revela quando Jesus – que esteve operando como Paráclito (em grego, Parakletos) dos discípulos – diz que vai orar ao Pai e que o Pai lhes dará “outro Paráclito”, que é o Espírito Santo. Isso mostra a distinção das três Pessoas: Jesus que ora; o Pai que envia; e o Espírito Santo que vem:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós” (Jo 14,16-17).


12. O Filho procede do Pai e o Espírito procede do Pai e do Filho

“É certamente de fé que o Filho procede do Pai por uma verdadeira geração. Segundo o Credo Niceno-Constantinopolitano, Ele é “gerado antes de todos os séculos”. Mas a procedência de uma Pessoa Divina, como o termo do ato pelo qual Deus conhece sua própria natureza é propriamente chamada geração” (Enciclopédia Católica).


O fato de que o Filho é gerado pelo Pai está indicado pelos nomes dessas Pessoas. A segunda pessoa da Trindade não seria um Filho se não tivesse sido gerado pela primeira pessoa da Trindade.

O fato de que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho se reflete em outra declaração de Jesus:

“Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim” (Jo 15,26).

Isso representa o Espírito Santo que procede do Pai e do Filho (“que vos enviarei”). As funções exteriores das Pessoas da Trindade refletem suas relações mútuas entre si. Também se pode dizer que o Espírito Santo procede do Pai por meio do Filho.


Publicado originalmente em National Catholic Register.





Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Por que Nossa Senhora apareceu em Fátima, Portugal?




GaudiumPress

Mal haviam chegado ao fundo da Cova da Iria, os três pastorinhos pararam, confusos e maravilhados: ali, a curta distância, sobre uma carrasqueira de pouco mais de um metro, aparecia-lhes a Mãe de Deus.

Um dos mais inéditos e marcantes fatos de nossos tempos deu-se no começo do século XX, na região montanhosa portuguesa da Serra de Aire. Ali, três inocentes pastorinhos foram escolhidos por Deus para transmitir ao mundo uma importante Mensagem.

E esta lhes foi confiada “por Aquela que é, de fato, a Rainha do Céu e da terra. Aquela cuja beleza, poder e bondade foi o tema dos profetas e dos Santos, durante centenas de anos”.
O fim de uma crise é anunciado pela própria Mãe de Deus

Os Tempos Contemporâneos, que parecem na iminência de se encerrar com nova crise, têm um privilégio maior. Veio Nossa Senhora falar aos homens”.

Com efeito, não poucas vezes a Virgem Santíssima mudou o rumo dos acontecimentos; por exemplo, entregando o Rosário a São Domingos, conservando a Fé Católica na Irlanda, salvando a Cristandade em Lepanto ou sendo a especial protetora dos destemidos desbravadores do oceano que chegaram ao Novo Mundo, capitaneados por Cristóvão Colombo em sua nau Santa Maria.

Assim, “ninguém, crendo em Deus e na imortalidade da alma, poderá ter por inverossímil que a Mãe de Cristo, o Verbo Encarnado, Se tenha revelado, nas várias crises do mundo, a pessoas privilegiadas. Dessas aparições, muitas foram confirmadas como, nos tempos modernos, as de Lourdes e Santa Bernadete”.

“Mas, por que deveria Ela aparecer em Portugal, em 1917, e num lugar tão deserto e inacessível como é a Serra de Aire?” Qual a razão deste privilégio?

Um transbordante ato de amor de Deus, um forte apelo à vigilância e um indiscutível sinal de sua misericórdia. “Nossa Senhora a um tempo explica os motivos da crise e indica o seu remédio, profetizando a catástrofe caso os homens não A ouçam. De todo ponto de vista, pela natureza do conteúdo como pela dignidade de quem as fez, as revelações de Fátima sobrepujam, pois, tudo quanto a Providência tem dito aos homens na iminência das grandes borrascas da História”.
Fátima: palco da manifestação da Mãe de Deus ao mundo


Fátima foi o palco escolhido pela Celeste Mensageira para Se manifestar ao mundo. Situada na Diocese de Leiria, perdida num dos contrafortes da Serra de Aire, a cem quilômetros ao norte de Lisboa e quase no centro geográfico de Portugal, a pequena cidade tem à sua volta, num raio de cerca de vinte e cinco quilômetros, alguns dos monumentos mais eloquentes e simbólicos da história portuguesa.

Em sua circunvizinhança pode-se contemplar o castelo construído por D. Afonso Henriques, em Leiria, cujas imponentes ruínas, muros altos, possantes e belos torreões erguem-se no topo de uma colina.

O grandioso Mosteiro da Batalha, o qual, com seus amplos salões, soberbos arcobotantes, pináculos e rendilhados, é certamente a mais bela joia da arquitetura medieval do país.

O convento-fortaleza de Tomar, antigo quartel-general dos templários lusitanos e, mais tarde, da Ordem de Cristo.

Não muito distante, circundada por muralhas medievais e assente sobre um morro que domina a vasta planície, a encantadora vila de Ourém, com suas estreitas e acidentadas ladeiras, ruínas góticas e panos de muralhas do velho castelo do senhor feudal.

Por fim, a abadia cisterciense de Alcobaça, uma das maiores da Europa, construída no austero estilo gótico bernardino, a qual, nos seus dias de glória, foi o centro do fervor religioso e da alta cultura, abrigando mais de mil monges.

Ainda próximo a Fátima, na direção do oceano, encontra-se o várias vezes centenário pinheiral de Leiria, plantado pelo Rei D. Dinis, em plena Idade Média.

Na paisagem da região predominam as colinas desnudas e pedregosas, pontilhadas de azinheiras, vendo-se aqui e ali pequenos povoados formados por casas caiadas de branco, brilhantes à luz do sol, e, nos vales, alguns arvoredos de oliveiras, carvalhos e pinheiros.

Foi este cenário campestre, calmo e denso de recordações, que a Mãe de Deus escolheu para revelar ao mundo uma das mais graves profecias da História. Palavras vindas do Céu, carregadas de advertência, mas também de misericórdia e de esperança.

Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

Texto extraído do livro Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 31 de março de 2021

Viver eternamente não estava na natureza de homem


Web

Pe Paulo Ricardo

A Igreja Católica crê que a morte entrou no mundo pelo pecado. A Ciência, por sua vez, afirma que não é possível para um organismo humano, por sua própria natureza, viver eternamente. Como conciliar o dado revelado com o dado científico?

Em primeiro lugar, é necessário saber qual foi exatamente o dado revelado, o que diz a Igreja sobre o tema. O Catecismo da Igreja Católica traz a informação no número 1008, quando explica que
a morte é consequência do pecado. Intérprete autêntico das afirmações da Sagrada Escritura e da tradição, o magistério da Igreja ensina que a morte entrou no mundo por causa do pecado do homem. Embora o homem tivesse uma natureza mortal, Deus o destinava a não morrer. A morte foi, portanto, contrária aos desígnios de Deus criador e entrou no mundo como consequência do pecado. A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado, é assim o último inimigo do homem a ser vencido.

Adão não tinha apenas a sua natureza humana normal. Antes da Queda, no chamado período pré-lapsário, Deus havia dado a ele os chamados dons preternaturais, ou seja, que não faziam parte da sua natureza humana. Entre aqueles estava a imortalidade. Por isso é que a Igreja ensina que viver eternamente não estava na natureza de homem, mas que isso aconteceria por força dos dons preternaturais concedidos por Deus. Até que ponto essa interpretação da Igreja combina com o que está na Sagrada Escritura?

No Livro do Gênesis, no capítulo 3, versículo 18, logo após o homem ter pecado, Deus decreta: "tu és pó e ao pó hás de voltar". Nessa frase, há o reconhecimento de que é da natureza do homem ser pó, portanto, se existia imortalidade deveria ser um dom de Deus, algo extrínseco à natureza. Resta uma pergunta: de onde vem a ideia da imortalidade do homem pré-lapsário? Vem da chamada Árvore da Vida.

No Paraíso existiam duas árvores: a do Bem e do Mal, e a da Vida. Deus proibiu que os primeiros pais comessem do fruto da Árvore do Bem e do Mal e a desobediência deles originou o pecado original. O livro do Gênesis prossegue: "O homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Que ele, agora, não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma, e viva para sempre." (22). Em seguida, Deus expulsa o homem do Paraíso e coloca a porta os Querubins para impedi-lo de se aproximar justamente da Árvore da Vida: "Ele expulsou o homem e colocou diante do jardim do Éden os querubins e a espada chamejante, para guardar o caminho da árvore da vida" (24).

O Bem-aventurado Cardeal Newman, em sua reflexão sobre a Ascensão, fala da entrada de Cristo Ressuscitado no Paraíso, quando os querubins, lá posicionados por Deus para barrarem a entrada do homem, se curvam e deixam Jesus Ressuscitado entrar. É a entrada também do homem na vida eterna. Por Jesus Cristo a humanidade obtém acesso à Árvore da Vida, não mais como dom preternatural, mas como o dom da Ressurreição que será dado por Deus no fim dos tempos.

Desta forma, tanto o dado revelado quanto o científico estão em consonância. A natureza humana, de fato, é mortal, mas Deus previa um modo - simbolizado pela Árvore da Vida - de o homem gozar da imortalidade, imprópria de sua natureza.

A morte entrou no mundo pelo pecado. O livro da Sabedoria diz que "foi por inveja do diabo que a morte entrou no mundo" (2, 24). São Paulo fala no mesmo sentido na Carta aos Romanos: "assim como pecado entrou no mundo através de um só homem e com o pecado veio a morte, assim também a morte atingiu todos os homens, porque todos pecaram." (5, 12).

O pecado é uma invenção angélica e o homem foi seduzido para cometê-lo. A morte física é um castigo colocado por Deus para produzir no homem o medo da morte eterna, que é a que realmente importa. A terrível morte na qual se encontra o diabo e seus demônios. Se Deus permitiu a entrada da morte no mundo foi para castigar o homem (lembrando que "castigo" nada mais é que um ato de amor de Deus para com o homem, de um pai zeloso para com seus filhos).

Assim, é preciso lutar bravamente para obter a vida que não passa e um dia poder comer do fruto saboroso da Árvore da Vida que desde já pode ser pregustado na Eucaristia.

Título Original: Existia morte antes do pecado original?


Foto: Web

Site: Padre Paulo Ricardo.Org
Editado por Henrique Guilhon


quarta-feira, 10 de março de 2021

Cardeal Orani é nomeado para Pontifícia Comissão para a América Latina






GaudiumPress

A Pontifícia Comissão para a América Latina tem por função o estudo dos problemas doutrinais e pastorais relativos à vida e ao desenvolvimento da Igreja na América Latina.

Na manhã desta quarta-feira, 10, o Papa Francisco nomeou o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta para a Pontifícia Comissão para a América Latina.

Instituído pelo Papa Pio XII em 1958, este organismo da Cúria Romana tem por função o estudo dos problemas doutrinais e pastorais relativos à vida e ao desenvolvimento da Igreja na América Latina.

Além do Cardeal Orani, também foram nomeados o Arcebispo de Madri (Espanha), Dom Carlos Osoro Sierra; o Arcebispo de Monterrey (México), Dom Rogelio Cabrera López; o Arcebispo de Bogotá (Colômbia), Dom Luis José Rueda Aparicio; e o Arcebispo da Filadélfia (Estados Unidos), Dom Nelson Jesus Perez.

Cardeal Orani João Tempesta

Nascido em São José do Rio Pardo (SP), Dom Orani entrou para a Ordem Cisterciense, sendo ordenado sacerdote no ano de 1974. Sua ordenação episcopal ocorreu no ano de 1997, tornando-se Bispo de São José do Rio Preto (SP). Em 2004 foi transferido para a Arquidiocese de Belém.

Dentre os cargos que ocupou estão a vice-presidência do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá) e a presidência da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação, Cultura e Comunicação da CNBB. Além disso, foi membro dos Conselhos Permanente, Episcopal de Pastoral e Econômico da CNBB. Atualmente é o Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. (EPC)


Site: GaudiumPress
Editado por Henrique guilhon

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Como São Paulo conseguiu se reinventar depois de ser resgatado por Jesus



Public Domain

Aleteia

Padre Reginaldo Manzotti 


A "mudança" não foi apenas no nome. Depois de convertido, Paulo deu uma guinada em sua vida

No dia 25 de janeiro, a Igreja celebra a Conversão de São Paulo, este grande Apóstolo que pregou a Boa Nova de Jesus Cristo aos não judeus, autor de diversas cartas que compõem a Sagrada Escritura.

Olhando para a vida desse homem que de perseguidor dos cristãos tornou-se um seguidor e propagador de Cristo, vemos o quão transformador é o encontro com Jesus Cristo. Paulo foi resgatado por Jesus e soube se reinventar com base nesse encontro, que comprova ser possível deixar tudo para trás e se tornar uma pessoa nova, renovada em Cristo!

Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Ele apresentou-se ao sumo sacerdote, e lhe pediu cartas de recomendação para as sinagogas de Damasco, a fim de levar presos para Jerusalém todos os homens e mulheres que encontrasse seguindo o Caminho.

Durante a viagem, quando já estava perto de Damasco, Saulo se viu repentinamente cercado por uma luz que vinha do céu.Caiu por terra, e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que você me persegue?” Saulo perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo. Agora, levante-se, entre na cidade, e aí dirão o que você deve fazer”. Os homens que acompanhavam Saulo ficaram cheios de espanto, porque ouviam a voz, mas não viam ninguém. Saulo se levantou do chão e abriu os olhos, mas não conseguia ver nada. Então o pegaram pela mão e o levaram para Damasco. E Saulo ficou três dias sem poder ver, e não comeu nem bebeu nada. (At 9,1-9).

De Saulo para Paulo

Note que Jesus não muda o nome de Saulo. Paulo era seu nome romano, que deriva do latim Paulus, cujo significado é “pequeno”. Depois de sua conversão, ele mesmo passou a usar esse nome.


Paulo foi restaurado em Cristo e a sua conversão o fez criar consciência dos seus erros e mudar de direção. Não basta o remorso, porque nesse caso a dor é logo esquecida e, no dia seguinte, praticamos os mesmos erros. Muitas vezes, a pessoa até sente remorso por ter mentido, traído ou roubado, mas esse arrependimento precisa se transformar em uma atitude de vida.

No caso se Paulo, o remorso e a consciência do pecado causaram dor, mas instigaram o derramamento do Espírito Santo e o batismo. O remorso foi apenas o passo inicial para uma guinada completa na sua trajetória.

Testemunho de conversão

Certamente no começo não foi nada fácil. Paulo começou a testemunhar que Jesus era o Filho de Deus na sinagoga de Damasco (At 9,20). Não pense que a conversão se faz com um simples “Aleluia, aleluia, amém!” ou “Encontrei Jesus, glória a Deus!”. Isso é fogo de palha. Paulo teve que desenvolver serenidade para compreender que as pessoas não esquecem com facilidade, e o fato é que seu passado depunha contra ele.

Devemos aprender com Paulo a ter discernimento, serenidade e força. Ele soube tirar proveito das lições recebidas. Encontrou dificuldade com os Apóstolos e se declarou o menor deles, indigno de ser chamado como tal porque perseguira a Igreja de Deus (cf. 1Cor 15,1-10). Tinha consciência de sua miséria e nunca esqueceu que foi um perseguidor.
E nós?

A memória do erro permaneceu em Paulo, mas não o impediu de se tornar tudo para todos, a fim de salvar alguns a qualquer custo. E assim devemos fazer também nós, que o nosso erro não nos impeça de sempre recomeçar. Se Paulo conseguiu, com Jesus, nós também conseguimos!

Finalizo esta mensagem pedindo pela cidade de São Paulo, que no dia 25, celebra mais um ano. Que a Luz do Espírito Santo ilumine os governantes e todos os habitantes para que possam, a cada dia, construir uma cidade mais cristã.



Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon