A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

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Tradutor

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Resposta a Hernandes Dias Lopes contra São Pedro e o papado

Representação de São Pedro

A.Silva e Dani Acioli

Nossas críticas ficarão limitadas às questões de fé e doutrina. Repudiamos ataques à honra e à dignidade das pessoas. Apoiamos a liberdade religiosa e aceitamos que todos os homens e mulheres devem aderir à fé que lhes pareçam mais adequadas. Repudiamos deboches ou zombarias. Votos de paz para o Sr. Hernandes Dias Lopes e sua família.

Hernandes Dias Lopes

Hernandes Dias Lopes exibe em seu site como troféu um artigo que ele assina sob o título “O papado à luz da bíblia e da história”. Seu texto é um amontoado de “achismos” e impressões de terceiros sobre o catolicismo. Suas acusações são meras repetições dos questionamentos já produzidos por outros “profetas”.

O artigo do pastor encontra-se disponível no endereço eletrônico abaixo(Em 09/04/2015):http://hernandesdiaslopes.com.br/2005/05/o-papado-a-luz-da-biblia-e-da-historia/#.VNDf2tLF-fU

Nossa resposta:

Apontamento de Hernandes Dias Lopes sobre a Igreja Católica:
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“3. A Igreja Católica Apostólica Romana não é um seguimento legítimo do Cristianismo Bíblico – Precisamos iniciar com uma questão de definição. O nome Igreja Católica Apostólica Romana é uma impropriedade gritante: Ela não é igreja, nem católica, nem apostólica. É apenas Romana.” Nossa resposta: Abaixo.

O pastor não explicou por quê a Igreja não seria Igreja, católica ou apostólica. Mera bravata. Sem provas, resolveu citar Calvino para trazer alguma credibilidade ao seu artigo repulsivo.

Eis o texto de Calvino que Hernandes forneceu: “Roma não é uma igreja e o papa não é um bispo. Não pode ser mãe das igrejas, aquela que não é igreja, e nem pode ser príncipe dos bispos, aquele que não é bispo.” (Institutas p. 903).” O texto de Hernandes é praticamente uma cópia da fala que ele atribui a Calvino.

Entretanto, Hernandes Dias Lopes “esqueceu” que Calvino condenou aqueles que, por exemplo, abusando das Escrituras, atribuem à Santíssima Virgem filhos que ela nunca teve.
Explico: Em um outro artigo seu, disponível no endereço eletrônico:

o auto proclamado reverendo diz textualmente que Maria teve outros filhos. E através do mesmo artigo, Hernandes nega também que Maria seja mãe de Deus.

Tal artigo já foi contestado brilhantemente por Fernando Nascimento em inúmeros sites e podendo ser visto em vários endereços eletrônicos. Citamos alguns:

Calvino, citado por Hernandes como referência para sua acusação contra o catolicismo, pensava sobre Maria exatamente o contrário de do que pensa Hernandes, senão vejamos:

.Maria Mãe de Deus: “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (João Calvino,” Comm. Sur l‟Harm. Evang.”,20)

.Maria sempre virgem: “Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra.” (Calvino, “Corpus Reformatorum”)

Hernandes Dias Lopes só copia de Calvino aquilo que lhe agrada, omitindo sempre em seus textos as citações do reformador que não lhe são favoráveis.

Aliás, no que se refere a SANTA MÃE DE DEUS, é fácil notar que a doutrina de HERNANDES DIAS LOPES está mais para INRI CRISTO do que para CALVINO:

“Maria, genitora de Cristo há dois mil anos, foi uma mulher pecadora igual às demais, sujeita às fraquezas e falhas inerentes aos seres humanos. Se ela fosse verdadeiramente mãe de DEUS como ensina a proscrita igreja romana em suas espúrias orações (Ave Maria – “santa Maria mãe de DEUS”), ela teria intimidade com o ALTÍSSIMO…”

Apontamento de Hernandes: “Igreja Cristã” VS Catolicismo:
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Citação de Hernandes: “4. O catolicismo romano não é a primeira igreja cristã – A igreja cristã, de onde procedem todas as outras. Até o quarto século não havia denominações. O catolicismo romano é um desvio da religião cristã e a Reforma uma volta ao cristianismo bíblico.”

Primeiro Hernandes disse que a Igreja Católica não é Igreja(Item 3 do seu texto). E depois diz que ela não é a primeira igreja cristã(item 4 do seu texto).

Ele diz que todas as igrejas procedem da Igreja cristã. Diz ainda que a partir do quarto século surgiram novas denominações. Sugere também que apenas o catolicismo é um desvio da religião cristã. E, finalmente, diz que a reforma é a volta do cristianismo bíblico.

Ora, se apenas o catolicismo é um desvio da religião cristã, então podemos dizer que a reforma teve por único objetivo “consertar” a Igreja Católica. Todas as outras Igrejas, segundo Hernandes, não precisavam de conserto, pois todas praticavam o “Cristianismo Bíblico.”

Pergunta-se: Por que Hernandes está fora da Igreja Cristã que ele admite que prega o Cristianismo Bíblico que ele tanto gosta ? A referida Igreja Cristã sumiu ? Evaporou ?

Por que em 1928 fundaram mais uma Igreja onde prega o Sr.Hernandes, se desde o quarto século, conforme seu relato, o mundo já estava repleto de igrejas que praticavam o Cristianismo Bíblico ?
A PEGADINHA de Hernandes Dias Lopes para Hernandes Dias Lopes:
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Por que Hernandes está em uma Igreja surgida no Brasil em 1928, conforme informação de seu site, e que, segundo ele, trata-se de uma denominação que tem origem em uma igreja surgida na reforma protestante com o objetivo de “consertar” a Igreja Católica ? Seria a Igreja Católica tão importante para Hernandes, que ele se agarrou desesperadamente à sua pretensa reforma ???

Ele agarrou-se a REFORMA DA IGREJA CATÓLICA QUE SEGUNDO ELE PRÓPRIO NEM É IGREJA (ITEM 3 DO SEU TEXTO) ???

CHARADA para Hernandes Dias Lopes:
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Hernandes Dias Lopes diz que a Igreja Católica não é Igreja(Item 3 do seu texto). Hernandes Dias Lopes diz que a Igreja Cristã pregava o cristianismo bíblico. Hernandes Dias Lopes diz que as denominações surgidas a partir do quarto século pregavam o cristianismo bíblico. Hernandes Dias Lopes diz que a reforma é a volta do cristianismo bíblico.

Charada: Se todas as igrejas pregavam cristianismo bíblico por que o mundo precisou de reformadores ? Segundo Hernandes Dias Lopes a Igreja Católica nem era igreja(Item 3 do seu texto). Por que reformar uma igreja que não era igreja ?

Ora, só “volta” aquilo que já foi. Se a reforma é a “volta” do cristianismo bíblico é porque algum dia este cristianismo bíblico existiu e depois deixou de existir em algum lugar. E, se o “cristianismo bíblico nunca deixou de existir”, então a reforma foi desnecessária.

Por outro lado, se a reforma pretendia “restabelecer” o cristianismo bíblico “perdido” pela Igreja Católica, então é falsa a afirmação de que a Igreja Católica não era Igreja. Algum dia ela teria que ter sido Igreja. Afinal, só se perde aquilo que se tem. Ninguém perde o que não teve. E neste caso, se um dia teve, é porque algum dia foi.

Mas Hernandes diz que a Igreja Católica não era Igreja. E se a Igreja Católica não era Igreja, então não precisava de reforma. E se a reforma era desnecessária, o que faz Hernandes em uma Igreja surgida a partir da reforma que não era necessária ? Acho que nem ele sabe.

Hernandes Dias Lopes e a Igreja Cristã:
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Estamos aguardando do Sr. Reverendo a explicação sobre qual seria a primeira igreja cristã que ele conhece tão bem? Onde ela fica ? Onde ela está ? Quem são seus membros ? Quem é seu líder ? Acabou ? Mas quando acabou ?

E, certamente, ele nos informará onde na Bíblia está a primeira Igreja Cristã e as denominações surgidas a partir do quarto século. O título de seu texto sugere que o papado não é bíblico. O Reverendo estará pronto para provar suas alegações pela Bíblia, tal como exige dos seus oponentes. Ou será que ele não precisa provar nada pela Bíblia ?

Para o momento, a única certeza que Hernandes pode ter é que sua denominação, não é, nunca foi e nunca será a primeira igreja cristã.

As doutrinas praticadas exclusivamente pela religião de Hernandes Dias Lopes:
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Hernandes disse que a reforma é a volta do cristianismo bíblico. Errado.

Unções do chulé, vassoura, leão, vaca, chifre, adoração à arca da aliança, regressão ao útero materno, teologia da prosperidade, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pregação em favor do aborto, transferência de unção, troca de anjo da guarda, camisinha ungida, unção do guerreiro, unção do esquecimento, MUITO EMBORA NÃO SEJAM DOUTRINAS ACATADAS POR TODAS AS DENOMINAÇÕES, são doutrinas exclusivamente patrocinadas pelo protestantismo do qual Hernandes Dias Lopes faz parte, pois como todos nós sabemos quando surgem as estatísticas ou pesquisas do IBGE, é certo que todos comemoram o crescimento evangélico e que todos se reconhecem como irmãos uns dos outros. Portanto, quem não pratica tais doutrinas, acaba ao menos sendo cúmplice. E assim se cumpre: “…Filtrais um mosquito e engolis um camelo.” (Mateus 23,24)
Tais doutrinas não são e nunca serão doutrinas bíblicas. E jamais foram praticadas pela Igreja Primitiva, que Hernandes prefere chamar de Igreja Cristã, para que ninguém faça qualquer alusão ao catolicismo já que a Igreja Católica, muito diferente do protestantismo, NUNCA ENSINOU QUALQUER UMA DESTAS DOUTRINAS.

Sem perceber a confusão que produziu a partir de seu texto dúbio e contraditório, Hernandes atribuiu à Igreja Cristã que ele não sabe onde foi parar e às denominações surgidas a partir do século quarto que ele também não definiu, doutrinas que ele próprio precisa condenar.

A Babel doutrinária de Hernandes Dias Lopes:
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Segundo Hernandes Dias Lopes, uma igreja que não é Igreja(item 3 do texto de Hernandes) mas que ao mesmo tempo é Igreja desviada da verdade(item 4 do mesmo texto de Hernandes) deu origem a uma reforma que ele toma por verdadeira e definitiva. Se a tese de Hernandes fosse factível, teríamos novos problemas:

Ora, se os evangélicos aderiram a reforma, então suas denominações não são derivadas das “Igrejas” que praticavam o “Cristianismo bíblico”, mas derivadas de uma reforma da uma Igreja que não era igreja(segundo Hernandes) ou de uma igreja que precisava de reforma. Os evangélicos teriam aberto mão das Igrejas que praticavam cristianismo bíblico em favor da reforma da Igreja que não era igreja.
Por outro lado, se os evangélicos aderiram à “Igreja Cristã” ou a uma das “Igrejas surgidas a partir do quarto século”, não deveriam estar praticando doutrinas e unções mirabolantes que elencamos acima.
Contudo, se os evangélicos praticam tais doutrinas e ao mesmo tempo se dizem convergentes com os reformadores, então ao contrário do que dizem, a reforma não tinha por objetivo consertar a Igreja Católica, mas esculhamba-la, já que não é possível “consertar” esta ou aquela Igreja ou praticar “Cristianismo bíblico”, ensinando aborto, unção do chulé, unção da vassoura, unção do leão, camisinha ungida, prosperidade financeira(que só funciona para pastor), regressão ao útero materno, confissão positiva, benção do aeroporto, entre tantos outros ensinos estranhos ao Evangelho do Senhor.

Decadência do papado ? Como assim ?
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Disse Hernandes Dias Lopes em seu lamentável texto:

“III. ASCENSÃO E DECADÊNCIA DO PAPADO NA HISTÓRIA 1. Até o quarto século a igreja cristã nada tinha a ver com o catolicismo romano. A igreja primitiva ou cristã não era romana. Não havia nenhuma denominação. A igreja era fiel à doutrina apostólica. Era uma igreja ortodoxa, fiel, santa e mártir.”

Em breves linhas, ele consegue desmentir a si próprio. Ele diz que a Igreja cristã não tinha nada a ver com o catolicismo romano. Diz que a Igreja primitiva nem era romana. Diz que não havia denominação alguma. E exalta as virtudes da Igreja cristã, segundo ele a única existente.
Mas permanece não explicando o que ocorreu com esta igreja cristã. Evaporou ?

Se a igreja cristã era ortodoxa, fiel, santa e martir(palavras de Hernandes), por que surgiu a reforma ? Ele também não explica.

E o que ele Hernandes Dias Lopes faz fora da Igreja que tinha tantos atributos ?

Hernandes foi parar justamente em uma igreja reformada. Ele agarrou-se a reforma da igreja que segundo ele próprio “nada” tinha a ver com a Igreja cristã ou primitiva. Que decadência pastor !!!

Apontamento de Hernandes Dias Lopes sobre Lutero:
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Hernandes também usou Lutero no seu texto. Claro que ele só pegou do reformador aquilo que lhe interessava. “Esqueceu” que Lutero, por exemplo, chamou ao Senhor Jesus de adúltero:

“Cristo Adúltero. Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: “Que fez, então, com ela? ” 

Depois, com Madalena, depois, com a mulher adútera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer” (Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa, N* 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martim Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).

Lutero é o pai da reforma que Hernandes Dias Lopes classifica como “A volta ao cristianismo bíblico.” E Hernandes toma Lutero como uma de suas referências. Sem maiores comentários.
Hernandes Dias Lopes também ataca o papado:

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Hernandes retoma Calvino para atacar o papado. Sem informar onde a suposta citação se encontra, disse ele: “Calvino entendia que o papa é uma figura do anticristo.”

Na linha de Calvino e Hernandes Dias Lopes, INRI CRISTO também afirma: “A besta do Apocalipse é aquele que ocupa o trono de Roma. Ele traz disfarçado na mitra (chapéu usado pelo Sumo Pontífice)…”Disponível na Internet em 20/03/2015:http://www.inricristo.org.br/index.php/pt/entrevistas/inri-cristo-300-perguntas

Temos um pensamento que podemos chamar de Uno e Trino. Opiniões que convergem para um entendimento único a respeito do papado. Calvino, Hernandes Dias Lopes e INRI CRISTO.

Por outro lado, Santo Tomás de Aquino, o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios ensina:

“Espero nunca ter ensinado nenhuma verdade que não tenha aprendido de Vós. Se, por ignorância, fiz o contrário, revogo tudo e submeto todos meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana.”
Quando Santo Tomás de Aquino diz: “…verdade que não tenha aprendido de vós..”, é certo que dentro deste “vós” encontram-se especialmente Pedro e seus sucessores. O mesmo se dá quando ele diz: “…e submeto meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana.”

Ora, se Hernandes, Calvino e Inri Cristo estão contra o papado e a eles se juntam Macedo, Malafaia, casal Hernandes, CACP, Valadão, Itioka, Pororoca, Terra Nova, Soares e Santiago, o que podemos concluir ???

Se todos eles são contra o papado é porque o papado é bom. E devemos imitar o santo católico: “Espero nunca ter ensinado nenhuma verdade que não tenha aprendido de Vós. Se, por ignorância, fiz o contrário, revogo tudo e submeto todos meus escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana.”
A religião de Hernandes Dias Lopes em oposição a nossa religião católica, apostólica e romana
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A religião de Hernandes Dias Lopes em tese seria a reforma desnecessária que teve por objetivo “consertar” a igreja que nunca foi igreja.

Ou seja, sua religião é literalmente a volta dos que não foram.

Na prática, trata-se tão e somente de uma mistura que inclui apenas o que ele gosta nas citações de Calvino, Lutero e nos textos bíblicos. Ele acrescenta ao contexto mais algumas bravatas de pregadores da TV, opiniões de Inri Cristo, muitos achismos pessoais e ZERO da tradição apostólica, ZERO dos ensinos dos Santos, ZERO dos ensinos dos pais da Igreja., rejeitando ainda os reformadores nos ensinos que lhe fazem oposição.

E a nossa religião ? Os santos respondem:

“Deve ser seguida por nós aquela religião cristã, a comunhão daquela Igreja que é a CATÓLICA, e, CATÓLICA, é chamada não só pelos seus,mas também por todos os seus inimigos.”
(Santo Agostinho)

Santo Ambrósio: “Ela é esse navio que navega bem neste mundo ao sopro do Espírito Santo com as velas da Cruz do Senhor plenamente desfraldadas” (CIC, 845).

Santa Teresa de Ávila: ´Eu sou filha da Igreja !´ ´Em tudo me sujeito ao que professa a Santa Igreja Católica Romana, em cuja fé vivo, afirmo viver e prometo viver e morrer´.
Hernandes Dias Lopes contra os apóstolos Pedro e Paulo(será ???):

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Hernandes Dias Lopes claramente procurou desqualificar Pedro, de modo a colocar em dúvida a escolha de Jesus.

Esqueceu-se o pastor que Jesus é aquele que transforma todos os homens. Jesus recolhe alguém com defeitos graves e o coloca em posição de liderança. Jesus olha para o coração arrependido e se esquece de nossas faltas.

Já no Antigo Testamento. Abraão falhou. Moisés falhou. O grandei Davi falhou. E mesmo assim todos foram exaltados pelo Altíssimo DEUS.

Jesus não escolhe os “prontos”, mas ele mesmo capacita seus escolhidos.

Será que Hernandes Dias Lopes é tão rígido com São Paulo que perseguiu os cristãos ?

Eu duvido. Seguramente, Hernandes Dias Lopes usa de dois pesos e duas medidas.

Sua questão com Pedro não é porque o apóstolo negou Jesus, mas porque a figura do chefe dos apóstolos lhe remete ao catolicismo.

O temor e fúria de Hernandes em relação a Pedro acabaram testemunhando em favor do apóstolo como chefe da Igreja que Jesus Cristo constituiu na terra.

Diferente de Hernandes Dias Lopes, Paulo submeteu-se a Pedro quando foi conferir se a doutrina que pregava estava de acordo com os ensinos dos demais apóstolos.

São Paulo, o mais letrado, fez-se o menor entre todos, alegando para tal que havia perseguido o Senhor da Glória. Diferente de pastor evangélico, São Paulo não “teve” uma “visão” para fundar novas Igrejas.

Aliás, São Paulo é a pessoa ideal para responder ao Pastor Hernandes Dias Lopes:

“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” 2 Coríntios 12:9
Entendeu Pastor ? O poder de Paulo foi aperfeiçoado na sua fraqueza. DEUS olha o coração e não as aparências. As escolhas de Jesus muitas vezes recaem sobre aqueles que, aos olhos dos “juízes” desta era tenebrosa, parecem mais fracos, débeis e vacilantes.

Hernandes disse que Pedro era contraditório, desprovido de entendimento, auto-confiante, dorminhoco, violento, medroso e que havia negado Jesus.

Contraditório é Hernandes que desejando condenar a “violência” de Pedro, esqueceu-se de que Calvino que ele tomou por referência cometeu inúmeros crimes:

Quem dormiu foi o Reverendo Hernandes que não se dá conta de que o propagador da doutrina Sola Scriptura, ou seja, tudo tem que ser explicado pela Bíblia ou “Cristianismo bíblico”, foi Martinho
Lutero, que entre diversas coisas afirmou que Cristo cometeu adultério, conforme demonstramos acima. Que bola fora Hernandes !!!

Quem tem conhecimentos limitados é Hernandes Dias Lopes que sabe muito pouco do protestantismo do qual ele faz parte e assim escandaliza-se com a autoconfiança de Pedro, quando é no protestantismo que ouvimos: “Eu determino. Eu tomo posse da minha benção. Eu declaro vitória. Eu exijo que tudo o que o diabo me tomou seja restituído. Eu não aceito derrota. Eu profetizo.”
Quem parece ter medo, e, medo da verdade é o reverendo Hernandes que não se aprofundou nos escritos de Lutero e Calvino que lhe fazem oposição.

Quanto a autoconfiança de Pedro, outra confusão de Hernandes. Ele confundiu autoconfiança com confiança. Pedro não confiava em si próprio, mas sua confiança vinha do Senhor.
Segundo Jesus que não mente, não foi a carne que revelou a Pedro que o Cristo é o filho do DEUS vivo. O próprio Pai do céu lhe revelou. Sua confiança veio tão e somente do Senhor.
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Quantos receberam diretamente do céu tal revelação ??? Como não confiar em Jesus ???

Foi somente Pedro e tão e somente Pedro que ouviu: “As portas do inferno não prevalecerão contra minha igreja(singular).” Pedro e seus sucessores devem confiar sim. Pois, como sabemos, Jesus
Cristo não tem duas palavras. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

Seguramente Pedro obteve o perdão de Jesus. Davi recebeu o perdão de Deus por crimes que havia cometido. É uma prática comum do altíssimo Deus perdoar os seus filhos.

Mas nos dias atuais ainda existem muitos outros que negam Jesus quando elegem mestres para compor suas doutrinas, abrindo mão da Igreja que ele instituiu na terra.

Pois como todos sabem, somente Pedro ouviu do Senhor: “Confirma teus irmãos na fé.” “Eu te darei as chaves do céu.” “O que ligares na terra será ligado no céu.”

Pedro que negou Jesus também disse: “Tu tens as palavras da vida eterna.João 6:68”. Muito provavelmente, Hernandes Dias Lopes não gosta deste texto bíblico.

Quem não apreciou a escolha de Jesus que se esprema todo. Grite de raiva, pule e aguarde a volta de Senhor para reclamar: “Eu não aceito. Eu não quero. Eu não gosto. Eu prefiro Lutero. Eu prefiro Calvino. Eu prefiro macedo. Eu prefiro malafaia. Eu prefiro INRI CRISTO.”

Somente JESUS CRISTO tem autoridade para fundar uma Igreja. Só ele morreu na cruz sendo DEUS. Só ele venceu a morte e o pecado. Só ele ascendeu ao Pai por meios próprios e só ele está sentado à direita do Altíssimo DEUS. E também só ele recebeu poderes para julgar a tudo e a todos. Jesus não foi abandonado na região dos mortos e sua carne não conheceu a corrupção.
A doutrina de Hernandes Dias Lopes condenada por Martinho Lutero

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No texto que produziu, um dos subtítulos ali destacados afirma: “I. PEDRO NUNCA FOI PAPA”. Entretanto, o mesmo texto também afirma na sua Introdução: “…e a Reforma uma volta ao cristianismo bíblico.”

O que um texto tem a ver com o outro ?

Ora, Lutero é o pai da reforma que segundo Hernandes seria a volta do cristianismo bíblico. E Lutero nunca afirmou que Pedro nunca foi Papa.

Consultando as 95 teses de Lutero que Hernandes Dias Lopes fingiu desconhecer, podemos ver:
Tese número 50: “Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas”.

Tese número 51: “Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extraem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.”

Tese número 77: “A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.”

Tese número 78: “ Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII”

Na tese 50, Lutero chega a mencionar o dever do Papa. Ele reconhece o papado e a ele atribui dever.
Já Na tese 77 Lutero diz: “…que nem mesmo São Pedro, caso fosse papa atualmente…”

O que significa ? Em verdade Lutero está afirmando ao contrário sensu que São Pedro já foi papa.
E notamos ainda que Lutero refere-se ao apóstolo sempre como “São Pedro”.http://www.luteranos.com.br/lutero/95_teses.html

Muito diferente de Hernandes que com todo desprezo diz: “Pedro”.

Lutero também condena quem naquele contexto se coloca contra São Pedro ou contra o Papa.
Hernandes Dias Lopes, julgou que sua citação a Lutero iria passar desapercebida. Ele usou uma suposta frase do reformador, como de costume sem citar a fonte, com o objetivo de empurrar goela abaixo a sua doutrina pessoal, possivelmente influenciada por pregadores da TV, pregadores da prosperidade, entre outros “ungidos” que andam por aí.

Lutero que Hernandes Dias Lopes citou como referência em verdade lhe faz oposição.
Mas se Lutero discorda do pastor, POR OUTRO LADO existe quem mais uma vez converge com Hernandes Dias Lopes:

Fala de INRI CRISTO para regozijo de Hernandes Dias Lopes: “Eu é que não reconheço nenhum papa, padre, etc uma vez que sou coerente com o que disse há dois mil anos…”

Hernandes Dias Lopes deve estudar mais sobre o papado. Especialmente, deve ler sobre Santo Irineu e seu testemunho:http://www.veritatis.com.br/apologetica/igreja-papado/8202-testemunhos-patristicos-sobre-a-sucessao-apostolica Segue um pequeno trecho para Hernandes Dias Lopes sobre o Papado e sobre a Origem da Igreja:

Santo Irineu que morreu em 202 escreve sobre os PRIMEIROS PAPAS: “PEDRO e Paulo evangelizavam e fundavam a Igreja em Roma… tomaremos a máxima Igreja, MUITO ANTIGA e CONHECIDA de todos, fundada e construída em Roma pelos dois gloriosíssimos apóstolos PEDRO e Paulo… Depois de ter fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados apóstolos transmitiram a LINO o cargo do episcopado; deste LINO faz menção Paulo nas suas cartas a Timóteo (2 Tm 4, 21). ANACLETO o sucedeu. Depois, em terceiro lugar a partir dos apóstolos, é a CLEMENTE que cabe o episcopado… A CLEMENTE sucede EVARISTO; a EVARISTO, ALEXANDRE; em seguida, em sexto lugar a partir dos apóstolos, é instituído SIXTO; depois TELÉSFORO, também glorioso por seu martírio; depois HIGINO, PIO, ANICETO; SOTERO, sucessor de ANICETO e agora ELEUTÉRIO detém o episcopado, em 12.° lugar a partir dos apóstolos”

A PREMISSA FALSA CONDENADA POR HERNANDES:
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Por força de honestidade intelectual não poderemos prosseguir.

Explico: Hernandes diz em seu texto: “O papado é a espinha dorsal do catolicismo romano – Todo o edifício está construído sobre um falso fundamento de que Pedro é a pedra sobre a qual a igreja de Cristo está fundada e que Pedro foi o primeiro papa e que os papas são sucessores legítimos de Pedro.”

Repito: Ele disse: “…Todo o edifício está construído sobre um falso fundamento.” Em outras palavras, Hernandes sugere que partindo de premissa falsa, chegam-se às conclusões igualmente falsas.

Existe no texto de Hernandes premissa falsa. Ele não informou quando foi ensinado e quem ensinou que o cristianismo deve ser exclusivamente bíblico.

Hernandes Dias Lopes não citou um só texto bíblico para justificar que o cristianismo deve ser exclusivamente bíblico ou que tudo deve ser explicado pela Bíblia.
O pastor deverá explicar:

De onde veio sua Bíblia se o protestantismo surgiu no mundo 1.500 anos após o início da era cristã e cerca de 1.200 anos depois da Bíblia católica ?

Será que Hernandes Dias Lopes segue a Bíblia produzida por Lutero que foi um ex-sacerdote da Igreja que, segundo o próprio Hernandes, nem era Igreja ?

E por que Hernandes Dias Lopes não segue a Bíblia da Igreja Cristã, que segundo ele antecede a Igreja Católica ?

Quando foi que Jesus ensinou Sola Scriptura(Só a Bíblia) ? Quando os apóstolos ensinaram ? Quando a Igreja Primitiva ensinou ? Onde na Bíblia tal doutrina é ensinada ?

Se a “Igreja Cristã” não tinha Bíblia, então como ela praticava cristianismo bíblico ?

Por que Hernandes Dias Lopes não segue a Bíblia de uma das denominações surgidas a partir do quarto século ? Quais eram as Bíblias destas denominações, se não havia Bíblia protestante no mundo, e se todas elas, segundo Hernandes, decorrem da Igreja Cristã que também não tinha Bíblia ?
Como o reverendo pode nos provar que a sua Bíblia é a mesma Bíblia da Igreja Cristã, que segundo ele antecedeu a Igreja Católica ? Quais são as provas bíblicas ?

Onde está na Bíblia a relação dos livros inspirados ?

Onde a Bíblia autoriza ao pastor fundar uma nova denominação ?

Hernandes não tem saída. Suas falas são contraditórias. Estica daqui e dali, o fato é ele não tem como explicar nem mesmo a doutrina que prega.

Não partiremos da falsa premissa de que tudo deve ser explicado pela Bíblia. O debatedor intelectualmente honesto primeiro define com seu oponente os critérios que servirão a ambos.
Antes de tentar travar polêmicas com os católicos, Hernandes Dias Lopes deveria provar que a doutrina de que tudo deve ser explicado pela Bíblia é bíblica. E tal ele nunca faz.
Ele deveria fazer prova com textos claros. Sem aquela máxima de “confundir” utilidade das escrituras com suficiência das escrituras. E sem aquele velho truque de usar o texto “Examinais as escrituras…”.

Examinar não é o mesmo que interpretar. Inclusive, segundo a Bíblia a interpretação privada é proibida(II Pe. I: 20).

Eu posso examinar o doente, mas o diagnóstico vem do médico. Eu examino a Bíblia, mas a interpretação vem da Igreja no SINGULAR, definida como coluna e sustentáculo da verdade(1 Tm 3:15).

Hernandes Dias Lopes deverá por em prática aquilo que ele gosta de cobrar dos demais. Ou seja, ele deverá provar tudo pela Bíblia. Então poderemos prosseguir no debate.

Sem aquela de cobrar Sola Scriptura de quem não está obrigado ao conceito criado por homens. É quem assumiu Lutero e Calvino que está obrigado a provar tudo pela Bíblia.

Recordo ainda as palavras do próprio Hernandes Dias Lopes em seu texto onde ele fez a defesa veemente dos dízimos:http://hernandesdiaslopes.com.br/2013/02/dizimo-uma-pratica-biblica-a-ser-observada/#.VSaAmtzF-fU

“Tem a igreja competência para mudar um preceito divino? Mil vezes não! Importa-nos obedecer a Deus do que aos homens. Permaneçamos fiéis às Escrituras”(Hernandes Dias Lopes)
Então Pastor ? Não fique somente no discurso. Observe os preceitos divinos e considere o ensino bíblico sobre a tradição que condena exatamente o Sola Scriptura que o senhor ensina:

“Assim, pois irmãos, permaneceis firmes, e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.” (2Ts 2,15)

“E o que de mim, através de muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para ensinarem outros.” (2Tm 2,2)

“Ó Timóteo, guarda o depósito a tradição que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência gnose.” (1Tm 6,20).

Depois de nos provar que sua Bíblia é a Bíblia que deve ser seguida por todos, algo que ele também nunca provou, o pastor deverá ainda nos provar sua doutrina, seus ensinos e seus dogmas por esta mesma Bíblia.

Em outras palavras, Hernandes Dias Lopes deverá fazer a si próprio a cobrança pela “Rigidez Bíblica” que costuma fazer aos demais.
Por força da honestidade intelectual que abraçamos, terminamos nossa defesa em favor do papado e de São Pedro.

Autor: A.Silva com a colaboração de V.De Carvalho – Livre divulgação mencionando-se o autor

Título Original: Resposta ao pastor evangélico Hernandes Dias Lopes por seus ataques contra São Pedro e contra o papado.

Fotos: Web

Colaboração de A.Silva e Dani Acioli
Editado por Henrique Guihon

domingo, 28 de junho de 2015

Nova ameaça da “ideologia de gênero”



Cardeal Orani João Tempesta

“A ideologia de gênero é uma tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher, não possui um sexo masculino ou feminino definido, pois, segundo os ideólogos do gênero, isto é uma construção social” (Dr. Christian Schnake, médico chileno e especialista em Bioética, Ideologia de gênero: conheça seus perigos e alcances. Destrave. Canção Nova, acessado em 2/6/15), conforme expus em Nota Pastoral recém-publicada.

Ora, essa ideia, que vem sendo difundida como palavra de ordem nos últimos tempos, apareceu no Plano Nacional de Educação (PNE), mas, graças à mobilização das forças vivas e atuantes do Brasil, contando, inclusive, com alguns Bispos, foi banida. Agora, porém, volta ao Plano Municipal de Educação (PME). No mínimo isso é uma incoerência: colocar no plano municipal o que não consta no federal! Cada município ficará, pois, por meio de seus vereadores, responsável, diante de Deus e de seus munícipes, de excluir (se, obviamente, já estiver no texto), até o fim de junho, a revolucionária ideologia de gênero para as crianças e adolescentes em fase escolar atendidas pela rede municipal de ensino. Arbitrariamente, algumas atitudes federais já inserem alguns tipos dessa ideologia em nossas escolas, mesmo através de livros e outras decisões por decreto. Querem transferir para a orientação da escola aquilo que as famílias são chamadas da passar aos seus filhos.

De um modo amplo, ideologia é um termo que se origina dos filósofos franceses do século XVIII, conhecidos como ideólogos (Destutt de Tracy, Cabanis etc.) por estudarem a formação das ideias. Logo depois, passou a designar um conjunto de ideias, princípios e valores que refletem uma determinada visão de mundo, orientando uma forma de ação, sobretudo uma prática política.

Hoje, o termo ideologia parece ser amplamente utilizado, sobretudo por influência do pensamento de Karl Marx, na filosofia e nas ciências humanas e sociais em geral, significando o processo de racionalização – um autêntico mecanismo de defesa – dos interesses de uma classe ou grupo dominante para se manter no poder (cf. H. Japiassú e D. Marcondes. Dicionário Básico de Filosofia. 3ª ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, verbete ideologia).

Ora, esta base é que sustenta a ideologia de gênero, cujas raízes merecem ser, em suas várias vertentes, conhecidas pelo povo brasileiro.

Pois bem, no período entre as duas grandes guerras mundiais (1918-1939), estudiosos de diversas áreas – Filosofia, Sociologia, História, Economia, Psicologia etc. – ligados à chamada Escola de Frankfurt, se puseram a criticar tanto a burguesia capitalista quanto o comunismo extremado, ou seja, aquele de fundo marxista-leninista dogmático. Em seu lugar, propunham um marxismo sorridente, capaz de se difundir no Ocidente dado que aqui se faziam muitas ressalvas ou críticas ao modelo comunista russo implantado no governo desde novembro de 1917.

Esse comunismo, mais aberto para enganar os ingênuos, trazia em seu bojo a filosofia marxista da luta de classes, na qual, segundo o filósofo alemão Frederick Engels, em sua obra “A Origem da Família, da Propriedade e do Estado”, escrita em 1884, “o primeiro antagonismo de classes da história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher unidos em matrimônio monogâmico; e a primeira opressão de uma classe por outra, com a do sexo feminino pelo masculino” (New York, 1972, p. 65-66).

Pois bem, essa luta de classes no modelo tratado por Engels foi unida às teorias de Sigmund Freud (1856-1939) e transformada também em luta de sexos, na qual a mulher seria a classe oprimida e o homem a classe opressora. A libertação viria no momento em que as mulheres se soltassem sexualmente, praticando a genitalidade sem barreira alguma. Mesmo o “incômodo” do filho teria solução: a Rússia legalizou o aborto já no ano de 1920, visto que ainda não se conhecia a pílula anticoncepcional e muito menos os fármacos abortivos.

Infelizmente, tudo isso não foi libertador, mas tornou muitas mulheres, sempre tão queridas por Deus, novas escravas, não mais apenas vítimas dos homens, mas de si mesmas, dado que, talvez na ânsia de se libertarem, acabaram pagando o alto preço dos efeitos colaterais da libertinagem, especialmente com o aumento da prostituição, do consumo de álcool e de outras drogas, das pílulas anticoncepcionais, das pílulas do dia seguinte (abortivas) e do aborto cirúrgico, cujas sequelas no corpo e na mente podem ser danosas para sempre. Afinal, nenhuma mulher com uma boa formação humana e cristã, por sua natureza materna inata, dormirá em paz depois de pensar que assassinou o próprio fruto do seu ventre.

Logo depois se assomou a isso tudo o construtivismo social. Que ensina essa escola? – Ensina a desconstrução da realidade, e, com Jaques Derrida e Michel de Foucault, foi também aplicada à sexualidade. Para eles não existe a realidade (objeto) nem o homem que descobre a realidade (sujeito), mas apenas a linguagem que produz os objetos ao lhe dar os nomes que os classifica e caracteriza. 

Essa linguagem, porém, é fruto de mera construção social que atribui a ela o valor semântico que quiser. Daí serem esses valores mutáveis como a sociedade, de modo que o modelo cultural atual é responsável por destruir o anterior, e assim sucessivamente, inclusive no campo moral. Reina, portanto, o relativismo, e, para Foucald o pansexualismo: tudo giraria em torno da sexualidade.

Com o existencialismo ateu, dá-se um passo além, especialmente por obra de Simone de Beauvoir. Esta ensina que “não se nasce mulher, mas você se torna uma mulher; não se nasce um homem, mas você se torna um homem”. O gênero seria uma construção sociocultural sustentada pela experiência. Ora, se a experiência da mulher foi a de ser dominada pelo homem ao longo da história, na visão de Beauvoir, toda hierarquia deveria ser eliminada da vida pública e privada para dar lugar a relações de igualitarismo marxista (não de igualdade cristã) entre os seres humanos.

Chega-se, assim, ao feminismo de gênero como uma espécie de síntese de todas essas correntes que, brevemente, apresentei acima. Esse tipo de feminismo supera o anterior que o preparou, ou seja, aquele feminismo inicial desejoso de que a mulher fosse equiparada aos homens. Descreve bem essa evolução feminista a seguinte declaração de Shulamith Firestone: “Para organizar a eliminação das classes sexuais é necessário que a classe oprimida se rebele e assuma o controle da função reprodutiva..., pelo que o objetivo final do movimento feminista; isto é, não apenas a eliminação dos privilégios masculinos, mas da própria diferença entre os sexos; assim, as diferenças genitais entre os seres humanos nunca mais teriam nenhuma importância” (The dialectcsof Sex. Nova York: Bantam Books, 1970, p. 12).

Tudo isso leva-nos ao cerne do gênero, que é a permissão para que sejam eliminadas (como se isso fosse possível) todas as diferenças entre os sexos, complementando desse modo o que propusera o feminismo anterior ao pregar o seguinte: “a raiz da opressão da mulher está em seu papel de mãe e educadora dos filhos. Por isso deve ser liberada de ambas as tarefas, através da contracepção e do aborto e da transferência da responsabilidade da educação dos filhos para o Estado” (J. Scala. Ideologia de gênero. São Paulo: Katechesis/Artpress, 2011, p. 21). Estejamos atentos a algumas leis que já existem em que o Estado interfere na família e educação dos filhos.

A partir dos anos de 1980, todos esses ideólogos do feminismo antigo ou de gênero se uniram a outros lobbies e passaram a combater a família monogâmica e estável como um estorvo para a liberdade sexual imaginada desde os anos de 1960 para todos, a fim de destruir os planos perfeitos de Deus e, em seu lugar, impor os planos falhos da criatura. 

O ser humano, como pessoa, nunca pode ser usado como um instrumento ou um objeto, mas deve ser contemplado e amado como tal, sendo dotado de dignidade e valores. A negação da transcendência afeta diretamente a dignidade da criatura humana. Pois como disse São João Paulo II: "a divindade da pessoa humana é um valor transcendente, como tal sempre reconhecido por aqueles que se entregam sinceramente à busca da verdade" (cf. Mensagem de sua santidade João Paulo II para a celebração do XXXII Dia Mundial da Paz: 1 de janeiro de 1999).

Analisando essas ideologias supracitadas, percebemos que elas são expressão de autoritarismos que visam a valorizar seus próprios interesses, fazendo com isso que a sociedade acabe negando a transcendência do ser humano e, consequentemente, rebaixando a dignidade do homem, acarretando graves implicações no campo dos direitos humanos.

Por fim, podemos concluir que a ideologia do gênero tornou-se um instrumento utilizado para atacar a dignidade da pessoa e também a família, pois esta representa para eles um tipo de 'dominação'. Ao contrário, nós dizemos que é pela família que conseguiremos restaurar tal dignidade; pois é por ela que somos educados e formamos verdadeiros valores e ideais.

As perguntas que ficam são: uma sociedade com indivíduos que cultivam ódio a Deus e tentam destruir valores intrinsecamente sagrados como a vida e a família poderão ter um futuro promissor? Os seres humanos são mais felizes ou mais frustrados com tudo isso? Não estaria, em parte ao menos, atrelado a essa degenerescência dos valores o alto índice de adolescentes e jovens que tentam buscar escapes nos entorpecentes ou mesmo nas tentativas ou na consumação de suicídios? As perguntas atuais sobre os rumos da humanidade e as dificuldades de respostas da sociedade estão a comprovar os descaminhos que a sociedade hodierna está tomando.

Já não passou da hora de nos voltarmos mais à misericórdia de Deus e confessarmos confiantes: Senhor, só Tu tens palavras de vida eterna! (cf. Jo 6,68)? Sim, pois só Ele é a verdadeira e definitiva libertação de toda opressão que o ser humano possa sofrer. E ao acolhermos a “palavra de Deus” iremos ver que encontraremos o verdadeiro “ser humano” criado à imagem e semelhança d’Ele. E veremos que mesmo os estudiosos e cientistas sérios chegarão à mesma verdade através de suas reflexões e raciocínios. Cabe a nós, cidadãos de hoje, levarmos avante os verdadeiros valores desta pátria que amamos e aonde habitamos como cidadãos que têm direitos e deveres e que se responsabilizam pelo futuro.

* Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ


Site: Baixada Católíca
Editado por Henrique Guilhon

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A oração de cura interior tem o poder de nos libertar das cadeias interiores

Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com



Mons. Jonas Abib

A oração de cura interior tem o poder de nos libertar das cadeias interiores 

Senhor, livrai-me de toda amargura e sentimento de rejeição que trago comigo. Curai-me, Senhor. Tocai meu coração com Vossa mão misericordiosa e curai-o.

Sei que sentimentos de angústia não vêm de Vós, mas do inimigo que tenta me fazer infeliz e desanimado, pois Vós me escolhei, assim como eu Vos escolhi para servir e amar.

Enviai-me, pois, Vossos santos anjos, a fim de que me libertem de toda angústia e sentimento de rejeição, assim como os enviastes, para libertar da prisão os Vossos apóstolos que, embora injustamente castigados, Vos louvavam e cantavam com alegria e destemor. Fazei-me também sempre alegre e grato, obstante as dificuldades de cada dia. Amém!


Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Título original: Reze uma oração de cura interior


Site: Padre Jonas.Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Os males das seitas



Cléofas

“As seitas vêm-se multiplicando no mundo contemporâneo. Suscitam certa confusão pela maneira convicta como se apresentam, dando a entender que são as portadoras exclusivas de salvação para a humanidade”.

Dom Estêvão Bettencourt (1919-2008)

Ínclito Teólogo Beneditino

Dom Estêvão Bettencourt, foi a maior autoridade do mundo sobre religiões, seitas e heresias. Suas aulas, palestras, apostilas, revistas e livros são referências magistrais dentro e fora do campo acadêmico. Só a revista Pergunte e Responderemos foi por ele publicada por mais de 50 anos.

O seu legado fez escola e despertaram as consciências para o perigo dos novos movimentos religiosos heréticos.

Dom Estêvão informou e formou toda uma geração para o grande alerta dos ensinos errôneos das religiões, os males das seitas e a confusão terrível das heresias.

Seu último trabalho na revista Pergunte e Responderemos de maio de 2008, foi desfazer a mentira de um panfleto de autores anônimos protestantes que implica uma crítica discreta à Igreja Católica Romana.

Escreve Dom Estêvão: “A campanha proselitista do protestantismo não tem sido muito honesta”.

Na mesma revista Dom Estevão denuncia a obra anticristã do ateu inglês Philip Pullman, “A Bússola de Ouro” (1).

Dom Estêvão foi um dos melhores professores que já passou em minha vida e me ajudou na formação eclesiástica e me inspirou a ser um pesquisador de seitas e um estudioso no fenômeno religioso.

Fanatismo

Dom Estêvão Bettencourt afirmou: “Têm-se multiplicado grupos religiosos em nossos ambientes civis, proferindo sua mensagem, portadora exclusiva de salvação” (2).

Tal mensagem é acompanhada por tamanho fanatismo, intolerância, difamação contra tudo e todos e eles vão até a morte por suas loucuras.

Os sectários são os “escolhidos”, privilegiados de uma “revelação especial”, os “donos da verdade”, só eles “entendem a Bíblia”, são os portadores únicos dos dons espirituais, daí, somente eles serão salvos. “Quem não faz parte do seu grupo vai para os quinto do inferno”.

O Jornal Extra do dia 03 de Junho de 2008 trouxe uma reportagem de um ato horrível de intolerância religiosa.

Assim diz a reportagem: “O Centro Espírita Cruz de Oxalá, no Catete, foi invadido e depredado por quatro jovens de uma igreja (seita) pentecostal. Eles ofenderam as pessoas e obrigaram a abrir a porta e invadiram o Centro. Em seguida, quebraram todas as imagens de santos, mesas e cadeiras. Eles falaram que as imagens estavam com o demônio” (3).

O pastor e professor do Instituto Metodista Bennett – Rio de Janeiro, Edson Fernando de Almeida disse: “O fel da intolerância, da projeção no outro do que há de mais diabólico no ser humano, manifesta-se com intensidade em nossos dias. O ataque de quatro jovens adoecidos por uma religiosidade mórbida a um centro umbandista no Catete é um triste exemplo. Dói no coração saber que esses meninos na flor de sua juventude estão dispostos a matar em nome de Deus”. (4).

É de nossa responsabilidade alertar a nossa sociedade contra certos grupos religiosos que alienam, manipulam e escravizam os seus adeptos para desordem mental, familiar e social.

Como nunca antes na história da humanidade, vivemos no mundo tomado por religiões, seitas e heresias capitalistas, sexistas, bizarras e catastróficas.

O nosso trabalho é despertar sempre a nossa sociedade desse perigo constante. A seita empobrece os seus fiéis, matando-os a mente, o corpo e a alma.

Não se deve fazer experiência sectária, você pode ser uma vítima fatal de toda a sua armadilha e sedução. Muito cuidado com convites e os presentes que os sectários oferecem a você gratuitamente ou não. O melhor é não receber e não participar dos seus eventos.

Seitas e dinheiro

Para alguns sociólogos americanos, o que determina a existência de tantas crenças, nos Estados Unidos não é a necessidade de uma experiência espiritual, mas a conjuntura econômica. Segundo eles, as leis de mercado também valem para os movimentos religiosos. Esse grupo de pesquisadores acredita que a concorrência determina as relações religiosas, e quem frequenta uma igreja pode ser considerado uma espécie de consumidor, capaz de mudar de um culto para outro como quem sai de um supermercado e entra em outro. Rodney Stark, professor de Sociologia da Universidade de Wisconsin, é um dos expoentes desta visão mercadológica da fé. Desprezando qualquer preocupação com as verdades espirituais, ele considera bom que uma sociedade seja repleta de religiões diferentes, como se escolher uma fé fosse igual a optar por um tipo de refrigerante, dentre tantos em uma prateleira. Nem é preciso dizer que as ideias de Stark e seus seguidores incomodaram diversos pastores americanos. Mesmo no meio da comunidade acadêmica, há quem discorde dessa forma capitalista de enxergar as experiências de fé. Steve Bruce, que trabalha na Universidade de Aberdeen, na Escócia, afirmou, em um texto publicado recentemente, que seus colegas americanos têm exercido uma “influência maligna” sobre a sociologia da religião. (5).

Morte nas Seitas

A cada ano cerca de duas mil pessoas saem de suas casas nos Estados Unidos e no Canadá e nunca mais voltam: elas submergem no labirinto sombrio dos cultos e seitas. O dramático caso de suicídio coletivo de 39 crentes do Heaven’s Gate, em San Diego é exemplar. Sua estrutura como a da maioria de seus concorrentes, se dava através de um líder carismático. As semelhanças entre David Koresh – dos Davidianos, mortos durante um cerco policial na cidade texana de Waco, em 1992 – e John Withcapple, do Heaven’s Gate, são significativas: ambos se diziam ser o filho de Deus e seu oráculo.

Só recentemente os cultos americanos ficaram caracterizados pela violência. O mais antigo é o da “família” Charles Manson. O líder era um desocupado que havia passado a maior parte de sua vida na cadeia, mas que conseguiu com seus discursos juntar adoradores. Na noite de 9 de agosto de 1969, Manson mandou quatro de seus discípulos à casa do diretor cinematográfico Roman Polanski, no luxuoso bairro de Bel Air, em Los Angeles. Polanski filmava em Londres, mas sua esposa, a atriz Sharon Tate, 26 anos, estava grávida de oito meses e recebia alguns amigos num jantar íntimo. Ela foi esfaqueada 16 vezes e depois enforcada. Seus convidados também foram mortos.

Já em 1978, mais de 900 pessoas morreram nas selvas da Guiana, após tomarem uma mistura de “K-suco” e cianureto. Eles pertenciam a uma seita chamada Templo do Povo, organizada em torno do pastor evangélico Jim Jones. Ele havia transferido sua seita de Indianápolis, passando por Redwood Valley, na Califórnia, até as matas sul-ameircana. Ato tão chocante quanto o cerco ao Ramo Davidiano, do líder David Koreh, em 1992. Ele era um cantor de rock medíocre, mas com domínio da Bíblia e carisma de ídolo pop. Seu grupo montou autêntico arsenal num sítio nos subúrbios da cidade de Waco, no Texas.

As autoridades americanas passaram a investigá-los e uma desastrada tropa de choque tentou invadir o Q.G. dos Davidianos. Foram repelidos à bala.

Leia também: Conhecendo as Seitas




Começava um cerco que terminaria somente no dia 15 de abril, com suicídio coletivo de 80 pessoas. A maneira escolhida por Koresh foi o tiro na nuca dos fiéis com os corpos sendo consumidos pelo fogo. Até hoje as autoridades americanas têm de enfrentar o culto dos Davidianos. Um exército de vingadores de Koresh armou-se contra o governo para protestar. Um destes “soldados” é o terrorista Tim McVeigh, que no dia 19 de Abril de 1995 explodiu um edifício público em Oklahoma City, matando 160 pessoas.

Provocar mortes não é privilégio das seitas americanas. Desde 1994, o Templo do Sol, que se originou na França, espalha mortes nos países de língua francesa. No total, 74 fiéis se suicidaram em rituais que provocaram o incêndio de casas na França, Canadá e Suíça. A seita japonesa Aum Shinrikyo não se limitou a matar seus próprios discípulos, em 1995, no Japão. Comandados pelo guru Shoko Asahara instalaram o pânico no metrô de Tóquio ao contaminar com gases tóxicos 16 estações. Resultado: dez mortos e 5.500 intoxicados (6).

Contra as Seitas

Os deputados da França decidiram mobilizar-se contra as seitas que tentam sua disseminação no país. Novas leis visam instaurar forma mais rápida de restrição à liberdade religiosa. Um dos resultados dessa mobilização foi o fato dos prefeitos franceses ganharem autonomia para impedir a instalação de qualquer templo pertencente a organismo considerado suspeito pelo Estado. Além disso, foi criada a figura jurídica do crime de manipulação mental, que pode resultar em cinco anos de detenção e multa de US$ 70 mil. Dentre os 700 cultos e seitas listados como ameaças para a sociedade, estão: a Cientologia (da qual fazem parte os atores John Travolta e Tom Cruise), Nova Acrópole e as Testemunhas de Jeová. Algumas denominações evangélicas também foram incluídas nesta lista (7).

Paganismo no Reino Unido

Paganismo e bruxaria são palavras que estão cada vez mais em voga no Reino Unido, país que, durante séculos, tem sido majoritariamente cristão. O número de adeptos de seitas com origem nas culturas pagãs dos novos primitivos da Europa, como os celtas e gauleses, vem crescendo nos últimos anos. Hoje, mais de 40 mil pessoas declaram-se pagãs na Inglaterra, o que faz deste o oitavo grupo religioso do país. A Federação Pagã da Grã-Bretanha, representante de muitas seitas místicas, estima que já existam entre 50 mil e 200 mil adeptos do paganismo por lá (8).

Sacrifícios de gatos para ficar Invisível

Existe um grande número de seitas na Espanha, porém a mais perigosa é conhecida como La secta del livre. Entre as práticas do grupo estão os contínuos sacrifícios de gatos e queima de livros na liturgia, fato que pode causar incêndio nos prédios vizinhos aos lugares de reunião. Seus adeptos fazem isso porque creem que podem tornar-se invisíveis se matam gatos um a um na quinta-feira e cortam as cabeças dos felinos na sexta-feira, em hora marcada, devendo a cara do animal estar voltada para o oriente. Colocam sementes nos olhos, boca e nariz dos gatos e deixam até que gangrenem. Quando estão bem maduras, colocam-nas num prato e as introduzem uma a uma em suas bocas, mantendo um espelho na mão esquerda. Conforme vão comendo as favas, vão contemplando a imagem desaparecer (9).

Apologética

Pelos números do IBGE, as religiões e seitas que esperam de alguma forma o apocalipse reúnem 30 milhões de adeptos no Brasil. Especialistas canadenses calculam que 20 mil novos movimentos religiosos atuam no mundo, 200 deles baseados em cartilhas extremistas que pregam suicídio e até assassinatos.

O sociólogo Lisias Nogueira Negrão, professor da USP, estabelece a diferença entre religião e seitas. “Igrejas são grupos estabelecidos, vinculados à sociedade”. Já “as seitas são movimentos emergentes que apresentam restrição ou desconforto em relação à regra teológica e apresentam contestações aos valores sociais estabelecidos” (10).

Definição de seita por Dom Estêvão Bettencourt: “Uma seita (vem de sectário) é uma dissidência ou um grupo fechado que julga estar o mundo corrupto, e pretende ter a verdade como patrimônio seu e solução para todos os problemas da humanidade. Os membros das seitas são geralmente submetidos a um regime autoritário, imposto por um líder “iluminado”, que lhes dificulta o senso crítico” (11).

As seitas são grandes desafios para os estudiosos, Igreja e a sociedade.

Por detrás das seitas existe todo um projeto ganancioso que faz das pessoas objetos e mercadorias. Cujo objetivo é a construção de um império econômico e religioso.

É de bom alvitre e de uma abissal caridade denunciar todo o projeto sectário para o bem de todos e ordem na sociedade.

O Documento de Aparecida procede muito bem no incentivo da restauração da Apologética Cristã sobre o perigo das seitas:

“Hoje se faz necessário reabilitar a autêntica apologética que faziam os Pais da Igreja como explicação da fé. Mais do que nunca os discípulos e missionários de Cristo de hoje necessitam de uma apologética renovada para que todos possam ter vida nEle” (Nº 229).


“No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: o êxodo de fiéis para seitas e outros grupos religiosos” (Nº 185).

“Para cumprir sua missão com responsabilidade pessoal, os leigos necessitam de sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e adequado acompanhamento para darem testemunho de Cristo e dos valores do Reino no âmbito da vida social, econômica, política e cultura” (Nº 212).

Conclusão:

Faraós, reis, imperadores e magos quiseram e fingiram ser Deus para dominar e matar os subordinados, todavia, o único Deus verdadeiro se fez homem para libertar e dar vida a todas as criaturas.

Junto com a soberba humana, o diabo coloca na mente dos líderes sectários que não basta ser homem e sim Deus ou vice Deus para ficar por cima dos outros e poder convencer e até eles mesmos desse engano mortal.

A mentira religiosa dá um retorno lucrativo para os falsos líderes maior do que qualquer outra área secular.

A omissão do ensinamento da doutrina cristã, o relaxamento dos fiéis e a opressão do falso líder religioso, deixam os sectários na depressão para causar neles uma explosão de fanatismo.

O fanatismo religioso é a pior forma de violência. A sua ação maléfica destrói o corpo, a mente e a alma.

É de suma importância à denúncia sobre as seitas e a conscientização sobre seus males.

Pe. Inácio José do Vale
Pesquisador de Seitas
Professor de História da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com

Referências:

Pergunte e Responderemos, Maio de 2008, pp. 197, 230 e 232.

Pergunte e Responderemos, Dezembro de 2007, p. 545.

Extra, 03/06/2008, p. 13.

O Globo, 08/06/2008, p.36.

Graça, Julho de 2001, p.41.

Isto é, 16/04/1997, pp. 96 e 97.

Graça, Agosto de 2000, p. 76.

Graça, Edição nº 85, p.62.

Revista Fiel, Setembro de 2002, p.7.

Isto é, 16/04/1997, pp. 92 e 95.

Pergunte e Responderemos, nº 417, 1997, p.56.

BETTENCOURT, Estêvão. Igreja Católica, Denominações Cristãs e Correntes Religiosas, Aparecida, SP: Santuário, 1999.

AQUINO, Felipe Rinaldo Queiroz. Falsas Doutrinas, Seitas e Religiões, Lorena, SP: Cléofas, 2006


Sobre Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

Título original:  As seitas e seus males 


Site: Cléofas
Editado por Henrique Guilhon