A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Artimanhas do demônio advertidas por ex-exorcista


Rogério Tosta | Diocese de Petrópolis


 Portal A Tarde Bahia

Dos 70 casos apresentados a dom Gregório, seis eram possessão

"A Igreja Católica realiza exorcismos ainda hoje. A Igreja nunca deixou de ter exorcistas e de fazer exorcismos". A afirmação é de dom Gregório Paixão, 48 anos, bispo de Petrópolis (RJ), que, até o final de 2012, foi bispo-auxiliar de Salvador e exorcista oficial na arquidiocese soteropolitana.

Dom Gregório conta que foi exorcista por nove anos e meio na Arquidiocese de Salvador e que começou a exercer a função quando ainda vivia no Mosteiro de São Bento. Após ser ordenado bispo, em 2006, permaneceu no ministério. Nesse tempo, realizou seis exorcismos. Ao menos 70 casos lhe foram apresentados para avaliação.

"A maioria dos casos era de desequilíbrios de ordem emocional ou psiquiátrica, somente", disse o prelado. Para a escolha de um exorcista, o sacerdote, dizem as normas católicas, deve ter profundo conhecimento teológico e filosófico, além de equilíbrio afetivo e psíquico.

Dom Gregório Paixão tem doutorado em antropologia pela Universidade Aberta de Amsterdã, onde também leciona antropologia cultural. Hoje é o bispo referencial na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a área da cultura.

"Após a escolha, o sacerdote estuda demonologia e angelologia. Depois disso, especializa-se em temas específicos para detectar se a suposta possessão se trata de problema psíquico, de uma histeria ou problema de personalidade. Então, encaminha-se a pessoa ao psiquiatra, psicólogo ou psicanalista", diz dom Gregório.

A Igreja, que não nega a existência e atuação de Satanás e seus demônios, é cautelosa quanto ao tema. Na apresentação da versão em português do texto Ritual de Exorcismo, revisto em 1998 pelo papa João Paulo II, há a seguinte consideração: "A ciência, no entanto, tem demonstrado que, nos casos tidos como possessão diabólica, no passado, apenas 3% podem ser levados a sério".

Definição - Mas dom Gregório ressalta que somente o sacerdote pode determinar se há ou não a possessão demoníaca. E que apenas o sacerdote ou bispo podem realizar o ritual. "Tudo deve estar ligado ao segredo de confissão para que o possesso não seja exposto. Um diácono ou um leigo não têm autorização para exorcizar", aponta o bispo.

O padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, da Arquidiocese de Cuiabá (MT), ressaltou, em aula proferida no início de setembro, que o mal psiquiátrico e a possessão podem ocorrer ao mesmo tempo. O sacerdote iniciou um curso de demonologia para leigos, seminaristas e outros padres em site que mantém.

No Ritual de Exorcismo também há a proibição de que um ritual seja acompanhado por qualquer veículo de comunicação social. "A pessoa não pode ser exposta", disse dom Gregório. Sobre o fato de não ser notícia corrente o nome de um exorcista, explica: "Muitos procurariam o exorcista quando deveriam ir a um psiquiatra, psicólogo ou psicanalista".

O que leva para o inferno é a tentação e o pecado

A maioria das pessoas se interessa pela possessão e pelo exorcismo quando a preocupação maior deveria ser com a tentação, que é a ação normal e diária do demônio, e com a confissão. Isto é o que diz, por exemplo, o padre Paulo Ricardo de Azevedo.

“Lidamos todos os dias com tentações demoníacas, e isto não nos apavora. Isto faz parte da fé católica, tranquila”, diz o sacerdote de Cuiabá. O demonólogo espanhol José Fortea, autor da Summa Demoníaca, diz que a atenção maior destinada ao exorcismo que à confissão tem origem no desejo pelo que é espetacular.

Dom Gregório Paixão também salienta que a confissão dos pecados livra dos ataques do demônio. Alguns santos foram possuídos ou atacados, como Santa Gemma Galgani (1878-1903) e São Pio de Pietrelcina (1887-1968). “Mas estes fatos ocorrem com pessoas muito santas, e são um mistério”, comenta padre Adilton Lopes.

O padre Paulo Ricardo arremata: “A possessão não leva ninguém ao inferno. O que leva para o inferno é a tentação e o pecado”.

Armas - A principal arma contra as tentações demoníacas são as orações conhecidas como mandatum, que consistem em dar uma ordem para que o ser do mal se afaste.

É atribuída a São Bento (480-547) uma das mais antigos orações deste gênero. “A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, Satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mal o que tu me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!”, rezava São Bento.

Na oração do Pai Nosso, que a tradição cristã diz ter sido ensinada por Jesus Cristo, há pedido para que Deus não deixe que as pessoas caiam em tentação. O padre Paulo Ricardo ressalta que Jesus não ensina a pedir que a tentação não aconteça, mas que se resista a ela.

Título Original: Ex-exorcista de Salvador adverte sobre artimanhas do demônio


Site: Portal A Tarde Bahia
Editado por Henrique Guilhon   OBS: Site não religioso

domingo, 29 de setembro de 2013

Supliquemos ao Senhor que envie um bom anjo para nos conduzir sãos e salvos



Luzia Santiago

Muitas vezes, achamos que as nossas orações não estão sendo ouvidas e queremos desistir de rezar, mas não é este o caminho eficaz; o segredo é “orar sem cessar” (I Ts 5,17) e, na hora oportuna, o socorro divino virá. Isso como aconteceu com Tobit, que era um homem temente a Deus, fazia o bem, foi provado e, no tempo de Deus, foi visitado pelo Arcanjo Rafael:

“Eu sou Rafael, um dos sete anjos que assistimos diante da claridade do Senhor e entramos na sua presença”.

Supliquemos ao Senhor que envie um bom anjo para nos conduzir sãos e salvos, por nos socorrer em todas as nossas necessidades.

São Rafael com Tobias, São Gabriel com Maria, São Miguel com todas as hierarquias, abri para nós estas vias.

Título Original: Esta é a hora do socorro divino

Link Original: http://luziasantiago.com/

Foto: Web

Site: Luzia Santiago
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 28 de setembro de 2013

Um grande testemunho de fé


Alexandre Oliveira

“E começaram a bendizer e cantar hinos a Deus, celebrando-o por todas estas suas grandes obras. E especialmente porque lhes tinha aparecido um anjo de Deus” (Tb 12,22).

Quando meu primeiro filho - o Jonas - nasceu, meu coração de pai encheu-se de uma especial alegria. Era a realização de um sonho! Finalmente experimentava em minha vida a bênção que é a paternidade. 



Arquivo

Entretanto, meu filho nasceu com hipoglicemia. Por causa disso, ele precisou ser rapidamente levado à UTI da maternidade logo após seu nascimento e ficar sob cuidados médicos dentro de uma incubadora. 

Graças a Deus, minha esposa conseguiu ficar numa dependência do hospital que a Divina Providência havia reservado para nós. Dessa forma, ela podia se sentir mais próxima do filho enquanto também se recuperava de todo o desgaste do parto. Minha sogra também estava presente para dar toda assistência necessária a ela. Quanto a mim, só podia ver meu filho dez minutos por dia e não podia, sequer, pegá-lo em meus braços, pois ele tinha que ser medicado dentro da incubadora.

Numa daquelas visitas, vi meu pequeno Jonas se contorcendo naquela caixa de vidro. Percebi, naquela hora, que ele estava sofrendo e coloquei minhas mãos sobre a incubadora. Então, comecei a orar: “Jesus, cura meu filho! Não o deixe sofrer assim. Sou um pai aflito pedindo a Sua ajuda. Senhor, misericórdia!”. Lembro-me que, naquela noite, fiz o trajeto de metrô da estação Itaquera (onde ficava o hospital) até a estação Santana (onde eu morava) chorando sem parar. 

As pessoas dentro do metrô olhavam para mim meio assustadas, mas eu nem me importava com isso, pois todas as minhas forças estavam voltadas a um único pedido: “Jesus, não deixe meu filho morrer!”.

Logo que cheguei, para minha surpresa, recebi a visita do padre Jonas, que estava voltando de uma missão e fez questão de saber como nós estávamos. Abracei-o chorando (para variar!) e mostrei o quarto do Jonas enfeitado, porém, vazio. Ele abençoou o quarto do Jonas, deixou um bilhetinho de “boas-vindas” para ele (sabia que meu filho tem esse bilhete guardado até hoje?) e disse que estava orando por nós e que eu fosse forte naquela situação. Como foi consoladora essa frase do padre, a qual já ouvi tantas vezes na comunidade: “Aguenta firme, meu filho!”.

No dia seguinte, mais reconfortado pela visita e pelas palavras do padre, acordei com uma decisão no meu coração: vou orar diante do Sacrário até o céu se mover em favor do meu filho. Levei para a capela uma garrafa de água, a Bíblia, um violão, meu terço e o celular para o caso de receber algum telefonema da minha esposa ou da minha sogra que se encontravam no hospital. 

Chegando à capela, já fui dizendo ao Senhor: “Jesus, eu só saio dessa capela quando o Senhor curar o meu filho!”. E comecei a orar. Fiquei por horas louvando, cantando, orando em línguas e meditando a Palavra de Deus. Lembrei-me, então, que meu filho nascera no dia 29 de setembro, dia dos Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael. Comecei a invocar o auxílio deles e orei intensamente no Espírito.

Após a oração em línguas, o Senhor me deu a seguinte imagem: um trono visto por trás, ou seja, não conseguia ver quem estava sentado nele. Porém, eu via três anjos enormes ao lado do trono. Compreendi que eles eram os Arcanjos de Deus. Vi, logo em seguida, outro anjo menor segurando nas mãos uma criança envolta em faixas. Esse anjo se curvava diante d’Aquele que estava no trono e apresentava a criança que trazia nas mãos. Então, Aquele que estava no trono ergueu a mão direita e a estendeu na direção da criança. E a visualização terminava assim.


De alguma forma eu sabia que aquele anjo com a criança nos braços era o Anjo da Guarda do Jonas. Que alegria! Deus estava curando o meu filho naquele exato momento. Mal acabara de assimilar tudo isso e o meu celular tocou: era a minha sogra que, muito emocionada, me dizia: “Alexandre, eu e a Rosení acabamos de receber a notícia que o Jonas está melhor e que ainda essa semana receberá alta do hospital”. 

Meu Deus, como eu chorei naquela hora! Ainda hoje me emociono ao contar esse testemunho. Não me envergonho de derramar lágrimas, pois é um choro de gratidão. 

Arquivo
No próximo dia 29, meu filho completa 11 anos de vida. Vejo meu menino crescendo saudável, feliz e, sobretudo, abençoado por Deus. Apesar dos anos que foram se passando, confesso que, naquele dia, aprendi uma lição que nunca mais esqueci na vida: podemos e devemos sempre contar com os anjos, esses amigos fiéis que Deus colocou ao nosso lado.

Assim como eu experimentei o auxílio dos Santos Arcanjos numa situação bem concreta da minha vida, você também pode experimentar esse mesmo socorro do Alto. Creia nisso! Deus nos presenteou com amigos fiéis e poderosos, os anjos, que estão sempre dispostos a apresentar diante do trono de Deus nossas necessidades mais urgentes. 

Por isso, meu irmão, fica aqui a dica: deixe de querer caminhar e resolver tudo sozinho, com as próprias forças, aprenda a pedir o auxílio dos Santos Arcanjos. Você verá, definitivamente, que o céu também se move em seu favor!

Um abraço fraterno.

Alexandre Oliveira

Membro da Comunidade Canção Nova

Título Original: Um amigo vindo do Céu


Site: Clube Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

Símbolos da JMJ serão entregues à Polônia no Domingo de Ramos




JMJ Rio2013

A Polônia, país-sede da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), deverá receber a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora apenas no próximo ano. Os símbolos serão entregues pelo Papa Francisco a uma comissão polonesa. A cerimônia está prevista para acontecer no Domingo de Ramos em Roma.

A peregrinação pelo Brasil já se encerrou. De acordo com o diretor executivo do Setor Pré-Jornada, Padre Jefferson Merighetti, o cronograma para a entrega dos símbolos a Roma está sendo definido Comitê Organizador Local (COL) com o núncio apostólico e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). 

Durante 22 meses, a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora percorreram mais de 250 dioceses no Brasil. De acordo com Padre Jefferson, cerca de 50 milhões de jovens e pessoas de todas as idades participaram da peregrinação dos símbolos. Foram 16 dias de pré-jornada no Rio de Janeiro.

“Nunca foi vivida uma experiência de pré-jornada tão intensa. Também pela questão da missionariedade. Os símbolos foram levados a realidades que envolveram toda a sociedade brasileira”, destacou. O Padre disse ainda que mais de 220 mil peregrinos brasileiros que estiveram na JMJ Rio2013 foram impulsionados a vir pela peregrinação dos símbolos em suas dioceses.


Site: JMJ Rio2013
Editado por Henrique  Guilhon

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

As mentiras do protestantismo através dos tempos



Católicos Online

Cronologia Universal das Mentiras e Sabotagens Protestantes

Uma vez protestante, ensinava Lutero: "Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana)."(Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).

O teólogo e humanista Erasmo de Rotterdam (1467-1536), amigo contemporâneo de Lutero, assim chegou a se expressar diante da vil conduta do pai do protestantismo: "Revelarei a todos que mestre insigne és em falsificar, exagerar, maldizer e caluniar. Mas já toda gente o sabe... Na tua astúcia sabes torcer a própria retidão, desde que o teu interesse o requeira. Conheces a arte de mudar o branco em preto e de fazer das trevas luz". (Grisar, Luther, II, 452 e ss, apud Franca, IRC: 200, nota 96)

Diante de tamanho testemunho que comprova a aversão de Lutero à verdade, vejamos então as maiores mentiras e sabotagens históricas protestantes, forjadas ao longo de 500 anos contra a Igreja Católica:

1520 – Inventam a primeira mentira contra o celibato: Lutero no final de 1520, fez uso de uma notória fábula para macular o bispo Ulrich, de Augsburg, publicando-a em Wittemberg com seu prefácio. Essa publicação pretendia ser uma efetiva arma contra o celibato dos padres e religiosos. Nessa carta o bispo Ulrich é representado narrando como cerca de 3000 (de acordo com outros, 6000) cabeças de crianças que teriam sido descobertas num reservatório de água do convento de freiras de São Gregório em Roma. (...) (Jerome) Emser desafiou Lutero a publicar essa questionável carta, e ele respondeu que não confiava muito nela. (sic!) Todavia, graças a seu patrocínio, a fábula pôde continuar sua destruidora carreira e foi zelosamente explorada. (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960 pág. 177).

1525 – Adulteram a Bíblia colocando o termo “significa” onde Jesus diz que “É” seu corpo: o reformador suíço Zwinglio muda a Bíblia para acomodar sua heresia contra a presença real de Cristo na eucaristia: onde os Evangelhos e São Paulo dizem "isto é o meu corpo", o heresiarca traduz por "isto significa o meu corpo"! A respeito, comenta outro protestante: "Não é possível de modo algum escusar este crime de Zwinglio; a cousa é por demais manifesta;(...) ." (Conr. Schluesselburg, Theologia calvinista, Francofurte, a M. 1592, 1. 2, f. 43 b.), escreve ainda o mesmo autor: "Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zwinglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525, in 8o. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zwinglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue." (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).

As posteriores edições protestantes foram impressas corrigindo essa sabotagem de Zwinglio, que foi inclusive denunciado por Lutero, pois Lutero levantou-se contra o tal dizendo: ” ’é’ não pode ser traduzido por 'significa'”. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo - Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. - SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107).

Infelizmente, por causa do estrago causado pela falsificação de Zwinglio, a maioria dos protestantes continuam a ensinar erroneamente que o pão e o vinho consagrados, “significam” o corpo e sangue de Cristo. Sendo assim eles comem e bebem indignamente a própria condenação, como bem diz as Escrituras: “Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação,não discernindo o corpo do Senhor." (1Cor 11, 28-29)

1540 – plantam a mentira que a Igreja é contra a ciência: um pastor protestante sabotou a obra do padre Copérnico sobre o heliocentrismo, em sua dedicatória ao Papa. Isso ajudou os protestantes mais tarde a propalarem falsamente que os papas eram contra o heliocentrismo. Naquele ano, o astrônomo Rheticus enviou para publicação o livro completo de Copérnico, De Revolutionibus ("As Revoluções"), cujo primeiro exemplar chegou às mãos de Copérnico em leito de morte, em 1543. Provavelmente não teve consciência de que o seu prefácio, dedicado ao Papa Paulo III, fora substituído por outro, anônimo, de Andreas Osiander (1498-1552), um pastor Luterano interessado em Astronomia, em que insistia sobre o caráter hipotético do novo sistema. Esse pastor também modificou o nome da obra para De Revolutionibus Orbium Coelestium ("As Revoluções do Orbe Celeste"). No livro, que tinha o texto já aprovado pelo Papa, Copérnico declarava e provava matematicamente que a Terra cumpria "uma revolução em torno do Sol, como qualquer outro planeta”. Fonte:http://www.euniverso.com.br/Cult/Mestres_e_artistas/Copernico.htm

Essa dedicatória omitida, acaba por colaborar com a falsidade que circula até hoje dizendo que os Papas eram contra a ciência. Não existiria essa falsidade se o prefácio da obra de Copérnico não tivesse sido criminosamente removido na gráfica por um pastor luterano.

Quem na verdade era contra Copérnico e a ciência, a qual chamava de “razão”, era Lutero, que assim se expressava: “O abade Copérnico surgiu, pretendendo que a terra girasse em torno do Sol.” - Lutero deu de ombros -“Lê-se na Bíblia que Josué deteve o Sol; não foi a Terra que ele deteve. Copérnico é um tolo.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 145).

Deste modo Lutero via a ciência: “A razão é a prostituta, sustentáculo do diabo, uma prostituta perversa, má, roída de sarna e de lepra, feia de rosto (sic), joguemos-lhe imundícies na face para torná-la mais feia ainda.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 217).

Hoje o que vemos, são alguns protestantes e outros inimigos da Igreja, desonestamente querendo inverter os papéis, a caluniar que a Igreja é que é a “inimiga da ciência”. A história universal advoga contra estes.

1546 – Forjam a mentira da fixação das teses de Lutero: após a morte de Lutero, Melanchthon inventa a lenda em que Lutero teria fixado 95 teses contra a Igreja, no pórtico da igreja do castelo de Wittenberg. Os historiadores Gottfried Fitzer, Erwin Iserloh e Klemens Houselmann negam que isso tenha ocorrido. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu de maneira errada a notícia da afixação das teses. Não é encontrado, em seu manuscrito, nenhuma referência a este fato. Lê-se apenas: "No Ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg, sobre­ o Elba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porem modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém." Ou seja, aquilo não passava de reles tese estudantil que até defendia o Papa, mas com alguns erros teológicos cometidos pelo autor, que foi em pouco tempo corrigido. (FITZER, Gottfried. Was Luther wirklich sagte, Verlag Fritz Molden, Wien-Muchen-Zurique, 1968.)

1546 – Plantam a mentira “a Igreja vendia lugares no céu”: esse embuste acusava o Papa de estar vendendo indulgências para construir a Basílica de São Pedro. Tudo falsidade que se desfaz mediante simples leitura das teses de Lutero, especialmente a de nº 50, que diz: “Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.” As acusações de que o perdão dos pecados foi vendido por dinheiro, independentemente de contrição, ou que a absolvição de pecados a ser cometidos no futuro poderiam ser comprados são infundadas. (Paulus, "Johann Tetzel", 103). Tetzel ", 103).

O que aconteceu de fato em 1517, foi a desobediência de um monge isolado, numa distante cidade alemã, longe do conhecimento do Papa em Roma, que teria cobrado pelas indulgências que são dadas gratuitas pela Igreja. Este monge era o Johann Tetzel, o mesmo foi punido disciplinarmente e morreu de desgosto adiante, inclusive sendo consolado magnanimamente por Lutero que antes o havia injustamente acusado de ter dito que uma indulgência comprada perdoaria até quem“violasse a mãe de Deus.”

Uma outra falsa frase que ilustra ainda hoje panfletos difamatórios diz: "Tão logo o dinheiro no cofre tilintar, a alma do purgatório sairá voando". A Bula Papal de indulgência não deu qualquer sanção para essa proposição. Foi uma opinião escolar vaga, refutada em 1482, e novamente em 1518, e certamente não é uma doutrina da Igreja, que foi assim indevidamente apresentada por difamadores como “verdade dogmática”. (consulta: Ludwig von Pastor , A História dos Papas, a partir do final da Idade Média, Francisco Kerr Ralph, ed., 1908, B. Herder, St. Louis, Volume 7, pp 347-348.)

1553 – Inventam a mentira que a Igreja proibiu a Bíblia: essa mentira dá conta que, o Papa Júlio III teria convocado três bispos que teriam optado por proibir a leitura da Bíblia visando “manter” a autoridade da Igreja. O autor desta farsa foi Pier Paolo Vergério (1498-1565), um protestante, grande inimigo da Igreja. O falsário na época, deu um jeito de colocar tal falsidade escrita dentro da Biblioteca Nacional de Paris, para dar-lhe ares de veracidade.

Recentemente o apologista católico Oswaldo Garcia deu-se ao trabalho de verificar isso junto àquela biblioteca e recebeu a seguinte informação: "O texto que procurais é uma crítica em estilo satírico, dirigida ao Papado e publicada em 1553 com o título "Consilium quorumdam apiscoporum Bononiae Congregatorum quod de ratione stabiliendae Romanae Ecclesiae Iulio III P.M. datum est". O seu autor Pier Paolo Vergério (1498-1565) Bispo de Modruch, e, depois, de Capo d'Istria, aderiu posteriormente à reforma protestante em 1549 aproximadamente, põe em cena Bispos que prestam conselho ao Papa Júlio III sobre a maneira de restabelecer a autoridade pontifícia". Às pessoas que interpelam esta instituição a respeito da autenticidade do documento, a biblioteca tem respondido: "É impossível que tal documento seja obra de alguma autoridade da Igreja Católica." Por sugestão do Garcia, esta informação foi publicada na revista "Pergunte e Responderemos" de novembro/2006, n. 533.

Veja, agora, uma norma católica de 1480, anterior à Revolta protestante, que por si só, seria suficiente para encerrar essa lenda que apregoa que a Igreja seria contra a Bíblia:

"Todos os cristãos devem ler a Bíblia com piedade e reverência, rezando para que o Espírito Santo, que inspirou as Escrituras, capacite-os a entendê-las... Os que puderem devem fazer uso da versão latina de São Jerônimo; mas os que não puderem e as pessoas simples, leigos ou do clero ... devem ler a versão alemã de que agora se dispõe, e, assim, armarem-se contra o inimigo de nossa salvação" (The publisher of the Cologne Bible [1480] ).

Bibliografia:

- Adolphe-Charles Siegfried, La Via et le travaux de Pierre-Paul Vergerio. Thése presentée [...] pou obtenir le grade de bachelier en théologie à la Faculté de théologie protestante de Strasbourg, Strasbourg, imprimerie de Vve Berger-Levrault, 1857

- Ugo Rozzo (a cura di), Pier Paolo Vergerio Il Giovane, um polemista attaterso l'Europa del Cinquecento, Atti del Convegnho intternazionale di studi, Forum Edizioni,2000.

1563 – Inventam a mentira que a Igreja teria acrescentado sete livros à Bíblia: era o final do Concílio de Trento, essa mentira foi plantada para desacreditar a Igreja e aquele Concílio feito para enfrentar a rebelião protestante. Sobre a Bíblia, tudo que houve neste concílio foi a pura confirmação do cânon dos 73 livros reafirmados nos concílios anteriores. Para desmascarar os propagadores dessa mentira basta mostrar-lhes que Santo Agostinho, no ano 397, em sua obra “Sobre a Doutrina Cristã, livro 2, cap. 8, 13” já aparece citando o cânon Bíblico de 73 livros : "... O cânon inteiro da Bíblia é o seguinte: os cinco livros de Moisés, ou seja, Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, ... Tobias, Éster e Judite, e os dois livros de Macabeus , ... , Sabedoria e Eclesiástico, ... Baruque, ..."

Na verdade os protestantes é que posteriormente arrancaram sete livros da Bíblia, as Bíblias dos reformadores continham os 73 livros, o próprio Lutero os traduziu na sua edição da Bíblia datada de 1534. Foi somente no século XIX que as Sociedades Bíblicas protestantes deixaram de incluir nos seus exemplares da Bíblia os sete livros deuterocanônicos.

Para confirmar de vez a mentira e a grave mutilação Bíblica feita pelos protestantes, basta conferir os livros da Bíblia de Gutemberg, impressa antes da reforma protestante e quase um século antes do Concílio de Trento, pois os livros Tobias, Judite, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque que eles arrancaram estão lá. Este é o link direto, onde você pode ver escaneados todos os livros da Bíblia de Gutenberg e seu catálogo:http://prodigi.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp

Você poderá também, visitar a Biblioteca Nacional – Sede: Av. Rio Branco, 319 – Rio de Janeiro – CEP 20040-009 – Tel.: 55 21 3095 3879.

1563 – Chamam “apócrifos” os livros sagrados que excluíram das bíblias protestantes: essa manobra foi feita para justificar a exclusão dos sete livros: Tobias, Judithe, Sabedoria, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico e Baruque, que contrariavam a recém criada religião protestante. Esses livros faziam parte da Bíblia Septuaginta usada pelos apóstolos, e vários destes foram encontrados integrando os escritos cristãos primitivos achados em 1947 no Mar Morto. Ao contrário do que dizem os protestantes, “Apócrifo” sempre significou: escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas.(Dicionário Enciclopédia. Encarta 99). Ou seja, “apócrifos” são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja Católica no século 4. Fica evidente que os protestantes para mais uma vez caluniarem a Igreja Católica, simplesmente resolveram chamar de “apócrifos”, os Livros Sagrados que começaram a rejeitar no século 16.

1685 – Criam a lenda de que o protestantismo teria surgido no dia da falsa fixação das teses de Lutero: como seria possível isso se Lutero ainda era católico e defendia o Papa naquelas teses, dizendo entre muitos outros muitos elogios: “Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.”(Tese nº 9).

Na verdade, foi ao final do século XVII, contexto da expansão militar de Luís XIV (que revogou o Édito de Nantes em 1685), que se começou a celebrar nos meios protestantes o dia de lançamento das teses de Lutero como um “marco de ruptura” com Roma. (Alexander Martins Vianna, Professor do Departamento de História da FEUDUC-RJ).

1819 – Caluniam que um “padre” traduziu a bíblia protestante para o português: no maior “conto do vigário” da história, João Ferreira de Almeida, um protestante adolescente de 16 anos de idade, de origem portuguesa (que não era padre coisa nenhuma, mas usava esse título para ganhar credibilidade), afirmava ter feito a primeira tradução em língua portuguesa da Bíblia, diretamente dos originais em hebraico e grego, o que não é verdade.

Este, nunca teve a mão os originais da bíblia, mas, escritos do séc. XVI. Também valeu-se de traduções católicas em vários idiomas, como atesta a Enciclopédia Wikipédia: “João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução, as versões: Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati 1641] - todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16 anos de idade.” Ferreira de Almeida

A tradução do NT do adolescente João Ferreira tinha tanto erro, que os revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos de um. Ele morreu em 1691, sem completar o VT, e outro continuou a desastrada missão. Antes de morrer, João Ferreira publicou uma lista de mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma serem mais. (Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano).

Só em 1819 a bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título: “A Bíblia Sagrada, contendo o Novo e o Velho Testamentos, traduzida em português pelo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Santo Evangelho em Batávia.(...)” .

Note que 128 anos depois da morte de João Ferreira, o continuaram chamando de “padre” no prefácio para agregar credibilidade a tal bíblia errática. Esta edição foi mais tarde reimpressa com a ressalva: “EDIÇÃO REVISTA E CORRIGIDA”, e depois novamente com: “ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL”. Tais avisos significam, em bom português, que as edições anteriores estão sempre erradas.

1836 – Inventam a “Noite de São Bartolomeu” contra a Igreja: o alemão Giacomo Meyerbeer (1791- 1864 ) forja em 1836, uma ópera intitulada “Les Huguenotes”onde numa farsa musical, atribui a morte de protestantes (chamados huguenotes), envolvidos em brigas políticas como os reis em 1572, à Igreja Católica. Deram a esse episódio político o nome de “Noite de São Bartolomeu”, para sutilmente o vincularem a Igreja. Porém, não foi a Igreja e nem o Papa, e nem o alto clero francês que determinaram aquele massacre. Seria preciso lembrar que, antes, os protestantes haviam feito outros massacres de católicos, assassinado o Duque Francisco de Guise, destruído igrejas e profanado muitas vezes hóstias consagradas e destruído imagens. Os huguenotes eram uma bem pequena fração dos franceses, mas nessa minoria ínfima, se contavam inúmeros príncipes e personagens muito importantes que armavam os protestantes. Nesta tardia ópera, forjada 264 anos após os fatos, Meyerbeer vergonhosamente colocava o cardeal de Lorena, que no momento do massacre estava em Roma, a abençoar em Paris os punhais destinados à matança. Se a Igreja Católica de fato tivesse tido parte nisto, em 1593, o líder protestante huguenote, Henrique IV, que escapou do citado massacre, não teria se convertido voluntariamente e definitivamente ao Catolicismo. Consultas: DEVIVIER, Pe. W., SJ. Curso de Apologética Christã, 3ª ed., São Paulo: Melhoramentos, 1925, pp. 426-429; Enciclopédia Microsoft Encarta 99.

1858 – Inventam a mentira que as doutrinas católicas têm origens pagãs: o ministro protestante escocês Alexander Hislop, publica o mentiroso livro "A Duas Babilônias", onde alega que a religião da antiga Babilônia, sob a liderança do Nimrod e sua esposa, recebeu mais tarde disfarces de sonoridade cristã, transformando-se na Igreja Católica Apostólica Romana. Com efeito, existiriam duas "Babilônias": uma antiga e outra moderna (a Igreja Católica). É deste livro que dimanam os insultos protestantes que caluniam que as doutrinas católicas são pagãs, desde a hóstia até a celebração do Natal. Ainda hoje os vemos com tal insulto na ponta da língua.

Recentemente, o pastor, Ralph Woodrow, escritor protestante, reconheceu as acusações infundadas e retirou das livrarias e substitui seu livro que se baseava nas mentiras de Alexander Hislop. Aponta Ralph Woodrow: "É impressionante como ensinamentos infundados como esses circulam e se tornam críveis. Qualquer pessoa pode ir a qualquer biblioteca e consultar qualquer livro sobre a história antiga da Babilônia: nenhuma destas coisas poderá ser encontrada. Essas afirmações não possuem fundamento histórico; ao contrário, são baseadas em um monte de peças de quebra-cabeças sobre mitologia juntadas arbitrariamente.” (Confira em:Apologetics )

Para entender as doutrinas católicas, bastava estudarem a Bíblia e a Patrística.

1883 – Forjam um sanguinário juramento e os atribuem aos jesuítas, para posar de perseguidos ao mundo: o escritor francês Charles Didier (1805-1864), forja em seu livro “Rome Souterraine”, um sanguinário “juramento” atribuindo-o aos jesuítas. Esse falso juramento, ainda mais carregado de brutalidades, continua sendo amplamente usado pelos protestantes em apostilas e na internet. No ano de 1912 no estado da Pensilvânia-EUA, eles o utilizaram alterado para ganhar uma eleição estadual contra o democrata católico, Eugene C. Bonniwell. Para ver a investigação que desmascarou a farsa, acesse:


1962 – Reúnem todas as calúnias e lançam o livro “Catolicismo Romano” repleto de falsidades: o protestante presbiteriano Loraine Boettner (1901-1990), lança o livro “Catolicismo Romano” que era conhecido como “A bíblia do Anti-catolicismo”. O livro continha quatrocentos e cinqüenta páginas com todos os tipos de distorções e mentiras sobre a Igreja Católica. Ainda hoje muitos protestantes fazem uso das falsidades constante naquele livro. O ministro protestante Scott Hahn distribuiu este embuste. Scott Hahn converteu-se ao catolicismo, provando ser o conteúdo do livro uma farsa. O cd do seu testemunho de conversão atingiu o maior número de cópias distribuídas em todos os tempos. O seu testemunho pode ser acessado aqui: Legio Mariae

1963 – Aliam-se aos comunistas para injuriosamente fazer da Igreja Católica cúmplice do nazismo: o protestante Rolf Hochhuth, para macular o Papa Pio XII escreve a peça “O Vigário” (1963), onde criminosamente põe o Papa como colaborador de Hitler. Essa farsa culminou mais tarde no livro de John Cornwell, "O Papa de Hitler" (1999). Foi tudo de cabo a rabo uma criação da KGB. A operação foi desencadeada em 1960 por ordem pessoal de Nikita Kruschev. Pacepa foi um de seus participantes diretos. Entre 1960 e 1962 ele enviou a Moscou centenas de documentos sobre Pio XII. Na forma original, os papéis nada continham que pudesse incriminar o Papa. Maquiados pela KGB, fizeram dele um virtual colaborador de Hitler e cúmplice ao menos passivo do Holocausto. (leiam a história inteira aqui:National Review ).

Desmoralizando estes difamadores: Albert Einstein (1879-1955), um refugiado do nazismo, e a primeira-ministra israelense Golda Meir (1898-1978), por exemplo, expressaram publicamente sua gratidão ao Santo Padre por salvar judeus do genocídio. Explicou à agência Zenit Gary L. Krupp, presidente da Fundação Judaica Pave The Way (PTWF): “Os judeus sobreviventes agradeceram pela oportunidade de saudar o Papa em alemão e italiano e de agradecer-lhe pela intervenção da Igreja Católica para salvar suas vidas durante a II Guerra Mundial.” (Fonte: Zenit )

2003 – Lançam o filme “Lutero” recheado de mentiras e omissões: vendo o protestantismo definhar, tentam no cinema reabilitar Lutero, num tributo fantasioso ao pai da revolta protestante. Pois ainda que seus idealizadores tenham deixado de retratar fielmente a vida atribulada de Lutero, movidos claramente pela ideologia apaixonada que visou a reabilitação pública do monge alemão e o bem da Igreja luterana, usaram e abusaram do princípio escandaloso proposto pelo próprio Lutero: mentir a vontade, sem remorso, dizer boas e grossas mentiras! De antemão se sabia que o filme seria tendencioso, pois fora patrocinado por um fundo luterano milionário – Thrivent – bem como pela Federação Luterana. Mas o resultado ultrapassou em muito as piores perspectivas:

Do soberbo Lutero fizeram um religioso humilde, quando aquele na verdade dizia: "Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: Que fez, então, com ela? Depois, com Madalena, depois, com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer". (Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa, No 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martim Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).

Do infiel Lutero, fizeram um homem leal, quando aquele dizia: "Eu tive até três esposas ao mesmo tempo." (Lutero). Dois meses após ter dito isto, Lutero se casa com uma quarta mulher, uma freira. (Guy Le Rumeur, La révolte des hommes et l'heure de Marie 1981, apud Lex Orandi: La Nouvelle Messe et la Foi - Daniel Raffard de Brienne 1983).
Do assassino Lutero, fizeram um santo, quando aquele dizia: "Eu, Dr. Martim Lutero, durante a rebelião matei todos os camponeses, porque fui eu quem ordenou que eles fossem mortos. Todo o sangue deles está sobre minha cabeça. Mas eu o ponho todo sobre Deus Nosso Senhor; pois foi ele quem assim me mandou falar!"("Tischredden", Ed. Erlangen, Vol. 59, p. 284)

Jesus edificou Sua única Igreja sobre Pedro apóstolo (Mateus 16,18), nos ensinou que o Diabo é o pai da mentira (João 8,44), e príncipe deste mundo (João 12,31; 14,30; 16,11). Também nos ensinou que Ele, Jesus, é a verdade o caminho e a vida (Jo 14, 6), que sua Igreja é a coluna e fundamento da verdade (1 Timóteo 3,15) e que seu reino não é desse mundo (Jo 18, 36).

Não sendo o reino de Jesus deste mundo e Sua Igreja nesse mundo, a coluna e fundamento da verdade que conduz a Seu Santo reino, é natural que o Diabo, príncipe deste mundo, atue por meio da mentira contra a Igreja, usando os mais inesperados meios para que as almas a odeiem e neste mundo permaneçam para sempre.

Isto se confirma pelo que você acabou de ler. Observe que são exatamente essas mentiras e sabotagens históricas que moldam o DNA do protestantismo, que passa muito longe de ter sido uma revelação divina.

Deus tenha piedade!

Por Fernando Nascimento

Fonte: Fim da Farsa

Título Original: O DNA do Protestantismo


Foto: Web

Site: Católicos Online
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Proclamar que a Virgem é Mãe de Deus é asseverar que realmente em Jesus há uma só pessoa divina



Dom Henrique

Na Oitava do Natal, primeiro dia de janeiro, a Igreja celebra a Virgem Maria chamando-a de "Mãe de Deus". Este título é antiquíssimo. Com toda certeza, já no século III, os cristãos designavam assim a Toda Santa Virgem Maria.

Proclamar que a Virgem é Mãe de Deus é asseverar que realmente em Jesus há uma só pessoa divina, a segunda da Santíssima Trindade que, no ventre de Maria, assumiu realmente a nossa natureza humana. Este título foi confirmado oficialmente pelo Concílio de Éfeso, em 431, que combateu a heresia de Nestório. Este afirmava que Nossa Senhora seria somente Mãe do homem Jesus, como se no nosso Salvador houvesse duas pessoas, uma humana e outra divina! Mas, não! Em Jesus há um só eu, uma só pessoa, um só sujeito: o Filho eterno do eterno Pai. Ele, sendo de natureza divina, assumiu também a natureza humana, de modo que no ventre da Virgem, Deus-Filho humanizou-se realmente, assumindo o que é humano para salvar o humano!

Eis a fé do Concílio, expressa nestas palavras: “Confessamos que Nosso Senhor Jesus Cristo é Filho Unigênito de Deus, perfeito Deus e perfeito homem, com alma racional e corpo, nascido do Pai antes de todos os séculos, segundo a divindade e, nos últimos tempos, por nós e para a nossa salvação, nascido de Maria Virgem segundo a humanidade; consubstancial ao Pai segundo a divindade e consubstancial a nós segundo a humanidade: assim foi feita a união das duas naturezas. Por isso, confessamos um só Cristo, um só Filho, um só Senhor. Segundo esta união sem confusão, confessamos que a Santa Virgem é Mãe de Deus porque Deus-Verbo se encarnou e se fez homem, e uniu a si, desde o instante de sua concepção, o templo que dela havia tomado”.

A Virgem Santíssima é, pois, verdadeiramente Mãe de Deus-Filho feito homem. São João afirma que aquele que não confessa que Jesus, o Filho, veio realmente numa carne humana, é o anticristo (cf. 1Jo 4,3). A Virgem Maria, logicamente, assume o papel de adversária do anticristo, porque, como Mãe de Deus, exprime da maneira mais clara possível a verdade da Encarnação do Filho de Deus!

Com nossos irmãos orientais, cantamos com alegria: "Verdadeiramente é digno bendizer-te, ó Mãe de Deus! Bem-aventurada, imaculada para sempre, Mãe do nosso Deus! Mais venerável que os Querubins e incomparavelmente mais gloriosa que os Serafins! Tu, que conservando tua integridade, deste à luz o Verbo de Deus! Tu és na verdade Mãe de Deus! Nós te glorificamos!"

Esta é a fé verdadeira. Quem dela se afasta, afasta-se da verdade de Cristo, sempre presente na sua Igreja pela garantia do Santo Espírito (cf. Mt 16,18; Jo 14,25s; 16,12-14; 1Tm 3,15).

Que os dias de nossa vida sejam abençoados pelas preces da Toda Santa Sempre Virgem Mãe de Deus!

Título Original: Tu és na verdade Mãe de Deus! 


Foto: Web

Site: Dom Henrique
Editado por Henrique Guilhon

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Há salvação fora da Igreja? Entenda esta realidade




Católicos Online

DOGMÁTICA

LÚCIO (RJ): «Os católicos costumam dizer que fora da Igreja não há salvação. Ora esta proposição parece mesquinha e intransigente. Não existe tanta gente boa fora da Igreja? Será que Deus condenará tais pessoas?»

O clássico axioma «Fora da Igreja não há salvação» é geralmente mal entendido, dando lugar a problemas que não existiriam caso houvesse melhor compreensão da fórmula. Em nossa resposta, examinaremos primeiramente algo do histórico desse adágio; isto facilitará o discernimento do sentido autêntico que se lhe deve dar.

A sorte póstuma dos que vivem fora da Igreja já foi sob outro aspecto abordada em «P. R.» 1/1958 qu. 7.

1. Origem e histórico da fórmula

1.1. Segundo alguns autores, a fórmula «Fora da Igreja não . há salvação» tem as suas premissas em certas afirmações da Sagrada Escritura.

Quais seriam, pois, essas afirmações? Citam-se, entre outras, as seguintes:

Em Mc 16,16s, diz Jesus a seus Apóstolos: «Ide pelo mundo inteiro, e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado, será salvo; quem não crer, será condenado».

Outrossim em Mt 10, 14s: «Se alguém não vos acolher nem ouvir as vossas palavras, sai dessa casa ou cidade, sacudindo o pó de vossos pés. Digo-vos em verdade: haverá no dia do juízo menos rigor para a região de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».

À primeira vista, tais palavras podem despertar a ideia de que realmente só há salvação para quem aceite a mensagem do Evangelho. — Contudo já se tem observado, e com razão, que os dizeres do Senhor só visam aqueles que recusam positivamente a pregação e a Igreja; não consideram o caso dos homens aos quais não é dada notícia do Evangelho; estes não fazem parte da Igreja, mas também nunca tiveram a possibilidade de a conhecer.

A propósito, há quem lembre a solene declaração de São Pedro:

«(Jesus) é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou pedra angular. Em nenhum outro se encontra a salvação, pois, debaixo do céu, nenhum outro nome foi dado aos homens pelo qual devamos ser salvos» (At 4, 11s).

Estes dizeres parecem completar-se no seguinte trecho de S. Paulo:

Jesus Cristo é «a Cabeça Suprema da Igreja. A Igreja é o Corpo de Cristo, a plenitude daquele que enche tudo em todos» (Ef 1,22s).

Consequentemente, dizem, «comunhão com Cristo» implica «comunhão com a Igreja», de modo que fora da Igreja não há salvação.

A conclusão parece bem consentânea com o pensamento dos Apóstolos. Em que sentido preciso, porém, deverá ser entendida?

É o que vamos examinar, percorrendo os principais testemunhos da Tradição cristã.

1.2. Nestes transparece desde cedo a tese de que aqueles que recusam a autoridade doutrinária e disciplinar da Igreja se excluem da salvação eterna.

Assim já Sto. Inácio de Antioquia (+107) ensinava:

«Todos aqueles que pertencem a Deus e a Jesus Cristo, estão com o bispo. E todos aqueles que, arrependidos, voltam à unidade da Igreja, pertencem também a Deus... Não vos enganeis, irmãos: quem quer que introduza cisma (ruptura na Igreja), não herdará o reino de Deus» (Aos Filadelfos 3, 2s).

No século seguinte, por volta de 249-251, é Orígenes, famoso escritor cristão de Alexandria, quem observa:

«Se alguém quer ser salvo, entre nessa casa (a Igreja)... Que ninguém se iluda...: fora dessa casa, isto é, fora da Igreja, ninguém é salvo; se alguém sair, tornar-se-á responsável da sua própria morte» (In Iosue h. 3,5).

Contemporaneamente, em 251, observava S. Cipriano, bispo de Cartago:

«Quem abandona a Igreja para aderir a uma (seita) adúltera, se aparta das promessas feitas à Igreja. Não obterá as recompensas de Cristo, aquele que deixa a Igreja de Cristo... Não pode ter Deus por Pai aquele que não tenha a Igreja por Mãe. Caso alguém tenha conseguido salvar-se fora da arca de Noé, também fora da Igreja conseguirá alguém salvar-se» (De catholicae Ecclesiae unitate 6).

Ficou célebre na literatura cristã a imagem da arca de Noé, fora da qual ninguém escapou à morte do dilúvio: a Igreja de Cristo seria a verdadeira arca da salvação...

Os escritores cristãos desenvolviam ainda mais claramente o seu pensamento, quando afirmavam que pertencer a Cristo e à Igreja significa outrossim, e necessàriamente, pertencer à jurisdição de Pedro: o sinal concreto e imediato da adesão a Cristo seria a adesão a Pedro e a seu sucessor visível. Eis como S. Ambrósio (+397) em Milão se exprimia:

«Foi a Pedro que Cristo disse: 'Tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja'. Onde, pois, está Pedro, ai está a Igreja; e, onde está a Igreja, já não há morte, mas a vida eterna. É por isto que o Senhor acrescenta: 'As portas do inferno não prevalecerão contra ela, e eu te darei as chaves do reino dos céus'» (In Ps 40, 40).

Por volta de 374/379, São Jerônimo, escrevendo ao Papa São Dâmaso, fazia eco ao Doutor de Milão:

«Quanto a mim, não seguindo outro Chefe senão o Cristo, uno-me a Vossa Beatitude, isto é, à cátedra de Pedro. Foi sobre essa pedra, bem o sei, que a Igreja foi fundada. Todo aquele que come o Cordeiro fora dessa casa, é profano. Quem não estiver na arca de Noé, perecerá quando vier o dilúvio» (epist. 15,2).

1.3. Esses textos, enfáticos como são, não podem deixar de despertar no leitor a questão: Como os respectivos autores entendiam a adesão à Igreja que eles assim recomendavam?

Não há duvida, na maioria dos casos tinham em mente a adesão explícita, ou seja, a adesão mediante a recepção dos sacramentos e a profissão do credo cristão. Não se poderia, porém, deixar de referir que na antiguidade mesma uma concepção mais larga se fazia ouvir por meio de um ou outro autor.

O próprio São Cipriano, por exemplo, embora afirmasse não haver salvação fora da Igreja, admitia a validade do mero desejo de Batismo ou da simples conversão do coração, no caso de não se poder receber o sacramento; tal se teria dado com o bom ladrão, que, tocado pela graça na hora da morte, se arrependeu de seus pecados e ouviu de Cristo a palavra de salvação. S. Agostinho (+430) reafirmou a mesma proposição (cf. De baptismo contra Donatistas 1. IV, c. XXII 29).

Contudo um dos testemunhos mais explícitos em favor do «Batismo de desejo» ou do desejo de Batismo é o de S. Ambrósio: em 392 o Imperador Valentiniano II morrera assassinado, sem ter tido o tempo de receber o sacramento do Batismo, a que ele ardentemente aspirava; foi então que em sua oração fúnebre o bispo de Milão assim se manifestou:

«Quanto a mim, perdi aquele que eu ia gerar para o Evangelho. Ele, porém, não perdeu a graça que pediu... Estou consciente da vossa aflição por não ter ele recebido os mistérios do Batismo. Mas dizei-me: que temos nós em nosso poder se não apenas a vontade e o desejo? Ora em tempos passados ele manifestou o desejo de ser iniciado (no Cristianismo) antes de entrar na Itália, e declarou seu desígnio de receber logo das minhas mãos o Batismo... Deixou ele então de receber a graça que ele desejou e pediu ? Não pode haver dúvida de que, se a pediu, ele a recebeu» (De obitu Valentiniani consolatio 29. 51).

Este depoimento de S. Ambrósio é de importância notável, pois muito serve ao estudioso moderno para conceber o reto sentido do adágio «Fora da Igreja não há salvação».

1.4. Passando agora à Idade Média, notamos que os testemunhos que se possam colher sobre o assunto nessa época, inculcam geralmente a necessidade da adesão visível à Igreja de Cristo. — A esta altura, aliás, convém lembrar uma nota bem característica da mentalidade medieval que contribuirá para explicar tal posição teológica: os medievais não se preocupavam muito com os povos que habitassem fora dos confins do mundo cristão. Isto está longe de significar que não tinham caridade; apenas quer dizer que não possuíam o senso da história e da geografia em grau muito apurado. Em outros termos: não eram «curiosos» de focalizar e estudar o que se dava entre os homens fora dos confins do Cristianismo.

Alguns estudiosos modernos lembram que, por vezes na Idade Média o habitante de terras longínquas pagãs era dito popularmente «o Etíope» (Aethiops), figura em torno da qual havia mais rumores e boatos fantásticos do que conhecimentos seguros. Raros eram os relatos de viagem que missionários provenientes do Oriente entregavam ao público europeu (dentre tais documentos destacava-se a narrativa de Asselino e João Plancarpino, que em 1245 contavam o que haviam visto na Pérsia e no Turquestão; contudo somente os mais informados dos europeus tinham conhecimento de tal relatório).

Inegavelmente, essa falta de intercâmbio assíduo entre europeus e não-europeus de regiões distantes possibilitava, entre os ocidentais, a formação de conceitos lendários concernentes aos asiáticos e africanos, dificultando qualquer reflexão séria sobre a dignidade e a eterna salvação de tais indivíduos.

O que os autores medievais conheciam bem, era uma sociedade cristã que tendia a ser a «Civitas Dei» (a Cidade de Deus), na qual o «não pertencer» à Igreja visível se dava geralmente por motivo de heresia, apostasia ou delito contra a fé ou a moral, supondo culpa grave na consciência do indivíduo; à vista disto, compreende-se, os medievais eram facilmente levados a crer que quem se separasse da Igreja se colocava fora da arca de Noé e se entregava à ruína espiritual.

Para ilustrar estas afirmações, citamos aqui dois textos, nos quais ocorre o axioma «Fora da Igreja não há salvação»... Ocorre justamente visando hereges medievais (principalmente valdenses e cátaros); esses hereges eram geralmente cristãos batizados que, em determinada "época de sua vida, haviam apostatado da fé, cedendo ao orgulho e às paixões; em vista de tais casos é que a advertência severa se formulava.

Assim para os valdenses que desejassem voltar à Igreja, foi composta a seguinte profissão de fé, submetida a Durando de Osca, chefe da seita, e aos seus correligionários, aos 18 de dezembro de 1208:

«Cremos de coração, e confessamos com os lábios, uma só Igreja, não a dos hereges, mas a que é santa romana, católica e apostólica, fora da qual cremos que ninguém é salvo (extra quam neminem salvar! credimns)» (Denzinger, Enchiridion 423).

O IV Concilio do Latrão em 1215, tendo em vista outrossim os hereges da época, declarava: «A Igreja universal dos fiéis é única, fora da qual absolutamente ninguém se salva (extra quam nullus omnino salva tur); nela Jesus Cristo mesmo é simultaneamente sacerdote e vítima...» (Denzinger, ob. cit. 430).

Estas observações já elucidam de algum modo a mentalidade dos medievais referente à salvação dentro e fora da Igreja.

1.5. Veio o séc. XVI com as suas grandes descobertas geográficas ... Estas puseram os cristãos em contato com grande número de povos até então desconhecidos; a existência de tantas e tantas gerações de homens que até aquela época ainda não tinham sido evangelizados, levou paulatinamente os pensadores cristãos a focalizar atentamente a questão de sua salvação eterna: poder-se-ia aplicar, sem mais, a esses povos o critério antigo e, em consequência, asseverar que, pelo fato de não haverem pertencido visivelmente à Igreja, estavam para sempre rejeitados por Deus? A essa conclusão parecia opor-se, entre outros argumentos, a índole honesta e reta de muitos pagãos; ademais, alguns mestres cristãos eram propensos a julgar que o sacrifício do Filho de Deus na cruz ficaria vão, se tão grande multidão de almas, apesar de tão rica Redenção, se fosse perder eternamente.

As surpresas decorrentes deste novo panorama, manifestado na Ásia, na África e na América, eram acrescidas pela nova situação religiosa da Europa mesmo, que até o séc. XVI fora homogeneamente cristã. Eis que, desde a cisão introduzida pelo Protestantismo (1517), os católicos viam a seu lado famílias e populações inteiras que não pertenciam à Igreja e que, desde muito talvez, só conheciam a Reforma e suas seitas. Mais ainda : nos séc. XVIII e XIX, a face religiosa da Europa foi ulteriormente modificada pelo indiferentismo do pensamento, a ignorância religiosa e a consequente descristianização que invadiram as massas humanas. — Poder-se-ia julgar sumariamente que estavam de má fé tantos e tantos homens? Cada um daqueles que viviam fora da Igreja (protestantes ou simplesmente homens ignorantes, mal formados em questões religiosas) estaria realmente lutando contra os ditames da sua consciência, obstinando-se culpadamente contra a luz de Deus e as inspirações da graça? Não haveria muita gente que com sinceridade poderia estar julgando que não devia aderir à Santa Igreja?

Essas interrogações foram calando na mente dos pensadores católicos. Assim incitados, os teólogos aprofundaram o sentido da fórmula «Fora da Igreja não há salvação», de modo que hoje em dia a doutrina católica sobre o assunto se apresenta mais matizada do que antigamente; ela compreende vários itens, correspondentes à índole complexa do problema, itens que vão abaixo discriminados.

2. O sentido genuíno da fórmula

2.1. O axioma «Fora da Igreja não há salvação» há de ser entendido à luz das distinções seguintes :

1) Há um modo visível de pertencer à Igreja e nela obter a salvação: é o que se dá pela profissão do símbolo de fé e a participação dos sacramentos, principalmente do Batismo e da Eucaristia. Tal é o modo normal de pertencer à Igreja: esta, sendo uma sociedade visível, é natural que os seus membros se denunciem por certas notas visíveis e características. Consequentemente entende-se que é pela adesão explícita e pública à Igreja de Cristo que os homens se devem, em condições ordinárias, encaminhar para a salvação eterna.

2) Contudo pode também alguém pertencer à Igreja de modo invisível, ou seja, pelo desejo de ser membro da Igreja. Tal desejo, por sua vez, pode ser:

a) desejo explícito. Supõe-se, no caso, que alguém tenha conhecimento direto de Cristo, da Igreja (que o prolonga no tempo) e da porta de entrada na Igreja (que é o Batismo)...; dado que tal pessoa se disponha a receber o Batismo, mas, por motivo independente de sua vontade, não chegue a ser batizada, diz-se que é membro da Igreja por ter o desejo explícito de Batismo ou o Batismo de desejo. Já S. Ambrósio professava esta doutrina na oração fúnebre de Valentiniano (citada atrás).

De resto, o conceito mesmo de Justiça Divina exige, seja válido para a salvação o desejo do Batismo, desde que não se torne possível receber o próprio sacramento: o Senhor não pode condenar uma alma que Lhe esteja unida pela fé e pelo amor, mas à qual não é dado cumprir tudo que ela em sua fidelidade desejaria cumprir.

Contudo não somente o desejo explícito é capaz de agregar alguém à Santa Igreja... Hoje em dia os teólogos reconhecem igual eficácia ao que chamam

b) desejo meramente implícito. Como entender isto ?

Admita-se que alguém ignore por completo Cristo e a Igreja ou que só os conheça de maneira inadequada, de modo a não poder sequer conceber a ideia de que a Igreja seja portadora da verdade. Em consequência, vive de inteira boa fé, aderindo a um credo religioso não católico, cujas prescrições procura seguir à risca. Essa pessoa é sinceramente movida por um único desejo: o de se aproximar mais e mais de Deus. Se tivesse evidência de que o caminho para Deus é outro que não o seu, abraçaria imediatamente essa nova vereda. Diz-se então que tal indivíduo adere à Igreja de Cristo sem o saber, pois que a Igreja representa realmente o objeto de suas aspirações; se ele simplesmente a conhecesse ou se a conhecesse mais autenticamente, prestar-lhe-ia sua adesão explícita.

Ora uma situação dessas pode ser até mesmo a de um adversário da Igreja: com efeito, pode acontecer que um homem muito reto sinta que sua consciência se revolta contra a doutrina do primado de São Pedro, por exemplo; uma série de equívocos e preconceitos faz-lhe ver apenas um aspecto dessa doutrina, dando-lhe a crer que se trata de desvirtuamento do Evangelho. Pois bem; se tal pessoa é sincera e humilde, ressentindo-se apenas de falta de conhecimentos claros sobre o assunto (sem que tenha culpa da sua ignorância), tal pessoa é membro invisível da Igreja visível de Cristo; está assim a caminho da salvação eterna, e essa salvação lhe será dada por intermédio da Igreja (da Igreja hierárquica, chefiada por Pedro, que ela rejeita), pois a Igreja, prolongando Cristo na terra, é o canal único pelo qual Deus comunica aos homens toda e qualquer graça de salvação.

Destarte se vê que muitas e muitas almas que estejam de inteira boa fé fora da Igreja visível, pertencem invisivelmente à Igreja sem o saber e sem que a própria Igreja o saiba. A boa fé, no caso, não desculpa propriamente a pessoa de estar fora da Igreja, mas, antes, faz que tal pessoa não esteja fora da Igreja: pertence, sim, invisivelmente à Igreja.

Por conseguinte, o sentido do adágio «Fora da Igreja não há salvação» vem a ser: a salvação só é concedida dentro da Igreja ou por intermédio da Igreja.

Merece atenção o fato de que o Papa Clemente XI, em 1713, condenou a proposição de Quesnel, famoso jansenista : “Fora da Igreja não é concedida graça alguma”. — Extra Ecclesiam nulla conceditur pratia» (Denzinger, Enchiridion 1379).

A intenção do Pontífice, ao proferir a condenação, era a de inculcar a seguinte proposição: fora da Igreja não se pode dizer que não há graça sobrenatural; tenha-se por certo, porém, que toda graça aí existente é derivada da Igreja e voltada ou tendente para a Igreja.

2.2. A doutrina acima exposta é não raro apresentada sob a forma da distinção seguinte: os que professam a verdadeira fé e segundo ela vivem, pertencem ao corpo da Igreja. Quanto aos que professam um credo errôneo com sinceridade absoluta ou com toda a boa fé, pertencem à alma da Igreja.

Tal distinção, porém, não é oportuna, porque na verdade não há corpo vivo sem alma; propriamente quem pertence ao corpo, pertence à alma da Igreja. Melhor é falar de «modo visível» e «modo invisível» de pertencer à Igreja.

2.3. Ao passo que o desejo explícito do Batismo desde os primeiros séculos foi tido como suficiente para salvar quem não possa receber o próprio sacramento, a eficácia do desejo implícito (nos termos que acabamos de expor) só em época relativamente recente foi reconhecida pelos teólogos.

Pode-se dizer que foi o Papa Pio IX quem em 1854 deu autoridade a esse novo ponto de vista. Assim se exprimia Sua Santidade:

«É preciso considerar como verdade de fé que, fora da Igreja apostólica romana, ninguém pode ser salvo: que esta é a arca única da salvação e que os que nela não tiverem entrado, perecerão pelo dilúvio.

E é preciso igualmente ter por certo que os que estão na ignorância da verdadeira religião, disto não têm culpa aos olhos do Senhor, caso essa ignorância seja invencível. Quem, porém, seria tão presunçoso que ousasse indicar os limites de tal ignorância, dados os caracteres e as diversidades dos povos, das regiões, dos espíritos e de inumeráveis outros fatores? Não há dúvida, quando, libertados dos vínculos do corpo, virmos a Deus tal como é, compreenderemos quão estreito e maravilhoso é o liame que une a Misericórdia e a Justiça divinas. Mas, enquanto vivemos na terra, acabrunhados por este peso mortal que abate a alma, professemos firmemente que só há um Deus, uma fé, um Batismo (Ef 4,5); indagar além disto, já não é lícito. De outro lado, na medida em que a caridade o requer, formulemos preces assíduas para que todas as nações, de qualquer das partes do mundo, se convertam a Cristo; e trabalhemos com todas as nossas forças para a salvação comum de todos os homens. Com efeito, o braço do Senhor não se tornou exíguo (Is 50,2), e jamais os dons da graça celeste faltarão aos que desejam e pedem, com um coração reto, ser reconfortados por Sua luz» (Denzinger 1647s).

É de notar que nessa alocução o Sumo Pontífice frisa bem a dificuldade de se estabelecerem os limites da boa fé e da culpabilidade nos indivíduos; não há para isso um critério universal, aplicável aos homens de todos os tempos e todas as regiões, mas o julgamento exato das consciências é obra de Deus só. De resto, já os teólogos anteriores a Pio IX faziam a mesma advertência: Suarez (+1617) e os autores de Salamanca (séc. XVIII), por exemplo, julgavam que, mesmo num pais onde a fé católica é professada sem oposição, pode haver hereges ou infiéis que estejam fora de toda influência do Catolicismo e, por conseguinte, não concebam dúvida sobre a veracidade da sua seita.

É de crer que, nas seitas heréticas é cismáticas, a massa do povo, pouco instruída, segue de boa fé seus pastores religiosos e não se propõe o problema da «verdadeira religião». Entre os estudiosos é mais fácil surgirem dúvidas sobre a autenticidade de sua seita, dúvidas que naturalmente tiram a boa fé; todavia Newmann podia afirmar que vivera muitos anos como erudito teólogo anglicano, sem jamais ter concebido a mínima hesitação sobre a veracidade de sua religião. Diz-se que a quase totalidade dos hereges e cismáticos que não se ocupam com a Igreja Católica, está de boa fé.

Perspectivas muito consoladoras são essas... Nem se poderia conceber que a verdade fosse outra. Com efeito, se Cristo veio ao mundo para salvar e não para condenar (cf. Jo 3,17), a existência da Igreja visível de Cristo não poderia ser motivo de condenação para a maioria do gênero humano, que talvez não lhe pertença visivelmente, mas certamente lhe pertence invisivelmente.

2.4. A história contemporânea, de resto, contribuiu para ilustrar e corroborar as vistas largas da teologia no tocante à salvação fora da Igreja visível.

Com efeito, em abril de 1949, o Pe Reitor de «Boston College» (U. S. A.) despediu três professores leigos do seu educandário por ensinarem obstinadamente que, para ser salvos, todos os homens têm que se tornar membros professos da Igreja Católica. O Pe. Leonardo Feeney S. J., que então dirigia a Casa dos Estudantes Católicos junto à Universidade Harvard, de Cambridge (U. S. A.), resolveu tomar publicamente a defesa dos três citados professores, reafirmando a sentença teológica estreita dos mesmos. Frequentemente admoestado a rever tal ponto de vista errôneo, Feeney não se rendeu, pelo que foi finalmente excomungado aos 13 de fevereiro de 1953. Interessa-nos frisar aqui o fato de que o S. Ofício de Roma se aproveitou do ensejo para dirigir uma carta ao Cardeal Cushing, arcebispo de Boston, expondo o autêntico pensamento da Igreja sobre o assunto (o documento datado de 8 de agosto de 1949 só foi tornado público em 1952, poucos meses antes da excomunhão de Feeney. Eis um dos trechos mais salientes de tal carta:

«Entre os mandamentos de Cristo não é de pouca importância aquele que preceitua, nos incorporemos pelo Batismo ao Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, e prestemos nossa adesão a Cristo e ao seu Vigário, (Vigário) pelo qual o próprio Cristo na terra governa, de modo visível, a Igreja.

Por conseguinte, não se salvará quem, consciente de que a Igreja foi divinamente instituída por Cristo, não obstante se recuse a se lhe submeter e denegue obediência ao Romano Pontífice, Vigário de Cristo na terra...

Todavia, para que alguém possa obter a salvação eterna, não se requer sempre que seja atualmente incorporado à Igreja como membro, mas é necessário, ao menos, que lhe esteja unido por desejo e voto.

Este desejo, porém, não deve ser sempre explícito, como ele o é nos catecúmenos. Dado que o homem esteja envolvido em ignorância invencível, Deus aceita igualmente o desejo implícito, o qual é assim chamado por estar incluído naquelas boas disposições de alma que levam alguém a querer conformar sua vontade com a vontade de Deus.

Estas verdades são claramente ensinadas na Carta Dogmática «A respeito do Corpo Místico de Jesus Cristo», publicada pelo Sumo Pontífice o Papa Pio XII aos 29 de junho de 1943...

No fim dessa Encíclica, o Sumo Pontífice, movido de profundo afeto, convida à unidade os que não pertencem ao Corpo da Igreja Católica; menciona então «os que por certo e inconsciente desejo e almejo estão voltados para o Corpo Místico do Redentor»; estes tais, Sua Santidade de modo nenhum os exclui da salvação eterna; afirma, porém, que se acham em condições «nas quais não podem estar certos de sua salvação eterna... visto que permanecem privados dos muitos dons e auxílios celestiais dos quais somente na Igreja Católica se pode usufruir».

Com estas sábias palavras, tanto reprova aqueles que excluem da salvação eterna os que, por desejo implícito apenas, estão unidos à Igreja, como rejeita os que falsamente asseveram que os homens podem ser salvos tão bem numa religião como em qualquer outra...» (Carta publicada em «The American Ecclesiastical Review» 127 [1952] 307-315).

Como se vê, o axioma «Fora da Igreja não há salvação», devidamente entendido, está longe de significar estreiteza e mesquinhez. Ele não é mais exigente do que a Verdade é exigente!


Título Original: FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO?


Foto: Web

Site: Católicos Online
Editado por Henrique Guilhon