Sentinela Católico
Olá querido Leitor. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo e o amor da sempre Virgem e Bem-Aventurada Maria, Mãe do Meu Senhor (Lc 1,43), estejam com todos vocês.
Continuando nossa série de artigos sobre as 12 estrelas que compõem a coroa da Mãe de Deus (Ap. 12,1), vamos falar da quarta estrela, que é sua bem-aventurança dentre todas as mulheres de ontem, hoje e de sempre.
Se vocês já perceberam toda a vez que iniciamos a oração da Ave Maria, dizemos as seguintes frases: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco. Bendita sois vós entre as mulheres…” Estes trechos são tirados do Evangelho de São Lucas, contidos em Lc. 1,28 e Lc 1,42.
É de se notar que o Anjo Gabriel já aparece a Nossa Senhora a saudando, como se já soube-se de muito quem era ela e qual a missão gloriosa a qual o senhor a havia reservado ao aceitar voluntariamente receber Nosso Senhor Jesus Cristo em seu ventre imaculado e virginal. Também Isabel, ao receber Maria reconhece que nela repousa o Santo Espírito de Deus e que em seu ventre está aquele que viera para retirar todos os pecados do mundo.
Estes fatos transformam a Virgem Santíssima em alguém especial, acima de todos os homens e anjos, abaixo somente do próprio Deus ao qual ela levava consigo. Nos diz assim a constituição dogmática Lumen Gentium: “Aquela que na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (nº 54).
A mesma constituição afirma que “por graça de Deus exaltada depois do Filho acima de todos os anjos e homens, como Mãe santíssima e Deus, Maria esteve presente nos mistérios de Cristo e é merecidamente honrada com culto especial pela Igreja.” (nº 56).
O sermão nº 47 de São Bernardo, um apaixonado cantor da Virgem Maria, diz:
”Ave Maria, cheia de graça, porque agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa da fecundidade; Aos Anjos, por causa da virgindade; A Deus, por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu sua humildade.” (Maria, Maria…, Pág. 69)
O fato de Maria ser a única criatura conhecida a estar “cheia de graça” e também da presença de Deus – “O Senhor é Contigo” –, Então Maria está repleta de todos os dons e graças de Deus. Assim nos Diz São
Tomás de Aquino:
“…a bem-aventurada Virgem Maria, pelo fato de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus.”
Santo Epifânio também nos diz: “Com exceção de Deus, Tú és, Ó Virgem, superior a todas as coisas”. São Bernardo também diz: “Antes de toda a criatura fostes destinada na mente de Deus para Mão do Homem de Deus (As Glorias de Maria, pág. 229)
Dentre todas as mulheres do mundo, quis Deus escolher Maria para ser Sua Mãe.
“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porquê se realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…”(Lc 1,42ss)
Estas singelas palavra estão marcadas a ferro em brasa para sempre na Igreja como o cantoMagnificat. Nele, Maria mostra sua humildade e doação ao Projeto Salvífico de Deus para toda a humanidade.
Um anônimo uma vez disse: “Deus não fala, mas tudo fala de Deus”. Se todas as criaturas falam e refletem Deus de algum modo, Maria pode ser considerada um espelho especialíssimo. Já dizia São Tomás de Aquino: “Os outros santos, são exemplos de virtudes particulares: um foi humilde, outro casto, outro misericordioso, e assim nos são oferecidos como exemplos de uma virtude. Mas a bem-aventurada Virgem é exemplo de todas as virtudes.”(Maria, Maria…, pag. 51). Por causa disto é que dizemos na Ladainha que Nossa Senhora é “Espelho de Justiça”.
Santo Afonso disse que Nossa Senhora revelou a Santa Isabel de Turíngia que quando era inda menina, no Templo de Jerusalém foi consagrada a Deus: “Levantava-me à meia-noite e ia ao Templo orar ao Senhor diante do altar para que me concedesse a graça de observar os preceitos e contemplar a mãe do Redentor. Roguei-lhe que me conservasse os olhos para vê-la, a língua para louvar-la, as mãos e pés para servir-la, e os joelhos para adorar em seu seio o Divino Filho”. Então a santa ao ouvir isto perguntou à Virgem: “Mas, Senhora, vós não éreis cheia de graça e e virtudes?” Ao que Maria respondeu: “Sabe que eu me tinha como a mais vil entre as criaturas, e a mais indigna das graças do céu. Por isso pedia continuamente a graça e as virtudes… Pensa tú que eu tenha possuído a graça e as virtudes sem fadiga? Sabe que graça alguma recebi de Deus sem grande fadiga, oração contínua, desejo ardente, e muitas lágrimas e penitência.”(As Glorias de Maria, Pág. 246).
Nossa Senhora também revelou a Santa Brígida que desde pequenina foi cheia do Espírito Santo e, a medida que crescia em idade, aumentava também em graça. “Ciente, pela Sagrada Eucaristia, de que Deus devia nascer de uma virgem para salvar o mundo, abrasou-se de tal forma seu espírito no amor divino, que não pensava senão em Deus se comprazia. Sobretudo desejava alcançar a vinda do Messias, na Esperança de ser a serva daquela feliz Virgem, que merecesse ser sua Mãe.” (Idem, Pág. 247).
Só Deus é superior a Maria, portanto, todos os demais seres vivos lhe são inferiores. É tão grande, em suma, a grandeza da Virgem, que leva a São Bernardo chegar a seguinte conclusão: “Só Deus pode e sabe compreender a grandeza de Maria.”
Assim são-lhes concedidos de maneira muito digna e propícia os títulos de “Rainha do Céu”, “Soberana dos Anjos”, “Rainha dos Apóstolos”, “Mãe da Igreja”, dentre outros, permitindo assim aos católicos honrar e bem dizer o nome da sempre bem-aventurada Virgem Santíssima.
Infelizmente os protestantes não conseguem compreender exatamente o que significa a verdadeira devoção e a verdadeira bendição a Nossa Senhora. Eles apenas reservam um lugar muito raso e supérfluo em sua participação no Plano de Salvação da Humanidade, promovendo assim um grande afastamento das pessoas ao Coração Imaculado da Virgem e consequentemente do Sagrado Coração de Jesus, Nosso Senhor e ÚNICO DEUS!
Maria não é deusa e nem está no mesmo patamar que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo. Mas isso não significa que não devemos honrar-la e bem-dizer-la por todos os séculos, assim como ela mesma diz.
Alguns de maneira muito sínica dizem a nós católicos: “Nós seguimos o que Maria disse: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5)”. Pois bem, a esses, recomendo que comece fazendo exatamente o que Ele disse na cruz: “..Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.”
Levemos Maria Santíssima para morar em nosso coração como nossa Mãe e assim, debaixo de seu poderoso Amparo, possamos ser conduzidos pela mão através do Santo Caminho que é Cristo (Jo 14,6).
Um Grande Abraço a Todos
Título Original: 4ª Estrela da Coroa de Maria: Bendita entre todas as Mulheres
Site: Sentinela Católico
Editado por Henrique Guilhon
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