E não adianta dizer que no nosso vale de lágrimas – ou seja, na Terra – há coisas que não são boas, como a doença e o pecado, e que, portanto, Deus errou ou escolheu o modelo errado quando a criou.
Essa objeção seria verdadeira – embora quase blasfema – se toda a Criação se resumisse no planeta Terra. Mas não é assim. A Terra é apenas um local de exílio para o homem pecador que abandonou o Paraíso pelo próprio pecado.
O Paraíso também faz parte do Universo criado, assim como o Céu Empíreo, quer dizer, o local material onde estão os corpos santíssimos de Nosso Senhor Jesus Cristo e de Nossa Senhora.
Para ali também irão os bem-aventurados após a Ressurreição dos corpos, a fim de ali gozarem eternamente enquanto suas almas contemplam a Deus.
Partindo do Céu Empíreo, os bem-aventurados poderão visitar o Paraíso – esta Terra purificada pelo fogo da conflagração final – e reviver os momentos transcendentais de sua vida na Terra.
Os corpos resurrectos poderão visitar sem esforço nem constrangimento todos os locais do universo – inclusive o GJ 436b! –, contemplando a maravilhosa obra do Criador.
Fazem parte ainda da Criação – e formam sua parte principal – os espíritos celestes, isto é, os nove Coros de anjos, com os quais os bem-aventurados viverão em comércio habitual.
Então ficará evidente a sabedoria suprema de Deus ao escolher as proporções, formas e variedades hierárquicas harmônicas deste Universo que Ele quis criar para Lhe dar glória extrínseca eternamente.
Mas, voltando ao GJ 436b, as descobertas neste planeta nos falam de um “possível de Deus” realizado num astro longínquo.
Elas nos instruem sobre o ilimitado poder e a infinita criatividade de Deus, que estonteiam sábios e ignorantes.
Por vezes, encontramos fotografias submarinas com peixes de cores, formas e movimentos inimagináveis, circulando entre corais, algas, animais marinhos e formações rochosas inesperadas.
Mais uma lição divina dos incontáveis possíveis de Deus – nestes casos instalados no fundo do mar – para que os homens, um dia ali descendo, compreendessem o formidável poder e riqueza da inteligência criadora de Deus.
O mesmo poderíamos argumentar com base em locais inóspitos para o homem nesta Terra, mas dotados de belezas únicas.
Os gelos da Antártida, por exemplo. Como seria um mundo todo feito da alvura, luminosidade e cristalinidade dos gelos dos polos?
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