Irmãos e irmãs leitores, este artigo foi publicado em 2011, da obra de Cris Macabeus, grande combatente da Igreja de Deus, e está sendo republicado agora em partes para dar mais facilidade ao leitor, e também devido a grandiosa importância do assunto. Trata-se de uma refutação à acusação do "pastor" Airton Evangelista da Costa sobre a Inquisição. Um dos temas mais utilizados pelo protestantismo no combate à Igreja de Deus. Através de verdades misturadas com mentiras, meias verdades, aumentando coisas pequenas, emendando aqui e ali, o protestantismo vem ao longo da história construindo um imenso castelo de coisas falsas, satânicas, contra a Igreja católica, o que, graças a Deus, pouco a pouco vem vindo à tona por renomados historiadores também não religiosos, o que muito ajuda na aceitação de sua veracidade. Tem-se por exemplo o professor Felipe Aquino, católico, na sua obra "Para entender a Inquisição", 300 pgs, trazendo o trabalho de vários historiadores. Cabe ao católico verdadeiro, ao ouvir uma acusação contra a sua Igreja, entender que ela foi edificada pelo próprio Jesus, que é o Espírito Santo que a sustenta, e que a verdade de alguma forma há de prevalecer do jeito que Deus a prover. Na Parte 1 encontra-se o "link acusador" onde o "pastor" apresenta suas acusações. Se o (a) leitor (a) tiver estômago para ler é só clicar e se preparar. Mas a resposta a ele será muito esclarecedora.
Henrique Guilhon
Cris Macabeus
Continuando
Em 20 anos, de 1615 à 1635, em Estrasburgo, houve 5.000 queimas de bruxas.
Em cidades pequenas como a imperial Offenburg, que só tinha entre dois e três mil habitantes, se desenvolveram acérrimas perseguições às bruxas durante três decênios, e em só dois anos, segundo as atas, foram queimadas 79 pessoas.
Na Suíça, quando protestante, os casos de condenação de bruxas descritos nas crônicas conservadas chegam a 5.417. Nos Alpes Austríacos, as mortes chegaram ao menos a 5.000.
Na Inglaterra destacava-se o protestante Mathew Hopkins que se autodenominava "descobridor geral de bruxas". Parece que era um sádico encoberto. Quando encontrava uma mulher que excitava seus instintos sexuais anormais, obrigava-a a despir-se na sua presença e começava a fincar, com uma agulha, as diversas partes do corpo dela (assim se procuravam áreas insensíveis, o que seria sinal de possessão demoníaca). Mas... ele mesmo diante de outros fanáticos protestantes, foi acusado de possuir estranhos poderes. Submetido às provas de bruxaria que empregara, foi condenado e morto.
Na Inglaterra não era necessário aplicar torturas — às vezes se deram! — porque a condenação freqüentemente era sentenciada sem necessidade de confissão por parte do acusado.
Em 1562 a rainha Elizabeth, e a versão definitiva do Witch Act ou lei contra os bruxos de Jacques I em 1604, condenavam à morte a pessoa que tivesse feito qualquer malefício pretendendo acabar com a vida ou danar o corpo de alguém. Mesmo que não se percebesse efeito nenhum do malefício! Esta lei se manteve em vigor na Constituição até 1736.
No ano 1670, na Suécia, houve um processo deplorável: Como conseqüência das declarações, arrancadas pelas interrogações feitas pelos teólogos protestantes, foram queimadas 70 mulheres, açoitadas mais 56, queimadas 15 crianças que já tinham chegado aos 16 anos e outras 40 foram açoitadas. E pensar que são esses hoje, que acusam a Igreja de ter “matado inocentes”.
Na Alemanha protestante, o poder civil condenou Anna Maria Schwugelin. Foi decapitada como bruxa em 1759.
No dia dezoito de junho de mil setecentos e oitenta e dois, o governo protestante ainda decapitou uma bruxa na Suíça.
Após assomar-nos à realidade espantosa da bruxomania entre os civis e protestantes, é de todo ridículo que se inflamem os ânimos de protestantes surpresos, de certos “historiadores” e de falsos “professores” mal intencionados, contra a transparência da Igreja Católica, a única a reconhecer a ignorância e os erros de alguns filhos seus no passado.
E em Roma, onde evidentemente o influxo da Igreja Católica era maior, só se deram duas mortes pelo delito de bruxaria. Essa condenação à morte foi pedida pelo papa João XXII (1316-1334). E não por motivos religiosos. Antes do nascimento da revolta protestante. Mandou queimar o bispo da sua cidade, Cahors, e enforcar seu médico porque supunha que estes dois homens tentaram tirar-lhe a vida por meio da magia. Naquele ambiente da época, o próprio papa viveu toda a sua vida escravizado pelo pânico supersticioso dos feitiços.Após o nascimento da revolta protestante, enquanto em outras cidades morriam queimadas ou enforcadas milhares e até milhões de "bruxas" pelos protestantes, nenhuma execução por este motivo se realizou em Roma.
Uma instrução da Câmara Apostólica, de 1657 — então os processos de bruxaria somente se realizavam nos tribunais civis —, apresenta a advertência da Inquisição: "A Santa Inquisição confessa que os processos são longos para serem instruídos regularmente; ela censura os juizes pelas vexações, encarceramentos injustos, torturas. Muitos têm-se mostrado demasiado cruéis encarcerando pela mínima suspeita e têm aplicado a tortura apesar do malefício não ter sido provado".
Parte VI – A Inquisição Protestante por localidade:
Foi demonstrado de principio a postura da Igreja com o tribunal eclesiástico. Seu posicionamento brando e piedoso. Em seguida foi exposta a gritante diferença existente entre o primeiro e o tribunal civil e protestante.
Agora seguem alguns casos que merecem destaque. Demostrar-se-á a Inquisição Protestante por localidade:
1- Alemanha:
Em Augsburgo, em 1528, cerca de 170 anabatistas foram aprisionados por ordem do Poder Público. Muitos foram queimados vivos; outros foram marcados com ferro em brasa nas bochechas ou tiveram a língua cortada. Em 1537, o Conselho Municipal publicou um decreto que proibia o culto católico e estabelecia o prazo de oito dias para que os católicos abandonassem a cidade.
Ao término desse prazo, soldados passaram a perseguir os que não aceitaram a nova fé. Igrejas e mosteiros foram profanados, imagens foram derrubadas, altares e o patrimônio artístico e cultural foram saqueados, queimados e destruídos.
Também em Frankfurt, a lei determinou a total suspensão do culto católico e a estendeu a todos os estados alemães.
O teólogo protestante Meyfart descreveu uma tortura que ele mesmo presenciou:
‘Um espanhol e um italiano foram os que sofreram esta bestialidade e brutalidade. Nos países católicos não se condena um assassino, um incestuoso ou um adúltero a mais de uma hora de tortura (sic). Porém, na Alemanha a tortura é mantida por um dia e uma noite inteira; às vezes, até por dois dias; outras vezes, até por quatro dias e, após isto, é novamente iniciada. Esta é uma história exata e horrível, que não pude presenciar sem também me estremecer".
2- Inglaterra:
Seis monges Cartuxos e o bispo de Rochester foram sumariamente enforcados.
Na época da imperadora Isabel, cerca de 800 católicos eram assassinados por ano e Jesuítas também foram assassinados ou torturados.
Um ato do Parlamento inglês, em 1562, decretou que “cada sacerdote romano deve ser pendurado, decapitado e esquartejado; a seguir, deve ser queimado e sua cabeça exposta em um poste em local público”.
3- Irlanda:
Quando Henrique VIII iniciou a perseguição protestante contra os católicos, existiam mais de mil monges dominicanos no país, dos quais apenas dois sobreviveram.
4- Suíça:
O descobridor da circulação do sangue foi queimado em Genebra, por ordem de Calvino.
No distrito de Thorgau, um missionário zwingliano liderou um bando protestante que saqueou, massacrou e destruiu o mosteiro local, inclusive a biblioteca e o acervo artístico e cultural.
Em Zurique, foi ordenada a retirada de todas as imagens religiosas, relíquias e enfeites das igrejas; até mesmo os órgãos foram proibidos. A catedral ficou vazia, como continua até hoje. Os católicos foram proibidos de ocupar cargos públicos; o comparecimento aos sermões católicos implicava em penas e castigos físicos e, sob a ordem de “severas penas”, era proibido ao povo possuir imagens e quadros religiosos em suas casas.
Ainda em Zurique, a Missa foi prescrita em 1525. A isto, seguiu-se a queima dos mosteiros e a destruição em massa de templos. Os bispos de Constança, Basiléia, Lausana e Genebra foram obrigados a abandonar suas cidades e o território.
Um observador contemporâneo, Willian Farel, escreveu: “Ao sermão de João Calvino na antiga igreja de São Pedro seguiu-se desordens em que se destruíram imagens, quadros e tesouros antigos das igrejas”.
5- Escócia:
John Knox, pai do presbiterianismo, mandou queimar na fogueira cerca de 1.000 mulheres, acusadas de bruxaria.
A inquisição suspendeu sistematicamente o Catolicismo nas áreas protestantes.
6- Roma:
O Saque de Roma foi um dos episódios mais sangrentos da Reforma Protestante. No dia 6 de maio de 1527, legiões luteranas do exército imperial de Carlos V invadiram a cidade.
Um texto veneziano, daquela época, afirma que: “o inferno não é nada quando comparado com a visão da Roma atual”.
Os soldados luteranos nomearam Lutero “papa de Roma”.
Todos os doentes do Hospital do Espírito Santo foram massacrados em seus leitos. Os palácios foram destruídos por tiros de canhões, com os seus habitantes dentro. Os crânios dos Apóstolos São João e Santo André serviram para os jogos esportivos das tropas. Centenas de cadáveres de religiosas, leigas e crianças violentadas – muitas com lanças incrustadas em seu sexo – foram atirados no rio Tibre. As igrejas, inclusive a Basílica de São Pedro, foram convertidas em estábulos e foram celebradas missas “profanas”.
Gregório afirma a respeito: “Alguns soldados embriagados colocaram ornamentos sacerdotais em um asno e obrigaram um sacerdote a conferir-lhe a comunhão. O sacerdote engoliu a forma e seus algozes o mataram mediante terríveis tormentos”.
Conta o Padre. Mexia: “Depois disso, sem diferenciar o sagrado e o profano, toda a cidade foi roubada e saqueada, inexistindo qualquer casa ou templo que não foi roubado ou algum homem que não foi preso e solto apenas após o resgate”.
O butim foi de 10 milhões de ducados, uma soma astronômica para a época. Dos 55.000 habitantes de Roma, apenas 19.000 sobreviveram.
Parte VII – Os Reformadores Protestantes. Ódio perpetuo:
1- Lutero:
Em 1520, escreveu em seu “Epítome”:
“(…) francamente declaro que o verdadeiro anticristo encontra-se entronizado no templo de Deus e governa em Roma (a empurpurada Babilônia), sendo a Cúria a sinagoga de Satanás (…) Se a fúria dos romanistas não cessar, não restará outro remédio senão os imperadores, reis e príncipes reunidos com forças e armas atacarem a essa praga mundial, resolvendo o assunto não mais com palavras, mas com a espada (…) Se castigamos os ladrões com a forca, os assaltantes com a espada, os hereges com a fogueira, por que não atacamos com armas, com maior razão, a esses mestres da perdição, a esses cardeais, a esses papas, a todo esse ápice da Sodoma romana, que tem perpetuamente corrompido a Igreja de Deus, lavando assim as nossas mãos em seu sangue?”
Em um folheto intitulado “Contra a Falsamente Chamada Ordem Espiritual do Papa e dos Bispos”, de julho de 1522, ele declarou:
“Seria melhor que se assassinassem todos os bispos e se arrasassem todas as fundações e claustros para que não se destruísse uma só alma, para não falar já de todas as almas perdidas para salvar os seus indignos fraudadores e idólatras.
Que utilidade tem os que assim vivem na luxúria, alimentando-se com o suor e o sangue dos demais?”
Em outro folheto, “Contra a Horda dos Camponeses que Roubam e Assassinam”, ele dizia aos príncipes:
“Empunhai rapidamente a espada, pois um príncipe ou senhor deve lembrar neste caso que é ministro de Deus e servidor da Sua ira (Romanos 13) e que recebeu a espada para empregá-la contra tais homens (…) Se pode castigar e não o faz – mesmo que o castigo consista em tirar a vida e derramar sangue – é culpável de todos os assassinatos e todo o mal que esses homens cometerem”.
Continua
Título Original: Refutando pastor Airton sobre Inquisição
Site: As Mentiras do Apocalipse Protestante
Editado por Henrique Guilhon
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