O incômodo que a Igreja causa aos seus inimigos

Henrique Guilhon

Com o ministério do Papa emérito Bento XVI, aqui e ali se ouvia falar algo. Era um papado silencioso. Grande verdade disseram alguns analistas católicos: o Papa Bento XVI foi um Papa de transição. Transição de novos ares. De preparação dos novos ares. Hoje isto está bem claro, pois tudo tem um propósito de baixo do céu. Deus quis que o ministério de Bento XVI fosse de transição, e assim foi. 

Um pequeno período, da preparação para a despedida de Bento XVI - Sé Vacante - Chegada dos Cardeais - Conclave - Eleição Papal. Período esse que movimentou o mundo, mostrando claramente a importância, a força, a grandeza (é claro que todos esses adjetivos somente se justificam, tendo em vista o Seu Fundador (Jesus Cristo) e o seu propósito neste mundo que é a luta pela realização do Reino de Cristo, a busca constante dos valores celestes que não se assemelham aos valores do mundo), de uma Igreja que faz perceber essa importância, essa força, essa grandeza, mesmo pelos não religiosos, mesmo pelos não católicos... 

Então, uma situação no mínimo inquietante acontece. O mundo protestante (mais claramente, o mundo dos inimigos da Igreja, já que, fazendo justiça, devemos reconhecer que nem todo protestante é necessariamente um inimigo da Igreja, embora infelizmente seja a sua minoria) tem que observar esse fenômeno. Tem que observar o noticiário, o movimento mundial de uma Igreja que alegra seus ouvidos quando se ouve anualmente o resultado de pesquisas mostrando “a evasão de católicos”, escândalos de pedofilia... E se enchem de fúria. Não, não é exagero. É a palavra mais apropriada: fúria. Sua primeira providência é tentar mostrar aos iludidos seguidores, o quanto esse fenômeno é “ridículo”, “sem bases bíblicas”, “tolo”, “uma idiotice”... Seus cultos são obrigados a fazerem a “defesa” de sua “doutrina santa” e “ilibada” para uma multidão de seguidores que no fundo sentem, sim, sentem que todo esse fenômeno é santo, é de Deus. A uma multidão que no fundo sente o carisma, a beleza, a santidade, a força de uma Igreja que por isso tudo não pode ser desse mundo. Aos berros e com explicações chulas, com capas teológicas, tentam passar aos adeptos a tão cavada explicação de um acontecimento que na verdade os inquietam profundamente: “afinal essa Igreja não acaba?!”, “no momento em que aparentemente ela vai afundar de vez, outra coisa acontece que faz a mesma levantar com mais força?!”... 

Pobres inimigos da Igreja! Quando perceberão que, lutando contra essa Igreja, lutam contra o verdadeiro Jesus? Quando perceberão que, lutando contra essa Igreja, consomem-se a si próprios, sem nada alcançarem, a não ser sua própria destruição? Ao menos reflitam sobre o que aconteceu, ao longo da história, com inimigos da Igreja, e como eles terminaram. Peço sinceramente que Deus possa tocar no coração, senão de todos, mas de muitos de vocês, enquanto ainda há tempo.

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