Segue confessando a revista protestante:
“Não era a primeira vez que conquistadores holandeses lançavam-se sobre o Brasil. Em 1624, invadiram Salvador, onde inclusive realizaram um culto reformado, no dia 11 de maio daquele ano, dirigido pelo reverendo Enoch Sterthenius.”
Veja então como foi realizado o culto protestante no Brasil: 1624, as igrejas católicas na Bahia foram depredadas e transformadas em depósitos, celeiros, adegas ou paióis e a Sé foi destinada ao culto anglicano.
Segue a revista confessando que os protestantes eram “invasores”:
“No ano seguinte, os invasores foram rechaçados por forças espanholas, portuguesas e brasileiras, com auxílio dos índios potiguares. Mas eles não desistiram. Logo a WIC organizaria esquadra nova e poderosa: 56 navios, 1,1 mil canhões, 3,8 mil tripulantes e 3,5 mil soldados.”
“A conquista de Olinda e Recife consumiu poucos dias, mas o resto da capitania ofereceu resistência feroz, comandada por Matias de Albuquerque e Felipe Camarão.
Depois de cinco anos de uma luta encarniçada com requintes de guerrilha na selva, toda Pernambuco passou ao controle holandês. Vencida a resistência inicial, a ocupação deslanchou por todo o Nordeste.”
André Cunha retratou o ataque dos incendiários protestantes à Olinda
Em Olinda, no ano 1631, os invasores protestantes destruíram e queimaram as igrejas católicas. A única igreja que ficou intacta foi a de São João Batista dos Militares, que servia de quartel general às tropas invasoras.
“Em pouco tempo, as igrejas católicas foram transformadas em abrigos de soldados. Os utensílios do culto romano, como imagens, altares e paramentos sacerdotais, destruídos.”
Ruinas da Sé de Olinda, incendiada pelos holandeses
Segue a revista narrando a desgraça da invasão protestante:
“Os invasores chegaram a dominar 1,2 mil quilômetros da costa, incluindo os atuais territórios da Bahia, Sergipe, Alagoas e toda a faixa de terra até o Maranhão. "Morto está o Brasil", sentenciou o padre jesuíta Antônio Vieira, um dos maiores cronistas do período colonial. Estava criada a Nova Holanda.”
Matança em plena missa
Em 16 de julho de 1645, o Padre André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares persuadidos. Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, no município de Canguaretama, localizado na Zona Agreste do Rio Grande do Norte. Por seguirem a religião católica, pagaram com a própria vida o preço pela crença, por causa da intolerância calvinista dos invasores.
“A estabilidade da Nova Holanda, ao menos temporariamente, estava garantida. Antes disto, em 1637, um novo responsável pelas possessões holandesas no Brasil chegara ao Recife. Seu nome: Johann Mauritius von Nassau-Siegen, ou simplesmente Maurício de Nassau (...) calvinista praticante.” – Nassau era um protestante alemão a serviço dos invasores holandeses.
Maurício de Nassau, intolerante ao catolicismo
“De fato, as procissões católicas foram proibidas. Os dias santos foram declarados nulos, sendo reconhecidos apenas a Páscoa e o Natal como feriados. As missas só podiam ser celebradas dentro de algumas casas, já que as igrejas haviam sido ocupadas pelos reformados.”
Procissão de São João, proibida pelos invasores holandeses
Maurício de Nassau, um dos maiores traficantes de escravos para o Brasil
Em 25 de junho de 1637. Devido a falta de escravos para os engenhos de cana de açúcar, fugidos por causa da guerra entre holandeses e portugueses, Nassau envia uma expedição de nove navios para a Guiné, na África, sob comando do coronel Hans van Koin, para trazer mais negros para Pernambuco.
De acordo com o estudo do historiador e professor José Antônio Gonsalves de Mello, o maior pesquisador da invasão, por volta de 1640, na província holandesa o número de escravos era tão grande que igualava-se ao número de luso brasileiros que somavam 30 mil.
Em 30 de maio de 1641. Tendo convencido os dirigentes da Cia. Das Índias de que era mais vantajoso atacar Angola, por conta dos escravos, do que a Bahia, Nassau envia uma força de invasão à África com 20 navios e mais de 4.000 homens.
Países de raça negra, mercados do protestantismo
No ano seguinte, 1642, o pintor de Nassau confessa que sendo os congoleses já submissos a Nassau, seu rei em troca de favores, o presenteia com seiscentos escravos, sendo uma terça parte para o Príncipe, outra para o Conde de Nassau e uma terceira parte para a Cia das Índias. (“Albert Eckhout – Pintor de Maurício de Nassau no Brasil 1637/1644″ – Clarival do Prado Valladares – Livroarte Editora)
Para ver todo o desrespeito empregado pelos protestantes ao Povo Negro, e convocação feita pelo Sr. Hernani Francisco da Silva, Presidente da Sociedade Cultural Missões Quilombo à todas as Igrejas protestantes a pedirem perdão pelo desrespeito, preconceito, escárnio e tráfico deste povo, acesse: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=20880
Em meio a matéria da revista, o bispo protestante Robinson Cavalcanti tentando limpar a barra do escravagista e intolerante Maurício de Nassau, brada: " Pode-se dizer que o Brasil foi o primeiro lugar do mundo a experimentar um governo onde existiu a possibilidade de diferentes cultos e manifestações religiosas. Maurício de Nassau introduziu aqui a tolerância religiosa.", - mas logo em seguida é corrigido pelo historiador Leonardo Dantas que acrescenta: "Não se tratava de uma liberdade total. Havia restrições a cultos não reformados.", ou seja, a “liberdade” era só para culto protestante. A mesma revista afirma que os judeus só podiam fazer culto de portas fechadas.
Informo também ao bispo protestante Robinson Cavalcanti, que no Brasil muito antes dos protestantes aqui pisarem, já era um país tolerante a diferentes cultos e manifestações religiosas onde ninguém era obrigado a ser católico. Vemos isso no documento Papal a este país do ano de 1537:
Papa Paulo III (1534-1549),
“Pelo teor das presentes determinamos e declaramos que os ditos índios a todas as mais gentes que aqui em diante vierem a noticia dos cristãos, ainda que estejam fora da fé cristã, não estão privados, nem devem sê-lo, de sua liberdade, nem do domínio de seus bens, e não devem ser reduzidos a servidão”. (...) determinamos e declaramos que os ditos índios, e as demais gentes hão de ser atraídas, e convidadas à dita Fé de Cristo, com a pregação da palavra divina, e com o exemplo de boa vida. E tudo o que em contrário desta determinação se fizer, seja em si de nenhum valor, nem firmeza; não obstante quaisquer cousas em contrário, nem as sobreditas, nem outras, em qualquer maneira. Dada em Roma, ano de 1537 aos 9 de junho, no ano terceiro do nosso Pontificado.” (Bula Veritas Ipsa” - 1537) (grifos nosso)
Por estas palavras do Papa Paulo III vemos que as pessoas deveriam ser atraídas e convidadas a fé de Cristo sem imposição, respeitando-se a sua liberdade.
A jurisdição papal estava limitada aos assuntos eclesiásticos ou pacificadores, por isso não se deve, como costumam maldosamente fazer os protestantes, atribuir à Igreja alguns abusos administrativos e políticos cometidos pelos reis ou mandatários, que em muitos casos foram advertidos pelos Papas diante de graves pecados que cometiam. Desde antes do descobrimento do Brasil são numerosas as bulas papais em repúdio a algumas atitudes anticristãs dos reis. Padres e bispos católicos chegaram algumas vezes a reprimir mandatários durantes as missas e até proibi-los de participar da celebração eucarística até se redimirem de seus pecados. Voltemos então ao início da derrocada protestante.
Considerado um esbanjador pelas vultosas quantias que evaporava, Nassau acabou sendo chamado de volta em 1644. Partiu numa esquadra de treze naus que transportava carga avaliada em 2,6 milhões de florins. A sua bagagem pessoal ocupava duas naus. Com sua saída e com os custos da invasão cada vez mais altos, a manutenção da Nova Holanda tornou-se inviável e não tardou a ser derrotada pelos lusos brasileiros.
Batalha dos Guararapes, o povo contra o calvinismo
A primeira batalha ocorreu em 19 de abril de 1648, e a segunda em 19 de fevereiro de 1649.
A primeira Batalha dos Guararapes é simbolicamente considerada a origem do Exército Brasileiro devido a ser o episódio onde de acordo com as correntes historiográficas tradicionais em História do Brasil, esse movimento assinala o início do nacionalismo brasileiro, pois os elementos étnicos brancos, africanos e indígenas fundiram os seus interesses na luta pelo Brasil e não por Portugal. Foi esse movimento que deu à população local a verdadeira compreensão de seu valor, incutindo no povo o espírito de rebeldia contra qualquer tipo de opressão. (BLOCH Editores. História do Brasil, Vol. 1, pág. 180, 1976)
A revista com falsa intenção de homenagear o invasor Maurício de Nassau, alega:
"Santo Antônio" – (...) a administração de Maurício de Nassau conquistara a simpatia do povo, a ponto de ele chegar a ser chamado "Santo Antônio" numa alusão ao popular santo católico que, acredita-se, nunca deixa de atender um pedido.”
Isso não procede. O que foi chamado de “Santo Antonio”, foi o bairro que os invasores holandeses chamavam de “Velha Maurícia”. O nome “Santo Antonio” deu-se ao bairro porque lá antes dos holandeses chegarem já estava o convento de Santo Antônio. Seria deveras contraditório o povo chamar um déspota protestante que proibiu o culto católico e queimou as igrejas católicas de “santo”.
Antigo convento franciscano de Santo Antônio
Hilário é ver a revista protestante que lançou o artigo para comemorar “o sonho do Brasil protestante” publicar isto no fim da matéria:
“Ainda hoje, se pergunta se a vida não seria melhor num Brasil holandês. O historiador Leonardo Dantas apressa-se em desfazer o mito. " Basta ver o que é hoje o Suriname, ex-Guiana Holandesa, para verificar que os holandeses não eram exatamente um modelo de colonização", garante.”
Hoje é inegável, que a ideologia protestante forjada na Alemanha no início do século 16, se mostra como a maior fábrica de ateus de todos os tempos, em completa inversão ao propósito Jesus Cristo na terra. Todas as estatísticas mostram que o protestantismo foi criado simplesmente para demolir o que a Igreja Católica edificou em matéria de evangelização. A Holanda que era grandemente católica antes de virar protestante a força, assim está hoje, com o número de incrédulos maior que o de protestantes:
católicos 33%, Igreja Reformista Holandesa 14%, calvinistas 7%, islamismo 4,1%, hinduísmo 0,5%, sem filiação 39%, outras 2,4%.
E isso é generalizado para todas as vertentes do protestantismo. Afirma o apologista protestante e escritor dr. Alex McFarland, que há cem anos, 96% dos americanos eram protestantes, mas hoje esse número é de 49% e continua em declínio. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo The Pew Forum on Religion and Public Life, mostra um constante aumento no número de ateus no país.
Ali, a Igreja Católica passou a ser a maior a Igreja em número de fiéis e é quatro vezes maior do que a maior denominação protestante do país.
Até a Catedral de cristal protestante agora é católica:
Na Alemanha e na Inglaterra, antes católicas e onde o protestantismo também foi imposto a força, o catolicismo já quase que empata com as religiões protestantes antes oficiais.
Hoje no Brasil, o protestantismo sangra dividido em numerosas seitas pentecostais de proprietários rivais, a desafiar o próprio Jesus Cristo que ensinava: “Todo o reino dividido contra si mesmo será destruído e seus edifícios cairão uns sobre os outros.” (Lc 11,17).
A intolerância protestante de antes permanece, ainda que sendo os protestantes que se autodenominam “evangélicos” minoria no maior país católico do mundo. Ainda hoje, a coisa mais comum é encontrar nos noticiários brasileiros, a notícia de que mais um evangélico invadiu uma Igreja Católica e a depredou.
Longe desta conduta odiosa estão os católicos americanos nos Estados Unidos, maior país protestante, mesmo sendo lá os católicos quase três vezes mais numerosos que os evangélicos no Brasil.
Lutero, o fundador do protestantismo apelidado de "reforma", ainda em vida, viu o protestantismo violentamente se esfacelar diante do seu “livre exame” da Bíblia, e mergulhado em completo arrependimento assacou as chorosas palavras:
"Este não quer o batismo, aquele nega os sacramentos; há quem admita outro mundo entre este e o juízo final, quem ensina que Cristo não é Deus; uns dizem isto, outros aquilo, em breve serão tantas as seitas e tantas as religiões quantas são as cabeças." ( Luthers M. In. Weimar, XVIII, 547 ; De Wett III, p. 6l ).
"Se o mundo durar mais tempo, será necessário receber de novo os decretos dos concílios (católicos) a fim de conservar a unidade da fé contra as diversas interpretações da Escritura que por aí correm." (Carta de Lutero à Zwinglio In Bougard, Le Christianisme et les temps presents, tomo IV (7), p. 289).
Como bem diz o apologista Oswaldo Garcia: “É preciso saber que os "reformadores" não reformaram a Igreja de Cristo (que é irreformável em sua fé). Não se reforma uma casa criando em volta dela uma multidão de barracos.”
Título Original: Sonho Sangrento de um Brasil Protestante
Site: Fim da Farsa
Editado por Henrique Guilhon
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