E novamente uma mentira protestante é desmascarada. Os inimigos da Igreja não param de atacá-la, mas jamais conseguirão destruí-la. Disso podemos sempre ter certeza. Mas peçamos a Deus que muitos deles possam perceber o mar de mentira em que nadam, e saiam dele o quanto antes, pelo bem deles próprios.
Henrique Guilhon
S. Cipriano
Fernando Nascimento
Continuando
Com um sopro, vamos derrubar o castelo de cartas do Lucas:
Sofismava ele dizendo:
Além disso, o próprio Inácio de Antioquia escreve dizendo que a Igreja não foi fundada em Roma, mas em Antioquia:
“Devemos, portanto, provar a nós mesmos que merecemos o nome que recebemos (=cristãos). Quem é chamado por outro nome além deste não é de Deus, pois não recebeu a profecia que nos fala a respeito disso: ‘O povo será chamado por um novo nome, pelo qual o Senhor os chamará, e serão um povo santo’. Isto se cumpriu primeiramente na Síria, pois ‘os discípulos eram chamados de cristãos na Antioquia’, quando Paulo e Pedro estabeleciam as fundações da Igreja. Abandonai, pois, a maldade, o passado, as influências viciadas e sereis transformados no novo instrumento da graça. Permanecei em Cristo e o estranho não obterá o domínio sobre vós” (Inácio aos Magnésios, Versão Longa, Cap.10)
Pura desonestidade. Santo Inácio em nenhum momento neste trecho está dizendo que “a Igreja não foi fundada em Roma, mas em Antioquia”, mas dizendo que em Antioquia os discípulos de Jesus foram primeiro chamados de “cristãos”, quando Paulo e Pedro estabeleciam as fundações da Igreja. Veja só até onde vai a satânica desonestidade deste rapaz. Não sabe o Lucas que mesmo sendo fundada em Jerusalém a primeira Igreja católica, desde os tempos apostólicos, Roma é a sede e matriz desta mesma Igreja, para mostrar o glorioso triunfo de Deus em pleno coração do Império Romano, perseguidor dos cristãos no passado, pois Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra sua Igreja e as portas do Império caíram.
Outras ignorâncias e omissões do Lucas:
1- Lucas desconhece completamente que no tempo de Santo Inácio, Antioquia era uma província romana submetida a Roma tanto administrativamente pelo império romano perseguidor da Igreja, como eclesiasticamente pela Igreja de Roma.
2- Ele desconhece completamente que foi justamente aos da Igreja em Roma que Santo Inácio de Antioquia escreveu sua mais louvável e eloqüente carta. Inácio também afirma o primado da Sé de Roma: "Roma preside a Igreja na caridade." (Carta aos Romanos Prólogo). - Significado de Presidir: ocupar a presidência de; Dirigir como presidente; Exercer as funções de presidente; Dirigir; superintender; orientar.
Esta carta também se difere das demais, por Santo Inácio não querer ensinar nada a esta Igreja; ao contrário, reconhece que ela é quem ensina (Inácio ao Romanos 3,2).
3- Como o Lucas nunca conhece o contexto do que cita, não notou ou omitiu que, enquanto Santo Inácio exalta a Igreja de Roma confessa que sua Igreja é mais humilde e pede oração as demais. Isso está no final da mesma carta do trecho citado pelo desatento Lucas:
“Sei que estais repletos de tudo o que é bom e, por isso, exortei-vos brevemente no amor de Jesus Cristo. Lembrai-vos de mim em vossas orações, para que eu possa alcançar a Deus. E [lembrai-vos também] da Igreja que está na Síria, da qual não sou digno de ser chamado seu bispo. Necessito da vossa oração unida em Deus e do vosso amor para que a Igreja da Síria possa ser digna, conforme sua boa ordem, de ser edificada em Cristo.” (Inácio aos Magnésios, Versão Longa, Cap.14)
4- A falácia do Lucas sobre as supostas frases do Papa São Gregório Magno “rejeitando” o título de “sacerdote universal” são caducas distorções dos inimigos da Igreja, já devidamente refutadas, confira:
Cabe lembrar que o Lucas sobre o Papa São Gregório Magno, como de praxe, também usou de extrema desonestidade intercalando frases de tempos e contextos diferentes para criar um sofisma diabólico de “recusa” ao cargo de Papa..
Ele pescou frases de quando São Gregório Magno era só um monge acanhado que se recusava a ser Papa quando inesperadamente foi eleito pelo povo e todos que o admiravam, chegando a fugir por timidez de assumir o cargo.
Ele pescou frases de quando o Papa São Gregório Magno, já Papa, condenava as atitudes do bispo João de Constantinopla que se auto denominou “sacerdote universal” sem a eleição de Roma e vendia malandramente isso como sendo dito do Papa Gregório em recusa ao cargo de Papa. Por aí vão as falcatruas deste jovem vassalo de Lutero.
Os protestantes desonestos estão sempre colocando palavras mentirosas na boca dos santos católicos de grande credibilidade para jogá-los contra a Igreja, visto que no meio deles não existe ninguém que junte uma mísera credibilidade para tentar isso.
Voltemos às lorotas do Lucas sobre suas acusações de “adulterações” dos textos de Cipriano:
No passo seguinte, dando um show de ignorância e desonestidade, o Lucas se supera nas divagações tentando a todo custo negar o primado romano e fazendo distorcido uso das palavras de Cipriano.
Ele começa sem qualquer noção da ordem cronológica dos fatos, invertendo tal ordem para acomodar suas sandices.
Ao contrário da ordem dos fatos que ele cita, primeiro Cipriano em meio a violenta tormenta provocada pelos hereges, havia convocado o Sétimo Concílio de Cartago, um concílio regional para decidir sobre o rebatismo os hereges que estavam retornando à Igreja. Ele assim o fez na África, porque recebeu com atraso uma carta do Papa Estevão que orientava não rebatizar os hereges, mas apenas recebê-los impondo-lhes as mãos, como sempre foi feito e assim o é até hoje. Pois se até mesmo o Lucas voltar para Igreja Católica, não precisará se batizar de novo se já foi batizado.
Na abertura daquele Concílio regional, Cipriano apenas referindo-se a igualdade dos bispos presentes, e não ao Papa, pois o Papa não estava presente, afirma:
“Pois nenhum de nós coloca-se como um bispo de bispos, nem por terror tirânico alguém força seu colega à obediência obrigatória; visto que cada bispo, de acordo com a permissão de sua liberdade e poder, tem seu próprio direito de julgamento, e não pode ser julgado por outro mais do que ele mesmo pode julgar um outro. Mas esperemos todos o julgamento de nosso Senhor Jesus Cristo, que é o único que tem o poder de nos designar no governo de Sua Igreja, e de nos julgar em nossa conduta nela.” (Sétimo Concílio de Cartago, presidido por Cipriano)
Naquele concílio os bispos africanos presentes aprovaram o rebatismo dos hereges. Chegando a sentença papal que condenou a decisão e ameaçava excomungar os que a apoiavam, Cipriano se desequilibra na escrita e cai em flagrante contradição. E é só aí que ele indaga em sua epístola contrariado: “Dá gloria a Deus quem, sendo amigo de hereges e inimigo dos cristãos, acha que os sacerdotes de Deus que suportam a verdade de Cristo e a unidade da Igreja, devem ser excomungados?” (Epístola 74)
Neste incidente estranho às suas posições constantes e oficiais, os críticos protestantes e racionalistas notaram o deslize de Cipriano:
“Quando Cipriano... tenta ainda conservar a unidade da Igreja, falta-lhe o solo sob os pés e as suas afirmações vacilam no ar. Consoante a sua noção da Igreja, a unidade deveria logicamente achar-se onde se acha o bispo de Roma”. (O Ritschl, Cuprian Von Karthago, Göttinger, 1885, p. 40 apud Leonel Franca. Protestantismo no Brasil. 3ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1952, p.46).
Harnack é do mesmo parecer:
“Indubitavelmente no conflito com Estevão pôs-se Cipriano em contradição com as suas opiniões anteriores sobre a importância da cátedra romana na Igreja” (op.cit.).
É fato indiscutível que Cipriano reconhecia a suprema autoridade da Igreja. Suas palavras são enfáticas.
Por exemplo, ao comunicar ao Papa que Felicíssimo e outros cismáticos partiram em direção a Roma, diz: “Atrevem-se estes a dirigir-se à cátedra de Pedro, a esta igreja principal de onde se origina o sacerdócio... esquecidos de que os romanos não podem errar na fé” (apud Leonel Franca. A Igreja, a Reforma e a Civilização. 2ª ed. Rio de Janeiro: Livraria Católica, 1928, p.109).
Em outra ocasião, assevera o bispo de Cartago que Roma é “a matriz e o trono da Igreja católica” (op. cit.). E que: “estar em comunhão com o Papa é estar em comunhão com a Igreja Católica” (op.cit.)
Não há dúvidas de que Cipriano reconhecia o governo universal do Papa. Suas expressões não permitem outra conclusão. E é com base nos escritos desse santo que o insuspeito Harnack conclui: “S. Cipriano reconheceu particular importância à Igreja de Roma, porque esta Sé era a Sé do Apóstolo, a quem Cristo especialmente conferia a autoridade Apostólica. Esta Igreja era para ele o centro da autoridade, da unidade, e a Mãe de todas as igrejas esparsas pelo mundo” (Dogmengeschichte, I, 384 apud Bertrand Conway. Caixa de Perguntas. Lisboa: União Gráfica, p. 328).
Continua
Titulo Original: Adulterações católicas nos escritos de Cipriano – Refutado
Foto: Web
Site: Macabeus Comuinidades.blogspot.com.br
Editado por Henrique Guilhon
Como Leonardo Boff e outros servem de base para mostrar o que é certo e errado em matérias de Introdução ao Direito canônico. Com a refutação ao referido Lucas vocês estão ensinando a muitos. Eu não tenho a paciência vossa, aos tais Lucas eu os coloco de imediato ao pés da cruz.
ResponderExcluirObrigado por sua participação.
ResponderExcluirA Paz de Jesus e Maria.
Feliz Páscoa!