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Aleteia
O que acontece quando somos vacinados contra a mensagem autêntica de Jesus Cristo?
"Então, cara...", comecei, um pouco nervoso. Esta foi a nossa primeira conversa de verdade sobre a fé. "Tem algum livro específico da Bíblia sobre o qual você gostaria de saber mais?".
Ele hesitou brevemente e, com olhar pensativo, respondeu: "Bom, eu queria que você me contasse tudo sobre o cristianismo. Como é que ele começou? O que ele significa hoje em dia?".
Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo. Nunca tinham me feito perguntas desse tipo. Ficamos uma hora repassando a história da salvação, de Adão e Eva aos Atos dos Apóstolos e terminando com um intenso debate sobre a missa. Foi impressionante. Mesmo!
Eu tinha conhecido Ling, um estudante de Pequim, durante um evento do Newman Center, algumas semanas antes. Novo nos Estados Unidos e com vários amigos cristãos, Ling tinha muitas perguntas sobre essa estranha pessoa chamada Jesus, de quem ele só tinha ouvido rumores até então.
Por que eu estou contando essa história? Porque havia algo de diferente em Ling. Ele era receptivo. Ele fazia perguntas sinceras, humildes, curiosas. Ele queria saber mais. Depois de conversar com ele durante vários meses, um súbito lampejo me chamou a atenção: Ling tinha sido poupado de um fenômeno que, em nossa juventude, atingiu quase todos nós que crescemos na sociedade pós-cristã: ele não tinha sido vacinado contra o cristianismo.
Você sabe como funciona a inoculação: uma versão enfraquecida de uma doença é injetada no seu sangue. O seu sistema imunológico, percebendo o intruso, dispara o alarme e começa a produzir anticorpos que atacam os invasores, destruindo-os.
Depois disso, toda vez que a versão real da doença tentar entrar no seu corpo, o seu sistema imunológico vai reagir e matá-la. A inoculação é uma ótima forma de treinar o seu corpo no reconhecimento e no combate às doenças que ele já viu antes. Bom, eu não sou microbiologista, mas acho que você entendeu a ideia.
É claro que tomar uma vacina para prevenir doenças como varicela e hepatite B é muito bom. Mas o que acontece quando nos vacinamos contra uma visão de mundo? Contra um sistema de crenças? O que acontece quando, numa época repleta de destroços de uma cultura cristã que já foi robusta e abrangente, nós ficamos imunes e incapazes de receber a verdadeira, autêntica e salvadora mensagem de Jesus Cristo?
O que acontece quando o cristianismo se reduz a “uma doença que já vimos antes”?
Uma vacina contra a Verdade
Fulton Sheen estava certo sobre uma série de coisas, incluindo a seguinte:
"Não há nem sequer cem pessoas nos Estados Unidos que odeiam a Igreja Católica. Mas há milhões que odeiam o que erroneamente acham que a Igreja Católica é".
Sheen entendeu a tragédia da nossa inoculação. Muita gente odeia ou abandona a Igreja porque foi levada a acreditar em um falso evangelho.
Vou destacar três das mais insidiosas "falsificações" do cristianismo; três mentiras que, mascaradas de verdade, levam as pessoas a rejeitar o cristianismo por inteiro. Precisamos acabar com elas.
3 motivos que levam os católicos a abandonar a Igreja
1. "Eu imaginava Deus como um velho de longas barbas brancas, sentado numa nuvem do céu. Agora eu já enxergo o quanto isso é ridículo. O cristianismo é simplesmente uma fantasia".
Eu não sei dizer quantas vezes já ouvi ex-católicos fazendo comentários desse tipo. Imagens de desenho animado de um Deus barbudo ou de anjos com asas foram incorporadas ao nosso subconsciente. Até Michelangelo pintou Deus desse jeito na sua famosa "Criação".
Mas nós temos que lembrar que as imagens de seres imateriais nunca foram feitas para ser interpretadas literalmente. Elas são apenas símbolos que pretendem ilustrar verdades metafísicas abstratas que a imaginação sozinha não consegue entender. A representação de Deus feita por Michelangelo era muito menos uma descrição literal do que um “comentário visual” sobre a sabedoria, a atemporalidade e a eternidade de Deus.
Nós somos humanos e amamos imagens. Mas até as imagens sacras podem nos vacinar contra a verdade se não formos cuidadosos com elas. Não podemos deixar uma imagem física substituir uma realidade espiritual ou permitir que a imaginação derrote a inteligência na tarefa de discernir o que é a verdade.
"Não há nada a ser feito com o intelecto até que a imaginação seja posta com firmeza em seu lugar" (Frank Sheed).
2. "O ponto central do cristianismo é fazer o bem e ser uma boa pessoa. Eu posso fazer isso sem religião".
Quando eu pergunto às pessoas qual elas acham que é a mensagem central do cristianismo, a resposta mais comum é esta: "ser uma boa pessoa".
Se esta fosse a verdadeira mensagem do cristianismo, eu não culparia as pessoas por abandoná-lo. Quem é que iria querer seguir todas essas regras, manter todas essas posições políticas impopulares e passar todas essas horas sentado, ajoelhado e em pé quando poderia muito bem abandonar todos esses aspectos da religião e ainda assim ser "uma boa pessoa"?
Jesus Cristo não foi apenas uma boa pessoa. Ele é o Filho de Deus feito homem e morreu para que pudéssemos viver em eterna relação de amor com Deus. Cabe a nós responder a este convite comprometendo a nossa vida com Ele.
"Deixe a religião ser menos teoria e mais um caso de amor" (G.K. Chesterton).
3. "Muitos indivíduos da Igreja cometeram uma enormidade de erros e de decisões erradas. Esta Igreja está cheia de pecadores e eu não quero fazer parte disso".
Temos que ter sempre muita sensibilidade para com quem foi machucado por indivíduos que fazem parte da Igreja. Eles têm razão: a Igreja está cheia de pecadores e sempre esteve, desde as traições de Pedro e de Judas.
Mas, ao mesmo tempo em que a Igreja está cheia de pecadores, ela também é a Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica fundada por Jesus Cristo e guiada pelo Espírito Santo. Abandonar a Igreja porque ela está cheia de pessoas pecadoras é como desistir da academia porque ela está cheia de pessoas fora de forma. Temos que promover a reforma da nossa Igreja, mas de dentro dela!
"A Igreja não é um museu de santos, mas um hospital de pecadores" (Abigail Van Buren).
O remédio: redescobrir o mistério
Citei três das maiores mentiras sobre o cristianismo; mentiras que, incutidas em nosso subconsciente, podem nos impedir de chegar algum dia a compreender de verdade a mensagem autêntica do Evangelho.
Felizmente, há maneiras de combater a síndrome do “eu já vi isso antes”. Se alguém que você conhece caiu nessa armadilha, tente algumas destas técnicas de “desvacinação”:
1. Derrube os mitos. Ajude as pessoas a enxergarem que a nossa cultura as vacinou com falsos evangelhos.
2. Proponha as Escrituras. Não deixe a fé ficar velha. Ensine as pessoas a experimentar os milagres da Encarnação e da Ressurreição de novo, através dos olhos dos primeiros cristãos.
3. Seja como Ling. Desafie as pessoas a se aproximarem de nosso Senhor com honestidade, humildade e de coração aberto. Se nós fizermos isso, o Deus que torna novas todas as coisas vai nos transformar de uma forma que nunca imaginamos que fosse possível!
Eu mencionei apenas alguns dos falsos evangelhos que vejo por aí. E você, também percebe outras formas “moles” da fé cristã que impedem as pessoas de receber a verdadeira mensagem vivificante de Jesus Cristo?
Título Original: 3 motivos que levam os católicos a abandonar a Igreja
Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon
Ora, ora..., você diz que são esses os três motivos ou razões do por que os fiéis deixam de sê-lo abandonando a Santa Igreja Católica, porém, eu, com todo respeito, lhe digo que está equivocado. Em minha opinião, os que a deixam, são, sem nenhuma sombra de dúvida, meros, pobres ignorantes, sem opinião a respeito ou visão de absolutamente nada, que se deixam levar por chamamentos ilusórios outros. Por que digo isso?... Porque, quem tem o mínimo de cultura e, às vezes, até iletrados, sabem que essa religião remonta de séculos, iniciada numa época que não havia absolutamente meio de comunicação que não fosse a palavra falada em verso e prosa, distribuindo e disseminação os ensinamentos de Jesus de Nazaré – Nosso Senhor Salvador. Assim como eu, não é fundamental ser um católico praticante; fundamental é não ser estupido e ignorar fatos históricos verídicos inquestionáveis, buscando outra, ou melhor, se iludindo e fugindo da nossa Sagrada Religião.
ResponderExcluirAbraço e que Deus lhe abençoe!
Olá, irmão leitor! Penso que o autor deste texto quis expressar apenas o que mais possa afastar os fiéis da Igreja de uma maneira mais ampla. É evidente que muitas outras coisas existem por traz deste afastamento. Certamente, também, é preciso ser cego pra não perceber a verdadeira e autêntica Igreja de Deus, comprovada bíblica e historicamente como única Igreja edificada pelo Senhor Jesus. Vemos por tanto que existem muitos fatores por traz disto tudo, e, grande parte deles, infelizmente, influenciada pelo inimigo. É ele quem deixa a criatura em estado de cegueira. Muitos ainda percebem a verdade nesta Igreja, mas pra não “dar o braço a torcer”, preferem ignorar a consciência mergulhando cada vez mais no engano, num caminho que, pra se sair, é preciso muita coragem e força do Espírito. Cabe aos que são da Igreja autêntica, orar por essas pessoas sem parar, pois saindo desta Igreja única, saem da portadora da Salvação, pela própria vontade do Senhor Jesus. Obrigado por sua participação!
ExcluirA Paz de Nosso Senhor Jesus e o amor de Maria!