A Igreja é a coluna (mestra) e sustentáculo (preservadora) da verdade – 1º Tim 3,15

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É importante falar de Deus, das coisas de Deus, sem tirar os pés do mundo, pois estamos nele, embora que não sejamos dele. O Viver em Deus, fala de Deus, dos fatos da Igreja, do meio cristão católico. O Viver em Deus não é fechado em si mesmo, portanto faz também a apresentação de obras de outros sites católicos, o que, aqui, mais se evidencia, no intuito da divulgação e conhecimento dos mesmos. UM BLOG A SERVIÇO DA IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. Sejam todos bem - vindos!

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Quando neste blog é falado, apresentado algo em defesa da Igreja, contra o protestantismo, é feito com um fundo de tristeza ao ver que existem "cristãos" que se levantam contra a única Igreja edificada pelo Senhor Jesus no mundo. Bom seria se isto não existisse, a grande divisão cristã. Mas os filhos da Igreja têm que defendê-la.

Saibam, irmãos(ãs), que o protestantismo, tendo que se sustentar, se manter, se justificar, terá que ser sempre contra a Igreja católica (do contrário não teria mais razão de sê-lo) ainda que seja pela farsa, forjar documentos, aumentar e destorcer fatos (os que são os mais difíceis para se comprovar o contrário pelos cientistas católicos, pois trata-se de algo real, mas modificado, alterado para proveito próprio.) E tentarão sempre atingir a Igreja na sua base: mentiras contra o primado de São Pedro, contra o Papa e sua autoridade, contra o Vaticano, contra a sua legitimidade, e outros tantos absurdos. São, graças a Deus, muitos sites católicos que derrubam (refutam) estas mentiras, provando o seu contrário, bastando portanto se fazer uma pesquisa séria, por exemplo, com o tema: cai a farsa protestante, refutando o protestantismo, etc. O Espírito Santo jamais abandona sua Igreja. Que saibamos, por este Espírito, amar aos protestantes que não participam destas ações malignas, e aos que se incumbem destas ações, os inimigos da Igreja, que saibamos, ainda que não consigamos amá-los o bastante, ao menos respeitá-los em sua situação crítica perante Jesus e desejar a eles a conversão e a Salvação de Nosso Senhor Jesus. "Se soubéssemos verdadeiramente o que é o inferno, não o desejaríamos ao pior inimigo".

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Notas Importantes

*O marcador “IDOLATRIA”, na seção TEMAS, abaixo, à esquerda, assim está exposto com a função de desmentir as acusações de idólatras aos católicos, outras vezes também denunciando que estes próprios acusadores cometem a idolatria ao dinheiro, entre outras.

*Os anúncios que aparecem neste blog podem porventura não serem compatíveis com a doutrina católica, por escaparem da filtragem do sistema. Aconselha-se a quem se incomodar com estes anúncios, atualizar a página do blog até que eles sejam modificados.

*Ao usar o telemóvel escolha a opção “visualizar versão para a web”, localizada abaixo da opção “página inicial” , para que sejam utilizados todos os recursos apresentados na página como vista no computador.

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Tradutor

domingo, 31 de maio de 2015

Os nossos pecados não são maiores que a misericórdia de Deus



Festa da Santíssima Trindade



Bispo emérito Dom Benedito Beni. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Dom Benedito Beni

Estamos na oitava semana do período litúrgico, chamado Tempo Comum. A liturgia nos mostra Cristo como o missionário do Pai.

São Mateus, em seu Evangelho, resume toda a atividade missionária de Cristo com as palavras de Jesus, que ia ensinando pelas sinagogas, andava por todas as regiões, curando todas as espécies de doenças e enfermidades.

O Evangelho de São Marcos nos mostra Jesus, em Jerusalém, no fim do Seu ministério. Na Primeira Leitura do livro de Eclesiástico, escrito no século II antes de Cristo, ano 180, há dois nomes: Sabedoria (Desirate), que é o seu autor; e Eclesiástico, que significa livro da Igreja. O livro fala de um fato é muito importante, porque, de modo profundo, fala sobre Deus e contém diversas orações que alimentam a vida da Igreja.

Em Eclesiástico, Deus é um grande mistério, um ser perfeitíssimo, nada Lhe foi tirado, nada Lhe foi acrescentado. O Senhor não envelhece. Para este livro, Deus é sapientíssimo, conhece todas as coisas, conhece o abismo do universo e do ser humano. Ele não é um ser distante de nós. Afirma o livro ainda que o Senhor se torna presente no mundo, Ele age na história, é o fundamento de tudo: do universo, da reta conduta humana, pessoal, social, planetária e universal. Uma vida sem Ele é uma vida sem fundamento. O livro do Eclesiástico termina com um poema dedicado a Deus.

Nós ouvimos, na Primeira Leitura, o autor referir-se à primeira etapa da sua juventude. Ele andava perdido e procurava um caminho que lhe desse firmeza para seguir. Na segunda etapa da juventude, ele descobriu a sabedoria que procurava. Esse poema nos ensina que, quando procuramos a felicidade fora da sabedoria da Palavra de Deus, fora dos Seus mandamentos, caímos na ilusão. Repetimos o gesto do filho pródigo que procura a felicidade fora da casa do pai.

O Salmo afirma que a Palavra de Deus é conforto para nossa alma e alegria para nosso coração, é sabedoria para os humildes e para aqueles que a acolhem. Afirma ainda que a Palavra de Deus é mais doce que o mel, é suave, é a força que recebemos para que a coloquemos em prática.

O Evangelho nos mostra Cristo, que é a Sabedoria Divina presente no mundo. O episódio narrado diz que Jesus se encontra em Jerusalém, no fim do Seu ministério; e quando Ele subia para Jerusalém, por três vezes mostrou o anúncio de Sua morte, de Seu sofrimento. E o último anúncio é de Sua entrega aos sacerdotes, aos doutores da Lei, quando sofre muito, é injuriado, cuspido, batido e morto. Mas ressuscita no fim do terceiro dia.

De fato, não passava pela cabeça dos discípulos a ideia de um Messias sofredor e crucificado. Isso seria para eles e para os judeus um escândalo e grande contradição. Por isso, ficaram tristes e abatidos, seguiram Jesus de longe. Quando Cristo chegou a Jerusalém, viu que a casa de Deus tinha se transformado em um mercado de exploração, uma casa de ladrões. Ele, então, com autoridade moral e divina, expulsou todos do Templo. Jesus disse: “Esta casa será para todos os povos uma casa de oração”. Com essas palavras, o Senhor mostrou que Ele era o Messias não só dos judeus, mas o Salvador de todos os povos.



“Nenhum pecado é limite para a misericórdia de Deus”, afirma Dom Benedito Beni. Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com

Depois que Jesus expulsou todos do Templo, os representantes do Sinédrio e os sacerdotes da lei quiseram matá-Lo. No outro dia, Jesus voltou ao Templo e os sacerdotes Lhe perguntaram: “Quem lhe deu a autoridade para expulsar as pessoas e pregar no templo?”. Jesus disse: “Eu só vou responder se vocês me disserem: “O batismo de João veio do céu ou da terra?”. João Batista, por meio de sua pregação e do batismo, procurava converter o povo a fim de que este acolhesse o Messias. João Batista disse: “Eis o cordeiro de Deus, que veio para tirar o pecado do mundo!”.

Se os doutores da lei dissessem que o batismo de João Batista viera do céu, eles teriam de acolher Jesus como o Messias; por isso disseram que não sabiam. Na verdade, não quiseram responder. Mas há uma outra razão que explica essa atitude falsa. Na Sagrada Escritura, há três imagens para designar o povo de Israel: “rebanho de Deus” ou “vinho de Deus”, que serve para produzir uvas doces e não azedas. O povo é chamado também de “figueira”, que era para dar frutos saborosos.

Quando Jesus estava perto de Jerusalém, São Marcos afirmava que aquele povo era como uma figueira seca. São Marcos conta a passagem da figueira a fim de fazer um advertência à sua comunidade, à Igreja e a todos nós. O pecado tem diversas consequências; a pior delas é fazer com que nos tornemos figueiras secas. Essa figueira à qual Jesus se refere é o nosso coração.

No início da Quaresma do ano passado, Papa Francisco afirmou: “A Igreja está vivendo um tempo de misericórdia, que deve iluminar os passos dela neste século. Este tempo de misericórdia teve início, há trinta anos, com o Papa João Paulo II, este grande santo que conservamos em nossa memória, que escreveu a Encíclica Dives in Misericórdia (Deus rico em misericórdia)”.

Depois no ano 2000, na celebração do grande jubileu da redenção da encarnação, o Papa João Paulo II canonizou a freira polonesa irmã Faustina, a qual viveu toda sua vida para divulgar a misericórdia divina. Essa freira viveu entre as duas guerras mundiais e acreditava que a misericórdia era o remédio para acabar com todas as guerras. Finalmente, o Papa São João Paulo II determinou que a Festa da Misericórdia fosse comemorada no segundo domingo da Páscoa.

No Antigo Testamento, a palavra “misericórdia” significa “amor de mãe”. O profeta Isaías afirma que Deus nos ama com misericórdia, ou seja, com amor de mãe. Os nossos pecados podem ser muitos, mas a misericórdia de Deus é infinita. Nenhum pecado é limite para ela.

No Antigo Testamento, “misericórdia” tem o significado de “amor liberado”, o amor que não rejeita a carne do irmão. Meus irmãos, quando o próximo peca, não devemos jogar-lhe pedras, mas manifestar misericórdia. O fato de jogarmos pedras não mudará o coração de ninguém, por isso Jesus não joga pedras em ninguém, mas ama a todos com misericórdia.

A lógica dos homens é “dente por dente e olho por olho”, mas essa não é a lógica de Deus. Que a misericórdia ilumine os passos da Igreja neste século e os de cada um de nós.

Transcrição e adaptação: Jakeline Megda D’Onofrio. 

Adquira esta pregação pelo telefone: (012) 3186-2600



Missionária da Comunidade Canção Nova



Dom Benedito Beni
Bispo emérito da diocese de Lorena (SP)


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 30 de maio de 2015

Nós cremos num único Deus, mas não num Deus solitário



Festa da Santíssima Trindade





Padre Edmilson Dias. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com


Padre Edmilson Dias

Jesus faz Sua oração sacerdotal, antes do mistério Pascal, quando reza por nós, que O conheceríamos após um tempo: “Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós” (João 17, 10-11).

A Santíssima Trindade é a base para esta pregação. O Catecismo da Igreja Católica mostra que: “A Trindade é una. Nós não confessamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: «a Trindade consubstancial» (64). As pessoas divinas não dividem entre Si a divindade única: cada uma delas é Deus por inteiro: «O Pai é aquilo mesmo que o Filho, o Filho aquilo mesmo que o Pai, o Pai e o Filho aquilo mesmo que o Espírito Santo, ou seja, um único Deus por natureza» (65). «Cada uma das três pessoas é esta realidade, quer dizer, a substância, a essência ou a natureza divina» (66)” (CIC 253).

O Catecismo esclarece que, quando rezamos “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, nós sempre dizemos “amém” no fim, porque acreditamos que Ele é um Deus Trino. Nós não acreditamos em três deuses, não é um Deus grande, um médio e outro pequenino. São três pessoas num único e mesmo Deus.

“As pessoas divinas são realmente distintas entre Si. «Deus é um só, mas não solitário» (67). «Pai», «Filho», «Espírito Santo» não são meros nomes que designam modalidades do ser divino, porque são realmente distintos entre Si. «Aquele que é o Filho não é o Pai e Aquele que é o Pai não é o Filho, nem o Espírito Santo é Aquele que é o Pai ou o Filho» (68). São distintos entre Si pelas suas relações de origem: «O Pai gera, o Filho é gerado, o Espírito Santo procede»(69). A unidade divina é trina” (CIC 254).

Nós cremos num único Deus, mas não num Deus solitário. São três pessoas distintas num único amor, num único ato de amar, num Altíssimo que é comunhão, que é relação.

O Senhor sempre estará acima da nossa compreensão humana; Ele nunca estará totalmente dentro de nós, porque Ele é muito grande.

Ao olharmos para o mistério da Santíssima Trindade, para a relação do Pai com o Filho, para a relação do Espírito para com o Pai e o Filho, aprendemos a nos relacionar com Deus Uno e Trino, mas também com as pessoas que estão a nossa volta, em nosso relacionamento cotidiano.

A Palavra de Deus, no livro de Gênesis 1, 26-27, diz assim: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra. Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher”.

Nós fomos criados deste modo: à imagem e semelhança de Deus. Fomos criados acima de uma realidade maior. O Senhor vai criando todas as coisas; Ele chama à existência os animais, as plantas etc., e acha tudo muito bom. Mas Ele não iguala o ser humano às coisas criadas. Sempre o ser humano estará acima de todo o resto, as outras coisas foram criadas em vista dele.



Peregrinos participam da Quinta-feira de Adoração na Canção Nova. Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Veja como grande é o amor de Deus! Ele comunica em cada obra criada o Seu amor, Ele põe de Si mesmo em tudo aquilo que realiza.

Deus expandiu o Seu amor ao nos criar, mas Ele não disse às plantas, aos animais: “Façam-se à minha imagem e semelhança”.

É preciso que nos descubramos criados por Deus, à imagem e semelhança d’Ele. Sabemos que sempre houve a Santíssima Trindade, e essa revelação plena acontece por meio de Jesus. Precisamos fazer uma experiência diária com esse Deus que está presente em nossa criação.

Se quisermos viver bem uns com os outros, precisamos estar unidos ao Pai. Quem se aproxima d’Ele se descobre interiormente; quem se aproxima do Senhor se descobre amado. Quando nos aproximamos do Senhor, descobrimos que somos amados.

Se você não consegue viver bem a sua vida de oração, suplique a ajuda do Espírito Santo. É preciso clamar para que Ele venha. É ele quem nos conduz ao Pai, é ele quem sara o nosso coração. Precisamos ser um povo que clama a Deus, precisamos ser como os apóstolos de Jesus. É hora de deixar que o Espírito Santo transforme a nossa vida.

As pessoas podem acreditar no que você fala, nas músicas de Deus que você canta, mas elas acreditarão muito mais quando sentirem o Espírito Santo em você.

Olhemos para a Santíssima Trindade e aprendamos a lidar com os outros, aprendamos a ser melhores, pois o amor de Deus diz quem nós somos.

Transcrição e adaptação: Karina Aparecida

Adquira esta pregação pelo telefone: (12) 3186-2600



Padre Edmilson Dias

Sacerdote da Comunidade Canção Nova

Título Original: Comunhão é reposta ao amor de Deus


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

Afinal, a Bíblia fala ou não de religião? Sim, fala! E elogia a boa religião!



Afinal, a Bíblia fala ou não de religião? Sim, fala: Em Atos 26,25 ela  diz: "Sabem eles, desde longa data, e se quiserem poderão testemunhá-lo, que vivi segundo a seita mais rigorosa da nossa religião, isto é, como fariseu."; Em Tiago, 1, 26-27 ela diz: "Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião. A religião pura e sem mácula aos olhos de Deus e nosso Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições, e conservar-se puro da corrupção deste mundo." Ora, a nova onda protestante é dizer que a Igreja católica não passa de religião e que Deus nunca criou uma religião; pior ainda, muitos afirmarem que "a Bíblia não fala em religião", puro espelho de ignorância. O que ocorre é que, não tendo o que rebaterem num amplo estudo sobre a veracidade da Igreja católica ser edificada sobre a pessoa de S. Pedro ( "...Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja "... (Mt 16,18) ) partem para as invenções mais absurdas, alienadas e delirantes, e por quê não dizer, "satânicas"! São escapatórias que só atingem os despreparados, que não se importam em aprenderem verdadeiramente sobre a Igreja. No texto a seguir, Henrique Sebastião, no site O FIEL CATÓLICO responde a um questionamento destes que se deixam iludir pelos falsos profetas atuais. Deixemos que ele expanda mais o assunto sobre a palavra RELIGIÃO.
Henrique Guilhon 
citada: Bíblia Católica Online


O Fiel Católico

UM LEITOR que se identifica como "Volnei" enviou-nos a seguinte mensagem:

"Mais uma vez [vejo neste site] as intriguinhas religiosas, que me enojam cada vez mais... Deus não tem religião. Deus não criou nenhuma religião. E a prova de que a religião não salva ninguém é Jesus Cristo, que nasceu no meio de uma família judaica, e e sendo judeu, por tradição familiar, Jesus nos ensinou que o caminho da salvação está nele. O problema de católicos, protestantes, espíritas, etc, é que colocam a religião acima de Deus. Fé cega faca amolada. Ficam uns falando mal dos outros, e todos estão errados. Os católicos acham que a igreja foi fundada pelos católicos, mas se estudassem um pouco de história, descobririam que ela na verdade foi fundada pelo imperador romano Constantino, que queria apenas o poder, já que não conseguiu destruir os seguidores de Cristo, "juntou-se" a eles, com o único objetivo de ganhar poder.

Com relação à adoração de imagens, a Bíblia é bem clara com relação a isso, e mostra que Deus não admite adoração às imagens. E outra, que sentido teria Deus enviar seu filho ao mundo para morrer? Os católicos não acreditam que Jesus tem poder suficiente para nos ajudar? Por que pedir a Santos, se eu posso pedir a Jesus? Ele mesmo disse que tudo que pedires em meu nome eu atenderei! Essa adoração à Maria tb, não consigo entender, não há na Bíblia uma razão sequer para endeusá-la, pois é assim que ela é tratada pelos católicos, como uma Deusa, e pior ainda, mãe de Deus. Como ela pode ser mãe de Deus se foi Deus quem a criou? Só existe um caminho, cuja porta é estreita, e esse caminho é Jesus Cristo. Pertencer a essa ou aquela religião, não vai te salvar.

A religião causa desavenças, guerras, confusão... Quantas mortes, guerras, foram causadas pela igreja católica, quantos índios foram mortos,quantas crianças estupradas, quantos escravos foram feitos em nome da "igreja". Quantas pessoas são roubadas todos os dias por pastores, padres e falsos lideres religiosos? E ainda tem gente que defende essas igrejas a ponto de brigar com o próximo, ignorando o mandamento maior: O Amor! A religião é o mal do mundo! A religião é uma tentativa criada pelo homem de se chegar até Deus. Aqueles que adoram a religião, poem Deus em segundo plano e ficam cegas! Jesus é o caminho, a religião é um falso atalho!"

Nossa resposta – Prezado Volnei, pelo conteúdo do seu comentário, fica claro que você não possui o necessário conhecimento a respeito dos assuntos sobre os quais pretende opinar. E preciso dizer que, neste caso, o mais triste não é ignorar a verdade; mais triste é não saber e ainda achar que sabe, que é "doutor" abalizado para criticar e impor suas visões distorcidas como se fossem definitivas, insofismáveis, de aceitação obrigatória. Assim não se aprende nada de novo. Quem acredita que já sabe tudo o que há para se saber sobre determinado assunto está fechado nas próprias convicções; tapa os ouvidos para tudo o que soa diferente de suas "certezas" e deixa escapar o mais importante: a verdade.

Em primeiro lugar, este site não serve, absolutamente, às “intriguinhas religiosas”, como você diz, de qualquer espécie. Tratamos aqui, primordialmente, de catequese, procurando evitar a ofensa, a agressão e o desrespeito, tanto nas perguntas que nos são feitas (são muitas as que não publicamos, infelizmente, justamente por não se enquadrarem neste viés) e nem nas respostas dadas, – embora sejamos forçados a reconhecer que a religião seja um tema sempre delicado, já que envolve convicções profundas e acalentadas com zelo por cada indivíduo. Não é fácil contrariar aquilo que uma pessoa tem como sagrado.

E então você vem com aquele discurso velho e surrado, tão medíocre quanto falso, que todo alienado teológico defende: “Deus não tem religião, Deus não criou religião”... Bem, o mínimo que você terá que fazer, pelo bem da verdade, é admitir que essa afirmação depende direta e completamente do seu ponto de vista, e que é, no mínimo, controversa. "Deus não criou religião" na opinião de quem? Baseado em quê, exatamente, você o afirma com tanta convicção? Na sua própria sensibilidade? Será que você se vê como o famoso "dono da verdade"?

Entenda bem, Volnei: antes de qualquer coisa, para saber se Deus criou religião ou não, – se religião é importante ou não, se religião salva ou não... – precisamos estabelecer o ponto fundamental dessa afirmação, que é definir o que éreligião, afinal. Como é que eu posso estabelecer qualquer afirmação a respeito de uma determinada coisa, sem compreender muito bem o que essa coisa é, antes de tudo? Para emitir opinião sobre determinado assunto, preciso conhecê-lo minimamente, isto é o mais óbvio dos óbvios! Sem isso, eu não estarei emitindo opinião, mas simplesmente impondo meu “achismo” como verdade absoluta, – e proclamando a minha ignorância ao mundo.

Ponto de partida: o significado da palavra

Isso posto, para começarmos a compreender a questão, comecemos pelo começo: o que é religião? E aqui não interessa saber o que eu acho, nem o que você acha. Precisamos encontrar a definição culta e precisa da palavra, livre do que sugerem as imaginações particulares. Façamos então o mais simples e certo: consultemos o léxico. Nem o que você pensa nem o que eu suponho, mas sim o que este vocábulo realmente quer dizer em nosso idioma. Pois bem; no Michaelis, constam as seguintes definições para "religião": "Serviço ou culto a Deus; sentimento consciente de dependência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador; culto externo ou interno prestado à divindade; Fé; Prática dos preceitos divinos ou revelados".

Ao reproduzir acima o texto do dicionário, quis destacar em negrito as assertivas mais importantes. Acabei por notar, porém, que a definição inteira é vital! Cada sinônimo dado à palavra ajuda sobremaneira a esclarecê-la, e torna bem clara a sua compreensão. Em nosso idioma, religião simplesmente é:

• O culto a Deus, seja externo (que se presta por meio dos nossos atos, das posturas que adotamos perante a vida, das nossas obras de caridade) ou interno (em nossa fé mais profunda, nossa espiritualidade, nossa devoção e santo amor a Deus e ao nosso próximo);

• O sentimento de dependência que nos liga ao Criador; em outras palavras, é reconhecer nossa pequenez, humildade e insuficiência diante da infinitude, supremacia e onipotência divinas, – o que significa, simplesmente, adoração;

• A fé. – Note-se bem que, na língua culta, fé e religião são sinônimos. Ter fé é ter religião, e quem não tem religião não tem fé. Mesmo que não se integre uma instituição religiosa ou se adote determinada doutrina formal, professar a fé em Deus já é uma forma de confissão religiosa;

• A prática dos preceitos divinos ou revelados. Em outras palavras: quem pratica a Vontade de Deus pratica a verdadeira religião.

Mais simples e mais certo do que isto, impossível. A confusão só pode partir de quem não procura realmente conhecer a verdade, ou de alguém que antepõe outros interesses pessoais ao desejo sincero de saber o que é verdadeiro e o que não é. O fato é que, se estamos falando de cristianismo, sim, Deus criou religião, e a verdadeira religião é fundamental para que nos aproximemos dEle.


A origem da palavra


O vocábulo "religião", no sentido original, deriva do latimreligio, religionis, que quer dizer “culto, prática religiosa, cerimônia, lei divina, santidade”. Existe alguma controvérsia quanto à etimologia da palavra, no sentido de se definir de qual verbo esse substantivo seria a forma nominal: se de religare ou de religere, – mas essa definição não é tão importante, já que os significados de um e de outro são muito próximos, e o sentido que para nós interessa permanece o mesmo.

Religare significa “religação": quer dizer "religar, reatar, ligar bem e justamente”1. A tese de que a palava deriva do religare vem desde Lactâncio (séc III/IV dC). No caso que ora estudamos, religare quer dizer religar ao Divino, a Deus. – O ser humano, por seu egoísmo, ignorância, fraquezas, apegos e desejos desordenados (pecado) encontra-se separado, desligado de seu Criador. Religião, assim, é o ato ou a prática de se retomar essa ligação perdida, sendo que, no contexto do cristianismo, Jesus veio nos trazer exatamente isto.

Na outra versão, a forma derivaria de relegere, que quer dizer “retornar, reler, rever, reaver, revisitar, retomar o que estava largado ou perdido”1. O filósofo Cícero (De Natura Deorum, de 45 aC), defendeu esta etimologia. Nesse caso, para os cristãos, religião se referiria ao ato de reler sempre a Palavra ou Verbo de Deus, ou, mais profundamente, de retornar incessantemente ao Caminho, que para nós, cristãos, é Cristo; ou, ainda, retomar nossa ligação (novamente) original com Deus. Religião, assim, é retomar a dimensão espiritual da vida, da qual as preocupações e cuidados mundanos tendem a nos afastar. 

Agora, tendo compreendido bem do que exatamente estamos falando, retomamos o raciocínio de Volnei, que assim poderemos perceber, com toda a clareza, é absolutamente desprovido de sentido:

“E a prova de que a religião não salva ninguém é Jesus Cristo, que nasceu no meio de uma família judaica, e e sendo judeu, por tradição familiar, Jesus nos ensinou que o caminho da salvação está nele. O problema de católicos, protestantes, espíritas, etc, é que colocam a religião acima de Deus.”

Depois de entender o que significa religião, ao lermos a afirmação acima notamos como carece de qualquer razão: se Jesus ensinou que o Caminho da salvação está nEle, então nós precisamos ouvir o que Ele diz, seguir o que Ele ensinou, observar o seu exemplo. E fazer isso é, exatamente, praticar a religião. Então, essa separação entre Jesus e religião simplesmente não é possível. Vemos que a confusão se dá no fato de o leitor atribuir ao vocábulo "religião" um significado equivocado.

Vou dar alguns exemplos para ajudar a clarear ainda mais a questão: Jesus mandou a Igreja batizar aqueles que cressem e aderissem ao Evangelho. Celebrou e mandou celebrar a Eucaristia em sua memória. Mandou observar uma série de regras morais. Edificou sua Igreja sobre o Apóstolo Pedro, e conferiu aos seus Apóstolos a missão de conduzir esta mesma Igreja, dando-lhes autoridade para tanto. Mandou que confessássemos os nossos pecados, e decretou que os pecados que seus Apóstolos (e seus sucessores, evidentemente) não perdoassem, não seriam perdoados por Deus Pai. Pois bem, são exatamente estas e outras coisas semelhantes que a Igreja faz e ensina a fazer, obedecendo ao que ensinou Jesus Cristo. A todo este conjunto de coisas é que chamamos religião.

"se estudassem um pouco de história, descobririam que ela na verdade foi fundada pelo imperador romano Constantino, que queria apenas o poder, já que não conseguiu destruir os seguidores de Cristo, "juntou-se" a eles, com o único objetivo de ganhar poder..."

Então quer dizer, Volnei, que a História diz que Constantino inventou a Igreja?! Bem, aqui você caiu no meu conceito, e caiu muito. Para ser honesto, você despencou num poço profundo, de ignorância e preconceito da pior espécie. Saia dessa! Que história seria essa, que você nos recomenda estudar? No grupo que constitui o apostolado responsável por este site, somos todos graduados, seja em Letras, História, Filosofia ou Teologia. – Não o dizemos com arrogância, mas apenas para deixar claro que não estamos aqui jogando palavras ao vento ou nos aventurando a falar daquilo que desconhecemos. – Mas parece que a sua fonte foi algum gibi ou algum livreto de histórias da carochinha. Ou então (bem mais provável) você ouviu essa tolice da boca de algum ignorante completo e acreditou, sem se importar em checar se havia a possibilidade de se tratar de um tremendo e colossal disparate. Então, por favor, já que você nos recomenda o estudo da História, queremos saber qual a sua fonte. Esperamos ansiosos.

O que a História mostra, de fato, é que Constantino revogou a proibição do culto cristão no Império romano, através do Édito de Milão. Aliás, no tempo de Constantino, o Papa era Melcíades, 32º Sumo Pontífice da Igreja depois de Pedro, e estes são dados históricos mais do que comprovados. Assim, não há como se afirmar que Constantino seja o fundador da Igreja, já que ele apenas deu liberdade aos cristãos, – que obviamente já existiam desde o ano I da Era Cristã, – acabando com mais de dois séculos e meio de perseguição e martírios. Trata-se de uma questão extremamente simples, fácil de compreender e impossível de se negar. É preciso um altíssimo grau de alienação da realidade para aceitar a ideia de que tenha sido um imperador romano o fundador da Igreja, a partir do século IV! Nenhuma igreja protestante histórica (mais antigas) adota esse tipo de teoria da conspiração maluca para renegar a autoridade da Igreja Católica, pois tanto seus pastores quanto seus adeptos são pessoas de melhor formação. Se quiser entender melhor essa questão, por favor, leia aqui, pois nós já esclarecemos este assunto, em detalhes.

Aliás, Volnei, você mesmo se contradiz, afirmando que Constantino, não conseguindo vencer os cristãos, juntou-se a eles. Ora, mas não foi ele quem inventou a Igreja? Se ele se juntou à Igreja para ganhar poder, como você diz, então você admite que a Igreja já existia antes dele (?!).


Imagens na Igreja, mais uma vez...


Com relação à adoração de imagens, a Bíblia é bem clara com relação a isso, e mostra que Deus não admite adoração às imagens...
E aí vem você, depois de uma centena de ditos “evangélicos”, gritar mais uma vez que nós, católicos, "adoramos" imagens, e que imagem na Igreja é sinônimo de idolatria... Bem, nós já respondemos a essas acusações uma centena de vezes, também. Mas a paciência é uma grande virtude, na qual, eu confesso, sou falho. Logo, tentarei exercitá-la. Aí vamos nós...

Para você, "a Bíblia é clara em proibir as imagens"? Mas você disse que não tem religião! Ora ora, se você crê na Bíblia, então você tem religião, sim senhor. E pelo teor da sua fala, pelas suas acusações, premissas básicas e expressões, a sua religião é a religião do livro, aquela que ensina que Deus se resume à interpretação do livro. Você é, como já está mais do que claro, mais um "evangélico" preconceituoso, que memorizou meia dúzia de passagens das Sagradas Escrituras e se acha no direito de caluniar a Igreja Católica, – a mesma Igreja que produziu e canonizou, sob a inspiração do Espírito Santo, a Bíblia que carrega debaixo do braço.

Mas você anda lendo bem a Bíblia? Lê com boa vontade, com o desejo sincero de encontrar a Verdade? Ou você diz "amém" para tudo que o "pastô" diz? A minha Bíblia diz que Deus mesmo ordena a confecção de imagens, em diversas situações: manda esculpir e colocar querubins sobre a Arca da Aliança, o objeto mais sagrado do Antigo Testamento. Manda Moisés esculpir uma serpente de bronze, através da qual opera a cura no povo. Manda Salomão construir seu Templo repleto de imagens, com esculturas de anjos, de bois, de leões, de querubins de duas cabeças, de seres alados, etc, etc... E veja bem, são imagens de uso cultual, relacionadas diretamente ao culto divino. Está tudo na Bíblia! 

Então, vou explicar de novo: idolatria não é usar imagem no culto; isso sempre aconteceu, desde o tempo de Moisés: o problema estava nas imagens dos ídolos, as imagens dos deuses pagãos. Idolatria seria adorar uma imagem como se fosse Deus ou um deus. Isso é tão óbvio! Você acha mesmo que nós, católicos, somos tão ignorantes a ponto de achar que imagens de gesso são deuses? Sabe, eu não acredito que você realmente pense isso. Acho que você só teve uma formação equivocada. Acho que você teve a cabeça feita por algum falso profeta que chamam de "pastor", e perdeu a capacidade de pensar por si mesmo. Se você tiver humildade suficiente para aprender coisas novas, leia aquio que já publicamos sobre esse tema tão manjado. Se quiser aprofundar, há ainda mais aqui.


Contestações "evangélicas": as mesmas de sempre


Quanto ao resto de sua mensagem, perdoe-me, mas é o mesmo blablabla de sempre: pedir aos santos, "adorar" Maria... 

Para nós, católicos, os santos são nossos irmãos do Céu, como diz a Bíblia: “Aqui (no Céu) está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os Mandamentos de Deus e a Fé em Jesus” (Ap 14, 12), e a Igreja Católica nunca, jamais ensinou ninguém a "adorar" Maria ou qualquer dos santos. Se você me mostrar onde o Catecismo católico ou qualquer documento de qualquer Papa diz que devemos adorar Maria ou outro santo, eu lhe dou razão.

Você tem razão: não há motivo para "endeusar" a Virgem Maria, – pois cremos em um só Deus em Três Pessoas, – mas há motivos de sobra para honrá-la, amá-la e venerá-la: ela e somente ela abrigou Deus em seu ventre por nove meses, deu-lhe à luz, protegeu-o quando Ele se fez, por amor a cada um de nós, um bebê indefeso. O Sangue salvador que fluiu no Corpo do Cristo, e que foi derramado na cruz, é o mesmo Sangue que corria nas veias de Maria. Sim, porque Deus se fez homem por meio de Maria, foi de sua natureza humana que o Senhor fez seu próprio Corpo. Você já pensou nisso? 

Você diz ainda que Maria não pode ser mãe de Deus, e eu lhe pergunto: Jesus é Deus? E quem é a mãe de Jesus? Está difícil demais acompanhar este raciocínio elementar?

Além de tudo, meu pobre Volnei, – cúmulo dos cúmulos, – me parece que você se vê como mais "sábio" do que o próprio Espírito Santo! Por quê? Bem, você diz que não podemos chamar Maria mãe de Deus, mas o Santo Espírito, que é DEUS, assim proclamou Maria, por meio de Isabel, como vemos no Evangelho segundo S. Lucas (1, 39-45): “Como posso merecer que a mãe do meu Senhorvenha me visitar?"... – Sim, a Escritura afirma objetivamente que Isabel deu a Maria esse título por estar cheia do Espírito Santo (Lc 1, 41).

Por fim, sobre essa pequena coletânea de sofismas que você postou ao final do seu comentário, sobre a Igreja ter sido uma grande vilã da História, só posso lhe deixar uma dica de ouro: estude, estude e estude, e estude com interesse isento, imparcialmente. Não queira comprovar esta ou aquela opinião, mas busque antes e acima de tudo a verdade. Ao final deste post, deixo uma pequena lista de bons livros sobre o assunto, de bons autores, isentos, respeitados. São obras acadêmicas e outras de leitura mais fácil, mas todas para quem quer realmente aprender, e não se deixar afundar no poço sem fundo do preconceito e da alienação. 

Para adiantar outros possíveis (e previsíveis) futuros questionamentos seus, deixo aqui uma lista com as principais contestações "evangélicas" já respondidas neste site, assim fica mais fácil.

Finalizando, observo mais uma vez que é muito engraçado que você, que critica a religião, venha defender ferrenhamente uma religião específica, a religião do livro, a religião dos "evangélicos". Todas as afirmações que você fez, como já disse, evidentemente saíram da boca de algum "pastor" e se instalaram na sua mente, travestidas de verdades absolutas! Você comprou a religião do "pastor", e pior: ainda acha que não tem religião...

Deus os abençoe e lhes conceda discernimento, é o que peço em minhas orações.

Henrique Sebastião
_________
1. BIANCHI, Ugo. The Notion of "Religion" in Comparative Research. Roma: L'erma di Bretschneider, 1994, p. 63-73.

_________Bibliografia recomendada:





• WOODS Jr. Thomas E. Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental, São Paulo: Quadrante, 2008.

• CAMMILIERI, Rino. La Vera Storia dell´Inquisizione, Piemme: Casale Monferrato, 2001.

• AYLLÓN, Fernando. El Tribunal de la Inquisición; De la leyenda a la historia. Lima, Fondo Editorial Del Congreso Del Perú, 1997.

• WALSH, William T. Personajes de la Inquisición. Madrid, Espasa-Calpe, S. A., 1963.

• FALBEL, Nachman. Heresias Medievais. São Paulo: Perspectiva S. A., 1977.

• Revista História Viva nº 32, especial Grandes Temas / "A Redescoberta da Idade Média", São Paulo: Duetto março/2011, p. 52.

Título Original: Jesus e a Religião


Site: O Fiel Católico
Editado por Henrique Guilhon

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A Amazônia receberá missionários do CCM


CNBB

Um grupo de missionários, que participa dos cursos de formação no Centro Cultural Missionário (CCM) em Brasília (DF), visitou a sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na tarde desta quarta-feira, 27. Entre eles, duas religiosas e um padre irão trabalhar na diocese de São Gabriel da Cachoeira (AM).

Padre Luiz Aparecido, que pertence à arquidiocese de Botucatu e trabalha atualmente como missionário em Ipameri (GO), participará do Projeto Missionário Igrejas Irmãs dos regionais Sul 1 e Norte 1 da CNBB. O sacerdote destaca a importância da formação do CCM para a missão. “O curso nos ajuda muito a colocar o pé no chão para onde a gente vai chegar, conhecer a realidade para poder ver como podemos participar, contribuindo dentro daquela cultura, convivendo com eles, auxiliando no que a gente puder e nos colocando como irmãos dentro da comunidade”, afirma o padre (à esquerda na foto abaixo).

A formação teve início no dia 5 de maio e é uma iniciativa do CCM em parceria com a Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).

A diocese de São Gabriel da Cachoeira, sob responsabilidade de dom Edson Damian, possui 23 etnias indígenas diferentes e 18 línguas faladas pelos povos locais. Na região, o trabalho missionário de catequese com os indígenas é feito com a inculturação do Evangelho, iniciando a população local à vida cristã.


As outras duas missionárias que partirão para a diocese com maior presença indígena do Brasil pertencem à Congregação das Filhas de Santa Maria da Providência. Irmã Elda Soscia (ao centro) e irmã Irene Helena Martini (à direita) atuavam no Rio Grande do Sul e responderam ao chamado do papa Francisco para a evangelização na Amazônia.

“Nós esperamos fazer uma convivência com nossos irmãos indígenas de maneira que possamos dar e receber. Antes de tudo queremos receber porque eles foram bastante injustiçados. Por isso, queremos colocar à escuta para perceber os valores da cultura deles e depois queremos também anunciar o Cristo que é o porquê da nossa vida”, disse irmã Elda.

Irmã Irene, que está na congregação desde o início da missão da província no Brasil, pretende atender ao apelo de Francisco. “Agora, a pedido do papa, que insiste tanto para a gente ir ao encontro do mais necessitado, se colocar em missão, a gente quer fazer essa abertura com a Amazônia”, concluiu.

As religiosas irão para o município de Cucuí, às margens do Rio Negro, na fronteira com a Venezuela e com a Colômbia.

Visita à CNBB

Como de costume, os missionários em formação nos cursos do CCM realizam visita à sede da CNBB. Na oportunidade, conhecem sobre a articulação das atividades da Igreja no Brasil promovida pelo secretariado geral da entidade, além da atuação dos assessores das comissões episcopais. Cerca de 20 missionários brasileiros e estrangeiros dos cinco continentes estiveram na Conferência. Alguns participam do curso de Formação Missionária e outros do Aprimoramento em Língua Portuguesa.


Título Original: Missionários preparam-se para a missão na Amazônia


Site: CNBB
Editado por Henrique Guilhon

terça-feira, 26 de maio de 2015

É preciso ter coragem para ver que a Sola Scriptura ( somente a Escritura ) não tem fundamento bíblico


A carta a Timóteo ( 2º Tim 3, 16-17) diz  que  "toda" a Bíblia é útil para doutrinar, repreender, corrigir... mas não "somente a Bíblia" é útil para doutrinar, repreender, corrigir... eis a interpretação errônea do protestantismo.

Henrique Guilhon

Padre Paulo Ricardo

O sentido das Escrituras só pode ser esclarecido pela interpretação autorizada do Magistério da Igreja.

Prestem atenção! É preciso pôr um fim nesta polêmica — muito mal fundamentada, aliás — de que a Igreja Católica não possui base bíblica. Essa conversa sem pé nem cabeça, forjada por Martinho Lutero e repisada ainda hoje pelos seus seguidores, já vai longe demais. O cristianismo, dissemos aqui várias vezes, não é a religião do livro, mas de toda a Palavra de Deus. A insistência dos protestantes no dogma da Sola Scriptura, esse, sim, sem qualquer respaldo dos autores sagrados (cf. 2 Ts 2, 15), só consegue produzir ainda mais desconfiança sobre a fé cristã, seja em relação ao catolicismo, seja ao protestantismo. Que tipo de pessoa, hoje em dia, acreditará numa Igreja que prega uma enormidade de conceitos desarticulados, sem a devida consideração pelo contexto cultural e pelos gêneros literários? Que tipo de pessoa se deixará convencer pelos ensinamentos cristãos, quando os próprios cristãos, fazendo mau uso das Escrituras, dividem-se em não se sabe quantas denominações?

A memorização de alguns versículos bíblicos nunca deu, nem dará, o direito a um cidadão qualquer de fundar uma igreja. Não faz muito tempo surgiu na internet um vídeo de um pastor que incentivava o adultério por não saber distinguir entre o adjetivo "adúltera" e o verbo "adultera". Isso se deve não somente a uma dificuldade de interpretação de texto. O problema é mais grave. Chesterton estava certo ao afirmar que "a Bíblia por si mesma não pode ser a base do acordo quando ela é a causa do desacordo" [1]. Lógico. Quando as Sagradas Escrituras são retiradas de seu contexto eclesial, um texto alegórico passa-se facilmente por histórico e vice-versa. Perde-se o referencial. Que garante a autenticidade dos quatro evangelhos senão o testemunho da Igreja? Como se prova que o Evangelho segundo São Lucas é verdadeiro e o Evangelho segundo Maria Madalena não? Os protestantes — assim como muitos católicos que se deixam levar por aquela famosa pergunta: "Onde está na Bíblia?" — precisam aprender que a Bíblia não caiu do céu. 300 anos antes da definição do Cânon, já existia uma única Igreja — católica apostólica romana, para deixar claro — governada por bispos, sob a autoridade do Romano Pontífice. Já existia um Magistério antes mesmo que Constantino soubesse soletrar Roma. E é precisamente desse Magistério, cuja autoridade os protestantes adoram tomar para si, que podemos haurir a veracidade do Antigo e do Novo Testamento (cf. 1 Tm 3,15). Negá-lo equivale a negar as próprias Escrituras.

Celebramos nestes dias a Solenidade de Pentecostes. É também a festa da manifestação da Igreja. Os apóstolos, reunidos com Maria, a Mãe de Jesus — como faz notar São Lucas —, rezam no Cenáculo, pedindo a Deus a vinda do Espírito Santo. O Texto Sagrado autoriza-nos a fazer um paralelo muito pertinente com a visita da Virgem Maria à sua prima Isabel. O hagiógrafo diz: "Apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo" (Lc 1, 41). É uma espécie de pentecostes antecipado. O cumprimento de Maria suscita, por assim dizer, a descida do Espírito Santo, que diz pela boca de Isabel: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?" (Lc 1, 43). Desde o começo, Deus mostra-se, de certo modo, dócil à Virgem Maria. Esta cena vai se repetir nas bodas de Caná, quando o Filho antecipa o início de seu ministério conforme o pedido da mãe (cf. Jo 2, 1-11), e, finalmente, em Pentecostes, quando os apóstolos, unidos à intercessão d'Ela, são inflamados pelas línguas de fogo que caem do céu (cf. At 1, 13-14). A Igreja já nasce mariana. Nasce pela intercessão da Virgem Santíssima. Como se pode constatar, a acusação de que o culto à Nossa Senhora não faz parte do cristianismo é simplesmente ridícula. Na verdade, trata-se de uma blasfêmia — e das mais grosseiras —, porque é o próprio Espírito Santo quem o aprova. Ele diz por Isabel: "Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!" (Lc 1, 45).

Uma porção de outros textos bíblicos poderiam ser elencados aqui para respaldar o uso de imagens, a intercessão dos santos, o primado petrino, o celibato clerical etc. Não é nosso objetivo, porém, iniciar um debate deste gênero. Mesmo porque esses temas já foram tratados exaustivamente em outras oportunidades, e de maneira muito mais articulada. Além disso, os protestantes poderiam facilmente apresentar uma outra porção de versículos que, aparentemente, refutariam nossa posição, como sói acontecer quando nos arriscamos a seguir pela falsa premissa da Sola Scriptura. Ora, é exatamente este equívoco que pretendemos desfazer. A Bíblia não é a premissa fundamental porque ela mesma possui argumentos aparentemente contraditórios. É a interpretação autorizada da Igreja que a ilumina e revela a intenção de cada autor sagrado. Como uma criança diante de dois brinquedos a escolher — a comparação é do padre Lima Vaz —, o cristão escolhe não apenas um dos artigos da fé, mas ambos; vê universalmente, pois católico, aceita o todo [2].

Entendam uma coisa. Não existe Bíblia sem Igreja. Sacra Scriptura principalius est in corde Ecclesiae quam in materialibus instrumentis scripta, dizem os Santos Padres. Ou seja, a Sagrada Escritura está escrita no coração da Igreja, mais do que em instrumentos materiais. E isso por uma razão muito simples: Jesus se encarnou, não se encadernou. A Igreja, por sua vez, guiada pelo Espírito Santo, perpetua-se na história e dá continuidade a essa encarnação. Não nos esqueçamos: Ela é o Corpo de Cristo. Quem a nega, destarte, nega o próprio Cristo, pois não é possível aceitar a cabeça sem o corpo (cf. Mt 10, 40). Alguns contestam: "Ah, mas os bispos cometem muitos pecados". E daí? Cristo assegurou a infalibilidade da Igreja. Nada disse sobre a impecabilidade de seus pastores. Uma coisa nada tem que ver com a outra. Se aceitamos que a Igreja erra nos juízos de fé, a própria veracidade das Escrituras é posta em xeque. Dan Brown ganha muitas razões para apontar o dedo em nossas caras. As coisas mudam de rumo somente se acolhemos a Tradição, na certeza de que a promessa de Cristo sobre a incorruptibilidade da Igreja é verdadeira — non praevalebunt (cf. Mt 16, 18).

Que fique claro: não pretendemos com isso ofender nossos irmãos protestantes. A Igreja, vale lembrar, admite, em várias circunstâncias — mas sobretudo na defesa da dignidade do homem —, a colaboração "com outras Igrejas cristãs, comunidades e grupos religiosos, a fim de ensinar e promover" o conteúdo moral e social do Evangelho [3]. Apenas desejamos esclarecer alguns pontos de discordâncias que, as mais das vezes, só contribuem para aumentar as divisões e, pior, para a difusão do indiferentismo religioso.

Um pouco de bom senso e humildade nunca fez mal a ninguém. Cristo deixou-nos a Igreja e seus sacramentos para a santificação de nossas almas. Não podemos, a pretexto de uma interpretação particular da Bíblia, relativizar tudo isso (cf. 2 Pd 1, 40). É pecado. É temerário. Sem a Igreja, a Bíblia vira letra morta. Ou aceitamos o Magistério, ou perdemos as Sagradas Escrituras. Tertium non datur.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

Capítulo Why I am a catholic publicado no livro The Thing (1929), sem tradução no Brasil. Fonte: Sociedade Chesterton Brasil.
VAZ, Henrique C. de Lima. Ontologia e história: escritos de filosofia VI. 2 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2012, pág. 31.

Título Original: Uma resposta católica a uma polêmica protestante


Site: Padre Paulo Ricardo
Editado por Henrique Guilhon

segunda-feira, 25 de maio de 2015

9 maneiras para rezar o terço mesmo estando ocupado

© Ondřej Vaněček

Aleteia

Rezar o terço é muito mais simples (e maravilhoso) do que você imagina

Decidi que rezar o terço diariamente será uma prioridade na minha vida. Se você acha que não dispõe de 20 minutos para sentar e fazer orações a Maria, meditando sobre os mistérios da vida do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, eu encontrarei 20 minutos em sua ocupada agenda.

Leve em consideração que você não precisa rezar os 5 mistérios de forma contínua, pode dividi-los durante o dia; e não é preciso carregar um terço com você o tempo todo: para isso, você tem 10 dedos que poderão ajudá-lo.

A seguir, apresento 9 ocasiões perfeitamente apropriadas para que você reze o terço hoje, por mais ocupado que esteja o seu dia:

1. Enquanto você corre

Você costuma correr, fazer exercício físico? Então pode acompanhar sua atividade física rezando o terço, ao invés de só ouvir música. Na internet, é possível encontrar muitos podcasts e aplicativos que lhe permitem escutar e rezar enquanto você corre.

2. No carro

É impressionante como aprendi a rezar o terço enquanto vou de um lugar a outro, enquanto vou ao supermercado, ao posto de gasolina, levar meus filhos à escola ou rumo ao trabalho. Os trajetos de carro costumam durar mais que 20 minutos, então eu os aproveito ativamente. Uso um CD com o terço e o rezo enquanto ouço. Isso me faz sentir como se estivesse rezando em grupo.

3. Enquanto você limpa a casa

Reze enquanto você organiza sua mesa de trabalho, enquanto passa o aspirador na sua casa, lava louça ou realiza outros afazeres domésticos. Enquanto reza, pode interceder e abençoar, com sua oração, todos aqueles que se verão beneficiados pelos seus esforços por um lar mais limpo e organizado.

4. Enquanto você leva o cachorro para passear

Você leva o cachorro para passear diariamente? Aproveitar o tempo de passeio para rezar o terço é muito melhor que deixar sua mente vagando sem sentido. Mantenha-a centrada em Jesus e em Maria!

5. Depois do almoço

Tenha um momento de descanso diariamente após seu almoço e aproveite-o para silenciar seu interior e rezar o terço. Nos dias de sol, você pode fazer isso contemplando as maravilhas da natureza que Deus nos deu.

6. Caminhando em um passeio sozinho

Uma vez por semana, lembre-se de rezar o terço caminhando. Nesses momentos, vale a pena levar o terço e caminhar no ritmo da oração. Outras pessoas poderão ver você rezar, o que acaba sendo uma oportunidade de dar testemunho.

7. Antes de deitar para dormir

Este é um momento belíssimo para ter Jesus e Maria como últimos pensamentos em sua mente antes de dormir. O único risco é pegar no sono antes de terminar o terço inteiro. Concentre-se no amor que você tem a Nossa Senhora e a Jesus para manter-se acordado.

8. Na igreja

É muito poderoso rezar o terço na presença de Jesus sacramentado e junto a outras pessoas da sua paróquia. Tenha um encontro semanal com Jesus para visitá-lo no Santíssimo Sacramento e rezar o terço em adoração. Ou, se sua paróquia tem a prática do terço em grupo, una-se!

9. Enquanto você está esperando

Quantas vezes estamos esperando algo ou alguém ao longo do dia? Na fila do banco, do supermercado, no consultório médico, no ponto de ônibus... você pode rezar pelo menos uma dezena do terço cada vez que espera, e no final do dia terá rezado o terço inteiro.

Que outras opções você tem para rezar o terço em seus dias ocupados? Compartilhe conosco!

Titulo Original: 9 ideias para rezar o terço quando você está muito ocupado


Site: Aleteia
Editado por Henrique Guilhon

domingo, 24 de maio de 2015

O Espírito Santo faz o pecado perder a força em nós


Acampamento de Pentecostes




Padre Roger Luís. Foto: Arquivo Canção Nova


Padre Roger Luís

Nós precisamos ser hospedeiros do Espírito Santo que vai fazendo com que o pecado perca a força em nós

Irmãos e irmãs, chegou o dia de Pentecostes! Durante o tempo pascal meditamos, por meio da Liturgia da Palavra, sobre a ação do Espírito Santo na Igreja pelo relato dos Atos dos Apóstolos. Foi um retiro de cinquenta dias para chegarmos a este tempo da Igreja.

A missão da Igreja começa em Pentecostes. Deus escolheu o Pentecostes dos judeus, que era a festa das primícias, quando eles levavam os primeiros dons para oferecer ao Senhor. Foi nesse dia que Deus fez acontecer o Pentecostes com todos os sinais, marcando o início da missão do povo de Israel, a raça eleita do Senhor, que foi chamada a anunciá-Lo até os confins da Terra.

O Espírito é como um vírus bom que entrou em nossas veias e por Ele temos a grande graça de ir experimentando o processo de transformação. Ele vai nos impregnando dessa vida nova de Cristo, dos sentimentos de Cristo.

Em Gálatas 2,20 lemos “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim”. Tamanha foi a acolhida e permissão da obra do Espírito na vida de Paulo. O Espírito Santo vai atacando a imunidade que fazia com que o homem velho continuasse agindo com força em nossa vida. Ele vai nos auto-imunizando para enfrentarmos as tentações.

Nós precisamos ser hospedeiros do Espírito Santo, que faz com que o pecado vá perdendo força em nós e vamos nos parecendo com Cristo. Ele vai santificando nossas ações. No sacramento do Crisma recebemos a força do Cristo que atua em nossa vida, na Eucaristia recebemos o Espírito que, por amor, doa e consagra a vida. Só precisamos ser dóceis à ação do Espírito.

Desde o dia do seu Batismo, o Espírito Santo mora em você. Desde quando você foi batizado Ele é o hóspede da sua alma. O pecado impede o Espírito Santo de agir e assim não produzimos os frutos, pela falta de abertura, de empenho, de docilidade. Precisamos reconhecer nossas fraquezas!

Quantos de nós vivíamos uma vida perdida como filhos pródigos e voltamos, nos abrimos e o Espírito Santo tem a liberdade para agir em nós. Ele só nos transforma quando Ele é convidado a transformar. Por isso, não podemos continuar no pecado, precisamos recorrer ao sacramento da penitência com frequência. Deus está realizando na vida daqueles que querem. Ele sabe que somos fracos, miseráveis e quis nos dar a força para permanecermos no Seu Espírito.

Destaco três pontos importantes. Primeiro, o Pentecostes como resultado da obediência. O capítulo 1, versículo 4 dos Atos dos Apóstolos nos diz “E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca;”. Precisamos ser um povo obediente à doutrina moral, um povo que rende a sua inteligência e seu coração a Deus e na humildade se abre a obedecer.

No versículo 12, lemos “Voltaram eles então para Jerusalém do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de sábado.” Se você quer ser um homem, uma mulher, cheio do Espírito Santo, obedeça.

Segundo ponto, eles foram perseverantes. Não sabemos esperar e o diabo, muitas vezes, usa o avanço tecnológico para nos dominar. Tudo é muito rápido e essa rapidez tecnológica está nos impossibilitando de avançar na perseverança. Nós viramos um povo imediatista.“Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele.” (Atos 1, 14).

Quem quer o derramamento do Espírito precisa perseverar, pagar o preço da oração. Quanto tempo perdemos nas coisas erradas! Mas com Deus a gente ganha! Pela obediência e pela perseverança a promessa foi cumprida, “sereis batizados com o Espírito Santo.” Deus quer dar a você o Espírito Santo sem medidas.

O terceiro ponto é receber o poder espiritual. Poder espiritual para expulsar os demônios, curar as doenças, para transformar o mundo. Nós podemos mudar o Brasil com o poder do Espírito Santo. Não são os políticos que vão mudar o país, mas o povo de Deus. A transformação da nação tem a ver com o povo de Deus consciente. Se formos o que devemos ser nós incendiaremos o mundo, o Brasil e a Igreja.

A transformação do Brasil vai vir de um povo que tem os joelhos no chão, um povo que chora por aqueles que estão na miséria e que sofrem com a violência. A transformação virá de um povo que sai da indiferença, do egoísmo.

A mudança do mundo passa pela sua mudança, sua decisão, oração e jejum. O Espírito Santo quer renovar a todos, quer renovar a face da Terra. Eu recebo o Espírito Santo para o bem comum, o dom de línguas é o único dom para o benefício pessoal, todos os outros são ferramentas de serviço, de evangelização. O Espírito Santo provoca a cultura do encontro.

A graça de Deus se multiplica sobre aqueles que sabem partilhar, que saem do egoísmo. O que Deus nos deu é para ser colocado em comum. Muitos de nós estamos entristecendo o Espírito com o nosso egoísmo. Eu entristeço o Espírito Santo quando o meu ministério é para o meu benefício próprio. Ele é o santificador que veio para nos arrancar do egoísmo.

Uma das grandes graças que o Pentecostes trouxe é a paixão pelas almas. Tudo que eu faço tem que ser para a salvação das almas e não para mim mesmo. Sejamos apaixonados pelas almas! Nós recebemos o poder do Espírito Santo para transformar a vida das pessoas. Saia desse Pentecostes como um pescador de homens, tenha compaixão do outro. Pentecostes é mudança de mentalidade.

Transcrição e adaptação: Míriam Bernardes





Padre Roger Luís
Sacerdote Comunidade Canção Nova

Título Original: Precisamos ser hospedeiros do Espírito Santo


Site: Eventos Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon

sábado, 23 de maio de 2015

O Exorcismo, a Confissão e o Mal


Blog Canção Nova


“O Exorcismo só retira o demônio do corpo, a confissão retira o Mal de nosso espírito.” (Padre José Fortea)

Tenho recebido diversos e-mails de pessoas que alegam estar supostamente vivendo algum tipo de realidade espiritual Diabólica.

Alguns casos que as pessoas me apresentam, devido aos detalhes contados e a minha própria experiência, é possível identificar que há algo de estranho e que realmente elas possam estar vivendo algo espiritual, e que isso precisará ser um pouco melhor entendido e esclarecido.

E para quem já recebeu algum tipo de respostas dos meus e-mails ou esteve comigo diretamente, sabe que neste meu primeiro contato o que faço é fazer uma série de perguntas para que fique ainda mais claro o discernimento do caso que a pessoa me apresentou.

Após estas perguntas, a minha principal pergunta é: “Há quanto tempo você não se confessa?”
E para aqueles que de algum modo eu já aconselhei e acompanho, a minha principal recomendação para que a pessoa se mantenha em seu Processo de Cura e Libertação é: “Você precisa se confessar ao menos uma vez por mês, ou sempre que sentir a necessidade; contanto que não passe de um mês.”

Diante de tudo, o que mais me espanta é ver que muitas pessoas não se confessam faz anos e anos. Algumas até vivem um pouco da fé, dizem ir a Igreja, dizem que vão até à Missa; mas não se confessam!

Realmente me causa muita preocupação pois dizem que vão à Missa, mas que não se confessam faz muito tempo! Isso significa que: Ou estão comungando em pecado, ou não estão comungando…

Mas o que eu quero ressaltar com isso, é que as pessoas realmente não entenderam o poder e a força libertadora da confissão.

Elas acreditam que um Exorcismo é muito mais “poderoso” do que elas viverem em dia com sua confissão, e por consequência na graça de Deus.

Se recomendo à estas pessoas que elas precisam sair de suas cidades para vir aqui em Cachoeira Paulista para eu rezar por elas, elas vem felizes e satisfeitas porque receberão Oração. Mas se eu digo que ela precisam passar por uma preparação que se aplica alimentar a sua espiritualidade e se aplicar com fidelidade à confissão, ela esmorecem, se entristecem…

Não é estranho isso?!

Se eu digo à estas pessoas que realmente o problema que elas tem é espiritual e que elas precisarão buscar a ajuda com Oração de Cura e Libertação, elas ficam até felizes…Se eu digo que o que elas tem que fazer é confessar e se empenhar em seu caminho de conversão; logo reclamam e acham que isso nada adiantará diante dos seus problemas…

No fundo as pessoas acham um pouco mais “uteis” conselhos e até atitudes que exijam uma certa “sobrenaturalidade“. Mas estão muito equivocadas quanto à essa postura, se compreendessem a força do Sacramento da Reconciliação.

Num processo de Libertação não tenho duvidas em afirmar que a Confissão é muito, mas muito mais importante e poderoso que um Exorcismo. Por isso volto a repetir o que o Padre José Forteadiz:

“O Exorcismo só retira o demônio do corpo, a confissão retira o Mal de nosso espírito.”

Isso significa que uma pessoa que se encontra com problemas espirituais e até mesmo passe pela dura realidade da Possessão Diabólica, ela pode ser liberta se houver o arrependimentos de seus pecados, se ela se empenhar na sua vida como cristã e fazer da confissão uma arma e remédio para si, ainda que nunca passe por um Ritual de Exorcismo.

Mas do contrário, já não acho que seja possível: Uma pessoa que viva a realidade de uma possessão Diabólica, mas que não se confesse dos seus pecados, ainda que passe por diversas sessões de Exorcismo, dificilmente será liberta.

Isso porque a libertação não está somente ligada a retirada do Demônio, a libertação esta ligada à sua relação pessoal com Deus e a sua conversão.

Tem pessoas e pregadores que enfatizam muito a questão do Demônio ser expulso, da luta contra o Demônio; falam muito sobre o Demônio…Mas na verdade todo o processo de libertação das ações do Demônio, não esta ligado diretamente ao Demônio em si; esta ligado a conversão do coração desta pessoa. Pois quanto mais me aproximo de Deus, mas longe fico do Mal, quanto mais perto estou de Deus, maiores são as possibilidades de escolher fazer a vontade de Deus para minha vida!

É por isso que o arrependimento dos nossos pecados e a confissão se torna mais importante que o próprio Exorcismo, pois o Exorcismo em si não aproxima necessariamente a pessoa mais de Deus.

O Catecismo da Igreja Católica, no número 980 cita que a confissão é necessária para a Salvação: “O sacramento da Penitência é necessário para a salvação daqueles que caíram depois do Batismo, assim como o Batismo é necessário para os que ainda não foram regenerados.”

Conheci pessoas que passaram por sessões de Exorcismos, passaram por Orações de Libertação, e ainda assim não tinham o seu coração voltado para Deus e nem mesmo o arrependimento pelos seus pecados. Isso dificulta muito e até paralisa a eficácia da Oração.

Uma coisa também é certa, não basta a confissão pela confissão! É necessário que o nosso coração esteja realmente arrependido do pecado, e tenha o propósito de tomar novos rumos para a nossa vida.

O Catecismo é tão claro quando diz no numero 1431: “A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo nosso coração, uma ruptura com o pecado, uma aversão ao mal e repugnância às más obras que cometemos. Ao mesmo tempo, é o desejo e a resolução de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça. Esta conversão do coração vem acompanhada de uma dor e uma tristeza salutares, chamadas pelos Padres de “animi cruciatus (aflição do espírito)”, “compunctio cordis (arrependimento do coração”).

É exatamente isso! A confissão se torna eficaz quando verdadeiramente queremos mudar de vida! Ai sim a confissão pode nos levar para Deus e nos desvincular do Mal!

Se percebermos que não estamos arrependidos dos nossos pecados, precisamos rezar e pedir à Deus que nos dê a graça do arrependimento e da contrição do coração. E Deus que é sempre bom, fará com que sintamos a dor de te – Lô ofendido. Faça esta experiência!

Em uma das vezes que Padre José Fortea esteve aqui na Canção Nova, eu apresentei à ele um caso grave de Libertação que eu estava acompanhando. Atualizei ele do que eu via e percebia sobre este caso. Ele rezou pela pessoa, e logo viu que se tratava de um caso grave de ação Diabólica. Mas também percebeu que a pessoa não se confessava fazia tempo, ainda que eu tivesse sempre recomendando ela a fazer isso. E a partir dai ele disse que não adiantava querermos fazer nada, pois seria tempo perdido. Uma pessoa que estava junto, recomendou então que ele confessasse esta pessoa, e ele disse que não, pois não seria naquele momento que esta pessoa estaria contrita, pois se não, não valeria de nada.

Decidi continuar acompanhando este caso se eu visse algum tipo de reação da pessoa positiva da pessoa em questão. Mas a verdade é que esta pessoa pouco fez.

Um ano depois eu estive com Padre Duarte Sousa Lara, e novamente apresentei este caso à ele, explicando – lhe todo o histórico. Ele fez uma breve oração, viu que se tratava realmente de um caso de Libertação grave, mas que a pessoa não procurava se confessar, e que desta forma seria praticamente impossível avançar no progresso da sua Libertação. E não quis mais rezar por esta pessoa durante os dias que esteve aqui.

Conclusão: A pessoa continuou no estado em que estava, simplesmente porque a confissão e o arrependimento, junto com o propósito de mudança de vida é o que poderiam dar o impulso inicial no processo de Libertação desta pessoa.

Não quero me delongar, certamente escreverei mais sobre isso em outros artigos, e continuarei a dar dicas importantes em minha página no FACEBOOK.

A questão mais importante para as pessoas que estão vivendo algum tipo de ação diabólica não é procurar um exorcista ou exorcismos; é procurar fazer uma boa confissão e romper com o pecado. E a partir dai sim, recorrer aos meios que a Igreja nos dá.

Recomendo este Exame de Consciência para a preparação de uma boa Confissão.

Deus abençoe você e bons frutos de Santidade!

Rezo por você! Reze por mim e pelo meu Ministério!



Site: Blog Canção Nova
Editado por Henrique Guilhon